De volta ao lar




CAPÌTULO DEZ
De volta ao lar



O dia seguinte amanheceu ensolarado em Hamburgo, a rua estava úmida, com algumas poças graças à chuva da noite anterior. Apesar de o sol banhar a todos, o ar continuava gelado. Harry acordou sonolento e com uma sensação estranha, que não se lembrava de ter sentido. Harry nunca saíra da Grã-Bretanha, os Dursley nunca se importavam em levá-lo nas viagens, achavam mais conveniente deixá-lo na Sra. Figg. E agora, ele estava na Alemanha, e teria que voltar. Mas iria voltar por um bom motivo, seria recebido no Largo Grimmauld e dentro de quatro dias voltaria a Hogwarts. Uma coisa que ele achava que nunca iria se repetir.
Harry ouvia vozes agitadas no quarto ao lado, onde estavam Moody e Lupin. Ouvia barulho de objetos se desmontando, coisas sendo despejadas em uma superfície lisa. Provavelmente estavam fazendo as malas. Harry se lembrou da sua. Levantou-se, acendeu as luzes. A cena que se encontrava o quarto era deplorável. Havia calças e vestes de bruxos pendurado nas camas, na janela, tinha até uma camisa do Rony e um sapato de Harry pendurado no ventilador. Edwiges e Pichí tinham sujado toda a escrivaninha com titica. Lençóis jogados pelo chão, e rolos de pergaminhos espalhados por todo o quarto. As duas varinhas e a espada amontoadas com algumas roupas na mesa-de-cabeceira. Certamente que iria dar muito trabalho para arrumar, por isso seria bom começar logo.
Harry apanhou sua varinha a espada de Gryffindor, sua Capa da Invisibilidade e a Firebolt Máster. As coisas de maior importância para ele. Arrumou tudo no malão, exceto pela varinha e a Capa da Invisibilidade.
Com um aceno na varinha fez a sujeira das corujas desaparecerem.
- Wingardium Leviosa. – as roupas foram levitando em direção à sua mala, pousaram graciosamente. Aos poucos a sujeira toda foi sumindo, deixando somente as coisas do Rony. As vozes agitadas se expandiram ao quarto do outro lado, onde dormiam Hermione e Gina. “Está na hora de acordar o Rony”, pensou Harry, soltando um sorriso
- Rony! Acorde! Vamos partir... – o amigo teimava em continuar dormindo, mas não agüentou a voz de Harry em seu ouvido.
- Está bem! Já levantei cara! Pode parar de falar! – dizia a Harry que continuava o coro de “Vamos acordar Rony.”.
A porta se abriu, era Lupin que entrava, ele tinha um sorriso no rosto, parecia estar satisfeito com o quarto dos garotos quase todo arrumado.
- Vejo que já estão adiantados... Temos que partir antes da hora do almoço.

Na hora do almoço, todas as malas estavam prontas, e seriam logo levadas magicamente, ao Largo Grimmauld. Harry dava auxilio a Lupin, para pagar as contas no hotel, usando dinheiro trouxa. Moody resmungava baixo em um canto. Rony se divertia com o alarme de incêndio, Hermione lia um livro enorme, e Gina conversava com Tonks. Hagrid já tinha ido mais cedo.
- Vamos ao Sub-Ministério e de lá poderemos viajar por Flú até o Largo Grimmauld, é bem mais rápido. – cochichava Tonks, para que nenhum trouxa ouvisse. Alguns minutos após uma boa caminhada em Hamburgo, eles chegaram ao latão de lixo, do Sub-Ministério. Assim que desceram Tonks indicou, havia uma grande lareira, maior do que o comum caberia Grope apertado dentro, o irmão gigante de Hagrid. Assim foi melhor, pois puderam viajar em duplas. O que melhorava um pouco a sensação de enjôo ao ser puxado e passar muito rápido por várias lareiras. Harry foi com Rony, eles foram a primeira dupla. Pousaram rodopiando no meio da Sala do Largo Grimmauld. A Sra. Weasley deixou cair um prato que enxugava e soltou um grito abafado de susto, quando os dois se materializaram.
- QUE SUSTO! – ela gritou, mas logo se arrependeu por isso, pois a Sra. Black agora também gritava os insultos de costume.
O jantar daquela noite foi animado, vários membros da Ordem da Fênix estavam presentes, pelo menos os mais ativos. Todos conversavam sobre a crônica de Duendes domésticos e Elfos de Gringotes, publicada no Profeta Diário. Depois o assunto migrou para a Super Taça de Quadribol, e no fim, falavam sobre o breve regresso a Hogwarts.

Os dias seguiram tranqüilos, Harry e Hermione pesquisavam com mais fervor sobre o trio R.A.B., Rony e Gina aproveitavam para curtir os últimos dias com a família. Na quinta-feira, antes da partida do Expresso de Hogwarts, o Sr. e a Sra. Weasley foram ao Beco Diagonal junto com Gina para comprarem o material da ruiva. Fred e Jorge mandaram de presente algumas Varinhas Explosivas, Orelhas Extensíveis e várias Bombas de Bosta. Rony e Harry aproveitaram também para matar as saudades, jogando Snap Explosivo e Bexigas. Durante as noites o jogo mais popular era o xadrez de bruxo. E finalmente à noite de quinta-feira chegara, todos estavam com ar de ansiedade e euforia. Menos Gina, apesar de ela gostar muito da escola, queria continuar a jornada junto com Harry, Rony e Hermione.
- Ora, vejam, finalmente chegaram! – exclamou a Diretora McGonagall, fitando a porta, parado e com um sorriso enorme, estava Jonx Gryffindor.
- Jonx! Que bom que você voltou! – Harry foi o primeiro a se levantar, ele cumprimentou o amigo. Logo todos estavam falando com ele, e perguntando sobre a Austrália. A Diretora aproveitou e contou-lhe sobre a volta a Hogwarts, novamente, sobre a Super Taça de Quadribol. Ele ficou entusiasmado em pensar que retornaria a escola, em que ele era o descendente de um dos fundadores. Perguntou se Luna poderia voltar junto, e a resposta foi unânime, todos concordaram. Com recomendações superiores (da Sra. Weasley) todos foram para a cama mais cedo. Harry ficou bastante tempo em sua cama, feliz com a idéia de que voltaria ao lugar que chamara de lar. Após um tempo – que para ele, pareceram horas – ele acabou adormecendo, com um sorriso plantado em seu rosto.
O dia seguinte estava digno de um dia primeiro de setembro. O céu ensolarado, as nuvens brancas com aparência de enormes algodões eram raras. O sol banhava toda a cidade de Londres. O clima estava quente, aumentando a agitação das pessoas no Largo. Harry pôs uma camisa branca, e por cima uma veste de bruxo preta com detalhes em vermelho, da Grifinória. Usava uma calça jeans simples, que aparecia somente da canela para baixo, pois a veste de Harry era bem comprida. Rony vestiu-se também com as cores da Grifinória – porém bem menos discreto – Ao descerem para sala viram Lupin com suas vestes surradas, seu rosto apesar de cansado e com grandes olheiras expressavam, no mínimo satisfação. Moody andava em círculos, com seu olho girando freneticamente. Tonks sentada, parecendo muito tranqüila, lendo o Profeta Diário. Hermione e Gina desciam logo em seguida, e a Sra. Weasley terminava de verificar o material, junto com o Sr. Weasley.
- Estão todos prontos? – ninguém respondeu a não ser Lupin.
- Sim Arthur, nós estamos prontos há eras. E vocês?
- Certamente que sim! Agora vamos, vamos! – disse a Sra. Weasley com sua costumeira pressa. – Não queremos nos atrasar, não é?
Todos saíram, e andaram, desta vez não tinha carro do Ministério para levá-los à estação de trem. Quando os pés de Harry começavam a pedir descanso, ele avistou a estação. O Expresso de Hogwarts não estava visível, eles teriam que passar para a plataforma 9 ¹/². Não era difícil, nem doloroso, tudo que tinham que fazer era atravessar uma coluna de pedra, enfeitiçada, que levava a uma outra plataforma onde os trouxas não podiam chegar. E lá estava, o imponente Expresso de Hogwarts, o trem vermelho que soltava fartas quantidades de fumaça cinza, que se espalhavam, até ficarem invisíveis. Muitos alunos, com as roupas de Hogwarts estavam correndo de um lado para o outro, e vários outros, já formados estavam embarcando no trem. Entre eles, seus amigos Neville Longbotton, Simas Finnigan e Dino Thomas. Luna Lovegood e Cho Chang também estavam prontas para embarcar. Porém, havia pessoas indesejáveis também, como Crabbe, Goyle e Pansy Parkinson. Malfoy nem se atrevera a ir à estação. Certamente, agora que era um Comensal, seria preso, pois também já era maior de idade. A mala de Harry, Rony, Hermione e Jonx estavam menor do que a maioria.
Harry se despediu de todos, e entrou no trem, seguido por seus amigos. Fred e Jorge chegaram sozinhos, tinham vindo diretor do Beco Diagonal, cumprimentaram os membros da Ordem e os pais, entraram também no trem. Luna também veio em seguida para ficar junto com Jonx. Na cabine estavam Harry, Rony, Hermione, Fred, Jorge, Cho, Luna e às vezes Gina, pois ela se tornara monitora, e tinha que fazer suas rondas pelo trem.
-... Então nosso capitão será o Harry! – falava Jorge entusiasmado.
- Eu fui chamada para apanhadora reserva. – disse Cho. E Harry se lembrou, de quem seria o seu apanhador reserva, era Carlinhos Weasley, mas ele não apareceu no trem.
- Harry, quem é o nosso apanhador reserva? – perguntou Jorge curioso.
- É o se imão carlinhos. – disse em voz baixa.
- Quem?
- É o seu irmão Carlinhos... – ele apreciou a cara de espanto de Rony, Fred e Jorge, e concluiu que a sua não deveria estar diferente.
- E cadê ele? Mamãe não nos avisou nada!
- Eu também não sei! Vai ver ele já foi, ou então se atrasou um pouquinho!
Fred e Jorge davam gargalhadas, mas Rony, assim como todos os outros parecia bem preocupado.
Todos evitaram lembrar do assunto, e o resto da viagem transcorreu perfeitamente, Harry deu boas risadas, uma coisa que ele estava precisando. Quando a noite já caía se pôde avistar as casinhas e as ruas pacatas do povoado de Hogsmead. O trem ia diminuindo a velocidade e as torres mais altas de Hogwarts aparecia por trás de alguns morros. As ruas bem iluminadas, chegavam cada vez mais perto, até que o trem parou. Eles desembarcaram na graciosa estação de Hogsmead. Hagrid ajuntava os alunos do primeiro ano. O máximo de comunicação que conseguiram com Hagrid foi um aceno com a mão, de longe. O grupo de bruxos já formados caminhava entre os alunos pequenos, em direção às carruagens onde para a maioria, era puxada por um bicho invisível. Finalmente, quando chegaram a uma carruagem tiveram que se separar. Harry foi com Rony, Hermione e Jonx, enquanto os outros se agrupavam em outra. Ela começou andar lentamente, em direção ao castelo, que cada vez ia ficando maior.

Ao passar o último morro, onde o castelo inteiro fora revelado, o coração de Harry disparou. Além de poder ver o lugar onde mais fora feliz em sua vida, à porta, junto com a Diretora McGonagall, estava o Ministro da Magia, Rufo Scrimgeour. Ele sorria e acenava aos alunos que passavam.
- Oh, Harry Potter, Jonx Gryffindor e seus inseparáveis amigos! – o cinismo na voz de Rufo era nítido. Harry se lembrava da última vez em que se encontrou com o Ministro, ele fora estuporado e caiu desacordado. Porém, conseguiram levá-lo de lá, e foram para o Castelo de Midney.
- Olá Ministro. – Harry respondeu seco.
- Ministro, por favor, deixe-o entrar, estão travando a fila!
- Ah, certamente. Desculpe-me Minerva.
Ele sorriu e abriu o caminho para o grupo, que passou cumprimentando somente a diretora. O castelo estava muito limpo e arrumado, os quadros se comportavam bem e se mexiam pouco. Os fantasmas flutuavam graciosamente pelo Saguão, dando boas vindas a todos que passavam. Havia um tapete vermelho no chão, que levava ao Salão Principal. Toda aquela beleza estava fazendo-o lembrar do charmoso Castelo de Midney. Nick-Quase-Sem-Cabeça voava, tentando manter sua cabeça em cima do pescoço.
- Olá Nicolas!
- Ah, Harry, Mione e Rony! Que bom vê-los! Voltaram a Hogwarts por causa do Campeonato?
Os três concordaram com a cabeça.
- Harry, você será o apanhador da Grifinória? – perguntou Nick entusiasmado.
- Sim.
- Ah! Espere só até eu contar ao barão Sangrento! Ele vai morrer! É um modo de expressão. – apressou-se em acrescentar ao ver a cara de duvida dos garotos. – É que com o Potter nós já ganhamos!
- E você sabe onde vamos dormir?
- Ora no dormitório que vocês usavam! – ele saiu cantarolando uma rima muito pobre de “Eu, Eu, Eu Grifinória já venceu! Otter, Otter, Otter, nós temos o Potter!”.(N/B:Putz!Me matei de rir com essa música)
- Se Nick já está fazendo rimas sem graça, não quero nem ver como está o Pirraça. – resmungou Rony.
Chegaram ao quadro da mulher gorda e lembraram que não sabiam a senha. Tiveram que esperar até Gina subir e auxilia-los. A Sala Comunal estava da mesma maneira, as poltronas aconchegantes vermelhas, espalhadas junto com mesas, e uma grande lareira. As escadas em espiral que levavam ao dormitório. Harry e Rony subiram ao quarto onde dormiam quando estudavam em Hogwarts. Estava igual também, a cama que Simas Finnigan dormia já estava arrumada, provavelmente, todos seus colegas de quarto voltariam a Hogwarts também. Harry arrumava a sua quando Neville entrou conversando com Dino Thomas.
- Harry! Ah, Rony! Tudo bem com vocês?
- Tudo sim, Neville, e com você?
- Eu estou ótimo, minha avó conhece uma mulher que cria plantas ornamentais, eu fui conhecê-la nas férias.
- Que bom! – exclamou Harry, fingindo um animo que pareceu não convencer. Ele nunca foi fã da aula de Herbologia. – Rony, já está pronto?
- Sim, vamos descer... – Harry percebeu que o amigo também não tinha vontade de dar continuidade à conversa de plantas ornamentais.
Eles desceram as escadarias de mármore, reparando nos alunos que já tinham se formado e estavam mais uma vez na escola. Viram também o Filch caminhando com os alunos do primeiro ano em direção à sala onde ele dava os avisos sobre a cerimônia de seleção.

Quando entraram no Salão Principal, se depararam com uma disposição de mesas diferentes. Havia as quatro tradicionais mesas da Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. E a mesa dos professores, de frente para essas. Porém havia mais uma, maior que todas. Onde só tinham bruxos formados, ex-alunos. Harry e Rony sentaram-se na nova mesa, com uma pitada de decepção, gostariam de se sentar novamente a mesa da Grifinória, junto de Gina. Sentaram-se ao lado de Fred e Jorge, Hermione chegou logo depois e se juntou ao grupo também. Eles conversavam com fome, quando a porta se abriu, e o grupo de alunos noves passou, Filch vinha logo atrás carregando sua gata, Madame Nora. A diretora McGonagall já havia posto o banquinho com o chapéu remendado na frente, em cima de dois degraus. Quando as portas se fecharam, uma enorme fenda se abriu e começou a cantarolar.

Hogwarts!
Nossa casa, com mais de mil anos!
Para ser mais exato,
Ela tem mil e dez.

A escola que será eterna
Reinará em todo o mundo
Ensinará com qualidade,
Os jovens bruxos

Que serão divididos nas quatro casas.
Grifinória dos leões.
A Sonserina das serpentes.
Os amigos leais da Lufa-Lufa
E os inteligentes da Corvinal.
Quando os jovens,

Gordrico, Rowena,
Helga e Salazar
Juntaram-se para ensinar
Decidiram então fundar
A nossa querida e milenar
Hogwarts!


As palmas ecoaram pelo grandioso Salão, até as velas que flutuavam pareciam mais animadas, aquele certamente, seria um ano de festas para Hogwarts. A diretora se levantou e o silêncio reinou novamente. Com um suave pigarro, iniciou.
- Boa noite, aos senhores que são estudantes, aos senhores que jogarão, ou que estão visitando Hogwarts, e boa noite aos nossos novos alunos.
Os calouros ficaram com o rosto vermelho, por baixo do chapéu cônico que usavam. – Vamos dar inicio à seleção.
“Abinaldo Boert”. O primeiro garoto subiu os degraus, sentou-se no banquinho e logo foi anunciado “Grifinória”. A seleção durou mais uns quinze minutos, Harry já estava ficando com fome e entediado.






N/A: Aqui está mais um capítulo... espero que não tenha ficado tedioso, mas prometo que nos seguintes serão mais divertidos. Principalmente, porque eles vão começar a descobrir uma coisa muito importante. E terá também uma cena bem romantica (acredito eu) com Harry e Gina... Aguardem!

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Jonss

betado por: Ron

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