A volta dos Weasley...



N/a: Meio repetitivo no começo, mas faz parte da história, Vocês precisam saber o quanto Harry está...
Bem, vocês irão ler.

***

Harry abriu os olhos e respirou fundo, sentiu a cabeça de Hermione subir e descer em seu peito. Estavam exatamente na mesma posição na qual foram deitar, ela dormia profundamente no peito dele, enquanto Harry apenas a olhava, e lembrava...
Lembrava do que tinha feito na noite passada, um arrependimento enorme bateu... A consciência dele pesava uma tonelada naquele momento, lembrar daquilo doía em seu coração, em sua alma... “Como é que eu pude fazer isso? A beijei... Como? Como eu vou me explicar? Só pode ter sido a bebida... Como eu fui capaz de beijá-la? De querer algo a mais? Ela é minha amiga... Onde é que estava minha cabeça? Felizmente eu consegui me segurar... Mas eu não podia nem ter feito aquilo... nem beijá-la eu podia... Minha amiga... Ela é só minha amiga... Ela não sente nada a mais por mim, nem eu nada a mais por ela! Mas então o que foi aquilo, ontem? Será que foi só atração física? De novo? Que belo canalha estou me saindo... Atração física? Ah, não... De novo, não! Hermione não é qualquer uma, eu não posso tratá-la assim... Eu não posso pensar em beijá-la... não posso pensar em ter alguma coisa com ela, como eu estava pensando ontem... Eu não podia... Não podia... Ah... O que eu faço? O que é que está acontecendo? Não estou me reconhecendo...” Harry estava completamente confuso. Não sabia o que fazer, nem o que pensar. Só sabia que tinha cometido um erro, um erro grave, seria difícil consertá-lo... Havia a possibilidade de Hermione não se lembrar de nada, mas mesmo assim, a consciência dele não o deixaria em paz... Ele se sentia o ultimo dos seres... Como podia ter feito aquilo? Ele quis... Ele queria beijá-la... estava PLANEJANDO tudo... Ele não se conformava... Como ele pôde? Estava péssimo, não se sentia digno da amizade dela, alguma coisa dentro dele gritava, urrava de dor: “Como eu pude? Por quê? Como?” Ele tinha vontade de largar tudo... Largá-la ali... Não queria que ela o visse nunca mais... Ela era boa, sincera e ingênua de mais pra canalhice dele.
Desespero.
Essa era a palavra que descrevia Harry naquele momento.
Era o desespero em pessoa.
Ele a olhava, não queria machucá-la, nem magoá-la. A ultima coisa que queria no mundo era vê-la sofrendo... “O que foi que eu fiz?”

***


O Noitebus acabara de dar uma de suas costumeiras freadas bruscas no Largo Grimmauld. A porta se abriu e dele saiu uma enorme família de ruivos, mais uma belíssima moça de cabelos loiros prateados, e mais várias malas, baús, bolsas, etc. Para retirar toda a bagagem do ônibus, foi preciso a ajuda de todos os homens da família, que levaram um tempo até conseguir descarregar tudo.
- Cuidado Arthur! Há coisas que quebram aí... - ralhava a Sra. Weasley supervisionando o desembarque da bagagem.
- Gui, meu amor, mais atenção! Essa é a minha mala... - falou Fleur numa voz doce.
- É claro, meu amor, me desculpe. - respondeu Gui, dando um beijo na face da esposa.
- Ah... Que meloso... Passei a viagem inteira vendo isso... Será que nem aqui vocês param? - reclamava Jorge.
Gui ia abrindo a boca pra responder ao irmão, mas foi interrompido.
- Parem de brigar, AGORA! - berrou a Sra. Weasley. - Andem logo com isso... Não podemos chamar atenção dos trouxas!
- Ah, mamãe, até um cego notaria a gente... Olha só essa bagunça... - comentou Fred. Rony e Gina começaram a rir, mas pararam quando foram surpreendidos pelo olhar rigoroso da mãe.
- Vamos todos, pra dentro! - falou o Sr. Weasley ao descer do ônibus com a ultima mala. O Noitebus arrancou, e foi embora, antes que os Weasley resolvessem ir para outro lugar.
Todos foram até o local onde a casa de Harry ficava oculta, mentalizaram o endereço e a casa apareceu. A Sra. Weasley foi à frente para abrir a porta, depois entraram Gina e Fleur. Os homens demoraram a entrar por causa do excesso de malas, minutos mais tarde, a bagagem encheu grande parte da sala de estar. Quando todo o alvoroço acabou, pode-se ouvir a mãe de Sirius berrando no quadro do corredor.
- Merlin! O que é isso? - espantou-se Fleur, ouvindo os gritos estridentes que vinham do quadro.
- É a mãe do falecido dono da casa, meu amor, ela é neurótica assim mesmo... Não se assuste. E evite fazer barulho pra ela não acordá-la. - explicou Gui, abraçando-a pelas costas.
- E por que não tiram o quadro daqui? - insistiu Fleur.
- Tem uma espécie de feitiço muito poderoso nesse quadro, querida, já tentamos de tudo, mas nada funciona... - explicou a Sra. Weasley ajudando o marido lançar feitiços estuporantes no quadro. A gritaria cessou. - Mas cadê o Harry? Rony, você tem certeza que mandou a carta avisando que nós viríamos?
- Sim, mamãe... Ele deve estar lá em cima, vou chamá-lo. - Rony saiu em direção ao andar de cima, enquanto isso, os outros Weasley olhavam a casa e com suas varinhas tentavam mover a bagagem para se acomodar nos sofás.
- Nossa, quem foi que limpou essa casa? Fez um excelente trabalho. - comentou a Sra. Weasley andando pela sala, olhando os móveis que Dobby deixara impecavelmente limpos.
Nesse instante Dobby entrou na sala e abriu um largo sorriso ao ver a família Weasley ali.
- Harry Potter avisou Dobby que os Weasley chagariam hoje! Dobby preparou um grande almoço para todos! - falou o elfo, satisfeito.
- Mas onde está o Harry?
- Dormindo, Dobby acha.
- Dormindo? - repetiu a Sra. Weasley, pasma. A mulher consultou seu relógio de pulso, que marcava onze da manhã.
- Sim, senhora.
- Mas... Nós avisamos que viríamos... Estranho. Pensei que ele estaria nos esperando.
- É que Harry Potter e a senhorita Hermione fizeram um jantar especial ontem, e foram dormir tarde.
- Jantar especial?- perguntou Fred, interessado.
- Sim, senhor.
- Que tipo de jantar especial? - perguntou Jorge, curioso.
- Dobby não sabe explicar, foi assim... - Dobby tentou explicar, mas foi cortado pela Sra. Weasley.
- Não vai explicar nada não Dobby! E vocês dois, - disse a mulher olhando brava para os gêmeos - deixem de ser curiosos, a casa é do Harry agora, lembrem-se. Ele tem direito de fazer o que quiser aqui dentro!
Fred e Jorge trocaram olhares maliciosos, cheios de significado. A Sra. Weasley voltou a olhar a casa, Gui e Fleur davam uns selinhos, mais pareciam dois passarinhos se bicando. Dobby saiu em direção a cozinha, com o Sr. Weasley em seus calcanhares reclamando que estava faminto.

***


Rony subiu a escada e parou assim que chegou ao andar de cima, olhou tudo em volta, dentre as várias portas que se estendiam pelo corredor, ele optou pela primeira porta a sua esquerda, que (Por ironia do destino?) era a porta do quarto de Harry.

***


Harry, que estava perdido em pensamentos, achou que escutara alguma coisa no andar de baixo, mas não ligou, estava preocupado e arrependido demais pra prestar atenção em outras coisas. Não pensava em outra coisa a não ser o jantar da noite passada. Ele sentia a brisa da manhã bater em seu rosto através da porta aberta da sacada. Estava tudo muito visível: a mesa, as velas, as garrafas, as taças, a rosa... Harry fechou os olhos. Sentiu Hermione dar um longo suspiro. Ela se mexeu ligeiramente e uma das mãos dela alisou o peito de Harry, inconscientemente. “Ela quer que eu me sinta mais culpado?” pensava ele, sentido o leve toque dela em seu peito. Apesar de tudo, ele gostava de estar com ela, de senti-la, de tocá-la, de tê-la tão perto... “Ah... Pára! Chega! Não dá mais pra agüentar! Eu quero saber o que está acontecendo comigo! Alguém pode me responder?”. Hermione escorregou a mão pra barriga de Harry, ele abriu os olhos e a olhou, constatou que ela ainda dormia. “Ela não quer fazer isso, é inconsciente... Será que a situação ainda pode piorar?” perguntava-se Harry, mais desesperado que antes. Tornando a fechar os olhos.

***


Rony seguiu até a porta escolhida e levantou a mão fechada pra bater na porta, mas desistiu. Tornou a abaixar a mão, queria fazer surpresa ao amigo. Colocou a mão na maçaneta e a girou, respirou fundo e abriu a porta bruscamente, com um enorme sorriso no rosto. Logo depois o sorriso foi substituído por uma cara de espanto, ele olhava numa direção reta, seu olhar caiu justamente em cima da mesa onde Harry e Hermione haviam jantado na noite anterior. O ruivo seguiu reto pra sacada, sem nem olhar para os lados, parou a porta e olhou tudo que estava espalhado ali: garrafas, velas, taças (“Duas?”), pratos, pedaços de frutas em uma tigela, em outras duas, chocolate branco e preto, a bandeja na qual estivera a comida servida no jantar, o rádio, o castiçal sobre a mesa e... A rosa. O queixo de Rony caiu, parecia que havia acontecido um jantar romântico ali. “Harry e Hermione juntos? Num jantar romântico?” O ruivo queria explicações, não pensou duas vezes, mesmo surpreso, exigiria explicações de Harry. Ainda olhando em volta ele viu um xale azul, caído no chão, ele foi ficando vermelho... Precisava ver Harry, falar com ele... Precisava saber o que tinha acontecido. “Ele deve estar no banheiro...” Rony girou os calcanhares e seu olhar recaiu sobre a cama de Harry. As surpresas que ele tivera até aquele momento não eram nada comparadas a surpresa que ele estava tendo agora.
- O que significa isso?

***

N/a²: Curiosos pra saber o que vem por aí?

Pois é... Mas eu tenho uma péssima notícia: Eu vou viajar de novo, dez dias fora.

Então o próximo capítulo [o barraco do século, eu diria] vai ficar pra quando eu voltar.

Talvez. E eu disse talvez, eu tenha internet num hotel em que eu ficarei.
Isso quer dizer que talvez, eu disse talvez de novo, eu possa atualizar.
Mediante a muitos, mais muitos comentários mesmo, afinal, o número de leitores aumenta absurda mente e são poucos os que comentam, então, pessoal, vamos largar a preguiça de lado e comentar, ok?

Aninha me pediu, aqui vai o nome das minhas outras fics, pra todos que quiserem ler:

Milagre de Natal - OneShot
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=22024


Para Sempre e Eternamente... [Terminada]
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=22027

Obrigada a todos.
Beijoooos,

Paulinha.



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