Auguäii




- CAPÍTULO DEZESSETE -
Auguäii



Harry se virou assustado, tudo que pôde ver, foi uma torre de pedra, pois o resto estava encoberto pelas arvores.
- Vamos chegar mais perto...
Eles continuaram andando, por alguns minutos, até que as arvores acabaram. Eles viram então, um vilarejo com muitas casas, a torre era bem alta, havia construções esquisitas e tortas, como A Toca, que se não fosse por magia, as casas não pararia em pé nem dez segundos. Havia uma muralha e uma guarita, onde dois guardas estavam sentados de sentinela, um deles, levantou e veio de encontro ao grupo, o homem era forte alto, tinha uma expressão séria. Seu cabelo era raspado e tinha várias tatuagens tribais na cabeça. Inúmeras argolas estavam penduradas no seu nariz, orelhas, boca e sobrancelhas. Harry sentiu um calafrio ao ver o homem.
- O que desejam? – perguntou o homem.
- Queremos falar com Brom. – o guarda arregalou os olhos quando Albeforth falou do tal Brom. Porém ele se virou e apontou com a varinha para o portão, que se abriu.
- Sabe onde o encontrar? – perguntou o guarda.
- Sim... – falou Albeforth com simplicidade.
O vilarejo não era muito grande, porém era o mais interessante, talvez mais até que Hogsmead.
- Não entendo... Hogsmead não era o único vilarejo totalmente bruxo, no mundo?
- Perfeitamente... – falou Albeforth.
- Mas Auguäii também não é bruxo?
- Não totalmente... Há trouxas que vivem aqui. São trouxas que convivem muito bem com bruxos. E são enfeitiçados para nunca falarem nada.
Harry se surpreendeu ao saber que também viviam trouxas juntamente com bruxos, e em perfeita harmonia.
- Deixem os cavalos aqui! – eles encostaram-se a um celeiro vazio, e deixaram os cavalos, não havia perigo, pois todos no vilarejo eram de confiança. – Agora vamos, temos que caminhar um bocado ainda.
Eles andaram até a periferia da cidade, porém continuaram, adentraram na floresta de Pinheiros altos. Passavam por centenas de arvores, até que chegaram à uma pequena clareira, onde uma proporção pequena de luz conseguia atingir o solo arenoso. Havia uma cabana, de onde saía fumaça da chaminé.
- BROM! – gritou Albeforth do lado de fora.
A porta se abriu e um homem velho apareceu. Tinha a barba menos que a de Albeforth e uma expressão também séria. Seus olhos penetrantes analisavam Harry, Rony e Hermione.
- Olá meu caro Albeforth! Como vai seu irmão? – perguntou Brom.
- Ele morreu...
- Ah sim... O ciclo da vida, mas tenho certeza que morreu dignamente.
- Só esse garoto aqui viu sua morte. – Albeforth olhou para Harry.
- Você é Harry Potter? – perguntou Brom
- Sim senhor. Como me conhece.
- Acho que não há um bruxo vivo hoje que não tenha ouvido falar de você... Todos, ou pelo menos a maioria, te admira muito...
- Obrigado.
- Ora entrem... Sejam bem vindos à minha humilde casa. - o grupo entrou e Harry observou que ele tinha várias estantes cheias de livros e uma mesinha, ao centro da sala, onde repousava um cachimbo.
- Você conheceu Dumbledore? – perguntou Harry.
- Não só o conheci como aprendi muitas, mas muitas coisas com ele. Grande homem Dumbledore, para mim, é o maior bruxo que já existiu, talvez igualasse seus poderes com Merlim. – falou Brom soltando anéis de fumaça com seu cachimbo.
- Brom, nós viemos aqui, para que ensinasse a eles como lutar com uma espada, mesmo que Harry já esteja em um bom nível, para quem nunca teve um instrutor adequado. – falou Albeforth.
- Certamente que os ajudo. Porém antes gostaria de fazer um teste... Será que posso?
- Claro.
Brom pegou a mão de Harry examinou-a e depois disse.
- Segure está folha. Você vai pensar em um grande fogo, uma labareda enorme e depois dizer “Incêndio”.
Harry segurou a folha e pensou num fogo com metros de altura, que só ao chegar perto ele já derreteria. Sentiu um formigamento em seu braço e decidiu que era à hora certa para dizer:
- Incêndio! – disse Harry e a folha subiu alguns centímetros e sumiu no meio das chamas. Logo que a folha terminou de ser queimada, o fogo desapareceu.
Hermione olhava impressionada para Harry.
- Harry, você pode fazer magia com a mão. Só alguns bruxos poderosos puderam fazer isso
- Quem? – perguntou Harry, assustado, ele já fizera magia sem varinha antes, mas achava que isso era normal.
- Merlim, Dumbledore e... – ela respirou fundo – Voldemort.
- E eu também! – falou Brom com um sorriso. Hermione corou. – Porém quase ninguém sabe. Eu prefiro assim.
- Harry... Por que nunca me contou? – perguntou Albeforth.
- Porque pensei que isso fosse normal...
- Eu também demorei a descobrir que era um dom especial. Mas tudo bem, fiz esse teste, pois já suspeitava, antes de vocês apareceram aqui. – Brom soltou mais um anel de fumaça – Prontos para começar o treinamento rapazes?
- Estou morte de fome e com sono.
- Ah Weasley, vamos encher seu estomago, mas não escapará do primeiro treino hoje à noite.
Eles foram ao lado de fora da cabana de Brom, e sentaram-se em volta de uma pequena fogueira que esquentava o a comida deles.
- Por que não usa magia para fazer a comida? – perguntou Hermione.
- Nesta idade já não é tão fácil fazer tudo utilizando a magia. Isso requer muita energia. E eu como sou só um pobre velho cansado reservo meu poder para situações de emergência.
- Mas eu poderia fazer a comida usando magia então! – argumentou Hermione, com uma pontada de pena do velho Brom.
- Fique à vontade. – respondeu Brom com um sorriso.
Hermione adiantou a preparação da comida. Eles comeram e logo depois Brom disse.
- Em uma hora começaremos o treino. Sei que sua nação está em guerra, por isso não quero que se demorem muito aqui em Auguäii.
- Ciertu... – falou Rony engasgando com a boca cheia.

Uma hora após a refeição, como combinado o grupos estava novamente nos jardins da cabana de Brom. A noite já começava dar sinais de sua chegada.
Brom novamente acendeu uma fogueira, desta vez maior, onde eles sentaram em torno, e o homem começou a falar.
- Há séculos, o maior bruxo que existiu nasceu. Seu nome era Merlim, ninguém sabia se ele tinha um sobrenome, mas isso não vem ao caso. Ele, foi quem inventou várias das poções que aprendem em Hogwarts, inventou feitiços. E assim como Dumbledore, descobriu um dos doze usos do sangue de dragão. Ele ensinava as crianças desde pequenas a formar o caráter bom. Porém a idade foi chegando, Merlim morreu pouco antes de completar seus 500 anos. Quando morreu, quatro jovens haviam chegado em busca de seus ensinamentos. Esses quatro ainda eram bem crianças. Tinham menos de dez anos. Eram eles Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Revenclaw e Salazar Slytherin. A morte do grande bruxo fez despertar nos jovens o desejo de ensinar. E foi então que nasce a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
- Nos contou essa historia com qual intuito? – perguntou Rony.
- Precisam de certas informações. Precisam saber da vida de grandes bruxos.
- Ótimo, então continue! – falou Harry, que aparentemente era o mais entretido na história.
- Pois bem... A sobrinha de Merlim, Morgana também foi uma grande bruxa. Foi por intermédio dela que os quatro criadores de Hogwarts chegaram até Merlim. Ela era uma pessoa muito inteligente e de ótimo caráter. Mil anos se passaram, outros bruxos grandiosos nasceram, dentre eles, dois em especial da nossa época. E poderíamos arriscar até que três bruxos atuais entram para esse grupo seleto de lendários. O primeiro infelizmente morreu há pouco tempo. Nosso querido Alvo Dumbledore, e o outro, que decidiu seguir o caminho das trevas... Tom Riddle, conhecido como Lord Voldemort.
- E quem é o terceiro? – Rony perguntou, mas Harry já sabia de quem era e não gostava nada daquilo.
- Nosso ilustre Harry Potter. – respondeu Brom. – Mas chega de historias, vamos ao que importa.
Brom pegou sua espada, tinha uma lâmina muito bem afiada e pequenas pedras de safira no cabo.
- Pronto – Harry concordou com a cabeça – ótimo.
Antes que tivesse tempo para pensar, Brom já estava o atacando. Eles tinham protegido a espada, como Harry fizera quando lutava com Jonx.
- Incêndio! – falou Harry e sua espada sumiu por baixo das chamas.
- É isso o melhor que você sabe Potter? – perguntou Brom, que sussurrou algumas palavras que Harry não conhecia. E um emaranhado de raios elétricos com a cor verde surgiu, quando Brom e Harry encostaram as espadas, o fogo de Harry sumiu, e quando Brom encostou novamente Harry sentiu toda a sua energia ir embora, então ele caiu de joelhos, diante Brom.
- Como você fez isso? – perguntou Harry ofegante.
- Abú Niohr.
- Quê?
- É um feitiço antigo, que suga a energia dos seus oponentes, você só pode bloquear se souber o contra-feitiço.
- E qual é?
- Abú Niehr. É meio complicado, irei ensinar esse amanhã, hoje você só precisa descansar.
Harry concordou sem reclamar. Sentou-se no chão, e se encostou a uma arvore. Comeu um pão dado por Brom que pareceu repor um pouco de suas energias.
- Rony... Sua vez garoto! – Falou Brom, pegando outra espada e dando para Rony. – Já lutou com espadas antes?
- Não que me lembre.
- Certo. Então irei mais devagar com você.
Os dois começaram trocando apenas movimentos, era perceptível que Brom só estava brincando com Rony. Não aparentava que ele fizesse esforço para bloquear os poucos ataques de Rony. E estava visível que Brom estava usando metade da sua agilidade e mesmo assim dava trabalho ao Rony.
- Estupefaça! – um brilho avermelhado surgiu em torno da espada de Brom, e ele no primeiro golpe, acertou a perna de Rony, produzindo aquele som metálico e não fazendo nenhum corte. Porém Rony foi estuporado.
- Sua vez Hermione. – Hermione pegou a espada. Sua mão tremia o bastante para cortar alguém por acidente. – Primeira luta de espada?
- Sim.
- Tudo bem, com você irei mais devagar ainda.
Os dois começaram a luta, Harry imaginou se Brom estivesse dormindo não lutaria com mais ferocidade.
A noite já estava alta, quando Hermione foi Petrificada. Harry havia recuperado parcialmente suas forças.
- Beba isso Harry. – falou Brom, entregando um vidro com um conteúdo verde. O vidro deu para apenas um gole, porém Harry sentiu o calor aquecer seu corpo novamente, e ele recuperou energia suficiente para andar até a cama.
- Harry, apesar de ainda não ser um mestre com as espadas, fiquei orgulhoso e um pouco surpreso. Você tem talento, enquanto à sua capacidade de fazer magia apenas com a mão, iremos aperfeiçoá-la. Podem ir se deitar.
Harry foi quase se arrastando à sua cama, porém quando chegou nela, se jogou e ficou imóvel, até dormir. Sem forças até para sonhar, ele tivera uma noite vazia e sem ânimo.

Porém quando acordou no dia seguinte, sentia-se extremamente melhor, parecia novo, como se nunca tivesse batalhado na vida. Saiu da cabana, e chegou ao jardim, onde Albeforth e Brom conversavam. Havia um caldeirão, porém Brom não estava preparando nenhuma poção, pois o cheiro era de um delicioso chá.
O farfalhar das folhas das arvores era música aos ouvidos de Harry.
- Bom dia Harry! – saudou Brom sorrindo.
- Bom dia Brom, Albeforth.
- ‘Dia Harry.
- Sente-se conosco – convidou Brom, abrindo espaço para Harry sentar. – Albeforth estava aqui me contando sobre o ataque no vilarejo da Floresta Bickour.
A lembrança veio à tona na mente de Harry. E uma dúvida se formou em sua cabeça.
- Se Voldemort estava vindo para cá, por que chegamos antes que ele?
- Já te disse Harry, só pode chegar a Auguäii quando alguém que já veio mostra o caminho.
- E ele não sabia disso?
- Acredito que não. – respondeu Brom acendendo seu cachimbo escuro.

Os dias passavam de maneira sutil, até virarem semanas e depois meses. Harry, Rony e Hermione já estavam ausentados à dois meses, porém se mantinham informados, pois com regularidade Harry e Gina mandavam corujas.
Segundo Gina, houve poucos ataques no mundo bruxo, e que a ordem da Fênix estava tendo trabalho apenas em investigar.
E aquilo, preocupava Harry mais do que tudo, aquela era a calmaria que vinha antes da tempestade, e uma grande tempestade, que prometia ser a maior de todas as guerras.
Harry estava ótimo em lutas com espadas, havia aprendido feitiços avançados, com espada, varinha e mão. Estava também conseguindo dominar muito bem os ataques de magia sem varinha. Numa noite de lua cheia, céu estrelado e névoa intensa, o grupo estava na Sala conversando.
-... Embora a espada seja um ótimo meio de duelar, vocês têm que entender que é somente em último caso. Sempre recorra à varinha. O mesmo se aplica a usar somente a mão para atacar. Harry, isso gasta, muito mais energia do que quando se usa uma varinha. Ela foi feita exatamente para isso, para canalizar nossos poderes, e para que não desperdicemos forças tentando concentrar a magia. – dizia Brom, com seu tradicional cachimbo. – Você deverá usar a mão, por exemplo, quando for desarmado, ou então quando você ver que não haverá tempo para pegar a varinha.
- Sim, prometeremos que vamos usar de maneira sábia.
- Então vamos fazer um duelo. Harry, você será o último hoje.

Rony lutou muito bem, o ruivo estava bem mais rápido, e calculista, conseguia muitas vezes adivinhar o golpe que Brom iria dar, apesar de mesmo assim, acabar perdendo. E sofrendo alguns hematomas.
Hermione havia progredido bastante também, apesar de sua luta resumir-se apenas em se defender, o que fazia muito bem. Porém, nas poucas vezes que atacou, surpreendeu Brom. Por incrível que pareça, acertando-o uma vez na coxa.
Quando Hermione foi derrotada, Harry apanhou sua espada e se dirigiu em direção à Brom, ele fez uma reverencia e os dois começaram.
Harry, era de longe quem mais tinha progredido, estava rápido, inteligente e tinha ataques fortes. A luta estava equilibrada, Brom atacava Harry defendia e contra-atacava, e Brom defendia. Assim ia a luta. Quase uma hora depois, quando Brom e Harry estavam extremamente cansados, eles decidiram parar com a luta
- Ótimo Harry. Acredito que não tenha mais nada a lhe ensinar, chegou a um nível, praticamente equivalente ao meu. Levando em consideração a diferença de idades. Agora vamos treinar só um pouco de magia com a mão.
Harry guardou a espada na bainha, ainda ofegante por causa da luta árdua.
- Use o Yubi Sál e o Reffuguo. – falou Brom. Para muito, aquela seria uma frase totalmente sem nexo. Mas Harry entendeu perfeitamente o recado.
Ele tomou posição, e disse com veemência.
- Expelliarmos! – a palma da sua mão brilhou, e um raio saiu dela. Brom fez um movimento, e uma barreira clara apareceu, dissipando o ataque. – YUBI SÁL! – ondulações no ar surgiram, partindo do corpo de Harry, a imagem ficou difusa e ele aproveitou o momento da distração para atacar. – REFFUGUO! – um relâmpago branco clareou o local da batalha e correu veloz para o corpo de Brom, que foi atingido. Brom só teve tempo de diminuir a velocidade da sua queda.
- Cleriatus! – o jato verde saiu em direção a Harry, que fez o mesmo movimento, que Brom, e a barreira clara dissipou o ataque do velho ancião também. – Chega! Vamos dormir amanhã você terão uma grande surpresa.






N/A: É isso mesmo... o Brm deste capítulo foi inspirado no Brom de Eragon.
Agora quem não leu Eragon, não tem problema, ele é apenas um personagem novo, que será muito importante no final da fic... =P

Obrigado
Jonss

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