Mudanças No Ministério e em Ho



Cap. 30


MUDANÇAS NO MINISTÉRIO E EM HOGWARTS


            Agora que Voldemort soubera as mesmas coisas que eles sabiam sobre a profecia, com certeza iria tentar impedi-los da forma mais eficiente possível. Harry sabia disso, e Dumbledore também; por isso, o diretor de Hogwarts escolheu as pessoas mais bem preparadas para vigiar os lugares onde os ingredientes poderiam aparecer, pois provavelmente os Comensais da Morte estariam preparados para, logo após a Ordem conseguir pegar o ingrediente, roubá-lo ou destruí-lo.


            __ Então definitivamente você não deve participar dessa operação, Molly__ disse Lupin à Sra. Weasley quando Dumbledore conversou com eles em uma das reuniões da Ordem da Fênix.


            Outra providencia de Dumbledore foi fazer Rebecca melhorar suas artes da mente, principalmente Oclumência, para poder impedir Voldemort de contatá-la novamente. É claro que, devido ao fato de serem tio e sobrinha, o Lord das Trevas tinha mais facilidade em usar de Rebecca.


            __ Isso que Voldemort fez, porém__ disse o diretor à ela__ utilizou muito de sua energia, que já está rarefeita. Eu creio, e o fato do Lord das Trevas ter entrado em seu corpo confirma minha hipótese, que ele está muito fraco e seu corpo está muito debilitado, o que o faz parasitar outros seres, como fazia antes de voltar à três anos atrás.  De qualquer maneira, seria muito importante que você melhorasse seu potencial em ser oclumente, Rebecca. Tenho certeza de que Ayame ou Harry poderão lhe ajudar nisso. Infelizmente, estarei um tanto ocupado para isso.


            Rebecca sentiu um nó na garganta. Treinar oclumencia com Ayame com certeza significaria compartilhar suas lembranças e pensamentos com ela. Não tinha certeza se a irmã gostaria disso.


            __ Senhor__ disse a moça__ Severo também é um oclumente muito bom...


            Dumbledore sorriu e a olhou por cima dos oclinhos de meia lua.


            __ Tudo bem.


            Rebecca também temia que Voldemort decidisse revelar sua identidade. Na verdade, seu coração dava um pulo a cada vez que via alguém entrar pelo Saguão, com medo de ser algum auror do Ministério (ou um Comensal disfarçado) que viera para prendê-la, a cada dia ela pegava o Profeta Diário com receio do que poderia encontrar na primeira página.


            O dia que temia chegou, quando ela abriu o jornal em sua mesa, na última semana de outubro, enquanto bebia com uma careta a sua dose matinal de Poção Polissuco:


 


MINISTRO DA MAGIA É DEPOSTO DE SEU CARGO


 


            O atual Ministro da Magia, Cornélio Fudge, foi na tarde de ontem, 27 de outubro, demitido de seu cargo.


            Vários funcionários do alto escalão do Ministério entregaram ao, no momento ainda Ministro, uma carta que aconselhava sua demissão. Fudge se recusou a assiná-la e expulsou os funcionários de seu gabinete. Mais tarde no mesmo dia, os mesmos funcionários apresentaram o documento oficial que demitia o atual Ministro, assinado por vários funcionários de todo o Ministério, entre eles alguns da Suprema Corte dos Bruxos.


            Cornélio Fudge saiu do Ministério sem dar entrevistas.


            O indicado para o cargo de Ministro da Magia foi Thor Rowle, administrador do Departamento de Execução das Leis da Magia, que ascendeu ao seu antigo cargo rapidamente.


            “Rowle apresenta grande eficiência e inteligência quando se trata de política e administração” disse Amico Carrow, da Central de Obliviação “Ele seria um grande e poderoso Ministro da Magia e tenho certeza que tomará medidas que vão de encontro com os anseios da comunidade bruxa.”


            O novo Ministro não foi encontrado para dar entrevista. Sua secretária, anteriormente de Fudge, Dolores Umbridge, informou: “O Sr. Rowle se encontra ocupado no momento, em reunião com os demais representantes da diretoria do Ministério da Magia.”


            Quando indagada sobre sua opinião sobre a escolha do novo Ministro, Umbridge diz: “Perfeitamente, o Sr. Rowle é o mais indicado. Ele possui o dom de comandar. Justamente o que estamos precisando hoje no mundo bruxo”.


 


            Rebecca fitou a foto de Thor Rowle que tomava quase a página inteira por mais alguns instantes, pasma. Ele era um homem de expressão forte, decidida e severa, os cabelos pretos puxados para trás. A moça não ficaria surpresa se visse uma caveira com língua de cobra estampada em seu braço esquerdo se a roupa não tampasse.


            Ela jogou o jornal no chão e correu para o Salão Principal. Era domingo, quase dez horas. Ela esperava que Snape estivesse lá.


            O professor de Poções não se encontrava em seu habitual lugar à mesa, e então Rebecca correu para o gabinete de Dumbledore.


            Como esperado, Severo estava lá, conversando com o diretor seriamente.


            __ Isso é muito grave__ estava dizendo Snape__ Se o Ministério tentar influenciar Hogwarts novamente...


            __ Isso não irá acontecer__ disse Dumbledore__ Depois de nossa querida Inquisidora Dolores, eu tomei sérias providencias para que o Ministério não pudesse mais interferir em minha escola.


            Snape assentiu. Rebecca ficara calada até então, e o diretor a fitou.


            __ Esse cara__ disse ela__ Tom Rowle. Ele é perigoso. Dentre os Comensais, era um dos mais poderosos, apesar de não aparentar, sempre calado.


            __ É bom estar ciente disso__ disse Dumbledore__ Eu...


            Ele foi interrompido por uma batida na porta, que se repetiu freneticamente. Com um aceno de varinha, o diretor a abriu.


            __ Professor__ Ayame entrou__ Ah... Rebecca.... Snape...


            __ Creio que veio aqui pedir explicações para o que leu__ disse Dumbledore, sorrindo e lançando um olhar ao jornal na mão da garota__ Não poderei conversar com você agora, Ayame, tenho assuntos urgentes a resolver, mas acredito que Rebecca ficará feliz em ajudar, não?


            Ele fitou as duas pelos oclinhos e depois, lançando um olhar à Snape, saiu pela porta do escritório.


            __ Vamos até a sala comunal da Grifinória__ disse Ayame__ Harry e os outros também vão querer saber.


           


            Harry observava Hermione andar de um lado para o outro, na sala comunal quase vazia, enquanto Rony fitava a foto do novo Ministro da Magia no jornal matinal.


            Aquele motim repentino contra Fudge com certeza fora obra dos Comensais da Morte. Ele nunca ouvira falar naquele tal de Rowle, mas Carrow, que ele sabia ser um Comensal, e Umbridge estavam envolvidos: coisa boa não podia ser.


            O buraco do retrato se abriu e Ayame entrou seguida por Rebecca. A garota fitou Hermione por um momento e então a empurrou para sentar-se na poltrona.


            __ Calma, Mione__ disse ela, dando um meio sorriso__ Rebecca veio nos explicar o que aconteceu.


            A professora pegou o jornal da mão de Rony.


            __ Este, Thor Rowle, é um Comensal da Morte não tão famoso fora dos círculos de Voldemort, assim como eu era, mas ele é muito importante para os Comensais, bem poderoso entre eles. Amico Carrow__ vocês já ouviram falar dele e da irmã, Aleto, não?__ entrou no Ministério faz pouco tempo, e já é chefe da seção de Obliviação. Isso mostra como Voldemort já tinha poder dentro do Ministério mesmo antes dessa tomada.


            __ Assim como papai disse na carta__ disse Rony.


            __ O Ministério está infestado de Comensais da Morte__ continuou Rebecca__ São eles que controlam tudo agora. O ruim é que a maioria da comunidade bruxa ou não sabe disso ou não querem dizer que sabem. “O Sr. Rowle se encontra ocupado no momento, em reunião com os demais representantes da diretoria do Ministério”__ leu ela__ Aposto que ele estava é falando com os outros Comensais no comando. Talvez até com o próprio Voldemort.


            __ Isso__ começou Harry__ Isso tudo quer dizer...


            __ Isso mesmo que você está pensando, Harry__ interrompeu Rebecca. Ela olhou para os outros e seu olhar voltou para a foto de Rowle. Então, disse em uma frase a conclusão do dia:


            __ Lord Voldemort acaba de tomar o Ministério da Magia.


 


 


            O mês de Novembro chegou com os ânimos alterados em Hogwarts, pelo menos entre os que sabiam que quem na verdade controlava o mundo bruxo agora era o bruxo mais maligno de todos os tempos.


            Esse sentimento veio acompanhado por uma onda de baixas temperaturas na primeira semana do mês, com ventos e alguns dias até geadas, quando os jardins de Hogwarts amanheciam com a grama congelada; Hagrid saía por aí raspando o gelo, enquanto Carlinhos ia atrás reclamando que um dragão ali seria uma boa escolha, e Ayame ficava na cabana do meio gigante, observando, e resmungando para Canino algo do tipo “Se eu ainda tivesse meus poderes...”


            O teste de aparatação, que seria no final do mês de outubro, foi adiado devido às mudanças no Ministério; fora o que o comunicado informara, pelo menos. Assim, os testes aconteceriam somente em dezembro.


            Carlinhos, Rebecca e Ayame frequentemente informavam Harry, Rony e Hermione sobre as atitudes da Ordem que chegavam aos seus ouvidos. Até aquele momento, os membros tinham vigiado constantemente o Beco Diagonal e a casa dos Dursley.


__ Tonks disse que não agüenta mais ouvir seu primo reclamar da dieta de proteínas que a mãe dele o obriga a fazer, mas que isso é compensado pelas varias vezes que seu tio dá-lhe a maior bronca por comer doces escondido, e ele retruca dizendo que já é maior de idade__ disse Carlinhos a Harry quando conversaram sobre isso.


 O Largo Grimmauld, Hogwarts, a Toca e o Ministério da Magia também eram considerados como constantemente vigiados, pois sempre havia alguém da Ordem nesses locais. Isso diminuía um pouco a lista de possíveis locais para os ingredientes aparecerem, mas ainda havia outros lugares; o que obrigou a Ordem a fazer um sistema de rodízio entre esses locais sobressalentes.


__ Esse método não é muito eficiente__ comentara Ayame__ mas diminui as chances de não vermos que o ingrediente apareceu nesses lugares, pelo menos um pouco. Eu pedi para Dumbledore me colocar em algum desses locais, mas ele está meio relutante. Acho que no máximo vou poder ir à Hogsmeade.


Carlinhos fora escalado algumas vezes para o rodízio, e já fora à Estação King’s Cross e à Travessa do Tranco.


Porém, nada acontecera ou aparecera nessas semanas, o que aumentava ainda mais a ansiedade de Harry e os outros.


Uma coisa que distraía Harry de tudo isso eram os treinos de quadribol, que se intensificavam à medida que o novo jogo, Hogwarts contra Beuxbatons, chegava, sendo realizado no fim de semana da terceira semana do mês. Michael, um dos batedores do sexto ano, melhorara muito a sua mira nos últimos treinos. Gina dizia que ele queria era impressionar as garotas de Beuxbatons. Em geral, o time ia muito bem, mas Harry não parava de avisar para não ficarem confiantes demais.


            Foi depois de um dos treinos da sexta-feira que Harry, satisfeito com os resultados, chamou o time para conversar com Carlinhos, que fora do time em sua época, na casa de Hagrid.


Em meio à converseira, o meio gigante chamou Harry num canto e disse:


            __ Fiquei sabendo que Dumbledore vai amanhã ao Ministério da Magia. A pedido do próprio Ministro.


            Harry arregalou os olhos.


            __ Mas não conte para ninguém que eu te falei isso, einh Harry.


            __ Pode deixar, Hagrid...


            Mas é claro que a primeira coisa que o garoto fez ao voltar à torre da Grifinória foi contar o que soubera à Rony, e depois à Hermione e Ayame quando estas voltaram da aula de Runas.


            __ Rowle pediu? Isso está com cara de ser tramado__ disse Rony.


            __ Mas... será que eles vão tentar alguma coisa contra Dumbledore?


            __ Não, eles não fariam isso... fariam?


            __ Não sei...__ disse Ayame__ Mas Dumbledore sabe o que faz. Se ele for, é porque não tem perigo.


           


            O sábado chegou e eles passaram o dia com Hagrid e Carlinhos, cuidando do jardim e experimentando as várias folhas de chá que o guarda-caça havia plantado. É claro que, logo depois das seis, Ayame os fez voltar ao castelo e começar a fazer alguns deveres (que Hermione já tinha concluído.) Carlinhos acompanhou-os até o castelo.


            __ Vem, Mione, vamos fazer as palavras cruzadas do Pasquim enquanto eles fazem o dever__ chamou Ayame logo depois de jogar uma pilha de livros na mesa dos meninos__ Carlinhos, quer ajudar?


            __An... Eu acho que vou dar uma saída, na verdade__ disse o Weasley mais velho, encaminhando-se para o retrato.


            __ Saída?__ disse Rony__ Ora, todo mundo sabe onde você vai, você não engana, vai atrás da Re... ops__ fez ele ao lembrar que haviam mais pessoas na sala comunal__ ...Raquel!


            O ruivo ficou vermelho que nem o irmão mais novo quando ficava encabulado.


            __ Não é da sua conta, Ronald, e nem sua, Harry, pára de rir!__ e saiu.


            Carlinhos rumou um pouco sem notar para onde estava indo, até dar meia volta e daí sim ir até a sala de Rebecca.


            Quando chegou, ela não estava lá.


            Resolveu ir até a sala dos professores, e no caminho foi pensando. Ele gostava muito de Rebecca, realmente gostava. Não sabia de onde tinha vindo esse sentimento. No início, tinha consciência de que a maior parte era pena, e a outra fascinação por estar perto de alguém tão instável e que desafiava a todos sem saber disso, com seus próprios atos passados. Carlinhos sempre gostara de uma aventura, e isso não mudava nos relacionamentos.


            É claro que com o passar do tempo foi conhecendo melhor aquele enigma que para ele era Rebecca Vermefire. Ele sabia que muita gente não entendia porque ele se aproximara dela. Afinal, ela não era tão difícil de se entender assim, não? Talvez seus atos nesse momento fossem fáceis, mas ele sabia que havia muito mais por detrás de tudo o que ela pensava, falava e fazia. E além de tudo, não sabia de sua historia, e a perspectiva de descoberta o fascinava ainda mais.


            Mas Carlinhos entendia bem que Rebecca, nesse momento de sua vida, não precisava de somente um namorado ou algo do tipo. Ela precisava ser aceita, e por mais que parecesse que tudo estava caminhando para esse fim, ele sabia que ela estava muito insegura em relação a isso ainda. Seu objetivo era outro no momento, e ele sabia respeitar isso.


            Mas esse não era motivo para que optasse por ficar longe dela.


            O Weasley chegou à sala dos professores, bateu à porta e antes que alguém respondesse, entrou.


            Dentro da sala, estavam Severo Snape, a prof. MacGonagall, Rebecca e o prof. Dumbledore.


            __ Opa, desculpem__ disse o ruivo__ Não queria interromper a reunião.


            __ Não se preocupe, Sr. Weasley, entre__ disse o diretor. Ele estava com roupas de viagem e com a expressão séria. Provavelmente acabara de voltar do Ministério da Magia__ Será um prazer têlo como participante desta reunião.


            Carlinhos sentiu que alguém com cabelos oleosos ali discordava ligeiramente da opinião do diretor.


            __ Como eu estava lhes informando__ continuou Dumbledore enquanto o ruivo sentava-se ao lado de Rebecca, lançando-lhe um sorriso__ O Ministro foi muito cordial comigo. Fez um discurso sobre seus anseios sobre os jovens bruxos que estamos formando aqui em Hogwarts que, ao meu ver, foi muito belo. Disse que era muito importante, principalmente agora, que o Ministério fiscalizasse a escola, para que não ocorresse novamente o que aconteceu com o garoto Malfoy, e enfatizou que o que ele, como Ministro, mais deseja, é a proteção dos alunos. Decretou que mandaria um inspetor à Hogwarts em pouco tempo. Contudo, Rowle caiu na pequena armadilha em que os calouros que lidam comigo sempre caem e perguntou minha opinião. É claro que respondi-lhe que ele era tolo em pensar que o Ministério poria as mãos em Hogwarts novamente.


            __ E o que ele fez?__ perguntou


            Dumbledore piscou.


            __ Nada. Ele ficou um pouco abalado com minha resposta, mas Rowle sabe esconder suas reações muito bem. Disse que lamentava minha opinião, e eu saí.


            __ Mas ele não vai deixar por isso mesmo. Agora que o Ministério está nas mãos de Voldemort, mesmo que indiretamente__ disse Rebecca__ ele com certeza vai querer tentar controlar Hogwarts.


            __ Veremos o que acontecerá__ respondeu Dumbledore calmamente. Ele encaminhou-se em direção à porta e antes de sair, parou e disse__ Mas não deixarei o Ministério da Magia interferir em minha escola. Principalmente agora.


 


           


            Depois de jantarem juntos, Rebecca e Carlinhos foram até a sala comunal da Grifinória para avisarem os outros sobre o que tinham sabido sobre Dumbledore no Ministério.


            __ Espera...__ disse o ruivo antes de entrarem__ Você acha melhor entrarmos separados? Porque... você sabe... eles enchem o saco...


            Rebecca piscou e então riu.


            __ Não seja bobo. Você não deveria se importar com isso. Você é o mais velho dos irmãos que estão aqui!


            __Ora... e você, não se importa?


            __ Deixei de me importar com o que os outros pensam já faz um tempo.


            Carlinhos ergueu a sobrancelha.


            __ É claro que esse outros não inclui sua irmã, não é?


            Rebecca franziu a testa e não respondeu.


            Ayame e Harry estavam conversando juntinhos em um canto enquanto Hermione lia um livro e Rony cochilava na poltrona.


            __ Acorda aí, ô babão__ chamou Carlinhos.


            Rony deu um pulo e os outros se voltaram para os recém chegados. Rebecca relatou-lhes o que sabiam.


            __ Ainda bem que Dumbledore disse isso para o tal Rowle__ disse Rony__ Não iríamos agüentar outra Umbridge aqui.


            __ Mas não seria uma Umbridge__ disse Harry__ Seria algo muito pior. Talvez um Comensal que saísse prendendo todo mundo nas masmorras.


            __ Se o Ministro mandasse alguém para supervisionar Hogwarts__ disse Hermione__ eles encontrariam muita dificuldade para fazer isso. Sabe, Dumbledore não deixaria.


            __ E nem a gente__ completou Harry__ Seria a volta da Armada de Dumbledore.


           


            A terceira semana de novembro chegou, e no sábado seria o segundo jogo do Interescolar. Harry preparava os jogadores psicologicamente, conversando com eles quando possível, pois os professores estavam apertando cada vez mais a matéria do sétimo ano.


            Na quarta, Harry e Rony não tinham a primeira aula, então foram até o campo de quadribol para treinar. Ayame foi com eles, dizendo que iria assistir, mas Harry sabia que ela só queria fazer companhia, pois levava um livro de romance para ler.


            Harry mal havia montado na Firebolt quando alguém gritou seu nome. Ele se virou e viu Sam, seu artilheiro, correndo em sua direção, acompanhado de seu amigo Frodo (Senhor dos Anéis rules total LOL!).


            __ Capitão__ disse ele, jogando uma página de jornal para Harry__ Você viu isso??


            Harry franziu as sobrancelhas e abriu a página do que seria o Profeta Diário. Rony se aproximou dele e Ayame correu para alcançá-los o mais rápido possível.


           


HOGWARTS _ O EXEMPLO DE DESRESPEITO


DIRETOR SE RECUSA A ACEITAR MEDIDAS


 


            O novo Ministro da Magia, Thor Rowle, em menos de um mês de mandato, já demonstra seu caráter reformador quando anunciou que desejava fazer algumas modificações na estrutura de ensino da comunidade bruxa da Grã-Bretanha. Para isso, em discurso no dia de ontem, Rowle determinou algumas pequenas mudanças no material didático para os próximos anos, entre outros.


            Contudo, o caráter mais importante de seu projeto foi este, explicitado em um trecho de seu discurso:


            “Em minha análise de reforma, constatei que seria de extrema importância que fosse criado uma comissão de inspetoria para as instituições educacionais. É claro que a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts se encaixaria perfeitamente nesse projeto. Além de ser a principal instituição de ensino de magia na Grã-Bretanha, Hogwarts possui algumas peculiaridades importantes. Nesse sentido, destaco o caso ocorrido ano passado com o garoto Draco Malfoy, que foi responsável pela entrada dos chamados Comensais da Morte nos terrenos da escola. Creio que a comunidade bruxa não desejaria que o caso se repetisse, por isso no meu projeto há a nomeação de um inspetor para a escola. Esse inspetor fiscalizaria os alunos e professores no sentido de antever outra tragédia como essa e, o mais importante, supervisionar o ensino, para que nossos jovens tenham a melhor formação possível.


            Em meus anseios de melhorar a educação, porém, eu procurei a autoridade máxima da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, o diretor Alvo Dumbledore. Sinto lhes informar que o diretor não compartilhou de minhas opiniões e proibiu a entrada de um agente do Ministério em sua escola”.


            O diretor Dumbledore apresentou sua credencial de administrador de Hogwarts, que permite a ele vetar decisões do Ministério da Magia sobre a escola, mesmo a instituição sendo pública. A credencial foi criada no mandato de Cornélio Fudge, e os assessores do atual ministro informaram que infelizmente não há como regredir na criação da credencial.


            Sendo assim, o ministro Rowle disse duras palavras a respeito do diretor de Hogwarts e lamentou não poder mudar a situação.


 


            __ É isso aí, Dumby!__ exclamou Rony__ Ele estava falando sério quando disse que o Ministério não ia mais interferir em Hogwarts.


            __ Dumbledore não brinca com os assuntos de Hogwarts__ disse Ayame.


            __ Vocês terminaram de ler?__ indagou Sam__ Leiam!! A parte mais importante está aí embaixo!


 


No mesmo dia, a secretária do ministro, Dolores Umbridge, anunciou alguns decretos e medidas que foram tomadas em relação à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Entre elas, está o cancelamento da série de jogos de quadribol do Campeonato Interescolar, já que a escola-sede era Hogwarts. Segundo Dolores, a possibilidade de mudança da sede foi analisada, mas devido às distancias das escola de Beuxbatons e Drumstang serem grandes para serem feitas no momento de cuidado devido aos Comensais da Morte e de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, foi optado pelo cancelamento do evento.


Mais informações podem ser encontradas na página 20 com um entrevista exclusiva com a secretária-sênior.


 


__ COMO É QUE É?__ exclamou Rony ao terminar de ler.


__ EXATAMENTE!!__ disse Sam, acompanhado por resmungos de Frodo.


__ Não acredito que eles fizeram isso!!__ disse Harry__ Eles... eles... de novo não...


__ Ora__ fez Ayame__ Umbridge nunca gostou de quadribol, vocês sabem disso. E além disso, apesar de cancelar o campeonato ser um pouco ruim....


            __ Um pouco ruim???


            __ ... ter um inspetor do Ministério aqui seria mil vezes pior__ continuou Ayame, lançando um olhar severo à Rony.


            Os garotos tiveram que concordar, relutantes.


            __ Eu não acredito__ reclamava Frodo enquanto voltavam para o castelo__ Ia ser meu primeiro jogo...


            __ Ei__ disse a garota__ Vocês dois não deviam estar na aula, não?


            __ Então né__ disse Sam, cocando a cabeça__ Achamos que avisar o Harry era de máxima importância...


            Ayame arqueou uma sobrancelha e colocou as mãos na cintura, mas não deu bronca. Os garotos foram para a aula e ela acabou indo para a biblioteca ler seu romance sossegada.


            A próxima semana foi tensa em Hogwarts. Além do cancelamento do Interescolar, o Ministério abriu um processo na Corte dos Bruxos contra Hogwarts por esta pagar salários a elfos domésticos.


            __Isso é inaceitável!!__ exclamou Hermione indignada__ Eles não podem punir Hogwarts diretamente, então ficam...ficam... o que os coitados dos elfos domésticos tem a ver com a história, pelo amor de deus???


            Ayame conversou com Tiny sobre isso, e ela contou que, se fosse preciso, a maioria dos elfos domésticos aceitariam não receber mais salários por um tempo só para livrar a escola desse processo.


            __ A idéia foi de Dobby, srta. Ayame, Dobby sempre tem idéias boas e ele sabe convencer os outros elfos a concordar com suas idéias__ relatou a elfa, torcendo a ponta do vestido, encabulada.


            Essas más notícias sobre Hogwarts fizeram com que alguns pais tirassem seus alunos da escola. A maioria eram alunos do primeiro e segundo anos, mas alguns dos anos mais avançados também deixaram a escola.


            __ Porque estão todos indo embora?__ indagou Rony quando conversavam sobre isso__ Ora, Dumbledore nunca fez nada biruta antes, não relacionado com Hogwarts. O que essas pessoas temem? E aliás, estamos tão perto das férias de Natal!!


            __ As pessoas confiam mais no Ministério do que em Dumbledore__ respondeu Harry__ Elas acham que ele é velho.


            __ Ela não acham, ele é velho__ disse Ayame__ O que não quer dizer que tenha perdido sua sabedoria e inteligência.


            Passados alguns dias, mais um baque: houve boatos de que os nascidos trouxas não estavam seguros em Hogwarts. Foram somente boatos, contando coisas sobre a Câmara Secreta, e por mais que Dumbledore garantisse que estava tudo bem e que até o próprio Harry falasse para quem ele conhecia que obviamente a Câmara não fora aberta (já que ele mesmo matara o monstro que residia nela), vários nascidos trouxas deixaram a escola.


            Rebecca estava a par dessas situações, mas o que ela temia mesmo era que Voldemort divulgasse que ela era uma Comensal. Seria um golpe perfeito, o que faria com que Hogwarts pudesse ser fechada pelo Ministério no ato. Mas alguma coisa dizia a ela que não era fechar Hogwarts que Voldemort queria. Mesmo assim, ela não tranqüilizava-se.


            Sendo assim, ouvir os alunos comentando que tinham ouvido um boato de que havia um Comensal da Morte lecionando em Hogwarts, no comecinho de dezembro, não foi nada bom para ela. Rebecca, ao final da aula, saiu desesperadamente para a sala dos professores.


            __ Acalme-se__ disse Snape ao vê-la chegar ofegando sem ar e tentando falar__ Uma grande parcela do mundo bruxo sabe que eu já fui um Comensal da Morte. Eles estão falando de mim. O boato foi só para assustar.


            Rebecca não acalmou-se muito, até que Snape a levou para o Salão Principal, onde ela ouviu outro grupo de alunos avaliando quem supostamente seria o Comensal, e ouvir algo do tipo:


            __ Bom, a prof. Raquel não é, com certeza. Ela é um amor, não tem como.


            __ É, nem passou isso pela nossa cabeça, apesar de ela saber bastante sobre as Artes das Trevas.


            __ Eu já disse que é o Snape, ele era um Comensal, minha mãe me contou...


            __ Ora, mas se todo mundo sabe que ele era um Comensal, não é ele; tem que ser uma pessoa nova. Eu voto na Trewlaney, vocês lembram o que ela falou aquele dia aqui no Salão, pra todo mundo ouvir? Bem estranho...


            Isso acalmou os nervos de Rebecca. Dezembro, porém, foi marcado por várias carteiras vazia nas salas de aula.


            Contudo, o mês só estava começando.

Oii pessoaaal
eu estou tentando deixar os capitulos um pouco mais longos (nao sei se estou conseguindo ¬¬) p/ nao dar mtos capitulos no final.
qualquer coisa, é só comentar!
Bjoooos!!! Tomara que estejam gostando, a partir do cap. que vem as coisas vao esquentar! uhu!
Bye!

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