A nova varinha de Rebecca



Cap. 34


 A NOVA VARINHA DE REBECCA


            No sábado, Rebecca foi até o Beco Diagonal comprar uma varinha nova para si mesma. Ela não se arrependia nem um pouco de ter dado sua varinha em troca do ingrediente. Mas, principalmente sendo professora de DCAT e foragida do Ministério, ela tinha que ter uma varinha. E seria até legal comprá-la bem ali pertinho do ano novo.


            Ela pegou um frasco extra de Poção Polissuco com Snape e foi andando até Hogsmeade, de onde aparatou até a frente do Caldeirão Furado. De lá, entrou no Beco Diagonal, a rua movimentada onde quase todo bruxo fazia suas compras.


            Primeiramente, foi até o banco dos bruxos, o Gringotes. Ela tinha uma pequena conta lá, onde depositava o dinheiro que recebia de Hogwarts e o dinheiro que ganhara antes de se tornar Comensal. Pegou alguns galeões e foi tomar um sorvete na Florean Fortescue antes de ir até a loja de varinhas.


            A loja de Olivaras ficava a alguns minutos da sorveteria. Rebecca se postou na frente da vitrine com uma única varinha exposta numa almofada púrpura. Abriu a porta, fazendo um sininho tocar em algum lugar ali dentro. A loja era cheia de prateleiras lotadas de caixas. Rebecca encontrou um banquinho de madeira na frente do balcão empoeirado e sentou-se, esperando ser atendida.


            Ela sobressaltou-se ao ouvir um barulho no fundo da loja, mas logo um homem de cabelos brancos, magro e enrugado apareceu.


            __ Boa tarde, senhorita...


            __ Raquel Bungee, senhor Olivaras. Boa tarde__ Rebecca estendeu a mão para cumprimentar o homem e sorriu. O velho apertou sua mão fitando analiticamente seus olhos.


            __ Oh, a nova professora que leciona em Hogwarts.


            __ Sim__ respondeu a moça.


            __ Creio que esteja aqui à procura de uma varinha? Não é usual que uma professora não tenha uma varinha.


            __ Sim__ disse Rebecca meio sem graça.


            Olivaras virou-se de costas para ela e começou a fitar as prateleiras.


            __ O que aconteceu com a sua varinha?


            __ An... Ela quebrou-se quando fazia uma demonstração na aula.


            O velho olhou ligeiramente para ela.


            __ Uma pena... grande pena... uma varinha é sempre única, insubstituível... Como era a sua antiga varinha?


            __ 25 centímetros, carvalho, escama de dragão.


            O velho voltou-se novamente para as prateleiras.


            __ Vejamos o que temos aqui para a senhorita...


            E desapareceu entre as caixas.


            Rebecca sentou-se novamente, esperando. Ela ouvira falar que Olivaras não esquecia uma única varinha que vendia. Ficou imaginando se ele saberia quem ela realmente era pela descrição de sua varinha.


            O velho voltou momentos depois com uma caixa. Abriu-a e retirou delicadamente a varinha de dentro dela, entregando-a a Rebecca.


            __ 27 centímetros, carvalho, fibra de coração de dragão.


            A moça pegou a varinha e a sacudiu no ar. Nada aconteceu.


            __ Como eu imaginava...__ disse Olivaras, voltando novamente para as prateleiras.


            Ele voltou logo depois com outra caixa.


            __ Tente esta aqui. 26 centímetros, cerejeira, pêlo de unicórnio.


            Rebecca ergueu uma sobrancelha. Aquela varinha era quase o oposto da sua antiga. Estendeu a mão e a segurou.


            A moça sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Exatamente igual ao que acontecerá há muito tempo atrás, quando ela comprara sua primeira varinha. Rebecca apontou para algo aleatoriamente e um raio prateado saiu da varinha, acertando o alvo perfeitamente.


            Ela olhou espantada para Olivaras, que sorria.


            __ Creio que vai levar essa.


            Rebecca sacudiu a cabeça entusiasticamente, e encaminhou-se para o balcão da loja.


            __ Essa varinha é muito diferente da minha anterior__ comentou ela estendendo o dinheiro.


            __ Algumas pessoas passam por muitas transformações durante a vida. O seu tipo de varinha também acompanha essas transformações__ respondeu o velho.


            Rebecca piscou. Olivaras continuou:


            __ A sua nova varinha mostra quem você realmente é agora.


            __ Obrigada, senhor Olivaras__ a garota sorriu e encaminhou-se para a porta.


            __ Dê um alô à sua irmã Ayame por mim__ disse o velho lá de dentro.


Rebecca virou-se apreensiva, o coração batendo forte pelo medo de ter sido descoberta,  mas não havia mais ninguém a vista dentro da loja. A porta se fechou lentamente à frente dela. A moça suspirou e começou a caminhar em direção ao Caldeirão Furado.


O garçom do Caldeirão, Tom, estava em frente ao bar, apontando para uma sacola de lixo, que desapareceu. Rebecca abriu a boca para dar um alô quando aconteceu.


Um barulho ensurdecedor se fez ouvir, e uma rajada de ar quente varreu Rebecca e as outras pessoas na rua. A moça virou-se rapidamente e viu a loja da qual acabara de sair pegando fogo. Ela correu até lá, gritando:


__ Senhor Olivaras! Aguamenti Maximus!


Os jatos de água que saiam de sua varinha de repente foram desnecessários, porque o fogo cessou repentinamente. A garota parou ofegante.


__ Senhor Olivaras!__ gritou caminhando para dentro da loja em ruínas.


De repente, uma voz rouca e grossa falou, e Rebecca arrepiou-se ao ouvir o que dizia.


__Morsmordre!


A moça correu para onde ouvira a voz, lançando feitiços estuporantes aleatórios, mas ao chegar lá não havia ninguém.


Só havia, flutuando no ar acima de sua cabeça, uma caveira de boca aberta, de onde saía uma cobra como uma língua.


A Marca Negra.


 


Rebecca voltou o mais rápido possível para Hogwarts. Quando caminhava depressa em direção ao castelo, Carlinhos a alcançou.


__ E aí? Quero ver sua nova varinha!


__ Carlinhos, agora não... Preciso avisar o prof. Dumbledore imediatamente.


__ O que aconteceu?__ ele apertou o passo para alcançá-la.


__ Os Comensais da Morte sequestraram Olivaras.


O ruivo parou de repente e entao andou mais rápido ainda para acompanhar a moça que agora corria.


Ambos entraram no castelo sob olhares curiosos dos estudantes que estavam no Saguão, e antes de irem em direção ao gabinete do diretor, Harry e Rony, que voltavam do Salão depois de jantar, os viram e os alcançaram:


__ Que pressa é essa?__ perguntou o moreno, baixinho.


Rebecca disse o mesmo que dissera a Carlinhos.


Os dois amigos se entreolharam e também acompanharam rapidamente os outros dois.


Dumbledore não estava em seu gabinete, mas sim na enfermaria tomando chá com Madame Promfey.


__ Ora, que baderna é essa?__ reclamou a enfermeira ao ver os quatro entrando com tudo no local.


Rebecca não esperou os cumprimentos de Dumbledore e já foi dizendo:


__ Olivaras foi levado pelos Comensais da Morte. Foi logo depois de eu comprar minha nova varinha __ ela girou-a nos dedos__ mas acho que eles não me viram.


Dumbledore franziu as sobrancelhas.


            __ Carlinhos, você pode mandar uma carta a Olho Tonto para mim? Avise-o do que aconteceu e peça para que tome providencias.


            Rebecca sentou-se em uma cadeira que sobrava na mesa de chá.


            __ Ele sabia quem eu era, Olivaras sabia__ disse ela__ Mas acho que não falará nada. Mas... não sei, Voldemort pode conseguir tudo....


            __ Pelo o que eu conheço de Olivaras__ disse Dumbledore__ Ele não dará informações facilmente.


            __ Mas é isso?__ indagou Rony__ Sequestraram ele por informações? Aposto que tem gente que sabe muito mais que ele, pessoas da Ordem por exemplo.


            Nem Dumbledore nem Rebecca responderam, mas se entreolharam e entao o diretor lançou um olhar para Harry, que fitava a janela com a testa enrugada. Ele já sabia a resposta da indagação de Rony, pensara naquilo na hora em que Rebecca anunciara o que ocorrera. O moreno devolveu o olhar e, suspirando, respondeu a pergunta do amigo:


            __ Não foi por causa de informações__ disse ele__ Foi por causa das varinhas.


            Rony continuava com a testa franzida. Harry virou-se para ele:


            __ Olivaras era o único que poderia fazer a varinha. A nossa varinha.


            __ A varinha que derrotaria Voldemort__ completou Rebecca.


 


            Harry e Rony encontraram Hermione e Ayame na sala comunal e contaram as notícias. Hermione ficou aflita:


            __ Ele era a única pessoa na Grã-Bretanha que sabia fabricar uma varinha!


            Ayame parecia preocupada, mas disse:


            __ De qualquer maneira, precisamos focar em encontrar os outros ingredientes. Quando tivermos os três na mão, daí pensamos no que iremos fazer a respeito disso.


            Os outros concordaram, um pouco relutantes. 


            Janeiro chegou e as nevascas fortes começaram a ir embora. As aulas voltaram na segunda semana do mês. Hermione começava a fazer Harry e Rony repetirem quase tudo o que eles tinham visto em cada aula na hora do almoço e entao no fim de cada dia.


            __ Vocês vão me agradecer depois que passarem com boas notas no N.I.E.M.’s por causa disso__ disse ela quando Rony ameaçou reclamar, na hora do almoço da sexta.


            __ Eu não duvido disso__ disse Ayame bebericando seu suco.


            Quando Rony e Hermione saíram meio discutindo da mesa, Ayame chegou mais perto de Harry e disse:


            __ Tenho uma coisa pra você, de aniversário muito atrasado.


            __ Ora, eu disse que...


            Ela enfiou um bolinho de atum na boca dele.


            __ Amanhã à noite, oito horas, na torre de astronomia.


            E levantou-se, correndo atrás de Hermione, deixando Harry mastigando sozinho na mesa da Grifinória.


            No sábado à tarde, Ayame chamou Hermione e ambas foram até a sala de Rebecca a pedido desta última.


            __ Ela disse que precisava da nossa ajuda__ explicou Ayame.


            __ Pra quê?


            __ Pra quê você acha? É claro que é para um encontro.


            As teorias de Ayame acabaram sendo comprovadas quando as garotas entraram na sala e encontraram um monte de roupas espalhadas nas cadeiras e um espelho enorme que não havia antes ali, na parede da esquerda.


            __ Vocês chegaram!


            __ É, com certeza você precisa da gente__ disse Mione, pegando algumas roupas do chão.


            __ Carlinhos disse que esse encontro seria especial__ disse Rebecca__ Quero estar bem bonita.


            __ Você sempre foi muito vaidosa__ disse Ayame, empurrando a irmã em direção ao fundo da sala.


            __ Ele até pediu para ir sem a Poção! Disse que no lugar em que iríamos ninguém ia nos ver.  Mas não sei... da ultima vez que fiz isso, vocês sabem o que aconteceu...


            Ayame e Mione se entreolharam.


            __ Isso parece especial mesmo. O que será que seu cunhado está tramando, Mione?


            __ Eu não sei, mas acho que Rebecca poderia ir com um vestido um pouco comprido demais, entao ela deixa de tomar a Poção e volta ao normal, e entao não teríamos o problema de você ser mais alta que essa trouxa, não é?


            __ Hum, é uma boa idéia...


            As três passaram mais ou menos uma hora escolhendo o bendito vestido para a moça. Quando o relógio da sala bateu sete horas, Ayame apressou a irmã e se despediu.


            __ Você não é a única que tem encontro hoje! Eu tenho que ir.


            __ Parece que vou ficar sozinha hoje entao!__ reclamou Mione enquanto voltavam para a sala comunal.


            __ Ora, vá passear com o Rony.


            __ Ele tem outros planos__ ela fungou__ Ele vai espionar o encontro da Gina com o Dino.


            Ayame balançou a cabeça, indignada.


            Harry saiu do banheiro e perguntou a Rony se estava bem.


            __ Eu einh, Harry, até parece que é seu primeiro encontro com a Ayame__ disse o ruivo espalhado na cama__ Vocês já vão fazer um ano de namoro!


            O garoto não respondeu e antes de sair, disse:


            __ E você não estrague o encontro da Gina!


            Ele chegou ao pé da escada da torre de astronomia exatamente às oito horas, mas como esperado Ayame não estava lá ainda. Ela porém não demorou a chegar, de saia e blusa verde-claro.


            __ Oi.


            __ Oi, Harry. Hum, como você está chique__ ela riu, dando-lhe um beijo.


            __ Ora, eu achei que...


            __ Não se preocupe, eu estou brincando__ disse ela, sorrindo__ Mas bem que você podia abrir um pouco os botões dessa camisa...


            __ Ayame!


            Ela corou com a própria brincadeira e disse para entrarem. Eles subiram as escadas e empurram a porta pesada da torre.


            __ Ué, ta aberta__ disse Ayame__ Eu pensei que estaria trancada porque...


            Ela calou-se e empurrou Harry para trás, fechando um tanto a porta e deixando-a entreaberta.


            __ O que foi?


            __ Olha, ali dentro!


            Harry espiou e viu duas pessoas sentadas numa mesa arrumada no meio da torre, perto do telescópio, jantando e rindo. Ele não demorou a identificá-las como Carlinhos Weasley e Rebecca Vermefire.


            __ Eu não sabia que eles estariam aqui!__ sussurrou Ayame__ Rebecca me disse que ia sair, mas... Droga, ela gosta tanto de estrelas, eu devia ter imaginado!


            __ Quer ir pra outro lugar?


            __ Tá brincando?__ Ayame olhou pra ele__ Eu sempre quis espionar um encontro da Rebecca, desde quando era criança!


            Harry ergueu uma sobrancelha mas não disse nada. Os dois ficaram olhando pela abertura da porta e tentando ouvir. Harry queria ter uma daquelas Orelhas Extensíveis naquela hora.


            Carlinhos e Rebecca conversavam animadamente. De repente, Ayame e Harry ouviram alguém rindo lá embaixo e subindo as escadas aos tropeções.


            __ Shh!!__ Ayame correu para a escada silenciosamente e encontrou Dino e Gina__ Calem a boca! Ou vão se pegar em outro lugar!


            __ O que você está fazendo aqui?__ perguntou a ruivinha__ O Harry ta aí em cima, einh?


            __ Fala baixo, Gina__ disse a outra__ Eu e Harry não estamos fazendo nada... quer dizer, estamos espionando um encontro do seu irmão mais velho com a minha irmã.


            Gina abriu um sorriso.


            __ Sério? Meu sonho sempre foi espionar um encontro deles!


            Os dois juntaram-se a Harry e Ayame. Dentro da torre, o outro casal continuava a conversar.


            __ Eles estão nessa há quanto tempo?__ perguntou a ruivinha__ Que encontro sem graça.


            Eles ouviram de repente mais um par de pés subindo as escadas da torre, conversando. Dessa vez, foi Harry quem levantou-se e foi ver quem chegava.


            __ Ah, Harry! Droga, esqueci completamente que você e Ayame iam estar aqui...


            __ Hermione!__ Ayame veio atrás de Harry__ Ora ora, você convenceu Rony a não ir mais atrás de você-sabe-quem...


            __ Falando nisso, eles estão aqui com a gente__ disse Harry.


            __ O que vocês quatro estão fazendo aí em cima?__ indagou Rony.


            Harry explicou e os dois juntarem-se entusiasmadamente aos outros.


            Os três casais ficaram observando o outro até que Gina falou novamente:


            __ Poxa, eles só sabem conversar? To cansando... pensei que o Carlinhos era mais pegador!


            __ Não fala assim do seu irmão__ disse Hermione__ Eles estão indo com calma ué...


            __ Eu normalmente concordaria com a Mione__ disse Ayame__ Mas desta vez isso também tá me entediando... Já sei!


            A garota pegou sua varinha e colocou um feitiço Desilusório em todos ali, inclusive nela mesma. Entao, abriu um pouco mais a porta, lançou mais um feitiço em sua garganta e começou:


            __ There you see her, sitting there across the way...


            Rebecca quase deu um pulo lá dentro.


            __ Quem está cantando?__ perguntou Carlinhos, olhando ao redor.


            __ Eu conheço essa voz...__ Rebecca apertou os olhos.


            __ She don’t got a lot to say, but there’s something about her...


            A moça levantou-se e andou rapidamente em direção à porta, que Ayame fechou rapidamente.


            __ And you don’t know why, but you’re dieing to try...


            Rebecca não conseguiu abrir a porta, mas a voz continuava a cantar em alto e bom som.


            __ Vamos, Reb, deixe cantar...


            A moça voltou a sentar-se.


            __ You wanna Kiss the girl...


            Rebecca corou e olhou de esgueira para o moço do outro lado da mesa, que continuava olhando para os lados, meio maravilhado.


            __ Yes, you want her... Look at her, you know you do... Possibly she wants you too, there’s one way to ask her... Kiss the girl...


            Do lado de fora, Gina ria, apoiando o plano de Ayame, e eles entreabriram novamente a porta para observar. Ayame continuou:


            __It don’t take a word, not a single word, go on and... kiss the girl...


            Lá dentro, Rebecca corava ainda mais, e ficou vermelha quando Carlinhos disse, rindo um pouco sem graça:


            __ Até parece que está cantando pra mim...


            __ Oh my, look at the boy, too shy, ain’t gonna kiss the girl... ain’t that sad? This is a shame, too bad, he gonna miss the girl...


            Carlinhos levantou-se e andou em direção à porta também, mas não fez nada, visivelmente nervoso.


            __ Eles parecem dois adolescentes que nunca beijaram ninguém antes__ disse Rony, rindo.


            __ Don’t be scared, you got the mood prepared, go on and kiss the girl... don’t stop know, don’t try to hide it how you wanna kiss the girl...


            Ele virou-se para mesa, onde Rebeca tinha levantado-se também.


            __ The music plays, do what the music says, go on and kiss the girl....


            Carlinhos e Rebecca deram um passo em direção ao outro...


            __ Go on and kiss the girl...


            Eles se aproximaram...


            __ You gotta kiss the girl...


            Do lado de fora, todos espiavam ansiosos.


            __ Go on and kiss the girl... oh, oh, kiss the girl!!


            Bem no momento em que a música acabou, Dino, que tentava olhar por cima da cabeça de todos, caiu em cima deles.


            __ Aaah!


            __ Sai de cima!!!


            Quando o bolinho de gente se desfez, Ayame abriu a porta com tudo, temerosa de ter perdido a parte mais legal da coisa.


            Suas preocupações foram infundadas, porém. Ali no meio da sala, Rebecca e Carlinhos ainda se beijavam, totalmente desinteressados do resto do mundo. A garota fechou a porta lentamente e deixou-os.


            Ela sorriu para os outros. Eles não falaram nada para não atrapalhar o momento, e entao cada casal começou a seguir seu caminho ( Na verdade, Rony e Hermione foram atrás de Gina e Dino logo após a saída destes, por insistência do ruivo é claro). Harry e Ayame desceram as escadas e pararam numa das janelas panorâmicas do castelo.


            __ Eu queria a torre de astronomia para podermos ver as estrelas__ disse Ayame__ Mas daqui também dá pra ver, não é?


            __ Aqui está ótimo__ respondeu Harry, abraçando-a.


            Ela pediu para Harry fechar os olhos.


            __ Vai logo, é para te dar o presente.


            O garoto fechou, esperando. Ayame disse que podia abrir e estendeu na frente dele uma corrente de prata com um pingente de prata quadrangular. Harry a pegou.


            __ Abra o pingente__ pediu a garota.


            Harry abriu, e dentro havia uma foto de ambos, rindo felizes.


            __ A corrente era do meu pai__ disse a garota__ Não é um objeto mágico, é trouxa, minha mãe que deu ao meu pai. Mas achei que você ia gostar. Sabe, pra lembrar de mim quando você quisesse.


            __ Eu adorei, obrigado__ respondeu Harry,beijando-a delicadamente. Os dois ficaram fitando o céu pelo vidro da janela, abraçados, até que Ayame disse:


            __ Meus pais pareciam felizes antes de tudo acontecer. E os seus também, Harry Eu quero que nós sejamos felizes também.


            Harry beijou sua testa.


            __ Nós vamos ser.


            Uma estrela cadente passou no céu.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.