O caso da varinha



Cap. 44


O CASO DA VARINHA


            I could stay awake just to hear you breathing


            Watch your smile while you’re sleeping


            While you’re far away in dreaming


 


            ‘Cause every moment spend with you it’s a moment I treasure


 


            I don’t want to close my eyes


            I don’t want to fall asleep


            ‘Cause I’d miss you baby


            And I don’t want to miss a thing


           


            Harry abriu os olhos, mas tudo o que conseguia ver uma massa de coisas embaçadas. Tateou em volta até encontrar seus óculos no criado mudo. O quarto ainda estava um pouco mal iluminado, sinalizando que devia ser cedo ainda. Sentiu um perfume familiar, e quando olhou para o lado, viu uma massa de cabelos negros e ondulados. Ayame dormia profundamente, com a cabeça encostada em seu ombro.


            As lembranças da noite anterior encheram a mente de Harry, fazendo-o sentir um pouco envergonhado, mas estranhamente tranqüilo e realizado. Ele olhou em volta e esticou o braço até alcançar suas calças jogadas no chão. Levantou-se o mais silenciosamente possível, colocou-as e foi até o banheiro atrás do relógio que eles haviam escondido ali na noite anterior.


            Ainda nem eram seis e meia da manhã. Ele voltou para a cama, puxando os lençóis devagar para não descobrir a namorada, e deitou-se novamente ao lado dela. A respiração da garota estava lenta e suave, e ele ficou admirando seu rosto tranqüilo por um tempo, seu sorriso suave de alguém que estava sonhando com algo muito bom, até que ela virou o corpo para o outro lado, sem acordar. Harry entao tirou os óculos, a abraçou, aninhando-a nos braços, e adormeceu novamente.


 


            Ayame acordou com os raios do sol batendo em seu rosto, vindos do vidro da sacada. Sua segunda impressão entao foi o contato de braços fortes e quentes em volta de seu tronco e seu quadril. Ela virou-se um pouquinho e viu Harry dormindo abraçado nela.


            Sua mente foi dominada pelas memórias do que acontecera. Ela sentiu o rosto corar por um momento, e de repente sentiu uma imensa vontade de dar risada. Engoliu a vontade e olhou para o chão em volta, procurando suas roupas. Estranhamente, ela encontrou somente suas roupas de baixo, mas não o vestido. Tirou os braços de Harry em volta de si, cuidando para não acordá-lo, o que não aconteceu, e levantou-se. Colocou o que encontrara e entao viu a camisa do namorado no chão. Pegou-a e a vestiu também, abotoando alguns botões. Pelo menos era algo para cobrir-se.


            Ayame foi até a sacada para fechar a cortina. Por curiosidade, tentou abrir a porta de vidro, que estivera estranhamente trancada na noite anterior, e para sua surpresa, esta se abriu com um estalo. A garota empurrou a porta de correr para que a brisa entrasse no quarto.


            __ Bom dia__ ela sobressaltou-se com a voz vinda de trás__ O que está fazendo?


            Ela virou-se e viu Harry espreguiçando-se na cama. Ele pegou os óculos, colocou-os e sorriu. Ayame sorriu de volta, sentindo o rosto corar novamente, por mais que quisesse que isso não acontecesse mais.


            __ Estou abrindo a sacada__ respondeu ela__ Ela está aberta agora de manhã.


            __ Não__ respondeu Harry, sentando-se na cama__ Eu quis dizer o que você está fazendo com as minhas roupas.


            Ayame deu um sorriso brincalhão.


            __ Se ao menos eu soubesse onde você colocou as minhas roupas.


            Ele riu e levantou-se.


            __ Por quê?__ perguntou a garota enquanto ele andava em sua direção__ Não estou bonita com sua camisa?


            __ Está linda__ respondeu Harry, a abraçando pela cintura. Ela lhe deu um beijo e ele a empurrou em direção à sacada até que eles estavam pra fora, sentindo a brisa em seus corpos, rindo.


            De repente, eles ouviram mais um conjunto de risadas que se mesclava com as suas, muito familiares. O silencio pairou quando Harry e Ayame olharam para a sacada do lado e viram Rony e Hermione: a garota sentada na beirada da sacada, vestindo uma camisola de seda pérola com um terno (provavelmente o de Rony) em cima dos braços e o garoto com um short azul comprido e sem camisa, abraçado com ela.


            Os dois casais se encararam por um momento. Os olhares de Ayame e Hermione se cruzaram, e entao cada uma soube que o que tinha acontecido na noite anterior com um casal tinha acontecido com o outro também.


            Os quatro deram risadinhas nervosas e se cumprimentaram, enquanto Mione descia do beiral e se postava atrás de Rony, e Ayame fazia a mesma coisa, se escondendo atrás de Harry para não mostrar as pernas nuas de fora.


            __ Vou tomar um banho__ disse Ayame para Harry, enquanto acenava para os amigos e entrava de novo no quarto. Hermione fez o mesmo na outra sacada e entao Harry e Rony se aproximaram da beirada.


            __ E aí?__ perguntou o ruivo.


            __ Tudo bem. Você?


            __ Tudo bem.


            Nenhum dos dois disse mais nada. Rony de repente esticou a mão direita na direção de Harry, aquela que tinha todos os dedos. O moreno esticou o pescoço e viu que as unhas do amigo tinham ficado coloridas.


            __ Está vendo?__ disse o ruivo__ Ela pintou as minhas unhas. Enquanto eu dormia hoje de manhã. O que Ayame fez com você?


            Harry conteve-se para não rir e balançou a cabeça.


            __ Nada.


            __ Nada?


            __ Bom, nada desse tipo pelo menos. Mas eu acordei com as costas meio arranhadas.


            Rony fez uma careta.


            __ Cala a boca. Sua namorada não é pirada a ponto de pintar suas unhas logo depois de você ter provado sua masculinidade total para ela.


            Harry não agüentou e riu. Rony xingou mais uma vez e voltou para dentro, murmurando alguma coisa tipo ‘te vejo lá embaixo’.


            Quando o moreno voltou para o quarto, começou a arrumar as coisas que estavam espalhadas. Olhando debaixo da cama, encontrou o vestido preto de Ayame, e o colocou em cima da cama, perto de suas sandálias. Quando tinha acabado de separar uma roupa para botar, Ayame saiu do banheiro enrolada na toalha e disse:


            __ Se apresse, Harry, você não vai acreditar que horas já são. Onze horas! Eu deixei o chuveiro ligado pra você.


            Harry pegou sua toalha que tinha ficado no chão ao lado da mesa de vidro e entrou no banho.


            Quando os dois desceram as escadas e entraram na cozinha, Rony e Hermione tinham acabado de chegar lá e Marina os servia com leite e pães. Eles sentaram-se também e começaram uma conversa casual. Subitamente, ouviram passos entrando no recinto.


__ Ora, parece que todos foram dormir tarde esta noite__ Raoul entrou, seguido pela vampira loira Richie__ Se divertiram?


Ayame sentiu o rosto corar.


            __Foi você que tramou tudo isso__ disse ela__ Fez a confusão com os quartos e trancou as portas. E ainda botou bebidas nos quartos.


            __ Na verdade, foi idéia de Richie__ respondeu o vampiro enquanto eles sentavam-se à mesa também, dando uma piscadela__ Não que tenha sido ruim, não?


            Ayame não respondeu, mas olhou de esgueira para Harry e sorriu.


            Depois do rápido café, eles arrumaram algumas bolas e foram jogar no jardim, do modo trouxa, já que Raoul não tinha vassouras voadoras. Rony sugeriu jogar um feitiço na vassoura de Marina para que voasse, mas além dos outros não acharem isso muito seguro, a empregada lançou um olhar ao ruivo que o fez desistir da idéia na hora.


            Depois do almoço, que foi servido lá pelas duas horas, Richie se despediu deles e foi embora, e Raoul desapareceu até a noite. Eles sabiam, porém, que ele estava trabalhando na varinha.


            Naquele dia a tarde, Marina chamou Harry dizendo que havia uma correspondência endereçada a ele, que havia chegado naquela manha. O garoto estranhou, mas pegou o envelope. O remetente era um tal de Armando Wiffeu, de Surrey, Londres.


            Dentro do envelope tinha um telefone celular simples. Harry abriu a carta que o acompanhava e começou a ler.


            __ É a letra de papai__ disse Rony por cima de seu ombro.


           


            Oi pessoal


            Como estão as férias no Brasil? Espero que esteja tudo dando certo.


            Tivemos alguns problemas com as ultimas cartas que vocês nos mandaram, sabe, o pessoal do correio acabou perdendo-as. Por isso estamos mandando esse magnífico aparelho de fazer ligações para que possamos conversar. Ligaremos mais tarde.


            A.W.


 


            __ Acho que nossas cartas foram interceptadas__ disse Ayame__ Isso é ruim.


            __ Eles apelaram dessa vez__ disse Rony__ Eu nem sei o que é esse treco!


            Ele apontou para o celular na mão de Harry.


            __ É um tipo de telefone, Rony.


            Harry ligou o celular, mas não havia nada nele, nem um numero na agenda nem nada que desse indícios de como eles iam comunicar-se.


            __ Eles vão ligar__ disse Hermione__ Só temos que esperar.


            De noite, eles continuaram nos mesmos quartos, mas desta vez o máximo que aconteceu foi Harry e Ayame ficarem conversando abraçados na cama até um pouco mais tarde, sobre inúmeras coisas. Quando acordaram, porém, logo bem cedo, foi inevitável renderem-se às carícias novamente.


            No sábado, eles foram mais uma vez na praia, onde passaram o dia. Ayame fez Harry se lotar de protetor solar, tanto que ele ficou mais branco do que já era.


            __ Você vai me agradecer por isso depois__ dizia ela, espalhando o creme em suas costas.


            Realmente, quando voltaram para casa, Rony estava como um pimentão, queimado de sol, pois não seguira as recomendações da amiga e da namorada sobre o protetor solar.


            Quando Ayame desceu as escadas para a sala de estar no fim do dia, depois de ter tomado banho, encontrou Raoul sentado, com uma taça de vinho na mão. Ela não o vira desde o almoço no dia anterior.


            __ Olá__ disse ele__ Chame seus amigos. Está na hora.


            Ayame estacou na entrada da sala até entender a mensagem, entao saiu correndo escada acima. Minutos depois, os quatro amigos estavam sentados na sala de estar com Raoul.


            Ayame, que parecia um pouco nervosa, pegou a taça que o vampiro tinha deixado pela metade em cima da mesa e levou à boca.


            __ Eu não beberia se fosse você__ disse Raoul rapidamente.


            A garota parou o copo.


            __ Não é.... vinho...?


            O vampiro arqueou uma sobrancelha e balançou negativamente a cabeça.


            Ayame devolveu rapidamente a taça à mesa, fazendo uma estranha expressão de repulsa.


            __Vamos ao que interessa__ anunciou Raoul__ A varinha está terminada.


            Ele enfiou a mão no casaco de tweed que usava, apesar do calor, e de lá lentamente tirou um pedaço de madeira comprido e lustrado.


            Uma varinha.


            Raoul estendeu a mão com o objeto equilibrado na palma.   


            Os quatro se entreolharam, mas no fim todos os olhares se direcionaram para Harry. Ele estendeu a mão e segurou a varinha.


            Passaram-se alguns minutos até que alguém dissesse algo.


            __ E aí?__ perguntou Rony.


            Harry olhou para ele e entao voltou seu olhar novamente para a varinha em sua mão.


            __ Não sei... não sinto nada.


            Ayame lançou um rápido olhar a Raoul e viu sua testa se enrugar ligeiramente.


            __ Experimente-a. Tente fazer algum feitiço__ sugeriu Mione.


            Harry respirou fundo e disse, apontando para um relógio em cima da mesa:


            __ Wingardium Leviosa.


            Nada aconteceu.


            __ Tente algo mais simples__ disse Hermione, com um tom de voz estranho.


            Harry piscou e disse:


            __ Lumus.


            Nenhuma luz se acendeu.


            Eles ficaram num silencio constrangedor até que Ayame disse:


            __ É uma varinha para derrotar Voldemort. Talvez funcione só em batalhas.


            Ela levantou-se e sacou a varinha (desta vez do bolso do short) e apontou para Harry.


            __ Expelliarmus!


            __ Protego!__ gritou o garoto de volta.


            A varinha saiu voando da mão do moreno.


            Harry hesitou por um longo momento até caminhar ao local em que a varia caíra. Enquanto fazia isso, Marina entrou na sala, dizendo:


            __ Sr. Potter, telefone para o senhor. Aquele celular tocou. É o Sr. Weasley.


            Harry pegou a varinha do chão, mas não se mexeu.


            __ Vamos__ disse Rony, levantando-se__ É papai. Ele deve ter algo importante a dizer.


            Nenhum dos outros se mexeu.


            __ O que estão esperando? Vamos!


            Ayame levantou-se.


            __É __ disse ela, a voz sombria__ É, Rony, vamos anunciar a seu pai que a varinha que fabricamos não funciona.


           
Oiii genteee
háhá fui malvada nesse.
Olha pessoal, vou viajar amanhã para um lugar onde nao pega internet por isso demorarei por volta de dez dias para postar um novo capitulo ok?
Aguentem firme! Prometo que vou tentar nao demorar xD
Nao deixem de comentar! Eu simplesmente adoro ler comentários!
Bjoos para todos e feliz ano novo!!
^^

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