Trocas



Cap. 13
TROCAS

Ayame mais uma vez tirou e colocou novamente as roupas em seu criado-mudo particular, ao lado de sua cama no quarto que esse ano dividiria com sua melhor amiga Hermione e, provavelmente por intervenção de Dumbledore, com Gina, mesmo esta sendo um ano mais nova. Depois de tudo o que ocorrera, dois sentimentos predominavam em seu ser: melancolia e impaciência. E naquela manha de sexta-feira, a garoa fina caindo lá fora só contribuía para aumentar seu presente estado de impaciência contida. Ela já remexera na sala comunal inteira, arrumara e desarrumara suas coisas, tentara dormir mais um pouco em vão, mas nada melhorava seu estado. Nunca estivera tão impaciente, e não sabia o porque desse sentimento tão forte. Talvez seria por causa dos recentes acontecimentos: o fato de ela ter “parado”no tempo, e depois voltado com tantas coisas novas.
Ela sempre fora muito independente, pois de uma maneira ou de outra sempre teve que se virar sozinha, devido à ausência dos pais. E sempre fora um tanto atarefada, nunca ficava muito tempo sem ter o que fazer. E seu confinamento ali na sala comunal não ajudava em nada. Outra coisa que, em circunstâncias normais seria recebido de bom grado por ela, era toda a preocupação que seus amigos e professores demonstravam em relação à ela, toda a super proteção que procuravam lhe proporcionar. O fato é que, devido a muitas coisas que deixaram sua mente confusa, ela não queria atenção, abominava o fato de ter pessoas em volta preocupadas somente com ela. O que ela realmente queria era ir pra longe, ficar sozinha, em paz. O que seria um tanto difícil de conseguir até Harry, Rony e Mione estarem convencidos de que ela estava bem, e para isso ela precisava pelo menos parar de tropeçar nos próprios pés toda vez que tentava andar um pouco mais rápido.
Ayame acabou resolvendo descer as escadas do dormitório e sentar-se de frente à lareira ainda apagada. Ficou ali sem fazer nada por um tempo, até que seus olhos foram se fechando...

A garota acordou com um estalo forte vindo de trás de sua poltrona, e pulou do assento, a mão direita indo automaticamente passar por cima de sua mão esquerda. Ao fazer isso porém, o que aconteceu não foi ela pegar sua varinha como estava acostumada, mas sim cutucar os seus curativos e sentir uma dor lacerante em ambas as mãos.
__ AAi!__ reclamou ela.
Mal acabara de abrir a boca, Ayame ouviu um barulho agudo e altíssimo, que fez sua cabeça girar, e viu uma forma estranha, pequena e escura aparecer na sua frente, vindo de trás da poltrona.
__ Oh! A senhorita se machucou?? Não pensei que houvesse alguém aqui, disseram a Tiny que não haveria ninguém, desculpe minha senhora, Tiny é nova aqui no castelo e não sabe muita coisa ainda, Tiny se assustou com o grito da senhora e deixou cair a tigela de limpeza, perdão, senhorita, perdão... Tiny é boba mesmo, Tiny pede perdão....
Ayame ouvia as palavras da “coisa” sem entender muito bem, sua cabeça girava por causa do barulho e da dor em sua mão esquerda principalmente. Passaram-se uns dois minutos até ela compreender que a “coisa” era um elfo doméstico.
O elfo continuava falando, esperando uma resposta de Ayame.
__ Por favor, perdoe Tiny, ela é nova em Hogwarts, e não sabe muito bem as coisas, anda está aprendendo....
__ Não__ a garota falou, tateando em volta em busca da poltrona__ Tudo bem, não se preocupe.
Ayame sentou-se novamente e esfregou as têmporas por um minuto até que sua dor desapareceu completamente. Observou a elfa recolher no chão o que havia deixado cair: uma tigela de alumínio quase de seu tamanho com vários espanadores e panos velhos, e outros utensílios de alumínio que a garota não sabia o que eram. A elfa tinha os grandes olhos cor-de-mel, cor que combinava com seu vestidinho bege bordado. Ayame por um momento achou estranho o traje da elfa, até lembrar-se que os elfos domésticos de Hogwarts eram livres, e assim sendo, poderiam usar roupas normais, apesar de a maioria deles ainda preferir usar seu trapo, que era a marca da servidão, pelo menos enquanto trabalhavam.
__ Tiny, não é?O que faz aqui?
__ Tiny veio limpar a sala comunal da Grifinória, minha senhora.
__ Sozinha?
__ Sim.
Ayame piscou e sorriu. Acabara de descobrir uma breve solução para sua impaciência.
__ Quer ajuda?


Harry comunicou sua descoberta para Rony e Hermione. Sem dúvida, aquela era Rebecca Vermefire. Devia estar disfarçada de alguma trouxa de um país bem distante dali. Ele lançou um olhar ao Prof. Dumbledore, que retornou com um aceno discreto da cabeça, assentindo. Então, seu olhar encontrou-se com o de Rebecca, que deu um sorrisinho nervoso.
__ Bem, agora é com a senhorita__ disse o diretor, esfregando as mãos e sorrindo__ Boa sorte, Srta. Bungee.
__ Obrigada, professor Dumbledore.
O diretor saiu da sala, acenando com a mão para os alunos, e fechou a porta atrás de si. A sala ficou em silencio por um minuto. Harry notou Rebecca abrir a boca para falar algo, mas a interromperam.
__ E a professora Ayame?__ alguém perguntou.
A mulher paralisou por um momento e criou uma expressão indecifrável no rosto.
__ Eu não sei de todos os detalhes, mas parece-me que ela não poderá dar aulas ainda__ Rebecca respondeu, e depois sorriu__ Mas não se preocupem com isso, Ay... a professora Ayame é conhecida minha, e eu espero poder continuar o trabalho que ela começou.
Os alunos começaram a falar por um momento, conversar sobre a situação, mas logo pararam quando Rebecca, ou melhor, Raquel, tirou a varinha das vestes e apontou para Dino Thomas.
__ Diga-me, senhor...
__ T-Thomas, senhorita__ Dino engoliu em seco com a varinha apontada para seu peito.
__ Hum, belo nome. Então, senhor Thomas, diga-me: porque não está com sua varinha na mão?
Dino piscou.
__ Porque... a aula acabou de começar?
__ E porque você pensa que esta é uma boa justificativa?
Harry estava achando aquilo bem estranho, e ele via o medo de Dino por ter uma varinha em seu pescoço, mas olhando para Rebecca ele não conseguia distinguir nenhumazinha má intenção. Ela falava sorrindo e com os olhos gentis.
__ Porque.... Hogwarts é segura... e ...estamos na presença da senhorita, que deve ser uma excelente bruxa e....
Rebecca riu e tirou imediatamente a varinha do pescoço de Dino.
__ Bela resposta, senhor Thomas! Isso, é claro, se você pretende puxar meu saco. Oh, não, não faça essa cara, eu não estou brava com você. Mas vou te dizer uma coisa, e quero que todos ouçam: se eu fosse uma Comensal da Morte e estivesse apontando a minha varinha para os seus pescoços como fiz agora com o Sr. Thomas, dizer que eu provavelmente “sou uma boa bruxa” e essas coisas, e tentar o mínimo de bajulação, só vai poder ter duas conseqüências: ou você será morto como um tolo puxa-saco na hora, ou será torturado até não poder bajular mais ninguém e então será morto. E, em ambas as situações, além de você ser morto no final, o ultimo som que você irá ouvir provavelmente será a risada de seu assassino.
A sala entrou em silencio profundo novamente, os mais inocentes pasmos com a situação, e outros sérios. A professora quebrou o silencio rindo.
__ Ora, não se assustem! Eu só fiz isso para introduzir nosso objetivo esse ano. Não queremos que vocês sejam tolos e lerdos ao se encontrarem com o perigo. E não se preocupem, nossas aulas serão bem mais relaxadas, e menos assustadoras, tudo bem? Até agora, vocês trabalharam vários assuntos teoricamente, mas este ano nem usaremos o livro. Por isso, entrem na sala com as varinhas a postos. A professora Ayame e outros lhes ensinaram a base e um pouco mais de todos os feitiços que vocês devem conhecer para formar uma sólida defesa. Agora, vamos trabalhar isso em campo, em ação, vamos imaginar situações em que vocês teriam que usa-los. Vamos trabalhar, além do próprio método de lançar os feitiços com sucesso, a melhor hora para usá-lo e todas as táticas que poderiam ser usadas.
Ela falou mais um pouco sobre o seu método de trabalho e então fez a chamada, e enfim o sinal tocou.
Harry se mexeu na cadeira para ouvir o que Mione cochichava para ele e Rony, antes de sair da sala:
__ Ela lembra muito alguém, não é? Um outro professor que tivemos.
__ Sim__ Harry sorriu ironicamente__ E olhe quanta coincidência! Ambos eram Comensais da Morte e trabalhavam disfarçados por uma Poção Polissuco.
__ Só espero que ela não esteja fingindo boas intenções como o falso Moody fazia__ comentou Rony__ Mas parece que isso não é bem provável.... Dumbledore confia nela.
__ Só queria entender porque Dumbledore pôs ela no cargo de professora__ disse Harry.
__Bem__ Hermione levantou-se__ Ele com certeza teve bons motivos, porque quando Ayame souber disso, eu não quero estar por perto.


__ A senhorita tem uma bela voz! Tiny gosta de ouvi-la.
__ Obrigada, Tiny__ Ayame sorriu, pegando mais uma vez o espanador__ É bom cantar enquanto se trabalha, não é?
__ Oh, minha senhora, a senhorita sabe que não devia estar fazendo isso, não é? Limpar é trabalho para elfos domésticos como Tiny, e não para senhoritas de belas vozes e belos cabelos...
Ayame riu.
__ Você também gosta dos meus cabelos? Não se preocupe, Tiny, eu quero fazer isso. Não tenho outra coisa a fazer mesmo, e é bom conversar com você.
__Tiny se sente lisonjeada, senhorita.
__ Me chame de Ayame, Tiny.
__ Sim, senhorit....Sim, Ayame.
A garota riu e afagou a cabeça da elfa.
Quando terminaram de limpar a sala comunal, Ayame pegou a bandeja de limpeza e foi subindo as escadas até os dormitórios.
__ Não, senhorita Ayame, os dormitórios já foram limpos.
__ Foram?
__ Sim, outros elfos os limpam.
__ Ah, que pena, estragou meu barato. Seria tão divertido fazer alguma sacanagem com as coisas dos meninos.
Tiny riu, e Ayame sorriu ao ouvir sua risadinha aguda, que ao mesmo tempo irritava e agradava.
__ Fique aqui mais um pouco, Tiny, aposto que terminamos mais cedo, então você pode ficar aqui conversando comigo, não pode?
__ Tiny não sabe... e se precisarem da Tiny lá na cozinha e ela não estiver lá?
__ Não se preocupe... Olha, se acontecer algo, eu vou falar com o diretor, ele é meu avô, e as coisas se resolvem.
__ Seu avô? Oh, então você é a mocinha de roupa branca que entrou na cozinha esses dias! A que estava com fome!
Ayame riu e disse que era ela mesma.
__ Fui eu quem fez o pão de queijo que a senhorita Ayame comeu. Oh, estão tão lisonjeada!
__ É mesmo? Estava uma delícia!!
__ Tiny não sabia que a senhorita era aquela Ayame, a professora. Achei que fosse outra. Oh, agora Tiny sente-se mais mal ainda por fazer a pobrezinha trabalhar!! Depois de tudo o que passou!
Ela sentou-se no chão e começou a chorar agudamente.
__ Tiny é tão malvada!!
__ Não, Tiny, não....__ Ayame tentou dizer acima do choro__ Você não é malvada, eu que quis fazer, e foi divertido, eu gostei....
__ Hum...mas não deixarei a senhorita fazer isso de novo, senhorita Ayame!
Ayame se ajoelhou perto dela.
__ E porque não? E se eu quiser?
__ Porque a senhorita iria querer? Trabalhar é coisa para elfos domésticos.
__ Porque....__ Ayame suspirou, pensando no tempo inútil que teria se não arranjasse logo nada útil para fazer__ É uma longa história, Tiny. Mas eu quero, está bem?
Tiny levantou-se e abaixou a cabeça.
__Hum... mas se souberem disso, vão brigar com Tiny na cozinha. Deixar a pobrezinha senhorita trabalhar! É malvado.
__ Não vão, não__ Ayame retrucou com firmeza, já cansada da oposição da elfa__ Eu já disse que posso cuidar disso.
__ Mas... mesmo assim, os outros podem fingir, mas ainda não vão gostar do que Tiny fez....imagine só...
Tiny começou a arrastar os pés e remexer na barra do vestido, afastando-se de Ayame, e começou a murmurar, como se estivesse falando só para ela mesma.
__ Imagine o que ele vai pensar da Tiny... fazendo a pobre linda garota que ele ajuda trabalhar..... e ainda por cima a namorada do senhor que ele gosta tanto....
Ayame se aproximou lentamente para ouvir o que a elfa dizia.
__ Ele não vai mais gostar de Tiny....Tiny vai ter menos chance do que agora...oh, quem dera Tiny fosse mais bonita ou não tivesse esses pés cascudos...
A garota franziu as sobrancelhas, refletindo um instante sobre os devaneios quase inaudíveis da elfa, e então percebeu sobre o que Tiny falava.
__ Tiny!__ exclamou ela, fazendo a elfa parar de murmurar e dar um pulinho se susto__ Você... __ Ayame pigarreou e, pensando melhor, resolveu ir com mais calma__ Você por acaso sabe quem é meu namorado?
__ Tiny sabe sim... é o garoto Harry Potter.
Ayame levantou-se e virou-se de costas para a elfa, e perguntou num tom que passasse não sua intenção de confirmar suas hipóteses, mas uma simples curiosidade.
__Hum...__ fez ela__ É que Harry conhece um certo elfo doméstico daqui de Hogwarts, e ambos são amigos... você por acaso sabe de quem estou falando?__ E acrescentou, só para passar a Tiny que não suspeitava de nada__ Eu não lembro o nome dele.
Tiny sapateou por um momento, mexendo os pés nervosa, e torceu a barra do vestido com força.
__ É... é Dobby, minha senhora.
__ Hum...__ Ayame abaixou-se até olhar para os olhos da elfa, e fez uma carinha travessa__ E por acaso, Tiny..... você está apaixonada pelo Dobby?
A elfa arregalou os olhos e afastou-se de Ayame.
__ C-como a senhorita sabe disso?? Tiny não queria que ninguém descobrisse...
Ayame riu e pôs a mão na cabeça da elfa.
__ Não foi difícil adivinhar...E não se preocupe, Dobby não vai achar você ruim só porque eu trabalhei pra te ajudar, está bem? Eu conheço Dobby também, posso falar com ele.
__ Hum__ fez Tiny__ Obrigada, senhorita.
Ayame sorriu, pegou a bandeja de limpeza e entregou-a à elfa.
__ Volte agora, e eu também vou sair. Tenho que comer alguma coisa. Mas prometa-me que vai voltar amanha, está bem? Vou te ajudar a limpar a sala comunal novamente.
__ Sim...__ disse Tiny acanhada, mas depois sorriu__ Tiny vai gostar de conversar com a senhorita novamente amanhã.__ e com um estalo, aparatou.
Ayame olhou em volta, para o lugar vazio e limpo. Ela não sabia porque, mas teve uma sensação de que aquele dia ainda traria bons momentos.


__ Ayame não vai gostar disso, definitivamente__ Rony concordou mais uma vez com o que Hermione dissera logo quando saíram da sala de DCAT__ E pelo jeito, nós três vamos ser obrigados a estar por perto quando ela souber.
O ruivo referia-se à noticia que a carta nas mãos de Harry trazia. Logo depois de ter acabado a aula, Rebecca viera e entregara-lhes aquela carta de Dumbledore, que pedia para eles se encontrarem na sala do diretor na hora do almoço, para discutir a questão da nova professora Raquel Bungee.
Eles caminharam rapidamente até a aula de Feitiços, onde Rony perdeu dois pontos por não ter feito o dever de casa.
__ Poxa, estamos na primeira semana ainda!__ reclamou ele.
__ Mas é a primeira semana de nosso último ano!__ retrucou Mione com um olhar de censura.
Harry, por sua vez, não sabia se queria que a aula acabasse logo para discutir a questão de Rebecca com o diretor ou se queria que aquele momento nunca chegasse para não ter que ouvir/ver/presenciar a reação de Ayame.
No final das contas, porém, a aula acabou passando bem depressa, e assim, logo ele, Rony, Hermione e Rebecca estavam na frente da sala do diretor de Hogwarts.
__Entrem!__ eles ouviram Dumbledore chamar.
Ayame já estava lá dentro, e Harry se espantou ao perceber que ela já sabia o que tinha acontecido, pois segurava o que o garoto reconheceu como todas as anotações que ela fazia sobre as aulas, estendida para Rebecca logo quando esta entrou na sala.
__ Toma__ ela disse, sem olhar para a irmã, e sem fazer nenhum comentário sobre a nova aparência dela__ Espero que isto ajude a organizar as coisas.
__ Obrigada, Ayame__ Rebecca respondeu, pegando os papéis__ Obrigado por se importar. Na verdade, eu tenho alguns planos e objetivos pra esse ano, e se você quiser, podemos discuti-los e...
Harry ouviu Ayame soltar um som rascante, que percebeu ser uma risada. Ela jogou o cabelo para trás e encarou Rebecca, os olhos cinicamente brilhando.
__ Não será necessário! Eu já tenho uma idéia de quais são seus planos. Mas eu sinceramente desejo que eles não dêem certo. Seria realmente ruim se nossos alunos começassem a aprender como se tornar Comensais da Morte!!
Seus olhos irradiavam raiva quando ela terminou, aumentando o som de voz, e depois saiu batendo os pés.
Dumbledore suspirou.
__ Ela não me fez esperar vocês para contar que ela não iria ser mais professora. Ela até aceitou bem na hora, me pareceu, mas quando eu a informei que a nova professora seria Rebecca.... bem, ela não reagiu com gritos ou revoltas, mas é indiscutível o fato de que ela não concorda nem um pouco com a situação, como esperado.
__ Mas, professor, o que te fez trocar de professores?__ Harry indagou.
__ Bem, achei que seria o melhor a fazer, já que temos Rebecca. Seria uma maneira de ela nos ajudar não só com as suas lembranças, mas com seu conhecimentos, transmitindo-o imediatamente para a geração que irá combater os Comensais. Não sei se já percebeu isso, Harry, mas os Comensais da Morte possuem feitiços que a maioria dos bruxos desconhece. Por muito tempo a Ordem procurou contra-feitiços para esses novos encantamentos, mas não conseguimos encontrar. É aí que entra Rebecca. Ela me informou de algo muito importante. Vocês sabem de onde vêm os feitiços?
Hermione, como esperado, respondeu:
__ Bem, pelo o que eu li, os feitiços são criados a partir de estudos intensos que descobrem a essência do que se quer fazer, e assim a essência é transformada em palavras, e assim nasce o encantamento.
__ Sim__ Dumbledore assentiu__ E pensávamos que os Comensais havia encontrado algum livro de magia negra onde estavam esses encantamentos, porém Rebecca nos informou que não é isso o que acontece.
A mulher tomou a palavra.
__ Os Comensais da Morte, desde os tempos anteriores à Queda de Voldemort, têm uma divisão supersecreta, um departamento que cria feitiços. Somente os integrantes do departamento, que são desconhecidos por mim, o próprio Voldemort e eu, que soube através do Lorde das Trevas, sabem dessas atividades. O Lorde me mantia informada dos feitiços mais importantes que eles criavam, os mais úteis, e também dos contra-feitiços respectivos.
__ Eles criavam os contra-feitiços também?__ perguntou Harry.
__ Sim__ respondeu Rebecca__ Voldemort lhes exigia isso também, senão teria em suas mãos uma arma incontrolável. Na verdade, o próprio Lorde foi quem começou o departamento, até conseguir Comensais em número, confiança e inteligência necessários para continuar seu trabalho.
__ Mas isso nos ajudaria muito!__ exclamou Rony__ Conhecer os feitiços dos Comensais e contra atacá-los seria pega-los de surpresa! E poderíamos até fazer nossos próprios feitiços!!
__ É por isso que coloquei Rebecca no cargo de professora__ disse o diretor__ Assim, ela poderia nos passar imediatamente o que sabe sobre esses encantamentos. É claro que o fato de serem feitiços criados pelos Comensais não será de conhecimento dos alunos, mas nos ajudará a criar uma sólida defesa.
__ E o senhor já explicou tudo isso para Ayame, professor?
__ Sim, expliquei__ respondeu ele__ Ela acabou concordando comigo, de má vontade, que é uma oportunidade muito boa para ser perdida ou adiada. Mas ainda assim, ela insiste em discordar da minha decisão, apesar de saber que é a mais correta.
__ E o que ela irá ficar fazendo agora, já que não é mais professora?
__ Eu não disse que ela não é mais professora__ Dumbledore levantou um dedo__ Ayame só não exerce mais o cargo de professora de Defesa Contra as Artes das Trevas integralmente, é isso. Ela ainda é professora, e na verdade, essa minha decisão vem bem a calhar nesse momento, já que vários dos professores terão que se ausentar por alguns momentos do ano, principalmente Rebecca, que irá nos auxiliar com suas informações. Assim sendo, ela iria exercer o cargo quando houvesse a ausência de um professor titular, o que na verdade, ocorrerá com alguma freqüência.
__ Menos pior__ comentou Rony__ Mas mesmo assim ela ainda está insatisfeita.
__ Prof. Dumbledore__ Rebecca começou__ Eu poderia transmitir meus conhecimentos para Ayame, e assim ela seria a professora titular, e eu poderia ser a substituta, se for o caso. Assim, ela não ficaria tão....
__ Não__ o diretor interrompeu__ Para conseguirmos espremer o máximo de aproveitamento dessa situação, é você, Rebecca, quem tem que ensinar os alunos e também os membros da Ordem. E você deve perceber que Ayame possui um pouco mais de conhecimentos em várias áreas do que você, e isso viria a calhar se precisássemos substituir um professor de Adivinhação ou Runas, por exemplo. E, por último.... Ayame passou por muitas coisas, fazer como você diz só iria desgasta-la mais. É bom que ela tenha um pouco de tempo livre. E também é bom que ela aprenda a ter as coisas não exatamente do jeito que ela quer.
__ Eu sei que sou a culpada por Ayame estar agindo desse jeito__ Rebecca retrucou__ Ela não aceita o que vocês decidem justamente porque envolve a mim. E ela não aceita nada que me envolva.
__ Sim__ Dumbledore assentiu__ Mas esse comportamento terá que mudar. Com o tempo, ela irá perceber que está enganada em relação a você, Rebecca.
__ O fato é que ela está tão certa de que você ainda não é confiável, Rebecca, que nem se você falasse com ela mergulhada num caldeirão de Veritaserum, ela não acreditaria, não é mesmo?__ expôs Mione.
Os outros assentiram, suspirando.
__A Ordem também vai criar um departamento de criação de encantamentos?__ perguntou Harry.
Dumbledore caminhou até a porta e a abriu.
__ Não, pelo menos nesse momento, Harry. Há muitas coisas para serem discutidas ainda, e... posso dizer que há falta de pessoal qualificado. Mas não se preocupe, trabalharemos nisso.
E os outros saíram.


OIIIIIIIIIII PESSOAAAL!! voltei à ativa!!
alem dos problemas q eu relatei no "cap." anterior, eu terminei com meu namo e ainda tava deprimida e SEM IDEIAS!! (o q foi o pior...)) mas dai numa linda tarde de verao na Ilha do Mel eu tive umas otimas ideias, mas tive que fazer um monte de coisa e pensar em muitas outras para encaixar na historia... mas o fato é que, daqui a alguns capitulos, a coisa vai ficar boa de novo!! (pq sinceramente, até eu to enjoada desse lenga lenga que eu to escrevendo agora no comeco....¬¬) ENTAO NAO PERCAM! e please comentem pra mim saber q vcs estao lendo!! eu tava lendo os coments da fic passada e fiquei muito mais motivada lendo eles!! ^^- bjoooooos!!!
bye bye lucky!!

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