O Fantasma da Mansão



CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
O Fantasma da Mansão



A Equipe Espártaco permaneceu mais quatro dias na Fortaleza de Gelo, para esperarem por outro possível ataque. Porém ele não veio, e no quinto dia, pela manhã, Harry decidiu que era a hora de partir.
A estrela da manhã saiu tímida de traz das montanhas enevoadas. O Sol governava a manhã com sabedoria, como em todos os dias, iluminando o mundo inteiro.
Porém bem antes dele surgir, Harry já havia planejado o próximo passo de sua missão. Sabia que o próximo Horcrux era o medalhão de Slytherin. E tinha na cabeça uma idéia ousada, porém ele confiava nela.
Harry acreditava que a Horcrux do medalhão de Salazar estaria onde ele habitou, antes de fundar Hogwarts.
Quando Snape fez Draco desaparecer, Harry o viu sibilando o local para onde havia o mandado.
Ainda no seu quarto, Harry soltou um sorriso, pois sabia que estava perto de descobrir mais um Horcrux de Voldemort.
- Rony! Acorde! – falava Harry, balançando o corpo pesado do amigo ruivo.
- Quecequé? - falou Rony ainda dormindo, a mensagem correta seria: O que você quer?
- Iremos partir hoje, mas antes temos que falar com a rainha Galatza!
Rony se levantou no mesmo instante, parecia atordoado.
- Ah Harry! Mas já? Você nunca se cansa? – perguntou ele.
- É lógico que sim! Mas pense bem, a cada dia ativo nosso, é um dia a menos para o fim dessa guerra. – a tentativa não animou Rony, porém ele se levantou como o amigo desejava.
A próxima vitima de Harry fora Jonx, ele o fizera levantar logo em seguida à Rony. E por sorte - e colaboração – quando eles saíram do quarto todos os outros membros da Equipe Espártaco já estavam de pé.
- Já mandei chamar Líforn – falou Lupin, parecendo alegre, sem muitos motivos aparentes.
Em poucos instantes, o elfo-guia deles, durante a estadia na Fortaleza de Gelo chegou.
- Muito bem... Infelizmente soube que irão partir hoje, e que desejam falar com a rainha Galatza.
- Exatamente – concordou Harry.
- Pois bem, então vamos! – Líforn andou em direção ao palácio, guiando todos, embora eles já soubessem o caminho.
Quando chegaram, o tapete vermelho estava preto, em sinal de luto, pela morte do rei elfo que havia morrido no dia anterior. Todos os guardas usavam uniformes negros também, e Harry pensou, que se o ataque fosse naquele dia, ele não saberia distinguir quem era guarda e quem era Comensal da Morte.
A Equipe Espártaco prosseguiu por entre as fileiras de guardas e chegou defronte ao trono da rainha.
Eles se curvaram, diante dela, que começou um discurso depressivo.
- Todos nós sofremos nestes últimos dias, onde ocorreu uma das maiores batalhas de nossa história e felizmente saímos vitoriosos dessa também. Porém perdemos alguém muito especial, principalmente a mim. Não declaro que a culpa tenha sido de algum humano ou elfo, a culpa simplesmente foi, do bruxo das trevas que o assassinou. Agradecemos pela confiança da Equipe Espártaco e de toda a Ordem da Fênix, depositada em nós. Peço para que mandem lembranças minhas para Minerva McGonagall e declaro aqui, oficialmente que vocês são Aliados dos Elfos. Para demonstrar isso aceitem o anel com o sinal de amizade. Aga Gurgh Töw.
Líforn apareceu trazendo numa almofada vermelha, vários anéis. Harry apanhou um e colocou-o no dedo.
Terminada a formalidade, a rainha se levantou do trono e desceu os três degraus que separava ela dos bruxos e abraçou em primeiro lugar, Harry. Era um abraço forte e caridoso.
- Até mais, pequenino. Sempre se lembre dos elfos, e na próxima batalha, se precisar sempre iremos te ajudar.
Após despedir-se de todos, eles caminharam até os portões, onde se despediram também de Líforn e de Jynn.
- Até mais, Líforn. Obrigado por tudo... Tudo mesmo. Qualquer dia vá você visitar Hogwarts! – falou Harry.
- Muito obrigado. É uma honra servir Harry Potter! E pode deixar, pois eu visitarei Hogwarts, assim que puder.
Líforn se dirigiu à Rony agora, para se despedir e Jynn chegou.
- Adeus Harry. Foi um prazer dividir o comando com você, foi um prazer, lutar ao seu lado, ao lado do Garoto-Que-Sobreviveu... Confio em você para derrotar Voldemort, e para provar isso, lhe ofereço, a minha bainha. – ele entregou à Harry a bainha que era presa nas nos seus ombros, e a espada ficava às suas costas na diagonal. Com o cabo pouco acima da nuca.
- Obrigado Jynn. Foi uma honra para mim também, lutar ao seu lado. Um ótimo comandante e um excelente guerreiro. Um símbolo para os elfos.
Os dois se abraçaram como se fossem amigos há bastante tempo. E depois os elfos que estava no portão abriram-nos para o grupo passar.
Quando estavam prestes a fechar, uma idéia surgiu na cabeça de Harry, ele se virou e gritou.
- RAINHA, VOCÊ TEM LAREIRA?
Ela fez sinal positivo.
- Então vamos embora usando Pó de Flu! Assim cada um já segue seu caminho.
- Ótimo! – todos concordaram de imediato.
Eles voltaram correndo e Harry explicou sua idéia para a rainha, e ela aceitou. Falou que havia uma lareira exatamente para isso no Salão do Palácio.
Assim que as portas das muralhas foram fechadas, os arqueiros dispararam flechas coloridas ao céu, que quando chegaram no máximo da altura explodiam, formando milhares de faíscas coloridas e brilhantes.
Harry adorou a homenagem.

Eles entraram no Palácio pela última vez, e se dirigiram à lareira. Harry, Rony e Hermione iriam para a Mansão de Salazar, enquanto todos os outros iriam ou para a Sede da Ordem da Fênix ou para Hogwarts.
- Levem minha mala! Só preciso disso – falou Harry, pegando um saquinho de pano, cheio de moeda, mais a sua varinha, sua espada e a Capa da Invisibilidade.
Hagrid sorriu e após isso apanhou os pertences dos aventureiros.

Harry sentiu uma sensação estranha, ao pular na lareira da rainha. A viagem foi maior, devido pela distancia e a pressão exercida sobre seus músculos também era mais brutal. Quase insuportável. Harry sentia que não mais conseguiria respirar, sentia o ar esvaziando seus pulmões, sentia uma agonia interminável... Acabar.
Depois de segundos que pareceram milênios, Harry caiu sentado numa lareira, todo coberto de cinzas.
O lugar parecia o porão de uma casa luxuosa. Havia teias de aranhas cobrindo os cantos das paredes e telhados. Trilhas entre a poeira sinalizaram a existência de ratos. A luz bruxuleante vinha de uma vela que misteriosamente estava acesa, como se alguém os esperasse.
Móveis quebrados, sujos, empoeirados, maltratados, rasgados estavam ali amontoados. No geral eram bonitos, havia um belo espelho, com enfeites na borda de madeira, havia também um guarda-roupa luxuoso, porém desgastado.
Harry se levantou, antes que Rony ou Hermione caísse em cima dele, e saiu da lareira, observando o local.
Vum
Harry se virou como um gato que percebe ser observado. Porém ele nada viu, seu coração batia tão rápido que ele temia que ele parasse sobrecarregado. Sua pele havia ficado pálida e seus olhos arregalados olhavam atentos à escuridão sem fim.
Vum
Harry girou desesperado, procurando a origem do misterioso ruído. Harry sentia medo, o que era raro para ele. A sensação de estar sendo observado invadia as suas entranhas. O suor escorria lento pelo seu rosto preocupado.
Vum
O som estava ficando cada vez mais perto, e Harry numa última tentativa se virou. Para sua surpresa, deu de cara com um ser meio branco e meio transparente. Seus pés flutuavam acima do chão. Harry viu, que o causador dos ruídos era um fantasma.
- Oh! Quem é você? – exclamou o fantasma, que também estava assustado.
- Primeiro me diga quem é você, aonde eu estou, e por que está aqui em baixo? – falou Harry, tentando intimidar.
- Ora eu sou... – ele foi interrompido pelo barulho desagradável de Hermione, que surgira entre as chamas verdes. – Como ia dizendo, sou o Fantasma Cabral. Moro no sótão desta mansão desde que o último Slytherin morreu. Desde então sou o único vivo... Er... Sou o único capaz de contar histórias reais sobre esta família admirável.
“E como já disse, essa é a mansão de Salazar Slytherin, que era um bruxo de família nobre, antes mesmo de fundar Hogwarts. Aqui é guardado um valioso tesouro, porém isso não vem ao caso. E respondendo a sua última pergunta. Estou aqui em baixo pois estou preso per encantamentos que nem eu sei o motivo.”
- Deve fazer mais de um século que já estou preso aqui. E se vi humanos não foram mais que cinco!
Hermione se aproximou, espantada.
- Harry... Quem é ele? – perguntou a moçoila.
- Este é o fantasma Cabral.
Desta vez, Rony despencou, fazendo um som peculiar.
- Onde estamos? – perguntou ele, ainda sem ver o fantasma – Harry? – ele virou a cabeça – Mas o que é isso? É O FANTASMA DE SALAZAR! – gritou ele apavorado.
- Shh! – repreendeu Hermione, levando os dedos à boca – Este é o Fantasma Cabral! Agora se quer mais detalhes, pergunte ao Harry.
Cabral repetiu toda a sua história, incluindo alguns detalhes que havia esquecido na primeira narrativa. Nada de muito importante, apenas fatos para destacar sua importância como Fantasma.
- Como chegamos à casa? – perguntou Harry, analisando de leste a oeste o local.
- Sei o que vocês procuram. Pois bem, ele realmente está aqui, o Medalhão, porém aonde, vocês terão que descobrir. Só digo uma coisa. Cuidado, pois há várias armadilhas espalhadas pela casa. E para sair daqui e mergulhar no perigo infinito, basta atravessar aquela porta.
Harry agradeceu pelas palavras enigmáticas e rumou para a porta. Nela estava entalhada uma grande serpente, com a boca aberta, pronta para dar o bote.
Harry pegou a maçaneta que era em forma de cristal e girou-a, quase tremendo de ansiedade, uma ansiedade que ele sentia por não saber o que estava por vir, uma ansiedade que chegava a dar enjôo nos mínimos segundos de espera.

Uma luz ofuscante entrou pelo seu olho, ele balançou a cabeça e olhou para o chão de madeira, até focar a visão.
Harry percebeu que essa luz vinha da janela quebrada, pois todo o resto da casa, apesar de muito bonito e arrumado, era muito escuro.
Eles estavam num corredor, onde se podia seguir para frente, ou subir uma escada. Por uma teoria de que Voldemort queria estar sempre por cima, Harry decidiu subir as escadas e chegar ao patamar de cima.
Degrau após degrau a cautela de Harry aumentava. Ele ouvia ruídos incômodos, que vinham de algum quarto por perto, eram vozes humanas e masculinas, provavelmente de Comensais da Morte.
- Vamos tentar passar sem sermos percebidos... – falou Harry baixinho para os companheiros.
Eles fizeram sinal de positivo e continuaram a subir as escadas.
A escada já estava chegando no fim, porém quando o pé de Harry tocou o último degrau, ele se quebrou, fazendo um barulho alto.
Uma agitação foi ouvida no quarto onde os homens estavam, a perna de Harry desceu cortando sua calça e sua perna, e o pior, lanças pontudas despencaram do teto e caíam na sua direção.
- Protego! – exclamou Harry, apontando a varinha para o alto, torcendo para que fosse rápido o bastante.
O barulho de ferro se chocando contra alguma coisa sólida surgiu, e para o alívio de Harry as lanças foram bloqueadas.
- POR ALI! – gritou um homem no fim do corredor, e uns quinze surgiram correndo, todos apontando a varinha para Harry com a perna presa na escada.


- INUTEIS! – berrou Voldemort furioso. Sua pele pálida e macabra estava vermelha de pleno ódio. Ele já explodira várias coisas e mandava os bruxos escravos consertarem, tudo por causa da raiva que sentia. Snape estava caído no chão, com a respiração ofegante, após uma seção bem dolorosa de torturas. Draco igualmente, porém o loiro havia desmaiado de tanta dor.
Voldemort andava de um lado para o outro, balançando sua capa negra ao vento. Nagini apenas observava a cena do trono de seu mestre, com um brilho nos olhos miúdos e amarelados.
- COMO O DEIXARAM VENCER? – ele voltou a berrar, a cada palavra dita, seus servos estremeciam – UM EXÉRCITO TREINADO, VENCIDO POR UM MOLEQUE E SEUS AMIGOS.
- Mas mestre... – começou Snape, fazendo uma força incrível, para dizer as duas palavras.
- CALA A BOCA! – Voldemort apontou a varinha para Snape, que se ergueu no ar. Ele entendera o recado que a próxima vez que interrompesse ele seria morto ou torturado mais uma vez.
Uma preocupação desigual assolava a mente de Voldemort. Harry Potter, o garoto que ele tanto subestimou estava se saindo muito bem, na tarefa de destruir seus Horcrux. E o pior, era que a cada dia, Voldemort perdia um pouco de sua imortalidade, e ia se tornando mais vulnerável. Até que chegasse uma hora, em que ele fosse mortal, e tivesse de enfrentar o Potter como seu igual, assim como descrevia a Profecia.
- Saiam daqui... – falou ele, e todos os soldados sobreviventes da batalha saíram. Narcisa levava seu filho Draco, horrorizada enquanto Snape se arrastava para sair da sala onde Voldemort estava.
Quando todos finalmente saíram, ele se voltou para a cobre e num sibilo horripilante disse, na língua de cobra.
- As coisas estão ficando feias para nós.
- Realmente... – respondeu a cobra – O que vai fazer?
- Ainda não sei. Preciso pensar...


- CRUCIO! – gritou um homem e Harry sentiu a dor agonizante invadir seu corpo, que estremecia, e o pior, Harry não exercia nenhum controle sobre ele.
- PARA! – gritou Hermione, desesperada, olhando para Rony, como se pedisse ajuda em silêncio.
Rony apanhou sua varinha e enunciou com bravura.
- Incêndio! – um jato de fogo saiu da varinha de Rony, direto no corpo do Comensal, que foi carbonizado vivo.
Harry aproveitando o assombro dos outros Comensais e a distração, de todos ao ver o corpo do homem que o torturava queimar e com sua varinha apontada para o a escada ele gritou.
- BOMBARDA!
Várias tábuas voaram e Harry conseguiu desprender sua perna, e sem tempo para pensar em mais nada, se jogou em cima dos Comensais, para impedir que eles o atacassem.
Quatro Comensais caíram no chão, enquanto os outros foram desequilibrados.
- Levicorpos! – falou Harry, fazendo os quatro bruxos caídos flutuarem presos pelos calcanhares no teto.
Rony e Hermione prenderam os outros.
- Estupefaça! – Harry estuporou todos eles, e disparou a correr, com os olhos fixos na porta ao fundo do corredor, onde outra serpente estava entalhada. Ele sabia, alguma coisa dizia... A Horcrux estava ali dentro.



N/A: Bom, aí está. Hoje postei mais quatro capítulos. Como estou sem tempo para atualizar com mais freqüencia, quando atualizar vou postar vários capítulos
Obrigado
Jonss

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