Adeus...



Harry foi dormir muito feliz naquela noite, não teve sequer um pesadelo, ultimamente muitas imagens de medalhões, taças, diários, anéis e objetos não identificados, atormentavam o sono do garoto. Mas naquela noite foi diferente, Harry sonhou que estava no jardim da Toca, de pé, vestindo suas vestes a rigor verde-garrafa, exatamente como no Baile de Inverno... Ao lado dele estava Hermione, ela estava vestindo um belíssimo vestido lilás claro que lhe vinha justo até a cintura, com um decote em forma de “V” que realçava muito bem seu busto, a saia lhe caía até os joelhos... A barra da saia tinha pontas que lhe iam quase ao tornozelo. Do outro lado do garoto estava Rony, também vestido a rigor, mas suas vestes eram pretas, muito diferentes daquela cheia de babados que o amigo usara no quarto ano. Além de Rony estava, para surpresa de Harry, Lilá Brown, com um vestido extremamente amarelo, ela e Rony estavam de mãos dadas, e por incrível que pareça, Hermione não estava nem um pouco preocupada com isso... Quando Harry olhou para frente, deparou-se com uma Fleur maravilhosamente linda, dentro de um vestido branco ricamente bordado com fios de prata, ao seu lado, Gui, com um terno preto, beijava sua esposa atrás de uma mesa que sustentava um bolo com cinco andares e, sobre o bolo, uma pequena estatueta de um noivinho segurando uma noivinha no colo. O garoto reparou que a figura do noivo não parava de beijar a noivinha que segurava nos braços...

***

Harry acordou, se vestiu e foi tomar café da manhã. Desceu as escadas e ao entrar na cozinha viu os três Dursley sentados já tomando seu café matinal. Ele se sentou na única cadeira vazia e pegou um pedaço de torrada passou um pouco de geléia e mordeu.
- Tem panquecas no forno, se você quiser. – Falou tio Valter, numa voz formal.
- O senhor, tem certeza do que está dizendo?- o tio o olhou desconfiado – O senhor está bem, tio? Não... Porque desde quando a Tia Petúnia faz panquecas pra mim também? Eu só comia as panquecas frias que sobravam... E quando sobravam, porque o Dudão aqui – Harry olhou para o primo, sentado ao seu lado – sempre dava conta de todas elas...
- Se você quiser, elas estão no forno – Repetiu o tio, como se não tivesse ouvido o comentário de Harry.
- Não quero, muito obrigado, estou acostumado a comer pouco, sabe como é... Nunca me deram muito mesmo...
O tio pigarreou, e tia Petúnia contraiu os lábios. Depois de comer algumas torradas, Harry voltou a falar:
- Eu vou para casa do meu amigo Rony no sábado, e passarei o resto do verão na minha casa, na companhia de meus amigos e ...
- Sua casa?- interrompeu o tio.
- Sim, minha casa, herdei uma casa do meu padrinho...Mas vocês já sabiam disso, não?
- É claro... - falou o tio, mas sem certeza
- Então... Eu vou sábado e passarei o resto do verão fora, ainda não sei se vou voltar para Hogwarts, mas pra essa casa, podem ter certeza, não volto nunca mais... - disse o garoto, e foi se levantando e andando até a porta da cozinha, quando virou e completou: - Ah... Se eu morrer, podem ter certeza, vocês ficarão sabendo, meus amigos não deixarão vocês sem o prazer dessa notícia...
E saiu em direção á escada, deixando os três Dursley sem reação.
- Ótimo, daqui três dias estarei livre desse lugar. - disse Harry ao fechar a porta do seu quarto.
Nesse instante, uma coruja entrou pela janela aberta do quarto de Harry, e pousou sobre sua escrivaninha. O garoto foi até a ave e pegou o pergaminho. Abriu e leu:

Harry,
Meu pai irá buscá-lo na casa dos trouxas ás 9:00 horas da manhã, no sábado. O casamento será á tarde. Esteja pronto pois papai não tem muito tempo, anda muito ocupado no Ministério.
Até breve, Rony.



Às 8:00 horas da manhã de sábado o malão de Harry já estava pronto para a mais longa de todas as viagens que já fizera. Ele se vestiu e quinze minutos depois ele desceu para tomar seu último café da manhã com os Dursley.
Ao chegar na cozinha, viu que os Dursley ainda não tinham começado seu café da manhã:
- Sente-se, estávamos te esperando. - disse a tia.
Harry ficou tão espantado com tal atitude que não discutiu, sentou-se e deparou-se com uma mesa com uma variedade anormal de bolos e pães.
- Então, bom apetite á todos. – disse tio Valter.
Eles comeram. E ao descansar seu garfo Harry olhou para o relógio da na parede da cozinha e viu que faltavam dez minutos para as nove horas.O garoto levantou e disse:
- Vou buscar minhas coisas lá em cima... Com licença...- disse meio desconcertado... Nunca vira os Dursley daquele jeito antes.
Cinco minutos depois, estava de volta com o malão, e a gaiola com Edwiges dentro. Parados no corredor, esperando o garoto, estavam os três Dursley.
- Bom... É... Eu já vou e... Duda, agora você tem seu segundo quarto de volta... Tio e tia... Eu sinto muito se atrapalhei a família perfeita de vocês durante esses anos, mas não foi escolha minha crescer aqui nessa casa. Vocês podem ter certeza que se eu pudesse escolher, não seria pra cá que eu viria... Mas mesmo assim obrigado...
Harry se virou para porta e quando sua mão já alcançava a maçaneta, ele ouviu a tia dizer:
- Harry...? Se você, um dia precisar de alguma coisa... Você tem uma tia para te ajudar...
- Estranho... Nos quinze anos que eu passei aqui, nunca tive uma tia para me ajudar... - respondeu ele, muito calmo.
O tio pigarreou, a tia suspirou, Duda estava imóvel...
- Então... Adeus...
Nesse instante a campanhia tocou e Harry que já estava com a mão na maçaneta, abriu a porta e viu o Sr. Weasley parado na soleira.
- Oh... Olá Harry, como vai?
- Bem, obrigado.
- Então vamos, se você já estiver pronto, porque estou com um pouco de pressa...
- É claro, vamos sim... ADEUS. - disse o garoto aos Dursley.
E saiu, com o Sr. Weasley. Não olhou para trás, não queria olhar...Eles caminharam até a pequena travessa, onde um dia, um dementador atacara Harry e Duda.
- Você já sabe aparatar, eu imagino, Harry?
- Sim, eu sei, mas ainda não tenho permissão. - respondeu o garoto.
- Ah... Isso não será problema, podemos fazer uma aparatação conjunta e...
Mas Harry não ouviu mais nada que o Sr. Weasley disse. Ele lembrou da primeira vez que aparatou. Foi numa apartação conjunta com Dumbledore e...
- Harry, você está me ouvindo?
- Claro... Ah, me desculpe... Eu estava me lembrado que fiz uma aparatação conjunta com Dumbledore algumas vezes... – respondeu o garoto meio sem jeito.
- Ah, então isso não será problema pra você, não? – Disse o Sr. Weasley com um olhar paternal.
Então, o Sr. Weasley lhe ofereceu o braço e Harry segurou, de repente sentiu aquela conhecida sensação de ser puxado pelo umbigo.
Quando toda a pressão finalmente cessou, Harry encontrava-se no jardim d’ A Toca. Que no momento se encontrara muito enfeitado, com umas poucas mesinhas espalhadas por todo o campo, forradas com toalhas brancas e sustentavam belos arranjos florais... E ao fundo, Harry notou uma longa mesa onde estava um conhecidíssimo bolo de cinco andares. Só que não possuía uma estatueta em cima.
Ainda.


***

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