O Castelo de Midney



- CAPÍTULO CINCO -
O Castelo de Midney

- Quem é esse antigo amigo? – perguntou Harry, olhando para os lados.
- Sou eu. Olá Harry Potter. Meu nome é Antônio Joshua. Conhecido como A.J. – Um homem alto, de cabelos negros, apenas alguns fios brancos, dava a Harry a certeza, de que era um homem no inicio da terceira idade. Ele era magro, e usava um elegante paletó preto, com uma gravata borboleta. Usava um chapéu arredondado, e uma bengala que girava de um lado para o outro. Seu rosto tinha um sorriso maroto, o homem aparentava ser de bom caráter. – Sou o responsável pelo lendário Castelo de Midney.
Harry se sentou na cama, sua cabeça girava e doía um pouco, mas era por causa das várias horas que permanecera desacordado.
- Muito prazer, senhor Joshua.
- Ah! Que isso garoto, me chame de A.J. – respondeu o homem rindo. – Bom, agora vou deixá-lo em paz com seus amigos. – o homem saiu andando, lentamente. Ele tinha uma elegância surpreendente.
- Muito legal esse A.J. – disse Rony entusiasmado, neste instante, o estomago de Harry rugiu.
- Harry! Você deve estar com fome! Vou chamar os elfos, para trazerem comida a você. – Hermione saiu correndo da enfermaria, e Harry voltou a afundar sua cabeça no travesseiro.
A última coisa de que se lembrava, era de uma dor muito forte causada por um feitiço lançado pelo Ministro, o fazendo desmaiar, ao olhar pela janela, viu o céu no horizonte num tom alaranjado. Devia ter sofrido o ataque, na noite anterior, e passara o dia todo sem comer. Por isso, um incomodo quase tão grande como quanto ao do feitiço assumia seu corpo. Era pela fome. Mas logo um elfo desengonçado apareceu na enfermaria, com uma bandeja cheia de comida, e um delicioso suco fresco ao lado. A comida era quase tão boa quanto a comida que se fazia em Hogwarts. Enquanto comia, seus amigos o deixaram sozinho. Com exceção de um bruxo, que estava dormindo a uma semana, como disse a enfermeira. Harry estava exausto, mesmo não fazendo nada o dia todo. A falta de comida durante o período, deve ter deixado-o com a resistência baixa. Acabou adormecendo...
- Acorde garoto! Harry Potter! Está me ouvindo? – as palavras começaram como pequenos sussurros, mas depois, foi aumentando o volume até Harry despertar. Quando olhou era a enfermeira, lá fora, nas janelas, já estava escuro.
- O que aconteceu? – perguntou Harry, surpreso.
- Você pode ir pro quarto, com seu amigo Rony... – quando a mulher disse isso, ele se levantou num pulo, tinha agora as energias reforçadas.
Estava caminhando à porta, e estava prestes a deixar a enfermaria, quando Remo Lupin aparece.
- Ah, Harry... Estava indo ao quarto? – o garoto balançou positivamente a cabeça – Siga-me.
Eles andaram um bocado, por corredores majestosos, com enormes lustres de vidro. As paredes eram de pedra como em Hogwarts, e estavam cheias de quadros, como na escola também. Porém no Castelo de Midney os personagens dos quadros ficavam parados – ou quase todos – Harry avistou dois fantasmas que passaram conversando. Somente algumas pessoas andavam pelos corredores. Até que chegaram em uma fileira toda de porta.
- Seu quarto é esse primeiro. – Lupin apontou uma porta de madeira, toda esculpida, fazendo o brasão do Castelo na porta, Harry abriu, e se deparou com Rony de pijamas, saindo do banheiro, e mais dois homens que já dormiam.
- Ah Harry! Que bom, esses caras ai não falaram nada desde que eu entrei! – o amigo sorria, com a escova de dentes na mão, tornando um rapaz alto, com pijamas listrados e uma escova de dentes na mão, uma cena engraçada. – Cara, esse castelo, muito legal. Espera só até amanhã – começou o entusiasmado Rony – Você nem imagina como é o refeitório!
Os dois dormiram logo, um dos homens já havia levantado a cabecinha miúda, e pediu para que eles ficassem quietos.
Harry corria entre milhares de corredores, misturando-se os velhos de Hogwarts, com os majestosos de Midney. Alguém encapuzado o seguia, a varinha erguida. E Harry fugia como um inseto. Mas de repente uma luz irritante estapeou sua face. O calor que aquecia seus olhos fez Harry acordar. Rony ainda dormia – e roncava – Harry o acordou, assim que pôs as roupas.
Ele sentou na cama, esperando o amigo terminar, seu estomago continuava roncando, em dois dias, ele comera a quantidade de um só. Continuava faminto. Os dois homens já haviam partido, quando Harry acordou já não estavam mais ali...
Rony foi guiando pelos corredores, lustrosos, até chegar a um imenso portal, era umas quatro vezes maior que Rony. Assim que chegaram perto, as lindas portas se abriram, revelando um lugar fantástico. Apenas duas longas, que iam do começo ao fim do Salão, os vitrais imensos, davam a vista a uma linda floresta, iluminada pelo sol da manhã. O teto era muito alto, algumas corujas passavam ali, e pareciam pontinhos coloridos. Como em Hogwarts, havia também uma mesa menor, de frente com as duas outras, onde sentava A.J., Moody, a enfermeira e outras pessoas que Harry não fazia idéia de quem eram. Assim que se sentaram, ao lado de Hermione e Gina, a comida apareceu diante deles, não era tão farta quanto em Hogwarts, mas era cem vezes melhor do que os restos que comia na casa dos Dursleys.
Enquanto Harry comia uma torrada, a linda coruja branca de Harry apareceu, Edwiges vinha voando majestosamente. Ela pousou no ombro de Harry, ele tirou a carta, e viu uma letra garranchada:

Olá HP. , como está?

Estou aqui em Hogwarts, resolvendo alguns problemas, e logo me juntarei a vocês, mas creio que junto com o Olho-Que-Gira estará em segurança. Mande um olá, à inteligente, os dois cabelos de fogo!
Até mais
O-Meio-Gigante


- Quem era Harry? – perguntou Hermione, e seus amigos pareceram curiosos também.
- Hagrid. – ele olhou para Moody, e viu que ele também recebera uma carta – Dizendo que não poderá vir, está em Hogwarts, resolvendo alguns problemas.
- Ah, tudo bem, eu li nos jornais trouxas, que essa região não é perigosa. – Hermione falava, como se estivessem apenas passeando.
Moody levantou da mesa, ele veio mancando até Harry, seu olho mágico girava.
- Vamos partir hoje à noite... O metrô trouxa é bem mais tranqüilo... – dizia ele, entre rosnadas, e depois saiu mancando novamente.
Assim que Rony terminou de comer – ele repetira três vezes. – os quatro se levantaram. Harry estava muito ansioso para partir em busca de R.A.B., sua jornada contra Voldemort havia realmente começado. O medo e a falta de confiança, que ele sentia quando estava sozinho na Rua dos Alfeneiros n° 4, pareciam ter evaporado, ele se sentia muito mais forte, entre amigos. Mas mesmo assim sabia que não iria ser fácil. Enquanto Harry buscava as Horcrux, Voldemort aumentava seu exército. Era uma guerra, onde o mais inteligente, corajoso e poderoso, venceria.
- Vamos lá fora? – falou Harry, admirado, ao passar por um vitral cheio de detalhes, que dava a visão do jardim magnífico que os terrenos possuíam.
Os gramados verdes, ainda úmidos cobriam todo o chão. Vários pinheiros majestosos e imponentes Um lago de águas azuis banhava a região, um canteiro de flores coloridas reinava no jardim. As montanhas no horizonte encobriam o sol, quando o fim da tarde ia chegando. O grupo passou horas olhando os animais, conversando. Hermione e Rony acabaram dormindo, Gina quase caiu no sono, se não fosse Harry, despertando-a. O que ele queria era exatamente isso, ficar a sós com a ruiva que ele tanto amava. Eles se beijaram, durante vários minutos que se arrastaram o calor do beijo, fazia Harry voar, era tão bom, estar ali, com Gina, em um dia de paz. Um ruído foi ouvido, e no instante seguinte, Hermione olhava para o casal, ela sorria, não tiveram tempo para parar o beijo, e no próximo segundo Rony estava acordando, Harry afastou seus lábios da boca doce de Gina, e os três sorriram amarelo.
- Que fome... – resmungou Rony, com dificuldade para abrir o olho.
- Rony, francamente. Você é o que mais comeu no café da manhã, e depois dormiu. Agora já está com fome?
- Calma Mione! Só falei o que estou sentindo... – ele virou do lado, prestes a dormir novamente, quando Harry se intrometeu.
- Vamos almoçar então. Eu também já estou ficando com fome.
Apenas a alguns passos da entrada, o caminho dos quatro já foi interrompido, por um fantasma que lembrava Pirraça.
- Harry Potter? Você é Harry Potter? – perguntou o fantasma que tinha alguns fios de cabelos, e usava uma roupa cheia de rendas e babados.
- É, acho que sou... – Harry mordia os lábios inferiores.
- Você estudou em Hogwarts, não foi? Ah, bem que Nick me disse, até meu primo fala de você.
- Nick, Nicolas? O fantasma de Grifinória? – perguntou Hermione.
- O Nick Quase-Sem cabeça? – Rony parecia entusiasmado.
- É, esse mesmo. – o fantasma ia continuar, mas foi interrompido.
- Quem é seu primo? – Harry já esperava uma resposta, mas queria a confirmação.
- Pirraça! Não me diga que você não o conhece?
- É claro que conhecemos. Mas e você, como conhece os fantasmas de Hogwarts? Você já esteve lá? Conhece a Murta Que Geme?
- Ora que garotinha esperta, - ele dizia para Hermione – Sim, eu já estive em Hogwarts, mas na época, quase todos os fantasmas de lá estavam vivos. Inclusive eu. E lógico que eu conheço a Murta, quem não conhece a Murtinha? – ele soltou uma alta gargalhada.
- Saia daqui Mordaça! – A.J. vinha gritando furioso com o fantasma.
- Mordaça, ele é primo do Pirraça, o nome rimando tem algum sentido?
- Tem sim Mione, são os fantasmas da Raça. O trio fantasma mais terrível do mundo bruxo. O outro primo está na Índia, se chama Cachaça... – A.J. parecia falar lamentando cada palavra. – Vamos almoçar, creio que o ruivo já está com fome.
Rony riu, indicando positivamente, que seu organismo já pedia por comida. Enquanto andavam pelos corredores, Harry chegou a uma conclusão: O Castelo de Midney, não era tão grande quanto o de Hogwarts, mas era mais elegante, e bonito. Não na arquitetura, pois a visão de Hogwarts entre as montanhas era uma das cenas mais bonitas que se podia ter na vida. Mas sim por dentro. Em Midney tudo estava em seu lugar, tudo limpo, tudo num estilo clássico conservado. No almoço, três visitas inusitadas, a diretora Minerva McGonagall, Lupin e Tonks, sentavam à mesa principal, junto com A.J. e Moody.

- Potter! – a diretora vinha andando o mais rápido possível em cima do sapato de salto. – Harry... Tudo bem Srtas., e com você Sr. Weasley? – todos responderam que estavam bem, e então a professora chamou Harry, separado do grupo – Harry, o Ministro será julgado pela Suprema Corte dos Bruxos, por atacar você. Já é um bruxo formado e maior de idade Enquanto ao caso dos Arquivos roubados, Quim também será julgado. Eu e Alastor compareceremos à audiência de Quim, mas creio que ele não será condenado. Não há nenhuma lei, que mande um bruxo a Azkaban por pegar meia-duzia de Registros.
- Sim diretora... Sinto muito – lamentou-se Harry.
- Não é culpa sua, Harry. Você está prestando serviços à Ordem da Fênix agora. Agora outro assunto que queria tratar com você. Lupin e Tonks irão acompanhar vocês, enquanto Hagrid não pode vir. Ele tem problemas a resolver em Hogwarts.
- Tudo bem. – Harry estava pensando se devia perguntar quais eram os problemas de Hagrid. Porém, decidiu que não iria perguntar.
- Até mais querido... – uma lágrima escorreu do rosto de Minerva McGonagall, uma das bruxas mais duras que ele conhecia, estava o chamando de querido e chorando de preocupação. – Ah, me desculpe.
Ela se virou e foi embora. Rony, Hermione e Gina vieram a Harry saber o que havia acontecido.
A tarde, diferente da manhã alegre, tomou um tom melancólico, e obscuro. O céu se fechou, indicando uma terrível tempestade que viria. O vento balançava os pinheiros, que há poucas horas estava de testemunhas do amor entre Harry e Gina.
Rumando sozinho ao quarto, a fim de descansar, pois a noite seria longa, Harry pensava em tudo que já tinha passado. E como tinha sorte, a sorte que seus pais não tiveram. No quarto, Lupin dormia, a chuva caia violentamente, fazendo uma canção sonolenta. Harry se jogou na cama, sem mesmo tirar os sapatos e adormeceu.

N.A. Mais um capitulo ai!

E vou dizer mais uma vez, apesar de não gostar...

Gente, por favor, comentem! É muuuuito importante pra qualquer autor o comentário!

Obrigado
Jonss

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