A Caverna do Vampiro



- CAPÌTULO OITO -
A Caverna do Vampiro


Harry obedeceu, eles entraram voando de vassoura, e as varinhas iluminando um pouco, em relação a toda a escuridão.
- Vamos descer ali, Harry. Apanhe a espada e a varinha, Rony, Mione e Gina. Peguem seus punhais de prata.
Harry tirou a grande espada da bainha, e sacou sua varinha. Eles pousaram no chão, e Harry guardou a vassoura na bolsa que expandida magicamente. O lugar estava estranhamente silencioso, e muito calmo, calmo demais.
PAM!
Centenas de morcegos apareceram voando, e, aos pouco foram virando seres brancos, com olhos vermelhos, os caninos três vezes maiores do que o normal. A boca cheia de sangue. Todos usavam capas iguais, com a gola alta, escondendo o pescoço. As mãos enrugadas e sujas, com unhas grandes, afiadas e amarelas.
Alguns avançavam andando, outros voando, os dentes de fora, e os olhos vermelhos, pedindo por sangue.
- Incêndio! – gritou Harry, e uma barreira de fogo se formou, impedindo a passagem dos que vinham por terra.
-Vampiros odeiam luz! – berrou Lupin atrás de Harry. O Lumos não bastava, como percebeu mais tarde, então gritou:
- Lumus Máxima! – um raio de luz, dez vezes maior que o normal saiu da varinha de Harry, atingindo os vampiros. Eles voltaram um pouco para trás, com os olhos fechados, mas aquilo estava consumindo muita energia de Harry. – Nóx
A varinha de Harry apagou, e ele decidiu avançar.
- Glacius! – disse ele, e jatos de gelo saiam, congelando o fogo.
Ele correu e pulou um enorme bloco de gelo, três vampiros vinham em sua direção, enfiou a espada na barriga de um, que se foi se desintegrando.
- Petrificus Totallus! – outro ficou paralisado, enquanto Harry pulava para o lado, escapando da mordida do terceiro.
Ele cortou o Vampiro petrificado, e se voltou ao outro. O vampiro pulou sobre Harry, acertando um tapa no ombro, ele se desequilibrou e viu o vampiro saltando novamente, com a boca aberta para fincar os grandes dentes em seu pescoço. Harry enfiou a espada na garganta dele, o vampiro caiu, se contorcendo no chão.
- Harry! Cuidado! – Hermione olhava por cima do ombro horrorizada, mas ele não teve tempo de se virar. – Estupefaça!
O feitiço passou do lado da orelha de Harry e atingiu o vampiro atrás dele, que caiu desacordado. Harry levantou a espada, na direção do vampiro, com a ponta para baixo, e perfurou o abdômen do vampiro em sua frente. Harry já tinha matado quatro vampiros, e via vários outros estendidos no chão. Ele continuou andando, tinha que achar o bilhete de R.A.B.
Outro vampiro vinha em sua direção esse, porém, vinha voando, vinha em alta velocidade, e começava a mergulhar na direção de Harry. Ele ainda estava muito alto, e Harry não conseguiria acerta-lo com a espada.
- Expelliarmus! – o raio vermelho atingiu o vampiro.
Enquanto Harry brandia a espada em direção ao pescoço do inimigo, este segurou a espada, Harry não conseguia fazer subir nem descer, segurou com as duas mãos, tentando cortar o vampiro, mas era impossível. Ele sacou a varinha novamente apontou ao vampiro cheio de fúria e gritou:
- SECTUMSEMPRA! – vários cortes profundos apareceram na face branca do vampiro, ele levou a mão ao rosto, gritando de dor. Harry aproveitou o momento e cortou o peito dele.
Harry não estava se sentindo nem um pouco feliz em fazer aquilo, estava começando a ficar com nojo da caverna, nojo dos vampiros, nojo de si mesmo. Ele continuava a lutar e enfiar a espada em diversas partes do corpo, de diversos vampiros. A sensação de estar matando vários vampiros não era nem um pouco agradável, mas tinha que lutar pela sua sobrevivência.
- Levicorpus! – disse Harry, mentalmente, se divertindo um pouco, enquanto um vampiro era puxado de ponta cabeça pelos calcanhares.
Uma flecha de prata acertou a perna dele, que gritou com fúria, tentando sair. Quando Harry se virou de onde era a flecha, viu outra, voando como uma bala. Está, porém acertou a cabeça do vampiro, que se desintegrou, exatamente como o primeiro.
Era Hagrid quem atirava as flechas, ele não podia usar varinha, então tinha um arco e umas flechas de prata.
- Accio Flechas! – as flechas voaram de vagar às mãos de Harry, que devolveu a Hagrid.
Os vampiros agora eram poucos, ninguém tinha ferimentos realmente graves. Ninguém havia sido mordido.

Harry desceu a espada em alta velocidade, cortando o ombro do último vampiro, que caiu morto.
- Vamos prosseguir! – disse Tonks, com firmeza.
- Espere! – disseram Rony e Harry juntos, ambos olhavam para Gina.
- Ela está ferida, e não pode usar varinha, é melhor ela ficar aqui com alguém. – anunciou Harry, observando um braço cortado da garota, e o galo que se formava, por uma batida em uma pedra, quando ela caiu.
- Já que eu não posso usar varinha também, eu fico cuidando dela. – disse Hagrid, amigavelmente.
- Pronto, agora podemos ir.
O grupo foi andando, não havia mais nenhuma criatura por perto, o máximo que ouviam eram os ratos correndo assustados. Eles caminharam por alguns minutos até chegarem, a uma grande câmara, era fria, e sombria, mesmo com as varinhas acesas. Harry só sentia essa sensação quando se deparava com uma criatura, mas não poderia ser... Não poderia ter também Dementadores na caverna dos vampiros.
- Lumus Máxima! – A luz forte voltou, e Harry viu, que realmente havia dementadores, eram tantos quantos havia no lago, quando salvou Sirius.
- Harry! É com você! Você tem o Patrono mais forte de nós, só você conseguirá espantar todos esses dementadores. – dizia Lupin.
“O Harry não! Por favor! O Harry não!”
“Menina tola, saia da frente.”


Harry voltou a ouvir as vozes, se não agisse rápido, logo iria desmaiar, mas não podia ele sabia conjurar o patrono, ele conseguia. Harry se lembrou, de quando beijava Gina, tentou pensar em todos os beijos que já deu nela e então sua mente clareou, e ele conseguiria conjurar.
- Expecto Patronum! – um raio branco saiu, ele falhara, mas foi porque acidentalmente acabou se lembrando de quando interrompeu seu namoro, ele voltou a se concentrar somente nos beijos... – EXPECTO PATRONUM!
O conhecido veado branco saiu galopando, e expulsando os dementadores. Harry se sentiu orgulhoso.
- Vamos rápido antes que mais algum apareça!
Todos saíram correndo, tropeçando em alguns buracos e se esquivando as pedras.
Uma criatura saltou de trás de uma rocha, ela se transformara em um dementador, logo depois em uma aranha gigante e depois em uma prova com a nota T – Trasgo. Uma lua cheia.
- Até isso tem aqui? – disse Harry fitando o bicho-papão. – Riddikulos!
O bicho papão que agora tinha a forma da Bellatrix Lestrange se tornou na Bellatrix Lestrange totalmente nua. Ela desfilou exibindo seus peitos enquanto todos riam, e então ela voltou ao escuro, e todos voltaram a andar, um pouco menos tensos. Mas essa sensação logo acabou, se depararam com um enorme lago. Tinha corpos dentro, corpos deformados, desintegrados. Andavam devagar, porém persistentes.
- Inferis! – gritou Harry, percebendo a reação de pânico de todos, inclusive Moody e Lupin. – Eles odeiam luz, fogo, calor! Dumbledore me disse!
Harry correu, não iria usar a espada agora, então tirou a varinha e exclamou contra os Inferis.
- Incêndio! – o fogo rodopiou lançando longe vários Inferis, porém não adiantara muito, havia milhares, e eles ainda se aproximavam. – Incêndio! Incêndio! INCÊNDIO!
Vários jatos de fogo saiam da varinha de Harry, mas ainda era pouco, os Inferis, apesar de em um numero um pouco menor, ainda avançavam.
- Vamos ajudar o Harry! Vocês não estão vendo? – berrou Hermione, que parecia furiosa. – Incêndio!
Ela também lançou fogo contra os Inferis, todos agora estavam incendiando todos os Inferis, que diminuíam bem mais rápido agora.
O grupo de Inferis estavam na metade, muitos já haviam sido derrubados, porém todos já estavam cansados, e o fogo que saia, já não era tão poderoso.
Uns dez inferis conseguiram passar pela barreira de fogo, o que estava mais perto era Moody, eles avançaram sobre ele, e começaram a arranhar-lo, morde-lo, arrancaram sua perna de madeira, e seu olho mágico.
- Seus diabinhos! EXPLOSION! – os cinco Inferis que estavam em cima dele, explodiram, os outros que o rodeavam foram lançados longe, a maioria atingiu o fogo e explodiu também.
Harry via, que se não acabasse com todas aquelas criaturas, mais alguém poderia ficar ferido. Ele reuniu todas as forças que tinha, e berrou. O grito ecoou pela caverna, provavelmente até Hagrid ouvira.
- INCÊNCIDO! – uma onda gigante de fogo se formou, ela caiu sobre os Inferis, destruindo um a um, Harry acabara de produzir uma tsunami de fogo.
Harry caiu de joelhos, sua varinha caiu ao seu lado, sua respiração estava ofegante. Seu rosto muito soado. Hermione se aproximou.
- Harry? Beba isso, preparei hoje de manhã, é uma poção revigorante. Sabia que alguém iria precisar. – ela tentava sorrir enquanto entregava um frasco, com o conteúdo avermelhado.
Harry bebeu. Aos poucos foi sentindo ganhar força, sentindo seu poder voltar e seu ânimo também.
Ele tornou a ficar em pé, e olhou para Moody, ele não tinha condições de continuar. Lupin pareceu ler a mente de Harry e se ofereceu;
- Eu posso ficar aqui com ele. Sigam vocês três e Tonks!
- Harry, só uma pergunta... Como vamos atravessar esse lago? – perguntou Rony, olhando ao redor, não havia nenhum barco.
- Me ajudem a congelá-lo. – disse Harry, olhando para Rony, Hermione e Tonks. – Glacius!
Os outros também dispararam gelo, porém ele congelava, e segundos depois derretia.
- Mais uma vez. – Harry torcia, para que não acontecesse o que ele temia. – Glacius.
Novamente rajadas de gelo voaram, até Lupin e Moody haviam ajudado. Mas derreteram logo em seguida.
- MAS QUE MERDA! – gritou Harry. – Vamos ter que atravessar nadando.
- Nadando? – perguntou Hermione, como se não acreditasse no que ouvira. – Não podemos voar com vassouras, ou aparatar?
- Não dá, há feitiços que fazem que a única maneira seja nadando.
- Então teremos que passar nadando mesmo?
- Não, Mione, você pode cavar um túnel por baixo do lago se quiser. E na próxima Copa Mundial de Quadribol você chega do outro lado. – disse Rony, sem paciência.
- Ah... – ela bufou, parecia aborrecida com indelicadeza do amigo.
Harry foi o primeiro a pular na água, seguido por Rony, depois Tonks e Hermione, ele só conseguiu dar algumas braçadas, e sua pele começou a queimar, parecia que tinha mergulhado em um ácido, ou em água fervendo!
Harry tentou nadar mais rápido, mas ia ficando cansado a cada braçada, sua pele parecia que a qualquer momento iria desaparecer. Harry continuou nadando, estava na metade, e sentia que iria suportar por pouco tempo, seus amigos também, considerando as expressões.
- Imperviou! – disse Harry, apontando a varinha para si próprio. A sensação de queimação desapareceu, todos copiaram o feitiço, e pareceram aliviados. As braçadas voltaram ao ritmo normal, e em pouco tempo eles chegavam à margem do lago.
- Lumus!
Para a surpresa de todos, duas plantas à frente do grupo estavam instaladas. Um Salgueiro Lutador maior do que o que há em Hogwarts. E um visgo do diabo enorme, que seria capaz de sugar qualquer pessoa, até mesmo Hagrid.
Um enorme galho do Salgueiro Lutador descia sobre eles, em alta velocidade.
- Protego! – o escudo de Harry bloqueou o primeiro golpe, porém o segundo, vinha, e não daria tempo de conjurar outro.
- SE ABAIXEM! – gritou Tonks, enquanto o galho vinha na horizontal, pronto para arrancar-lhes a cabeça.
O terceiro golpe vinha veloz, novamente tinham que pular para não serem acertados, porém Rony não foi muito rápido, foi atingido na barriga e foi lançado a metros, caindo desacordado.
O quarto golpe fora o mais perigoso, dois galhos se moviam, um de cada lado, prontos para esmagar os três que ainda estavam bem.
Harry pulou para trás e quando os dois galhos estavam bem próximos ele gritou:
- Incarcerous! – duas fortes cordas surgiram, amarrando a ponta dos dois galhos. – É hora de fazer a poda!
Ele tirou a espada, cortou os dois galhos fortes amarrados, e cortou o próximo que vinha em sua direção.
O tronco agora começava a deitar sobre ele, e ele seria esmagado em questão de segundos! Levantou a espada, e fez um movimento rápido, cortando a arvore quase de uma ponta a outra. O grande Salgueiro caiu, alguns galhos acabaram batendo na cabeça de Harry, mas foi uma dor suportável.
- Harry, nós vamos abrir o caminho entre esse Visgo, porém você terá que continuar sozinho.
Harry olhou para Tonks, como se esperasse que ela dissesse que era tudo uma brincadeira. Mas seu olhar sério, o fez perceber que teria que seguir sozinho.
- LUMUS! – as duas gritaram e um corredor iluminado se formou no meio do visgo, Harry pulou no meio, e ultrapassou, neste instante, a luz se apagou.
No chão, havia uma mensagem, escrita, que de certa forma, animou Harry.
“Chegou à hora do último desafio”.
Harry ficou imaginando enquanto andava sozinho por um corredor, qual seria o próximo desafio, gigantes? Trasgos? Lobisomens? Centauros revoltados? Ou um mar de espinhos?
Harry foi despertado, com um barulho, um barulho alto, e tenebroso. O último desafio era pior do que todos esses que ele pensara.
Abriu a bolsa rápido, vasculhou-a por inteiro, até achar a Firebolt Máster, o barulho vinha aumentando, o monstro devia estar muito perto. Um calor invadiu o local onde ele estava um jato de fogo muito forte apareceu atrás dele... O dragão havia chegado.
Harry montou na vassoura e começou a voar, voava muito rápido, por um grande corredor escuro, onde só havia alguns enormes buracos na parede, e cada vez que Harry passava, mais um dragão aparecia! Ele voava o mais rápido que podia, com freqüência lançava olhares preocupados para trás, verificando se nenhum dragão estaria próximo o bastante para acertá-lo ou então engoli-lo por inteiro. O dragão mais perto, era de longe o maior. Era umas três vezes maior que o Rabo-Corneo-Hungaro. Ele vinha voando veloz, liderando o grupo de pelo menos quinze dragões. Ele cuspia rajadas de fogo muito maiores que os outros. Algumas passavam tão perto que Harry ficava preocupado se não iriam queimar sua linda vassoura. Harry voava depressa. Avistou uma grande estalactite à sua frente, logo que passou por ela gritou.
- EXPELLIARMUS! – o raio atingiu a estalactite, que caiu, acertando a cabeça do enorme dragão, que soltou um último ataque. Esse passou à direita do ombro de Harry, e ele viu o grande dragão, caindo com a cabeça furada, em cima de mais três.
No fim do túnel, Harry conseguiu avistar uma câmara, com uma luz fraca, e uma mesa, onde havia um pergaminho.
- Accio pergaminho! – o papel voou para a mão de Harry, antes de ele chegar na câmara, e então se virou. Ficou de frente para os dragões, que avançavam furiosos. Cuspindo fogo como loucos. – Glacius!
A maioria dos ataques congelou, fazendo os dragões caírem e baterem a cabeça. Ele avançou novamente, desta vez, ele ia a direção aos dragões, fez um mergulho, que anos de Quadribol o permitiram fazer, e passou entre quatro dragões, deixando-os confusos. Mais cinco estava na sua frente, porém eram maiores, e não conseguiria efetuar outro mergulho. Instintivamente ele elevou as mãos, antes que os dragões o atacassem. Harry fez um movimento com a mão, enquanto a outra segurava o cabo da vassoura, todos os dragões foram jogados longe, batendo nas paredes, como se uma explosão invisível ocorresse.

- Vamos embora daqui! – disse Harry, quando encontrou Tonks e Mione.
Harry correu rápido, antes que mais algum problema acontecesse, conforme iam passando pelos feridos que tinham ficado para trás, ele ia avisando para correrem. Ele ia à frente do grupo, quando chegaram perto de Hagrid e Gina, Harry conseguiu ver, a entrada da caverna... Fechada.
- Todos usem o Bombarda! No três. – disse Harry, olhando para trás, e sacando a varinha. – Um... Dois... TRÊS!
Ouviu-se um coro de “Bombarda”. E a barreira de pedra explodiu, abrindo uma passagem, um tanto apertada, mas suficiente para todos passarem.




N/A. Obrigado pelos comentários da Mone-JP e do João Paulo... =D
Me deixaram muito feliz, continuem comentando e votando.

Obrigado
Jonss

Betado por: Ron

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.