A Aliança de Fidelidade




- CAPÍTULO DEZOITO -

A Aliança de Fidelidade




Harry acordou assustado. Quando abriu os olhos e viu, a silhueta iluminada pela luz da manhã que vinha da janela. Era Brom, que estava parado na frente dele. Brom usava uma veste totalmente branca, sua espada estava pendurava elegantemente no seu cinto. A varinha estava amarrada no cinto de corda, que dava duas voltas em sua cintura.
- Bom dia Harry. – falou Brom sorridente.
- Bom dia... – respondeu Harry, esfregando os olhos para desembaçar a visão.
- Se troque, pois como eu disse hoje vocês farão uma coisa que permanecerá com vocês pelo resto da vida.
Harry tomou o café da manhã rápido, constantemente era apressado por Brom e Albeforth. Rony e Hermione levantaram um pouco depois e tiverem que com mais pressa ainda.

- Hoje, vocês três criarão um laço. Uma Aliança que nunca poderá ser quebrada. O trio irá fazer um juramento de fidelidade eterna. – dizia Brom em um tom solene. – Levantem-se. Fiquem um de frente para o outro e estenda a mão ao centro – eles fizeram uma roda como num jogo, quando o time põe as mãos no meio do circulo.
Albeforth olhava a cena com curiosidade.
- Primeiramente, irei explicar. Há mil e cem anos, quatro jovens como vocês, se reuniram e fizeram o mesmo juramento. Esse foi o inicio da grandiosa Hogwarts!
- Que juramento é esse? – perguntou Rony, com formigamento no braço, por ficar estendido por tanto tempo.
- Draco Dormiens Nunquam Titillandus! – uma avalanche desceu sobre Harry. Pois a frase tão enigmática era então um juramento de fidelidade feito entre os quatro fundadores. E que eles, ao colocarem isso no escudo de Hogwarts estavam mostrando ao mundo todo que ali, havia fidelidade entre todos.
Rony abaixou a mão involuntariamente, porém estava surpreso demais para se preocupar com aquilo.
- Mas Salazar se separou dos quatro. Ele não foi fiel.
- Salazar foi totalmente fiel aos seus amigos. Abandonou-os, porém nunca sequer fez mal propositalmente aos outros. E os três que ficaram também foram fieis a ele. Pois poderiam simplesmente ter tirado a Casa as Sonserina.
Harry, Rony e Hermione levaram um tempo para digerir a informação, e logo em seguida, Brom continuou.
- Agora vamos ao que interessa. Estendam a mão novamente. Repousem uma sobre a outra. E quando eu disser, digam a frase do juramento.
O grupo fez o que Brom mandara e ele pegou a varinha. Apontou ao centro e falou.
- Agora!
- Draco Dormiens Nunquam Titillandus! – Harry, Rony, Hermione e também Brom disseram a frase no mesmo instante. Um brilho prateado surgiu e foi ganhando forma, até se tornar em uma esbelta Fênix. Que cantava um hino suave e poético aos ouvidos. Da varinha de Brom saíam fagulhas douradas, que pousavam sobre as cabeças do trio. Uma aura de poder envolvia o trio, enquanto a Fênix continuava seu canto. O solo pareceu girar em volta deles, tudo pareceu ficar distorcido, até que o efeito cessou e a Fênix se dissipou no ar, virando um borrão prateado, que foi flutuando até o céu, como vapor.
- Eu fui o padrinho da Aliança. E vocês agora estão unidos. – falou Brom com um enorme sorriso.
- E quem foi o padrinho da Aliança dos quatro fundadores de Hogwarts?
- Morgana, a sobrinha de Merlim. Alguns anos após a morte de seu tio, ela teria decidido fazer a Aliança.
- Merlim foi muito poderoso certo? – Brom concordou com a cabeça para a pergunta de Harry – Porém, ele foi muito maior que Dumbledore?
- Há feitos no passado de Dumbledore que vocês nem fazem idéia. E tudo o que se diz sobre ele, é verdade. Diferente de Merlim. Pois ele é uma pessoa que teve a história completamente mistificada, é certo que ele foi extremamente poderoso, porém não se sabe ao certo, quais foram os feitos reais. E é por isso, que eu acredito que Dumbledore é equivalente, se não até maior que Merlim.
Albeforth olhava a toda a cena com uma feição de lamentação. Talvez fosse arrependimento de ter implicado tanto com o grandioso irmão que teve.
O dia se passou com mais alguns treinamentos. Harry, Rony e Hermione sentiam-se mais fortalecidos, como se a Aliança de Fidelidade tivesse feito com que um emprestasse energia ao outro. As lutas com espadas, agora ocorriam entre os três. Brom assistia apenas e indicava os defeitos. Harry e El lutaram por um bom tempo sem usar varinhas ou espada, e era nítido que Harry estivesse progredindo satisfatoriamente.
A noite chegou e Brom, apesar de orgulhoso pelos seus aprendizes parecia infeliz ao anunciar:
- Vocês estão livres para partir. Ensinei tudo o que podia agora só basta que treinem e aperfeiçoes suas técnicas. – falava de modo solene.
- Brom, venha conosco para a Inglaterra, e você fará parte da ordem da Fênix. Uma instituição de bruxos que lutam contra Voldemort e seus seguidores.
- Tenho que confessar que usei Legilimência em vocês dois! – ele olhou para Rony e Hermione – E você Harry, admito que esteja em um ótimo nível de Oclumência. Mas isso não vem ao caso. O que vi na mente de Rony e de Hermione, além de um grande amor, é que os dois suspeitavam desse seu pedido. Parece que eles te conhecem muito bem, Harry. Pois bem, vim pensando na possibilidade durante esses últimos dias e decidi aceitar o convite. Desde que não haja problemas com ninguém.
- E não haverá! – garantiu Harry.

Eles dormiram todos aliviados e felizes pela execução da Aliança da fidelidade. Harry dormiu com as palavras martelando dentro de sua cabeça... Draco Dormiens Nunquam Titillandus.
Eles acordaram no dia seguinte, com um aroma agradável de comida no ar. O café da manhã estava bem apetitoso. Enquanto comia, Harry conversava com Albeforth.
- Obrigado por me trazer aqui.
- Fiz isso, como última homenagem ao meu saudoso irmão. Tenho certeza, de que ele se orgulha deste fato. E eu me sinto mais honrado ainda, em poder ajudar na luta contra as trevas – ele olhava com carinho para Harry quando disse – Harry, eu confio em você.
Aquelas palavras emocionaram o Garoto-que-Sobreviveu. Aquele era um incentivo bem maior do que tudo. Uma frase de confiança sincera.

Durante o dia fizeram batalhas, Harry desafiou Brom, para um duelo descontraído, acabou sendo derrotado, porém Brom não tiveram facilidade alguma em vencê-lo.
Enquanto conversaram, o trio decidiu que iria partir no dia seguinte, rumo à Godric’s Hollow. Onde Harry visitaria sua casa e o túmulo de seus pais.
- Brom e Albeforth, nós iremos partir amanhã, junto com o sol. Iremos ao vilarejo onde meus pais foram mortos e onde Voldemort iniciou toda essa historia... – falou Harry.
- Essa história fascinante que virará a maior lenda do mundo bruxo daqui a alguns séculos. Independentemente de quem vença. Mesmo que eu acredite em você Harry, você já fez mais do que centenas de bruxos juntos. Você já é considerado um herói.
Outra vez Harry se emocionou, com mais um incentivo sincero, que vinha do coração do pobre e velho, Brom.
- E vocês dois, vão para onde? – perguntou Hermione.
- Eu proclamarei um guardião de minhas propriedades e depois eu e Albeforth partiremos pela mesma trilha que vieram. Ele me mostrará a bela Hogwarts, e depois a cidade de Londres. Lá teremos uma reunião com Minerva McGonagall e assim, acertaremos minha entrada na Ordem da Fênix.
- Você nunca mais vai voltar para Auguäii?
- Certamente que vou. Não há lugar melhor que este para se viver. Porém preciso empenhar minhas últimas forças na luta contra as trevas. Assim que essa guerra terminar, volto diretamente para cá, e receberei meu merecido descanso.
Tais palavras soaram bem naquele momento e tranqüilizaram os corações angustiados dos jovens. Fora bom alguém lembrá-los que essa guerra teria um fim.
A noite chegou com tristeza. Pois o grupo se despediria do vilarejo e voltaria à realidade da batalha.
Porém antes de se recolherem teriam a cerimônia da nomeação do guardião. Era um homem parecido com o guarda que estava quando chegaram à Auguäii. Porém era menor, mais magro. Era até muito magro. Suas costelas eram visíveis. Parecia que a pele era mera capa sobre ele. Como um tecido colado ao corpo. As pernas finas quase sem músculos eram arcadas para suportar os pesados ossos.
O nome do garoto era Stan Mukkley.
- Você... Stan Mukkley, filho do Sr. e da Sra. Mukkley, aceita ser o guardião de minha propriedade, por tempo indeterminado, até que eu retorne, ou morra?
- Sim.
- Você promete que protegerá minha casa e a vila com sua vida se for preciso?
- Sim.
- Então, eu o declaro Guardião de minhas propriedades.
Brom ergueu a varinha e um pó roxo flutuou, caindo vagarosamente sobre o garoto. O pó brilhou por alguns instantes e depois sumiu.
Agora sim, eles podiam ir dormir e se prepararem para o dia seguinte, que seria de viagens para todos.

Embora Harry desejasse ardentemente dormir, aquilo parecia impossível. Harry não conseguia fechar seus olhos por mais de alguns minutos. Seu corpo não pedia pelo descanso. Num momento de tédio, em ficar fitando o escuro, Harry se levantou. Abriu a porta com cuidado para não acordar ninguém, e depois saiu para a noite iluminada pela Lua e pelas inúmeras estrelas.
Harry olhou para a clareira, e se deparou com um fato curioso. Todo o tempo que estivera lá nunca saíra da clareira. Nunca adentrara na floresta. Embora aquela não fosse a hora mais apropriada, Harry sentiu-se tentado a entrar nela.
- Lumus! – a ponta de sua varinha brilho. E ele começou a andar por entre as arvores altas. Pisava em galhos e em folhas secas no chão, que faziam um barulho irritante. Conforme passava pelas tocas dos animais, eles corriam para longe assustados. Harry sempre se preocupava em não sair da pequena trilha que ele achara, mesmo que isso fosse extremamente difícil, àquela hora.
Ele andou, por muito tempo. Não via nada de interessante. Até que chegou à uma superfície plana e calma. Onde o céu e o solo eram iguais. Um refletia a imagem do outro fundindo-se na originalidade.
Harry estava parado, diante de um belo lago. A outra extremidade era difícil de ser enxergada, devido à escuridão e principalmente pela sua grande distância.
Harry sem hesitar se despiu completamente, e mergulhou no lago. Sofreu com o choque térmico, inicial, pois as água geladas lutavam com seu corpo quente. Ele nadava sem se importar com nada. Talvez fosse perigoso, mas ele queria correr aquele maravilhoso risco adorava a sensação de liberdade. Por estar sem roupas e por nadar sozinho, sem ninguém para espioná-lo. Sentia suas mãos enrugadas, e o frio tomando conta do corpo. Decidiu que aquele era o momento para sair. Colocou suas vestes, molhando-as e voltou pela trilha, até a clareira de Brom.
Agora, ele conseguia dormir tranquilamente, havia depositado sua energia extra no lago.

- Harry! Hora de acordar garoto! – falou Brom, fazendo Harry acordar. Quando o garoto lançou um olhar à janela, percebeu que ainda era escuro. E que ele havia se deitado a poucas horas. Mas sentia-se descansado o bastante para viajar.
Brom estava parado diante dele, com uma veste que vinha até o chão. Sua espada estava pendurada no seu cinto de corda e do outro lado a varinha. No ombro tinha uma saca de comida e nas costas, vários panos enrolados e amarrados. Eram as roupas de Brom. Na mão direita segurava um cajado.
Ele acordou Rony e Hermione respectivamente e foram comer do lado de fora da casa novamente, com a fogueira acesa.
- Brom, como se chama o lago que fica a uns dois quilômetros daqui.
- Ah, é o lago Guidzen. Você o encontrou?
- Sim, há poucas horas. Estava com insônia.
- Algumas pessoas dizem que aquele lago tem poderes. Que nele, você deposita suas angustias, seus medos e sente-se extremamente aliviado ao nadar nele. Porém não sei se acredito nessas histórias.
Depois do café, todos estavam prontos, Harry, Rony e Hermione com suas mochilas e a varinha em mãos. Harry tinha sua espada na cintura, embora soubesse que teria de guardá-la ao chegar a seu destino.
Juntamente com a estrela da manhã, todos partiram rumo aos seus destinos.










N/A: Pessoal, obrigado, muito obrigado mesmo. A fic já está no Top 20 há três dias. E o número de visitas está ótimo.
A única coisa que poderia ser um pouco melhor, são os votos e os comentários.
Por favor gente, comentem. É muito, mas muuito importante para um autor, qualquer um que seja.
Então se vocês puderem fazer a gentileza de comentar este capítulo eu ficaria muito feliz!

Obrigado
Jonss

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