Reconstrução




- CAPÌTULO VINTE E DOIS -
Reconstrução



Passou-se uma semana e a Ordem da Fênix continuava ganhando aliados, Moody, Manolo e os aurores se encarregavam do treinamento. Mas antes, para entrarem, chamavam Harry, Lupin e Slughorn para fazerem os testes de Legilimência.
Até o momento, nenhum era espião com segundas intenções.

Durante a tarde da sexta feira, Harry viajaria à Hogsmead para iniciar a construção do quartel general da Ordem da Fênix, junto com ele, iriam Rony, Hermione e Jonx.
Harry estava eufórico com a chance de ver Gina, novamente por alguns dias.
Durante o almoço, ninguém falou, pois estavam apreensivos.
- Prontos? – perguntou Harry, aos amigos, apanhando um punhado de pó de Flu.
- Sim. – concordaram
Harry jogou o pó na lareira e disse “Cabeça de Javali”, as chamas verdes engoliram seu corpo e ele foi transportado para o bar de Albeforth.
O irmão de Dumbledore os esperava sentado em uma mesa bamba, um copo com uma substancia estava sobre a mesa. Albeforth tomou um gole, satisfeito e ofereceu.
- Servidos? É um ótimo vinho de Trasgos, feito na Índia em 1750.
- Não obrigado... – antecipou Hermione.
- Mas eu quero! – falou Rony, quase babando no chão.
- Eu também! – disse Harry, que queria relaxar um pouco. E nada melhor do que um bom vinho.

Assim que a boca de Harry tocou o líquido vermelho, ele sentiu uma sensação estranha. Já havia tomado outros vinhos, porém aquele era diferente, um sorriso brotou na sua cara, porém era um sorriso abobalhado, como o de Albeforth.
- Bom, não é? Vinho de Trasgos são feitos para relaxar mesmo.
- Perfeito! Se só um vinho normal já me relaxaria, este então fez maravilhas.
Todos riram, até porque Hermione e Jonx decidiram provar também, deixando todos mais felizes.

Aquilo era tudo que Harry precisava. Ele andava pela Rua de Hogsmead com flocos de neves caindo sobre seu rosto. Suas pegadas ficavam marcadas no chão fofo. O gelo comprimia seus ossos, dando a impressão de que qualquer toque seria o suficiente para quebrá-los. Seus dentes se chocavam a cada meio segundo, conforme ele tremia. Porém isso não importava, pois ele teria que seguir até seu objetivo. Que era o terreno onde o Quartel General da Ordem da Fênix seria construído.

Quando finalmente chegou, ao local que ficava ao sul, atrás da Zonko’s e perto da Casa dos Gritos. Ele observou, era um terreno grande, porém vazio. No centro haviam árvores com folhas encobertas pela neve. Aquelas árvores teriam que sair dali, infelizmente. Pois Harry sentia dó ao arrancá-las.
Harry andou pelo terreno analisando-o, todo o projeto veio à sua mente. Desde a muralha, até o tapete que colocaria em sua sala.
Na entrada, faria um busto, em homenagem à Dumbledore, o grande fundador da Ordem da Fênix. Outra idéia lhe veio à cabeça. Na sua sala, da diretoria, faria um quadro, igual aos que tem em Hogwarts, com os antigos líderes da Ordem. Só teria o quadro de Dumbledore, e o de Minerva. E mais para frente, o quadro de Harry Potter.
- Amanhã começaremos! – falou Harry, decidido para si mesmo.
Harry voltou ao Cabeça de Javali, satisfeito com o inicio das obras e com o avanço da Ordem.
Contou todos os planos aos amigos e depois foi dormir.

Eram sete horas da manhã e Harry já estava com o pé na neve novamente. Porém agora ela não caía do céu, apenas estava alojada no chão gelado. Ele andava pela pequena estrada, em direção ao castelo de Hogwarts. Harry precisaria de ajuda, para dar inicio à construção. Além de arranjar um pretexto para ver a sua ruivinha amada.
- Bom dia diretora. – falou Harry, ao entrar no Salão Principal, e atrair olhares curiosos dos alunos, que comiam.
- Olá Harry. Por que aqui tão cedo?
- Vim pedir ajuda.
- De quem?
- Da senhora, de Gina, de Luna e de Hagrid!
- Mas o Hagrid dará aulas hoje. Não pode sair. E a Srta. Weasley juntamente com a Srta. Lovegood terá aulas.
- Em relação ao caso de Hagrid não há problemas, despachei uma coruja à Grubbly-Plank ontem à noite e ela aceitou dar aulas por alguns dias. Agora em relação à Gina e Luna, acredito que Hermione não se importará em dar algumas aulas particulares. E você sabe, que a Mione pode até ser melhor que alguns professores daqui.
- Realmente, a Srta. Granger ensinaria com sucesso a matéria. – McGonagall coçou o queixo por um instante, pensativa e disse. – Tudo bem Harry.
Uma alegria explodiu por dentro de Harry, mas ele conseguiu contê-la.
- Muito obrigado diretora!
Harry voltou à Hogsmead, onde Rony, Hermione, Jonx e Albeforth ainda faziam seu desjejum.
- Por que saiu tão cedo Harry?
- Fui buscar ajuda, ou vocês querem trabalhar sozinhos?
- Claro que não! – falou Rony.

Eles trabalharam durante toda a manhã. Se não fosse a grande ajuda de Hagrid, Harry não queria imaginar como seriam redobrados, ou triplicados os esforços de todos.
Depois do almoço, todos já estavam com as energias repostas, eles voltaram ao trabalho.
As arvores no centro do terreno já haviam sido tiradas, e o chão um pouco irregular já estava completamente plano. Eles iriam colocar cimento para deixar o chão duro, e no dia seguinte começariam as paredes.
- Accio! – falou Harry, apontando para o cimento, que veio voando em sua direção.
Ele abriu o grande saco e despejou o conteúdo pesado no chão.
Hagrid ajudou-o a preparar a massa, e quando estava pronta, todos espalhavam pelo chão, fazendo apenas toques com as varinhas.
O sol escaldante, do meio da tarde queimava todos (apesar de ser inverno, aquele estava um dia quente). Harry sentia como se sua pele fosse evaporar. Com freqüência ele jogava água nos ombros e no rosto, para refrescar a pele seca e ressecada. Eles terminaram o cimento no chão antes do esperado. E no fim do dia, já tinham erguido quase metade de uma parede.
- Eu estou exausto. – falou Rony ofegando e com os cabelos vermelhos encharcados.
- Não é só você... Todos nós estamos cansados, em especial o Harry, que foi quem mais fez o trabalho pesado, junto com Hagrid. – falou Hermione, sentando-se sobre um bloco, enquanto um pingo de suor escorria pelo seu rosto, deixando um caminho úmido e salgado.
- Harry, chega amanhã nós continuamos. – falou Hagrid.
Harry saiu de trás da parede, sua expressão facial era preocupante. Seu aspecto estava cansado, as sobrancelhas caídas. As pálpebras dos olhos, lutando para ficarem abertas. Suor escorria por todas as direções como um vidro no dia de chuva. E a sua boca estava aberta, para conseguir respirar mais depressa.
- Por Merlim, Harry Potter! Você precisa agora de uma poção da Madame Pomfrey. – falou Gina, batendo a ponta do pé direito, enquanto suas mãos estavam na cintura. Harry achou engraçado, como Gina se parecia com a mãe.
- Vamos todos então. – aconselhou Hagrid, que apesar do tamanho e de sua força aparentava estar muito cansado também.
Harry se dirigiu, lutando contra a fadiga. Ele tinha a sensação que se desse apenas mais um passo seria nocauteado pela escassez de forças.
Assim que avistou os portões do Castelo de Hogwarts, ele sentiu um grande alívio. Porém logo passou, ao se lembrar que ainda teria que andar um bocado até chegar à enfermaria.

Ele andava, e com o passar dos segundos ia ficando mais fraco e mais branco. Os sons estavam ficando distantes e sua vista começava a ficar embaçada, até que o som cessou, e a vista escureceu por completo. A última coisa que Harry ouviu foi um grito, chamando seu nome, enquanto caía até o chão.
Ele fez uma força enorme, para conseguir abrir os olhos. E depois um esforço para conseguir visualizar algo.
Sua vista ia desembaçando aos poucos, até que ele conseguiu focar uma figura conhecida.
- Dobby? – falou Harry assustado, com os olhos verdes fitando-o.
- Sim mestre Harry Potter! Quando Dobby soube que o Sr. Potter havia passado mal, Dobby veio correndo até o senhor.
- Obrigado... – respondeu Harry, ainda confuso, levando a mão à cabeça que doía intensamente.
Logo o barulho irritante de um salto pisando contra o chão surgiu. Harry procurou e viu a silhueta de uma mulher. Assim que a luz possibilitou, Harry distinguiu que era Madame Pomfrey.
- Harry... E eu que pensei que você nunca voltaria.
- Não agüentei de saudades. – falou Harry brincando, apesar de sua dor.
- Não fale isso menino! O que você fez hoje foi muito perigoso. Podia ter morrido de cansaço, e eu não estou brincando.
- Desculpe. – respondeu Harry constrangido
- Tudo bem. Desde que não faças mais isso.
- Prometo.
- Ótimo. – falou a bruxa sorrindo. – Mas então, sua cabeça dói?
- Sim.
- Eu já imaginava pelo que me contaram, você bateu a cabeça quando desmaiou.
A mente de Harry clareou. Ele se lembrou então, quando havia desmaiado, e o grito que ouvira chamando seu nome. – ela fitou o Harry com carinho, com certeza, ele era uma das pessoas que mais fizera companhia à Madame Pomfrey. – Olhe, tome isso, deverá melhorar.
Harry bebeu o líquido. Não era exatamente bom, porém bem melhor que muitos que ele já tomara inclusive o de fazer osso crescer, que tomou no segundo ano.
- Onde estão todos?
- Eles tomaram a poção energética e voltaram para o bar de Albeforth, agora você teve que ficar aqui.
Harry olhou para a grande janela, e viu que já estava de noite.
- Tudo bem. – falou ele com desanimo. – Vou dormir boa noite.

No dia seguinte, Harry foi banhado por um sol fraco de inverno. Apesar de o dia anterior ter sido estranhamente quente, este voltara ao ritmo normal da estação gelada.
Ele se levantou e saiu. Só parou para avisar madame Pomfrey. Dirigiu-se direto para Hogsmead, onde encontrou seus amigos iniciando o trabalho... Eles construíram por mais um dia cansativo. Essa rotina de trabalho seguiu-se por dois meses e meio.
Eles finalmente terminaram a nova Sede da Ordem da Fênix. Que tinha três andares, a fachada era azul, e no topo, estava o brasão da Ordem e escrito: “Order of the Phoenix”, com letras caprichadas e desenhadas. Lembravam fumaça, como se as letras estivessem evaporando.
Havia uma porta de vidro, e atrás dela, o busto de: Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore.
Na placa, em sua homenagem dizia:
“Alvo Dumbledore, talvez o maior bruxo que já existiu, morreu combatendo as forças das trevas. Que sua determinação e força de vontade floresçam em nós, a nova Ordem da Fênix, liderada pelo seu eterno aprendiz Harry Potter.”
Algumas flores estavam em volta. Havia um balcão, onde ficaria sempre um guarda e uma porta fechada, que escondia a cozinha. Lugar que a Sra. Weasley iria passar boa parte do tempo. Ao lado, tinha uma escada de granito, que subiu ao piso superior. Nele havia salas de treinamentos e outra cabine de guarda. Havia também uma sala de reuniões, onde vários feitiços de proteção selavam-na. Pois era ali que seriam armados todos os planos.
Um corredor, comprido era só de quartos, onde os soldados comuns passariam algumas noites. Assim como alguns dormiam no Largo Grimmauld. No andar de cima, estavam todos os quartos da cúpula, que dormiriam no Quartel General com mais freqüência e duas salas importantes. A de Moody, que era vice-presidente e a mais elegante. A de Harry Potter.
Havia uma escrivaninha ao centro e uma estante de livros atrás. Harry trouxera para lá, a as Penseira e também uma redoma de vidro, que envolvia a sua espada. Assim como a de Godric Gryffindor ficava protegida.
Havia um belo poleiro, que seria a nova casa de Edwiges. E numa parede, estavam os três quadros. O de Dumbledore, que interagia com Harry, assim como os falecidos diretores de Hogwarts. O quadro de Minerva McGonagall, que ficava imóvel, pois ela ainda vivia e o de Harry, que também permanecia imóvel.
O autor dos quadros era um escocês. Ele era um dos únicos do mundo, que conseguia enfeitiçar os quadros de tal maneira.
- Bom dia Harry. – falou Dumbledore com um sorriso contagiante no rosto.
- Bom dia professor. – respondeu Harry.
- Ficou muito linda a nova sede, parabéns! – Harry respondeu um humilde “obrigado” e Dumbledore voltou a falar – Você será um grande líder Harry... Eu tenho certeza disso.
Outro obrigado tímido saiu da boca de Harry. Ele se sentou em sua cadeira e começou a analisar os pergaminhos.
A Ordem tinha seiscentos integrantes prontos para a batalha. Tinha trinta e cinco espiões nos mais diversos lugares, quinze medibruxos e quarenta membros que viajavam pela Europa. Mais os vinte membros da cúpula, eles contavam também com o apoio de alguns gigantes, os Centauros e a família de Bicuço, que eram cinco hipogrifos. Segundo os números no pergaminho.
Noutro pergaminho, constava que quinhentas pessoas haviam morrido nos últimos meses, desde que Voldemort assumiu o poder.
A construção do Quartel General gerou o crescimento de Hogsmead, pois os gêmeos Fred e Jorge mantiveram a loja no Beco Diagonal, porém abriram também uma filial em Hogsmead, para ficarem perto da Ordem. Um centro de saúde foi construído e batizado de “Centro bruxo de Saúde”. Aberto, pois nas batalhas, certamente haveria feridos. Umas dez casas novas foram construídas, pois alguns poucos membros da ordem da Fênix tinham decidido morar em Hogsmead e foi aberta uma loja de sobrevivência. Vendia varinhas, poções, alarme de invasões por Comensais, kits tranca portas (um item que reforçava os feitiços protetores), Pó de Flu entre outras coisas.
Várias guaritas foram instaladas em pontos estratégicos do vilarejo.
Porém, isso tudo ficava em volta de Hogsmead, pois o centro continuava o mesmo. Com a Zonko’s, Três Vassouras, Cabeça de Javali, Dedosdemel, Casa do Grito e etc.
Naquele momento, a reforma em Hogsmead, a construção do quartel general e a reestruturação da Ordem estavam prontas.






N/A: Ahh.. finalmente postei o capítulo 22, ele já estava pronto há muuuito tempo... Aliás, a fic está praticamente terminada... (sim, eu continuo escrevendo ela! hehe)

Me desculpme a demora, vou tentar postar mais rápido o próximo cap.

Obrigado
Jonss

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