Novas Batalhas




- CAPÍTULO VINTE E TRÊS -
Novas batalhas


A noite estava tranqüila. Harry assinava a permissão da entrada de novos membros. Um mês havia se passado desde o fim da reconstrução e eles agora ganhavam membros com o dobro da rapidez. No total, já se somavam oitocentos e noventa soldados para a batalha. Tinham os mensageiros (novo grupo criado por Harry) que eram cerca de dez, cinqüenta espiões e cinqüenta e quatro membros que viajavam pela Europa.
No total, eram quase mil membros efetivos da Ordem. Porém cerca de quarenta tinham convívio, e essa era a cúpula, que fora aumentada. Só eles continuavam a fazer as reuniões, só eles continuavam saber, dos planos ultras-secretos só eles faziam jantares no Largo Grimmauld, antiga sede.
Os espiões também eram de extrema importância, mas ficavam longe. Já os soldados, ele eram apenas para as batalhas, muitos Harry nunca havia visto na vida. Outros ele achava engraçado o nome.
Ele, o Menino-Que-Sobreviveu estava em seu gabinete pensando no retorno da busca às Horcrux, Dumbledore dormia atrás dele, quando se ouve uma explosão. Um barulho parecido com os fogos de artifício. O coração de Harry Potter disparou. Pois aquele era o barulho de encrenca se aproximando.
Ele desceu correndo as escadas e encontrou os dois homens que estavam de guardas apavorados.
- Fiquem aqui, chamem reforços se preciso, mas não deixem que os Comensais entrem aqui!
Harry convocou sua espada, pendurou-a na cintura, apanhou a varinha e saiu em disparada, na direção do barulho. Ele corria pelo mato, até que achou a clareira onde o vigilante tentava impedir o avanço dos Comensais.
- Muito obrigado Hugoff. Chame Rony, Hermione, Gina, Jonx, Luna e Neville, depois você volta pra cá.
Em poucos minutos, a maior parte da Cúpula da Ordem da Fênix estava a postos à disposição de Harry.
- Moody, Lupin, Brom e eu vamos fazer uma linha de frente. Rony, Jonx, Luna e Tonks fazem a segunda linha. E o resto fica atrás pra batalhar quando eles avançarem.
Harry correu mais à frente, junto com os três parceiros. Eles se posicionaram e empunharam as armas.
- Incêndio! Bombarda! – gritava um Comensal que vinha à frente. Seu cabelo seboso e sua pele branca como a neve, davam à Harry uma certeza. Severo Snape e ele se encontraram novamente.
- Estupefaça! – brandiu Harry, e Snape desviou. Os Comensais continuaram seguindo, apenas alguns soltavam ataques que eram bloqueados com pouca dificuldade. Porém a batalha foi ficando mais intensa a cada minuto, o coração de Harry disparava, quando um feitiço passava a poucos centímetros da sua orelha.
- SECTUMSEMPRA! – Snape desviou deste ataque, ganhando apenas um corte em sua face. Harry decidiu que aquele momento era oportuno para usar um ataque que aprendera com Brom. – Háziokú!
Ondas elétricas saíram da varinha de Harry, elas iam ondulando na direção de Snape, mas o forte daquele ataque era que ele vinha por todos os lados, Snape não viu como fugir. E foi atingido
Ele gritou de dor e caiu de joelhos na terra, rasgando sua calça. Ele mal conseguia respirar
Harry sentiu que só havia uma coisa a fazer naquele momento, enquanto Snape olhava para ele com desprezo. Ele hesitou, mas concluiu que com Snape, aquilo seria pouco.
- Avada... – ele foi interrompido pelo grito de uma mulher.
Harry sentiu seu corpo sendo jogado para trás. Uma dor alucinante invadiu seu corpo e se apoderou de sua mente. O raciocínio estava lento, ele via uma mulher pálida se aproximar, mas não conseguia pensar em nenhuma reação. Até que a dor foi neutralizando e ficou somente na região de suas costas.
- Olá Potter beberrão! – falou Bellatrix com prazer.
- Vadia! – gritou Harry furioso, fazendo força para se levantar. Harry levou sua mão ao bolso, procurou pela varinha e constatou que estava no chão, onde Snape continuava caído. Por sorte Bellatrix não havia visto.
Harry desejou ter sido mais discreto, pois quando ela percebeu o olhar do garoto se virou depressa e viu a varinha dele caída no chão. Ela caminhou até o local e estava abaixando quando Harry gritou.
- REFFUGUO! – a palma da mão dele brilhou, e um relâmpago branco saiu de sua mão. Atingindo a mulher nas costas, ela caiu perto de Snape. – Incêndio! – exclamou Harry pegando a espada em sua cintura. A lâmina desapareceu por baixo do fogo, e Harry avançou correndo para Bellatrix, e desferiu um golpe em sua perna. A ferida ficou inflamando em fogo, enquanto ela urrava de dor e o sangue escorria manchando a veste negra.
- Seu pivete desprezível! – com um olhar de repugnância ela dasaparatou.
- Accio. – falou ele, estendendo a mão na direção de sua varinha. A palma da mão brilhou novamente e a varinha veio voando, até seus dedos.
Harry caminhava lentamente na direção de Snape novamente, suas costas latejavam, porém Harry conseguia suportar. Enquanto decidia se iria matar o homem traidor à sua frente, um vulto com vestes negras e olhos avermelhados surgiu por trás das arvores.
- Ora, Potter... Vejo que conseguiu reerguer a Ordem da Fênix em um bom tempo. Estou impressionado. Pena que eu só mandei um décimo do meu exército, e ainda assim a luta está equilibrada. – Voldemort viu na cara de Harry, que sentiu o sangue quente subir pela sua cabeça. Mas ele aprendera com Dumbledore e Brom a manter a calma.
- Você é nojento! – a risada de Voldemort cessou.
- Tudo bem. Eu só mandei alguns homens aqui para desestabilizar novamente o seu grupinho do bem. Mas mudei de idéia. Só vou matá-lo e depois posso ir embora.
Harry sacou a varinha e começou a lançar feitiço como um louco. Todos eram extremamente potentes, mas Voldemort parecia satisfeito com a reação de Harry.
Mantenha a calma, Harry. Uma voz ecoou em sua cabeça e Harry sabia que não era a dele. Olhou ao redor e viu Brom o observando. Aquilo foi um balde de água fria. Harry retomou a consciência e começou a duelar com mais serenidade.
Vários minutos se passaram, Voldemort levava vantagem, mas Harry estava conseguindo suportar de maneira heróica.
Num momento de distração, Harry foi atingido no peito. Ele cambaleou para trás enquanto estava zonzo. E as palavras que ele temia ouvir, foram faladas.
- Avada Kedavra!
Harry fechou os olhos esperando a morte certa. Seu coração batia de forma descontrolada, o medo invadia seus poros e a respiração de Harry falhava.
Não! A voz de Brom apareceu desesperada em sua mente. Mas Harry sabia que ele nada podia fazer. Apertou os olhos, para morrer em menos de um segundo.

Mas a morte não veio. Harry não acreditava. Quando abriu os olhos, viu o corpo sem vida de Rabicho. Harry apesar de odiar o homem, sentiu-se emocionado. Rabicho dera sua vida por Harry, apenas para cotar uma divida feita há cinco anos.
- Tolo! – gritou Voldemort furioso, que lançou a Marca Negra e aparatou. Pouco a pouco os Comensais foram sumindo, até que no campo de batalha, sobraram apenas os feridos e mortos. Felizmente, mortes havia só a de Rabicho e de outro Comensal. A Ordem da Fênix não tivera nenhuma perda. Só havia alguns corpos no chão com ferimentos.

- Levem os mais graves ao Centro Bruxo de Saúde. Os com ferimentos leves, levem aos leitos de Hogwarts!
Harry lançou em si próprio um feitiço para aliviar a dor e passou o resto da noite resgatando os feridos na expansão da Floresta. Quando a madrugada estava alta, e não havia mais corpos pelo chão, Neville aproximou-se com o rosto triste.
- Harry. Tenho uma má notícia!
- O que foi Neville?
- Eu vou viajar... Para a América do Sul, surgiu uma oferta para eu dar aula no Instituto Educacional Mágico Amazônico. É a maior escola de magia da América, não tive como recusar, me desculpe Harry.
- Que isso Neville! Eu ficaria bravo se você recusasse essa oferta para ficar aqui no meio da guerra.
Os olhos de Neville se encheram de lágrimas.
- Adeus! – falou Neville abraçando Harry.
- Adeus cara! Boa sorte!
Poucas lágrimas escapuliam teimosas pelos olhos dos amigos. Neville não era o melhor amigo, porém ele tinha muita consideração pelo garoto. Mostrara grande coragem quando o acompanhou ao Ministério.
Harry viu Neville se afastando e se despedindo um a um. Até que ele se dirigiu à loja dos Gêmeos, onde viajou pela rede de Flu até o Brasil.
Harry conseguiu dormir apenas do fim da manhã até à hora do almoço. Ele havia decidido que faria um enterro para Pedro Pettigrew. O homem, que apesar de Comensal da Morte, salvou a vida de Harry.
Ele passou rapidamente pelo C.B.S. (Centro Bruxo de Saúde) onde visitou os companheiros feridos. Depois se dirigiu à Hogwarts, viu rápido, os membros que se recuperavam e depois foi procurar Gina, que estava sentada sozinha na Sala Comunal de Grifinória. A garota estava com o cabelo solto, alguns fios da franja caíam sobre seu rosto artesanal. Aquela boca doce pedia por um beijo. Harry não se segurou e avançou sobre ela, beijando-a. As línguas se cruzando passando forças, passando o gosto de um para o outro. Aquilo reanimou Harry mais do que qualquer poção que Madame Pomfrey desse a ele.
- Eu te amo ruivinha! – alou Harry, acariciando os cabelos vermelhos.
- Eu também, meu herói.
- Por que herói? – perguntou Harry, curioso.
- Pois você lutou contra Voldemort mais uma vez, sem fugir, sendo corajoso.
Harry ficou feliz ao ouvir aquelas palavras, e logo em seguida, beijou-a novamente.

A noite chegou e Harry já preparava o enterro de Rabicho, seria inúmeras vezes mais modesto que o de Dumbledore, porém era digno por o que ele sempre foi. Por culpa dele que os pais de Harry haviam morrido, mas também por culpa dele que Harry estava vivo. Era um dilema perturbador, apesar de Harry ainda achá-lo culpado.
Harry pôs o corpo de rabicho num caixão, levou até o cemitério e enterrou-o, numa lápide, onde estava escrito seu nome, a data de nascença e a data de morte. Poucas pessoas compareceram, porém Harry não achava que eram necessárias mais.
Harry voltou à sede da ordem, dormiu durante toda a noite, e na manhã seguinte já estava em seu gabinete, lendo a matéria publicada no profeta Diário, sobre a batalha. Com a aparente vitória da Ordem da Fênix, muitas pessoas vieram se alistar. O que animava Harry, mas não muito.
Ele passou mais uma semana no poder. Admitindo membros e se dedicando à treinamentos.
Num sábado, uma matéria sobre Voldemort fora publicada.

“A Tirania das trevas continua. Mas por quanto tempo?

Harry Potter, junto com a famosa Ordem da Fênix estão lutando bravamente contra o destronamento de Voldemort. Afirma-se que ele agora está usando trouxas e bruxos nascidos de pais trouxas (conhecidos como sangue-ruins), estão sendo escravizados por Voldemort. Diz-se também que ele tortura qualquer um que aparecer na sua frente, sem algum motivo aparente. A ira do bruxo deve-se à derrota da batalha, nos arredores do vilarejo de Hogsmead, bem próximo à Hogwarts.
Mas isso não é o suficiente para acabar com a tirania de Voldemort, que a cada dia fica pior. O Império do Lord, como é conhecido popularmente está em constante reforma, sempre aumentando seus domínios e sempre acumulando aliados. Um grande reforço que conseguiram há pouco tempo, são as terríveis criaturas: Lyptus! São extremamente fortes e destruidores.
Enquanto Voldemort continuar no poder, só nos resta torcer para Harry Potter e seus companheiros”

Harry esticou-se encostando as costas na cadeira, ele levantou o rosto e fechou os olhos. Esfregou, tentando espantar o cansaço. Pois a pressão sobre ele, para vencer Voldemort aumentava a cada minuto, e Harry já estava farto, de todo o peso do mundo cair sobre as costas dele. Foi com esses pensamentos que Harry decidiu partir novamente em sua jornada, na busca pelas Horcrux.
- Caraminholas entupindo sua cabeça Harry? – perguntou o quadro de Dumbledore curioso.
- Mais ou menos. Estou me decidindo quando partir na busca pelas Horcrux.
- Se fosse agora seria ótimo. Mas isso é inviável, então, que tal amanhã bem cedo?
- Mas eu preciso falar com Rony e Hermione.
- Fale com eles agora. E não se esqueça de se despedir de sua amada. Enquanto ao resto, pode deixar que eu aviso.
- Muito obrigado professor.
Mas mesmo assim, Harry continuava confuso, não sabia como iria fazer para achar as Horcrux, ele fez uma recapitulação mental. Ele já destruíra o Diário, Dumbledore havia destruído o Anel, eles sabiam que a Taça de Helga Hufflepuff, o Medalhão de Slytherin, eram Horcrux, provavelmente Nagini seria a outra. Ainda faltavam dois, que era ou um objeto de Godric Gryffindor ou de Revenclaw. E outro, desconhecido, que Dumbledore nem tinha suspeitas.
- Pensando em que, Harry? – falou o quadro de Dumbledore.
- Não sei por onde começar professor.
- Eu tenho um palpite. Mas não sei se você confiaria em um quadro tolo.
- Lógico que confio! – falou Harry, sentindo uma chama de esperança se acender.
- Eu procuraria por informações na França. Pelas redondezas de Paris. Só isso eu posso dizer.
- Muito obrigado. – Harry se levantou e foi procurar Rony, Hermione, Gina e Jonx.

O dia do inicio da nova jornada amanheceu infeliz. As nuvens pesadas ocultavam o caminho para a luz contagiante do sol. Pequenos flocos de neve caíam na grama gelada. Harry acordou, foi até a cozinha da casa de Albeforth, tomou um leite bem quente, para aquecer o interior. Logo em seguida arrumou sua mochila, chamou Rony e Hermione. Seu coração doía ao sair novamente para uma busca e doía mais intensamente ainda, em saber que deixaria Gina para trás outra vez.
Eles foram até a clareira da Floresta, onde ocorrera a batalha, verificaram que não estavam sendo seguidos e aparataram.






N/A: Ah... Terminei de escrever a fic. Só resta terminar de postar os capítulos. (que aliás são bastante)
Posso adiantar que ela terá uma continuação! ;D

Bom, espero que gostem desse novo capítulo

Jonss

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.