O Combate Atrás da Muralha



- CAPÍTULO TRINTA E TRÊS -
O Combate atrás da Muralha



Após uma correria cansativa, eles chegaram ao centro da Fortaleza de Gelo. Várias fileiras compridas com homens elfos estavam posicionadas, prontas para a luta.
Na muralha centenas de arqueiros preparavam as flechas em seus arcos. Quatro enormes catapultas estavam em pé, e a munição era preparada pelas elfas.
Jynn estava na frente do pelotão, berrando as instruções e na porta do palácio a rainha Galatza de despedia do rei, que participaria da batalha.
A Equipe Espártaco formou um círculo, e Harry começou dar ordens.
- Nós iremos à frente do exército principal, quem nos dará cobertura serão os arqueiros. Eu, Brom, Rony e Hermione que lutamos de espadas seremos os primeiros a atacar.
Estejam atentos e olhem bem uns para os outros, pois pode ser a última vez que nos olharemos com vida!
As palavras finais de Harry apesar de deprimentes passaram uma força ao grupo.
Harry correu até Jynn para passar sua decisão.
-... Então nós iremos à frente. – falou Harry.
- Tudo bem, eu também preparei um grupo que fará a linha de frente, vocês irão com eles, e isso só nos ajudará, pois a primeira linha de combate ficará mais forte.
A trombeta soou novamente e os portões foram abertos. A linha de frente, composta pela Equipe Espártaco mais os cinqüenta homens que Jynn havia preparado saíram.
O grupo principal, que não parava de aumentar, pois a cada instante chegava um soldado correndo saiu logo em seguida.

Jynn se adiantou e fez gestos com a mão direita. Os muitos arqueiros dispararam a primeira nuvem de flechas. E Harry viu, alguns corpos sendo atingidos e caindo.
Entre o exército de Voldemort abriu-se um corredor, e criaturas famintas saíram correndo, em direção ao grupo.
- VAMOS RÁPIDO! – gritou Jynn – PRECISAMOS FECHAR OS PORTÕES ANTES QUE ELES CHEGEM!
O grupo principal, que contava com cerca de oitocentos homens apressou o passo. E assim que o último homem cruzou o portão, ele se fechou.
A segunda rajada de flechas voou, seguida pela primeira bola de palha em chamas, atirada pela catapulta.
Ao longe ouvia-se os gritos de dor dos Comensais atingidos. Porém eles continuavam a marcha insistente.
- Preparar a linha de frente! – exclamou Jynn, os soldados mais o grupo de Harry se adiantaram. – Assim que as flechas forem disparadas vocês avançam! – berrou ele.
Não tardou, a terceira onde de flechas voando apareceu no céu escuro. E Harry liderou o grupo que saiu correndo. Todos - menos os bruxos que não sabiam usar – empunhavam suas espadas.
Harry via os Lyptus se aproximando deles, com um ódio mortal. Harry ergueu sua espada e deu um salto, cortando o pescoço do primeiro.
Furiosos, cinco Lyptus atacaram Harry de uma vez. Ele lutava ferozmente com todos os monstros, enquanto o exército principal dos elfos corriam em seu auxilio. As flechas voavam a todo tempo agora, assim como as bombas lançadas pelas catapultas.

Harry girou a espada, num salto talentoso. Assim ele matou o último Lyptus. Agora a batalha era somente contra Comensais da Morte. A espada manchada de sangue de Harry fora guardada em sua bainha, e ele agora lutava usando varinha.
- SOCORRO! – Harry ouviu o grito de Hermione. Cerrou os olhos para localizá-la e viu que ela batalhava com Amycus. E viu também que ela estava levando a pior.
Harry disparou a correr e de longe, temendo errar o alvo e acertar a amiga disparou.
- EXPELLIARMOS! – um raio vermelho saiu e foi certeiro, atingindo Amycus que rodopiou no ar e caiu.
- POTTER, GAROTO INSOSSO! – falou Amycus com raiva – Crucio! – disparou. Harry se protegeu mentalmente, para resistir á maldição e teve êxito. Amycus assustado arregalou os olhos – ESTUPEFAÇA!
Harry pulou para não ser atingido, e se virou com extrema velocidade:
- INCÊNDIO! – a labareda de fogo queimou Amycus, que berrava de dor – ESTUPEFAÇA! – o Comensal caiu desmaiado. – PETRIFICO TOTALUS! – Harry petrificou-o e terminou a batalha com ele.
Ele analisou a situação. Os elfos eram excelentes em lutas, e por usarem armas brancas misturado com magia, levavam vantagem.
- Accio Firebolt Máster! – exclamou Harry com a varinha apontada ao céu. Alguns segundos depois era possível ver a vassoura voando para ele em alta velocidade.
Harry correu e pulou, apanhando-a no ar.
Ele tirou sua espada e começou sobrevoar o combate. Quando via algum elfo em desvantagem, dava um mergulho e perfurava o adversário com sua espada. Com esse ataque aéreo ele podia ter uma visão panorâmica do local e saber aonde havia desvantagem.
Ao fundo, Harry viu Snape e Draco, eles tinham um broche com um brasão. Era uma serpente verde, com sua língua bifurcada para fora. Em baixo havia em letras floreadas as iniciais L.V., de Lord Voldemort. Com isso, Harry supôs que fossem os comandantes do ataque. Uma idéia surgiu-lhe à cabeça. Se matasse os comandantes o exército ficaria sem liderança e seria derrubado facilmente.
Mas essa idéia logo foi varrida de sua mente, pois Harry sentiu uma pancada nas costas e voou longe, caindo novamente no chão. Ao ver quem se aproximava, viu que era Bellatrix Lestrange.
- Chega Potter! Basta! Estou farta de toda vez você fugir! Hoje você será levado para o Lord. – disse ela e logo após cuspiu na face de Harry. Harry que ainda estava deitado no chão, ele puxou o pé direito da Comensal que caiu, nesse segundo de desleixo Harry se levantou e enunciou:
- SECTUMSEMPRA! – os cortes surgiram na face dela, e sangue jorrou em abundancia.
Ela se levantou e depois que xingou Harry correu, e sumiu no meio da batalha.
- HARRY! – outra voz feminina berrou, desta vez era Luna. Ela estava caída no chão e Malfoy pronto para matá-la.
- Avada Kedavra! – falou o loiro nojento.
- Impedimenta! – gritou Harry, impedindo ele de matar Luna.
Harry correu na direção de onde ele e Snape estavam e tirou sua espada novamente, porém para sua surpresa, Malfoy e Snape também tinham.
Por um breve momento, Harry se sentiu em desvantagem, porém lembrou-se que seus oponentes não haviam tido o treinamento de um mestre, como Brom.
- Incêndio! – falou Draco, e a sua espada sumiu em chamas. Harry debochado disse.
- Isso é o melhor que você consegue?
Harry bloqueou o primeiro golpe de Draco, enquanto Snape se aproximava.
- Abú Niohr! – como se fosse uma capa negra, a energia do feitiço cobriu a lâmina da espada. Harry tentou o primeiro ataque, porém foi bloqueado com precariedade.
Snape que estava muito próximo e com a espada já levantada foi surpreendido por Harry.
- Reffuguo – falou ele, esticando a mão nua, na direção do bruxo, um lampejo branco surgiu e atingiu Snape, que caiu de costas, urrando de dor.
Harry aproveitou que Draco estava distraído e acertou o braço dele. Porém o corte nem foi o pior do ataque, para Malfoy e sim, toda a sua energia que era sugada e absorvida por Harry.
Draco deu um grito e caiu sem forças. Snape, ainda no chão, com o movimento de varinha e um sibilo, de Mansão de Salazar fez o corpo de Draco desaparecer, antes que Harry desse o golpe final.
A trombeta soou, e os portões se abriram – agora que a batalha ocorria longe das muralhas – Vários guardas escoltavam a cavalaria que saia de dentro da Fortaleza de Gelo. Eram cerca de trinta soldados, montados a cavalo, que cavalgavam em direção ao combate, para acelerar a luta.
- PROSSIGAM! NÃO SE AMEDRONTEM SEUS COVARDES! – gritava Snape, beirando o descontrolado.
- AVANTE HOMENS, AVANTE! – incentivava Jynn do outro lado.
- ATQUEM EQUIPE ESPÁRTACO! – falava Harry no meio, fechando o momento em que os três comandantes estavam dando ordens.
Agora as catapultas atiravam enormes bolas de ferro com espinhos que de maneira impressionante sempre acertavam os Comensais.

Num determinado momento da batalha, um grupo com cerca de quinze Comensais mais ousados se dispersaram da luta e correram em direção à muralha, com a idéia maluca de invadir a Fortaleza. E Harry viu então, para que as estacas de madeira serviam.
Com um grito de um elfo que estava numa torre, todas foram disparadas, cravando no peito de cada um. E começou uma correria na muralha, para repor as estacas, e em poucos minutos outras novas estavam posicionadas.

A cavalaria havia realmente acelerado a vitória do elfos, porém Harry estava farto e depois que derrubou o oitavo Comensal, elevou a varinha ao alto e gritou.
- EXPLOSIUM! – várias linhas de fogo saíram da varinha de Harry e caíram sobre a cabeça da maioria dos Comensais, e infelizmente nenhuma atingiu a cabeça sebosa de Snape.
- Toque de retirada! – berrou Snape, aparatando, todos os Comensais ainda com consciência também fugiram, sob os gritos entusiasmados de Jynn.
- É ISSO AÍ! FUJAM COVARDES, FUJAM COMO GAZELAS ASSUSTADAS! – o elfo dava altas gargalhadas, brandindo seu machado com força.
- NÓS GANHAMOS! – berrou Hagrid, que só tinha alguns ferimentos nos braços. Hagrid também usava um machado, pois como havia sido expulso de Hogwarts, quando jovem, não tinha permissão para usar varinha – e nem tinha uma.

Apesar da vitória a visão não animava Harry. Vários corpos estavam estendidos no chão, a grande maioria morta, e muitos Comensais.
Dentre os elfos feridos estava inclusive o rei, que tinha a respiração arfada e ofegante. Jynn e outros soldados se amontoavam ao redor dele.
- Olha o que você fez! Nosso rei irá morrer por sua causa! – gritou um elfo, enfurecido. Hagrid já se preparava para avançar sobre ele, quando o rei falou.
- Ele não tem culpa. Nossa política diz que devemos abrigar e proteger quem julgarmos necessário. E Harry Potter, é uma pessoa que precisava de apoio, além de ser o Escolhido, é pupilo de McGonagall e Dumbledore... – o rei apesar de velho, tinha uma voz grave e Harry reparou em quem dois dias e algumas horas, ele nunca havia visto o rei falar.
- Oh não! – gritou a rainha, que vinha correndo em direção ao rei. Líforn estava atrás dela, provavelmente, ele havia ido avisá-la – Meu amor... - ela suspirava, enquanto lágrimas caiam descontroladamente dos olhos inchados.
- Meu amor... – suspirou o rei.
- Levem-no para os curandeiros! – ordenou a rainha Galatza.
Vários soldados voluntários carregaram o rei para dentro das muralhas da Fortaleza de Gelo.
Assim que o rei saiu, um sussurro irritante percorreu pelas pessoas no local, até que um homem gordo deixou escapar.
- O que? A culpa é do Potter? – todos levaram o dedo à boca e mandaram ele ficar quieto, porém era tarde demais, Harry havia ouvido e agora corria para longe daquelas pessoas. Ele sentia necessidade de isolar-se.
As portas foram aberta e ele entrou correndo, se dirigiu à torre mais perto e começou subir os degraus, a cada lance de escada deixado para trás sua fúria aumentava e sua vontade de sumir era maior.
Até que chegou ao topo, com a respiração ofegante. Ele podia ver à quilômetros de distância dali de cima. E havia também um belo sino, de diamante. E uma enorme corda amarrada no pêndulo, pronto para dar o aviso.
A prosperidade dos elfos que viviam ali era enorme, todos comiam e bebiam, na cidade havia um sino de cristal, e o palácio da rainha era luxuoso.
Uma ponta de culpa invadiu sua mente ao lembra-se da rainha. Provavelmente ela ficaria solteira e a culpa era de Harry.
- Não se culpe! – falou uma voz doce. Harry se virou assustado e viu que não estava sozinho. A rainha Galatza estava atrás do sino, o observando.
- Quando você chegou? – perguntou Harry.
- Um pouco antes que você. Os humanos não podem aparatar aqui, porém eu posso. – falou ela exibindo um sorriso.
- Me desculpe – pediu Harry com sinceridade.
- Já lhe disse não se culpe. Outros reis já morreram em batalhas, como consta em nossas leis e tradições, o rei sempre tem que sair para o combate.
- Mas se eu não tivesse vindo para cá, se eu não tivesse destruído a Horcrux, se eu não fosse o escolhido para matar Voldemort... – Harry estava à beira das lágrimas, quando a rainha se sentou ao seu lado.
- Harry, este é seu dever, cumpra-o da melhor maneira que puder. Já o nosso dever, e proteger quem nós julgamos necessário, e meu marido cumpriu da melhor maneira possível. E acredito que ele cumpriu bem sua missão.
- Obrigado. – a rainha, que era a única com motivos para odiar Harry fora a que mais estivera ao lado dele.
Harry continuou sentado, assim que a rainha saiu, observando com um enorme desânimo os elfos retirarem os corpos sem vida do campo de batalha.
Ficou lá na torre, até o dia amanhecer, algumas horas depois, contemplou a belíssima vista e depois deu-se por satisfeito do tempo que passou sozinho e retornou à cidade.



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