Desconfiança? Talvez...



N/a: Já que pra nós, brasileiros, o ano só começa depois do carnaval, vamos começar o ano com capítulo novo, né?
=D

Enjoy!

***



- Claro! São sete anos juntos, se isso não for amizade, é o que? - falou ele, passando o problema pra Hermione.
- Amizade, claro... - falou ela, pouco convencida, por algum motivo que Harry desconhecia. Ela voltou a olhar para janela. - São sete anos agüentando um ao outro...
- Mione! – repreendeu ele.
- Sim?
- Agüentando? Isso soa muito pessimista, até parece que a gente se odeia, mas se suporta! - falou ele, rindo.
- É! Pode ser...
- Eu não te odeio, tenha certeza disso... Muito menos te suporto, estou com você porque gosto de você, sou seu amigo! - falou ele, debilmente. - Não estou te agüentando!
- Eu sei, Harry, eu sei! Eu também não te agüento... Gosto de você.
- Não sei como...
- Não sabe o que?
- Como consegue gostar de mim. Sou cheio de problemas, todos que estão perto de mim correm risco de vida, carrego um fardo pesadíssimo, e não tenho um futuro muito promissor... - falou ele, sério.
- Não fale assim, Harry! Não gosto quando fala isso, me deixa triste. Você é muito importante pra mim, eu já disse isso a você! Sou sua amiga pra todas as horas, não importa se vamos enfrentar um problema, ou vamos a uma festa... Estou sempre com você, sempre estarei. - disse ela, olhando muito séria para ele, um olhar penetrante, que parecia ser capaz de ler o rapaz. Ele se sentia completamente desprotegido sob aquele olhar, aqueles olhos o olhando daquele jeito, pareciam penetrar nele, ele se sentia completamente exposto, como se todos os sentimentos dele estivessem mais do que visíveis. Ela parecia ter o poder de adivinhar pensamentos.
- Obrigado por tudo. - disse ele, sorrindo fracamente.
- Não há o que agradecer... Mas, bem... Quem tem que agradecer alguma coisa aqui hoje sou eu, né?- disse ela, sorrindo.
- Por quê?
- Seu nariz inchado, Harry! Está assim por minha causa.
- Ah, não, não... Já te falei que não tem nada o que agrad... - antes de Harry completar, Hermione o envolvera num abraço longo e apertado, que ele, logo, retribuiu. Depois de algum tempo, eles se separaram, e Hermione o olhou, mas dessa vez, ela parecia pedir desculpas através do olhar.
- O que foi? - perguntou ele, preocupado.
- Harry, eu queria te perguntar uma coisa, mas não quero que você leve a mal... Eu já sei a resposta, mas é que eu preciso ter certeza, por favor, não pense que é desconfiança, é só que eu não quero que você interprete da forma errada, e...
- Já entendi Hermione, pode falar agora! - falou ele, interrompendo ela.
- Bem , eu... Ah... É que... Você... Não... - engasgou ela. Harry estranhou, Hermione não era o tipo de pessoa que se atrapalhava daquela maneira pra dizer alguma coisa. Sempre fora determinada e objetiva, nunca fora insegura daquela forma.
- Mione? Respira fundo e fala... Por pior que seja, eu não vou te bater como fiz com o Rony, fique tranqüila... - disse ele, com um leve sorriso.
- Ah, Harry, é que você talvez não entenda, é mais uma questão de certeza, quero deixar claro que não é desconfiança...
- Dá pra parar de me enrolar e falar logo! Está me deixando preocupado. - falou ele, começando a se zangar.
Ela o olhou, firme dessa vez, respirou fundo e falou muito determinada e rápida, num fôlego só:
- Quero saber exatamente, o que foi que aconteceu na noite passada.
Harry a olhou por alguns instantes, digerindo o que ela dissera... Indignado, levantou-se, deu a volta no quarto, respirou fundo várias vezes, passou a mão nos cabelos, e virou-se pra ela. Hermione havia se levantado e o olhava também, a cama dela estava entre eles.
- O que você quer dizer com isso? - pergunto Harry.
- Ora, Harry, não se faça de desentendido. Você entendeu muito bem o que eu quis dizer, e eu avisei pra não levar a mal...
- Como é que eu não vou levar a mal?- perguntou ele, começando a se irritar. - Você está desconfiando de mim? É isso?
- Não, não. Eu falei que não era desconfiança, é que...
- Você está se rendendo as loucuras do Rony, não é?
- NÃO!- alterou-se ela, sem perceber. - Às loucuras do Rony? Nunca.
- Bom, então o que é?
- Harry... - disse ela, com voz calma, mas temerosa. Ela deu a volta no quarto e parou de frente pra ele. - O fato é que eu não me lembro de nada depois da quinta taça de champagne, então...
-VOCÊ ESTÁ ACHANDO QUE EU ME APROVEITEI DE VOCÊ, PORQUE ESTAVA BÊBADA. - perguntou ele, sarcasticamente, se afastando dela.
- Não foi isso que eu disse. - afirmou ela, categoricamente.
- MAS FOI O QUE QUIS DIZER, O QUE DÁ NO MESMO!- retrucou ele, rispidamente.
- Não me trate assim, Harry, não estou afirmando nada, estou te perguntando, ou você prefere que eu tire minhas próprias conclusões?
- Aí está! Se deixar você tirar suas próprias conclusões, eu vou virar o vilão da historia, o amigado traidor, o...
- Chega de drama.
- Drama? Você acaba de deixar claro que depois desses sete anos, você ainda desconfia de mim!
- Não! Não é nada disso, eu não disse que... - ele se virou pra ela, de repente, colou-se na frente da garota e segurou-a pelos braços. Olhou-a sério e bravo.
- Depois de tudo isso que você disse, você ainda tem a coragem de dizer que ainda confia em mim?
- É claro, eu não disse que...
- Diga, olhando nos meus olhos que você confia em mim. - ele respirava com dificuldade de tanto nervosismo.
- Não precisa disso, Harry...
- Você me perguntou o que aconteceu realmente na noite passada. Isso não é desconfiança?
- Harry, eu disse que só precisava ter certeza...
- SE VOCÊ CONFIASSE EM MIM DE VERDADE, NÃO PRECISARIA DE TANTA CERTEZA!- apertando-a, cada vez mais forte, inconscientemente.
Harry não entendia o porquê de estar fazendo tudo aquilo. “Fiz errado, e ainda cobro confiança? Mas ela deveria confiar em mim... Não, não deveria, ah se ela se lembrasse do que eu fiz ontem não me perdoaria nunca! É isso... E se ela se lembra de alguma coisa, por mais vaga que seja? Não, não, ela tava muito ruim pra lembrar... Mas, se ela tiver uma lembrança, por menor que seja, ela está perguntando pra confirmar... Mas eu não posso dizer... Ou posso? Não devo dizer...”
- CHEGA, HARRY! VOCÊ ESTÁFAZENDO TEMPESTADE EM COPO D’ÁGUA!!! DÁ PRA LARGAR MEU BRAÇO? ESTÁ ME MACHUCANDO!- explodiu ela, se soltando dele bruscamente. - Agindo assim, até parece que você tem culpa de alguma coisa...
- Não, não... Eu... - completamente arrependido. Sua cabeça trabalhava furiosamente a idéia de Hermione se lembrar de alguma coisa. “Não pode ser... Ela não deve lembrar... Ela não pode lembrar...”
- Nunca mais questione minha confiança, está me entendendo? – falou ela, brava e rispidamente.
- Eu só achei que... - ele tentou se explicar, mas Hermione não deu chance.
- Achou que eu não confiasse em você? Ora, por favor! Há momentos que eu confio mais em você do que em mim mesma!
A consciência de Harry gritou ao ouvir aquilo.
- Eu me descontrolei, me desculpe, eu...
- Chega, esse assunto acaba aqui. - falou ela, muito séria, dando as costas pra ele.
- Não, não acaba. - afirmou ele, convicto, puxando-a pelo braço num movimento brusco que vez ela ir à direção dele rapidamente, eles colidiram e ficaram muito próximos, um de frente pro outro, se encarando criticamente. Era possível sentir as respirações ofegantes e descompassadas. No olhar de ambos, eram visíveis a ansiedade, o medo e a raiva.
- Não?- perguntou ela, tonta e confusa.
- Não, ainda não acabou. - falou ele, baixo.




***

N/a²: Tenho algumas considerações a fazer, mas antes, tenho que dizer que eu não me lembrava desse capítulo e dessa discussão... Faz tantoooo tempo que eu escrevi!
Mas, bem, vamos as considerações:


1- O número de leitores aumenta cada dia mais, e eu simplesmente não consigo entender porque a quantidade de comentários não aumenta no mesmo ritmo. Por favor, pessoal, só dizer ‘Está legal’, ‘Gostei do Capítulo’, ‘Detestei o que você fez com tal personagem’, ‘Acho que precisa melhorar’... Só algumas poucas palavras já ajudam, críticas também, desde que construtivas, só vão me ajudar a melhorar. Portanto, comentem, por favor. Porque são só os comentários que me fazem continuar a escrever, porque se não for por vocês, vou fazer tanto esforço para escrever essa história pra que? Ou pra quem? Colaborem!!!
[Um comentário completamente off: Tem um leitor, que eu não sei se ainda lê a fic, que se chama Álvaro Rafael. Se você está lendo isso, cara, saiba que eu simplesmente amei seu nome. Lindo demais! =D]

2- Nesse exato momento eu estou emperrada no capítulo 50, numa parte H² que simplesmente não sai. Faz uma semana que eu paro em frente à tela do computador tentando continuá-la e não consigo. Isso está me desesperando. Visto que eu tenho pouquíssimo tempo até começar minhas aulas [que voltam dia 7, agora] eu continuei a história escrevendo algumas coisas que estavam programadas para acontecer [já que todas as partes H² saem espontaneamente, sem eu planejá-las] e gente: O BICHO TÁ PEGANDO! É confusão em cima de confusão. To bem animada com isso, espero que quando chegarem lá, vocês gostem.

3- Sou muito, mas muito, muito mesmo grata a todos os leitores que comentam, que sempre estão por aqui, dando suas opiniões, falando do que gostaram ou não, e chutando quanto aos próximos acontecimentos. Eu amo isso, e amo todos vocês. Muitooooo obrigada por tudo.

4- Como eu disse, minhas aulas começam dia 7 [e junto com elas, o inglês, o espanhol e o teatro]. Outra coisa: eu estou mudando de casa, está tudo uma confusão na minha vida, meus pais estão se separando... Portanto, tempo vai ser uma palavra bem rara pra mim, tanto pra escrever, quanto pra postar, então, me perdoem se as atualizações começarem a demorar um pouco demais... Peço que tenham paciência, por favor, e dou a certeza que de maneira nenhuma eu abandono a fic. E vou sempre dar uma passadinha por aqui pra ver como andam as coisas certo.

Acho que por enquanto é só. Espero que tenham gostado do capítulo.
Até a próxima atualização!
Beijos.

Paulinha.

[Nossa, que vergonha! Acho que a nota ficou maior que o capítulo! XD]

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