Hogwarts, pela última vez.



- Vamos Mione, temos que estar lá fora pra organizar a saída dos alunos. – disse Rony, se levantando. Haviam acabado de chegar à estação de Hogsmeade, Hermione estava bem mais calma, pois Harry conseguira convencê-la que o professor não se zangara com ela e estava disposto a recomeçar.
Os dois saíram e Harry ficou encarregado da mala de Hermione, quando ia saindo de sua cabine, Gina, Neville e Luna vinham em sua direção.
- Olá Harry, como foram as férias? – disse Luna, sorrindo, com seu olhar sonhador de sempre.
- Ótimas e as suas?
- Boas também, quer ajuda? – perguntou ela ao ver Harry tentar dar conta de dois malões, uma gaiola e um cesto com Bichento dentro.
- Ah, por favor. – disse ele, Luna pegou a gaiola e Neville pegou o cesto. Gina entrou na cabine e pegou as coisas de Rony.
- Onde estão suas coisas? – perguntou Neville, quando começaram a caminhar pelo corredor em direção a saída apinhada de gente, vendo que Gina só carregava o malão e a gaiola com a coruja de Rony.
- Estão carregando-as pra mim... – disse ela, distraidamente. Harry e Neville trocaram olhares, mas não disseram nada.
Quando finalmente saíram do Expresso, via-se de longe, Rony e Hermione organizando a bagunça de alunos e ouvia-se a voz familiar de Hagrid gritando:
- Alunos do primeiro ano, me acompanhem, por favor! Alunos do primeiro ano, comigo...
Harry penetrou no meio da multidão e foi até Hagrid.
- Oi Hagrid, como vai?
- Ah, Harry. Vou bem e você? – disse ele, olhando pra Harry.
- Bem também.
- Ano difícil, esse que estamos começando... – disse ele, pesaroso.
- É sim, eu sei... E sua cabana...? Como... Está? – Harry questionou, lembrando-se do que acontecera no ano anterior com a cabana do meio-gigante.
- Ah! McGonagall e Flitwick deram um jeito nela, ficou como antes, fizeram um bom trabalho, sabe... – respondeu Hagrid, ligeiramente nervoso. – É difícil, Harry, sabe... Dumbledore era a alma de Hogwarts, tenho medo de como serão as coisas daqui pra frente. – confessou, com voz embargada. Harry o encarou sentindo um nó da garganta, Realmente... Seria muito difícil. – Mas eu disse a Minerva que farei qualquer coisa para Hogwarts continuar a mesma de sempre, todos nós, professores, estamos trabalhando duro para que as coisas voltem ao normal aqui.
- Tenho certeza que farão um ótimo trabalho. – Harry falou, passando confiança ao meio-gigante, que sorriu.
- Obrigado, Harry, muito obrigado. Nos vemos no banquete Harry, até.
- Até.
Harry ficou ali parado, vendo Hagrid se distanciar com alunos do primeiro ano em seu encalço.
- Harry, venha Harry! – era Neville gritando, ele estava entrando numa das carruagens sem cavalos (para a maioria). Harry foi até lá, entrou na carruagem onde estavam Luna e Gina. Algum tempo depois se espremeram para Rony e Hermione entrarem também.
Foram trotando até a entrada do castelo, onde se podia ver a grade porta de carvalho aberta. Os alunos desembarcaram e se acumularam no Saguão de Entrada, alguns falando animadamente sobre as férias, outros comentando sobre como seria Hogwarts sem Dumbledore, Harry começou a refletir sobre isso quando de repente, sentiu uma mão se envolver na sua, no meio da multidão.
- Vai ficar tudo bem, não se preocupe. – disse Hermione baixo, a suas costas, por cima do ombro dele.
- Sei que vai. – disse ele apertando a mão dela. – Vamos?
As portas do Salão Principal se abriram e todos os alunos entraram numa grande onda, se acomodando em suas devidas mesas. Depois de todos sentados, um silêncio retumbante caiu no lugar, como se um vento forte tivesse passado por ali e levado a voz de todos.
Ao olhar pra mesa dos professores, via-se a grande e imponente cadeira de Dumbledore vazia, talvez em sinal de respeito, pensou Harry, enquanto via a Professora e o Professor McGonagall sentados ao lado direito da cadeira do ex-diretor.
Então adentrou no Salão a Professora Sprout carregando um banquinho e um chapeu velho. O ritual de seleção aconteceu como sempre, porém não houve canção do Chapéu-Seletor e os vivas dos estudantes não foram tão empolgados. Quando a seleção teve fim, o silencio voltou a reinar no salão.
Minerva McGonagall se levantou, sem precisar pedir silencio, começou seu pequeno discurso.
- Bom regresso aos antigos alunos e sejam bem vindos os novos. Sei que é difícil para todos nós lidar e acostumar com tal perda – ela lançou um olhar para a cadeira vazia de Dumbledore. – Mas nossas vidas continuam e tenho certeza que é o que ele quer que façamos. Hogwarts está aqui para ensinar os que querem aprender, acima de tudo. Agora, quero que apreciem esse delicioso banquete como o fizeram nos anos anteriores, quero alegria e força. Determinação e união, pois é apenas disso que nós precisamos nesse momento. Bom apetite.
Ela se sentou e a comida apareceu nas cinco mesas do salão. O barulho de talheres, copos e pratos batendo e um alvoroço de falas fez o Salão voltar ao seu normal.

Depois de um magnífico jantar, todos loucamente fartos voltaram a sua atenção a Professora McGonagall que tornou a levantar.
- Espero que todos tenham aproveitado esse maravilhoso banquete. Agora, vamos aos avisos. A floresta que faz parte de nossa propriedade é proibida a todos os alunos da escola. Todos os produtos que pertençam à loja ‘Gemialidades Weasley’ são proibidos também, assim como uma infinidade de itens que os Srs. podem encontrar numa lista afixada na sala do Sr. Filch. Como não poderia deixar de ser, devo preveni-los que Hogwarts está com a segurança muito mais reforçada esse ano. Há aurores espalhados por toda propriedade, tanto dentro quanto fora do castelo, portanto, tomem cuidado com o que fazem nos corredores, podem estar sendo vigiados. Todas as passagens, saídas e salas estão com feitiços de segurança altamente eficazes, assim como muitos objetos que podem ser utilizados de má fé. – disse ela, em sua voz severa, depois de uma pausa, continuou – Este ano, temos um novo professor em nosso corpo docente, o Professor Matthew McGonagall, que lecionará a Defesa Contra as Artes das Trevas. Eu continuarei a dar as aulas de Transfiguração e os novos responsáveis pela direção das casas Grifinória e Sonserina são o Professor McGonagall e o Professor Slughorn, respectivamente. – disse ela, fazendo uma pausa enquanto os professores mencionados acenavam para os alunos. - O toque de recolher permanece às nove horas da noite, porém, a punição para quem desacatá-lo será uma detenção de uma semana, no mínimo. Todos devem respeita o toque de recolher, com exceção dos professores e o casal de monitores-chefe. – disse ela, sem dar brecha para reclamações. – E para finalizar, pois sei que o discurso está monótono e vocês querem dormir, temos uma aluna que chegou direto de Bauxbatons, a mãe dela trabalha para o ministério e foi transferida para Londres, ela e família vieram direto da França, Paris, porém já haviam morado em Londres há alguns anos atrás. Recebam a Srta. Samantha Bridge Fylguer, nossa mais nova aluna, cursará o sexto ano e foi selecionada para a casa Corvinal.
Todos os alunos se voltaram para a mesa mencionada, viu-se ali uma garota se levantar. Estatura média, cabelos longos, que passavam da metade das costas, tão pretos que tinham um leve tom azulado, num ondulado largo e leve. Uma pele branca como a neve, e olhos profundamente azuis, como duas piscinas. Um rosto delicado e sutil, um corpo bem esculpido e com belas curvas e uma maneira leve, suave e meiga de ser. Quando ela levantou, jogou sua franja, de lado, para trás, fazendo-a cair delicadamente sobre os fios maiores. Ouviram-se alguns vivas da mesa, ela sorriu, um sorriso radiante e contagiante. Grande parte dos garotos pareciam hipnotizados com a beleza da garota, que se sentou e engatou um papo com os colegas sentados perto de si.
- Uau... Parece um anjo... – disse Rony, olhando para a nova aluna.
- Linda. – disse Harry. Voltando-se para professora McGonagall.
- Realmente, bonita... – disse Hermione, ainda olhando pra garota – deve ser inteligente também, pra ter entrado na Corvinal.
- Bem, por hoje é isso. Espero que sejam bons anfitriões e recebam nossa mais nova aluna como se deve. Tenham todos uma boa noite e um excelente ano letivo.
Um alvoroço tomou conta do salão, a onda de alunos voltou a tumultuar as portas do Salão Principal. Rony e Hermione saíram em busca dos calouros para acompanhá-los até a Torre da Grifinória. Harry se deixou levar pelo fluxo de alunos ate o Saguão de Entrada, onde viu Rony parado ao lado da escada conversando com a nova aluna. Ele estava com o corpo mais reto e passava a mão no cabelo com freqüência, sorria demasiadamente também. Harry parou para observar a cena, depois de alguns minutos, a garota saiu sorrindo e Rony continuou parado no mesmo lugar.
Harry voltou a seguir seu caminho para Torre da Grifinória, tomou seus costumeiros atalhos e minutos depois de chegar ao retrato da Mulher Gorda, viu Hermione aparecer no corredor, instruindo o grupo de calouros.
- Ah, dá pra acreditar que Rony me deixou sozinha com os garotos só para dar informações para a aluna nova? Como se a casa dela não tivesse monitor... Sangue de Dragão.
O retrato da Mulher Gorda girou revelando a confortável Sala Comunal da Grifinória, com suas lareiras e poltronas sempre tão acolhedoras. A sala foi se enchendo e um barulho tomou conta do lugar, que em poucos minutos foi se esvaziando, até sobrar Harry e Hermione sentados de frente pra lareira em suas poltronas preferidas.
- Onde é que o Rony se meteu? – disse Hermione, com um bocejo.
- Não faço idéia, e não faço questão de saber também. - disse ele, olhando para lareira, percebeu Hermione olhá-lo. Fingiu não ver, mas depois de algum tempo não havia mais jeito. Ele a encarou, cansado. – Que foi?
- Sabe Harry, cansei de tentar unir vocês dois de novo. – disse ela, com simplicidade. – A única coisa que me chateia é saber que você não está nem um pouco feliz com essa distância.
- Hermione...
- Eu sei que sente falta dele, não vou discutir por isso. Não vou tentar te convencer do que for... Só quero te ver feliz, Harry, e isso definitivamente vêm acabando com você. Faça o que quiser, aja como quiser, fale o que quiser. Não vou brigar mais por isso. O que acaba comigo é te ver sofrendo.
Ele voltou a encarar a lareira. Ela estava completamente certa, Harry às vezes a odiava por isso. Ela sempre estava certa.
- Hum, acho que a Professora McGonagall esqueceu a nossa reunião. – disse ela, olhando para o relógio. – São quase onze, acho que vai ficar para amanha. Vou dormir Harry, amanha teremos um longo dia pela frente. Boa noite.
Ela se levantou e foi até ele, que continuava olhando para lareira, ajoelhou-se a sua frente e pegou uma de suas mãos.
- Harry... – ele a encarou por um momento, depois desviou o olhar. – Não importa qual o problema, sempre estarei com você pra te ajudar. Esteja você errando ou acertando, não importa, vou estar do seu lado, sempre.
Ele apenas assentiu, incapaz de olhá-la, ela se levantou, segurou o rosto dele com as duas mãos e deu longo beijo em sua testa. Depois saiu, rumo ao dormitório feminino.
Harry continuou ali, se esquecera da reunião com McGonagall, isso realmente não importava naquele momento. Minutos depois Rony entrou pelo retrato da Mulher Gorda e tomou um susto ao ver Harry ali, sentado. Passou direto, com as mãos no bolso, quando alcançou o primeiro degrau da escada para o dormitório viu que Harry o seguia, sem dizer uma palavra, eles entraram no dormitório masculino, se despiram e deitaram.
Fecharam as cortinas e se largaram em suas camas.
Harry não pôde deixar de se sentir chateado com a situação. Era primeira noite que iria dormir em Hogwarts sem dar boa noite para Rony.



- Bom dia! – Harry acabara de se sentar a mesa da Grifinória, junto de Rony, Gina, Neville, Simas e Dino. – Cadê a Hermione?
- Ainda não desceu, ela teve uns problemas lá, falando que não tinha uma cama pra ela... – respondeu Gina.
- Como assim, não tinha cama? Ela sempre teve uma cama! – disse Rony, indignado.
- Não entendi direito, a encontrei no corredor dos dormitórios ontem, ela estava carregando um colchão, falando que tinham ocupado a cama dela, uma história esquisita. – disse Gina, tomando um gole de suco.
- Coitada... – disse Neville, com um enorme pedaço de bolo na boca.
- Estranho, o que será que aconteceu? – disse Harry enquanto se servia de suco de abóbora e um pedaço de bolo.
- Bom dia. – disse Hermione, se largando ao lado de Harry com cara de poucos amigos.
- Bom? – falou Rony, rindo. – Não me parece nada bom.
- Cala a boca, Ronald! – disse ela, jogando torradas no seu prato.
- Gina falou que você ficou sem cama... – começou Harry com a voz macia, vendo Hermione passar a geléia com tanta força na torrada que elas se despedaçavam nas mãos da garota.
- Isso mesmo. Eu. Hermione Granger. Monitora. Depois de um dia cansativo, guiando calouros que mais pareciam pestes, sozinha – ela lançou um olhar feroz a Rony. - Quando fui, finalmente, dormir, descobri que tinham dado minha cama a outra aluna e eu fiquei sem! – ela agora moía a torrada com a mão. – Tive que dormir num colchão, no CHÃO!
Ela bateu na mesa, a mão cheia de migalhas de torrada.
- Me deixa fazer isso. – disse Harry, pegando algumas torradas e passando geléia calmamente.
- Ah, é demais pra mim. Assim não dá! – ela bateu a mão na mesa de novo, com mais força, se levantou, jogou a mochila no ombro e saiu em passos firmes e decididos pra fora do salão. A maior parte dos estudantes a acompanhou com o olhar, muitos garotos cochicharam uns com outros depois que ela sumiu de vista.
- Tudo isso porque ela dormiu no chão? – falou Rony, com a boca ligeiramente aberta de tão pasmo.
- A questão não é ela ter dormido não chão, é a falta de respeito e consideração que a deixou assim. Ela leva muito a sério o cargo de monitora, trabalha duro nele, além de todas as outras coisas que ela faz pela escola. Então, no único momento de descanso que ela tem, tiram a única coisa que causa real prazer nela, uma noite de sono confortável. – explicou Harry, apanhando uns guardanapos e enrolando algumas torradas nele. – Ela não se zangou pelo fato de ter dormido no chão, se zangou com o fato de serem tão ingratos com ela, entende?
Todos assentiram, sérios.
- Agora, eu vou atrás dela antes que ela arranque todos os cabelos daquela cabeça brilhante.
Harry apanhou sua mochila e jogou num dos ombros, depois pegou o guardanapo com torradas e saiu do salão. Ele tinha certeza de onde a encontraria. Rumou direto para os jardins, hoje levemente ensolarados, do castelo. A viu de longe, sentada debaixo daquela arvore. As costas apoiadas no tronco, joelhos flexionados e braços sobre os joelhos.
- Acho que você esqueceu isso. – disse ele, estendendo o guardanapo pra ela. Hermione sorriu, apanhou o guardanapo e o abriu enquanto ele se sentava ao seu lado. – Mais calma?
- Foi só um acesso. Um surto. Já passou. – disse ela, comendo com vontade as torradas.
- Ficou magoada?
- Acho que merecia um pouco mais de consideração.
- Eu entendo.
- Sabe, acho que isso é coisa do Professor McGonagall. Ele é diretor da nossa casa, agora.
- Sinto muito, mas nesse ponto vou discordar de você. Ele não seria tão baixo a ponto de se vingar de você te colocando para dormir no chão.
- Talvez.
- Temos que entrar, devem estar distribuindo os horários, temos que pegar o nosso.
Ele se levantou e estendeu a mão, ela aceitou. Harry a puxou e ela se ergueu num pulo, pegou a mochila e saiu andando pelo jardim, em direção as portas do castelo. Quando estavam para entrar no Salão Principal, Harry disse, baixinho:
- Melhor soltar minha mão.
Ela sorriu e soltou a mão dele. Entraram no Salão e encontraram o Professor McGonagall distribuindo os horários para um grupo de alunos próximo ao deles. Eles apertaram o passo e se sentaram onde estavam mais cedo.
- Está melhor, Mione? – perguntou Gina.
- Sim, sim. Bem melhor. – disse ela, sorrindo.
- Bom dia. Vamos ver, temos aqui a Srta. Granger. – disse o professor mexendo num bloco de anotações e papéis. - Ah, aqui, seu horário: Transfiguração, Feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas – ele lançou um olhar furtivo a ela – Aritmancia, Runas Antigas, Astronomia e Poções, certo?
- Exato. Obrigada. – disse ela, séria.
- Sr. Potter, vamos ver... Transfiguração, Feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas, Herbologia, Astronomia e Poções?
- Sim. Obrigado. – disse Harry recebendo seu horário.
- Você é...?
- Weasley. Ronald Weasley. – respondeu Rony.
- Claro, claro. Os Weasley. – o professor sorriu e começou a procurar o horário de Rony, isso causou um leve desconforto em Gina que de repente não sabia onde enfiar as mãos. – Aqui, você é...
Harry passou a observar o seu horário.
- Hoje é...?
- Quarta. – respondeu Hermione, guardando seu horário na mochila.
- Hum, horário livre, duas de Feitiços, outro horário livre , almoço, e mais duas de Transfiguração, oba... – disse ele sorrindo – mais outro horário livre. Quarta é o único dia da semana com três horários livres.
- Me parece bom, você tem seis aulas, eu tenho sete.
- Sete?
- Sim, sete.
- O que tem hoje?
- O mesmo que você, mas tenho Runas Antigas no ultimo horário. Ah, eu abandonei Herbologia. Não será muito útil no meu futuro.
- Abandonou como?
- Falei com a Professora McGonagall ano passado, já que tenho uma carga-horária pesada, ela me permitiu abandonar.
- Ela te permite fazer tudo o que quiser, Mione! Ela te adora. – disse Harry se levantando.
- Nem tanto. – disse ela com um sorriso maroto, se levantando também. Harry sorriu também com o comentário da amiga e se juntou a ela na caminhada Torre da Grifinória, já que tinham o primeiro horário livre. Rony se juntou a eles o Saguão de Entrada.
Algum tempo depois eles deixaram o Salão Comunal e foram para a primeira aula do ano, feitiços.
Quando entraram na sala encontraram o pequeno professor sobre sua, costumeira, pilha de livros. Quando avistou o trio, os cumprimentou com um pequeno aceno, que os garotos retribuíram. Depois que todos os estudantes já estavam devidamente acomodados a aula começou.
Eram dois tempos de Feitiços, a maior parte da aula o Professor Flitwick falou dos N.I.E.M.‘s e da importância de se dedicar bastante durante esse ultimo ano para obter sucesso nos testes que serão os mais importantes da carreira deles. Pois são esses os testes que decidirão seu futuro profissional. O professor também perguntou a cada um dos alunos quais profissões queriam seguir, a maioria já tinha idéia da área na qual iriam atuar, o mais indeciso da turma foi Rony que deu opções como ser auror, jogador profissional de quadribol ou trabalhar na pesagem de varinhas no Átrio do Ministério da Magia. Logo desanimou com ultima idéia, dizendo que não precisaria ter gastado anos estudando se tivesse pensado em tal profissão antes. Harry respondeu prontamente que seria auror e Hermione pareceu em dúvida entre auror, também, ou medi bruxa no St. Mungus.
Depois de longos minutos em discussões sobre profissões, com os alunos pedindo dicas ao professor, o sinal tocou e todos saíram animados da sala.
- Foi uma aula bastante produtiva. Estive pensando, pode ser bastante interessante também trabalhar no Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, talvez assim, eu pudesse abrir os olhos das pessoas e começar uma revolução na vida dos elfos domésticos e outras criaturas tratadas tão cruelmente. – disse Hermione, contente, caminhando com Harry, Rony e Neville pra a Sala Comunal.
- Se você sozinha não consegue convencer ninguém a entrar pra F.A.L.E. e muito menos a libertar os elfos domésticos, com certeza não conseguirá começar uma revolução. – disse Rony, normalmente.
- A diferença Ronald, - disse Hermione, séria. – é que eu tenho força de vontade e tenho objetivos, luto pelo que eu quero!
- Está querendo dizer que eu não luto?
- Que tal parar antes que comece realmente, hein? – falou Harry, cortando os dois. Por incrível que pareça, ele até sentira falta da implicância dos outros dois. – Achei bastante interessante sua opção Neville, ser Herbologista, você leva jeito pra coisa.
- É sim, gosto bastante, acho que essa é a única carreira onde eu posso alcançar algum sucesso. – disse Neville.
Então uma garota parou na frente deles e lhes estendeu um pergaminho. Harry pegou, Hermione agradeceu, Rony parecia não saber o que estava acontecendo, prestando muita atenção num grupo de garotas da Corvinal que passava por ali.
- McGonagall quer nos ver. Agora. – disse Harry, lendo o pergaminho.
- Agora? – perguntou Hermione, incrédula.
- Sim. Bom, não temos outra saída, temos? – falou Harry, se segurando para não fazer o mesmo que Rony, a aluna nova estava à frente do grupo.
- Não. Temos que ir. Vamos Rony.
- Onde?
Hermione saiu pelo corredor puxando Rony pelo braço e brigando com o ruivo por não prestar atenção em coisas importantes que um bando de meninas, enquanto ela falava. Harry se despediu de Neville rapidamente.
- Harry também não prestou atenção!- defendeu-se ele, bem mais acordado agora, quando viravam no corredor da sala da diretora. Harry fingiu não ouvir seu nome sendo mencionado pelo ruivo.
- Mas Harry pelo menos fingiu prestar atenção. Nem pra isso você serve Rony!
Ele continuou se queixando, até pararem de frente para a gárgula que ocultava a escada que dava acesso à sala da diretora.
- Cartões dos Sapos de Chocolate. – disse Harry. A gárgula se movimentou e revelou a escada em caracol, eles subiram e Hermione bateu na porta.
- Entrem.
Os garotos abriram a porta e entraram, encontraram a professora McGonagall sentada na cadeira que pertencera a Dumbledore.
Vê-la ali causava certa tristeza em Harry, estar naquela sala era desagradável pra ele, de alguma forma, preferia que esse encontro fosse fora dali.
- Sentem-se. – disse a diretora, apontando para as três cadeiras em frente sua mesa. Os garotos obedeceram, ela os encarou por alguns instantes, então desviou o olhar para algum ponto sobre a cabeça de Harry. – Alvo?
- Claro, claro. Como vão? – disse Dumbledore, sorrindo, num dos quadros da sala. O trio se virou e o encarou. – Ah, Harry, tenho certeza que essas férias foram bem mais agradáveis que todas as outras que você já teve, estou certo?
O velho lançou um olhar carinhoso a Hermione, ela sentiu o rosto corar. Harry pareceu não perceber, toda aquela normalidade diante de tal situação parecia demais pra ele.
- Senhor, como vão ficar as coisas agora? Quem será o líder da Ordem? O senhor vai continuar me ajudando. Continuar me contando tudo? Vai continuar...
- Harry, acalme-se. Não vou poder continuar o que começamos, sinto te desapontar. Compreenda que todas as nossas aulas foram baseadas em lembranças as quais eu precisava correr atrás. Nenhuma delas chegou até mim. Tive que ir atrás, persuadir pessoas a me darem elas. Bom, como já deve ter notado Harry, já não posso mais fazer isso, nem mergulhar nas lembranças para analisá-las. As coisas estão bastante limitadas pra mim agora, a única coisa que ainda posso fazer é aconselhá-lo Harry, em tudo que você precisar. – Harry poderia jurar que viu Dumbledore lançar um olhar muito rápido a Hermione, porém não entendeu o porquê. - Sabe, que agora as coisas podem até ser mais divertidas, não sou mais seu professor, diretor ou superior. Somos amigos agora e isso pode facilitar bastante as coisas.
- Sempre fomos amigos, senhor. Eu acho. – disse Harry, confuso e com uma pontada de decepção.
- Sim, Harry. Sempre fomos, mas antes havia toda aquela formalidade que sempre exigi de você. Acho que agora isso acabou. – Dumbledore sorriu, calmo como sempre. Isso fez Harry se acalmar.
- Certo, senhor.
- Alvo.
- O que?
- Alvo, mas se não gostar muito de Alvo, pode me chamar apenas de Dumbledore.
- Hum. Certo, Dumbledore. – disse Harry, sorrindo.
- Agora, se me dão licença, preciso ir tomar chá com um dos Cavalheiros do quadro do sexto andar, já adiei o compromisso duas vezes. Depois uma visita rápida ao Cavaleiro Sem Espada... Minha vida continua bastante agitada. – disse ele, se levantando de sua confortável poltrona. Ia saindo quando parou e olhou para Hermione. – A propósito, meus parabéns, Srta. Granger.
Dumbledore piscou e sumiu na moldura, sem dar tempo para perguntas.


***

N/a: Here we go!!!

Espero que tenham gostado e deixem muitos comentáriooooos!

não revisei esse capítulo, então me perdoem os erros, tô meio sem paciência... Ando meio rebelde ultimamente, to pensando em fazer uma segunda tatuagem, meu vai vai pirar daqui a pouco.
Vou enfrentar uma guerra aqui em casa.
Torçam por mim.
=]


Aaaah, o que você acharam desse capítulo? Tão triste não ter Dumbledore na noite de chegada... e agora tem uma aluna nova... Gostaram dela???
Gente, eu fiz os horários deles. Juro.. Para não me perder e nem cometer nenhuma gafe, eu tenho os horários de aula, e cada aula tá de uma cor diferente. Podem me chamar de louca, eu sei... Mas eu adoro organização, ficaria louca se tivesse que procurar pelos capítulos que aula é em qual dia... O horário deles é melhor que o meu, e mais bonito também!

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