O Começo



Nota da Autora:
Comentário meu sobre o Capítulo 45.
Eu ia postá-lo lá, junto aos comentários como eu sempre faço, mas já que dessa fez eu realmente exagerei, ia acabar sumindo todos os comentários dos leitores e só sobrariam os meus na página, por isso, estou postanto aqui, antes do capítulo 46.
Se vocês estiverem curisosos demais pelo capítulo, leiam, pode ir em frente, mas voltem aqui depois pra ler tudo que eu tenho a dizer porque é importante pra mim que saibam, certo?


Meu Deus!
Vocês disseram que estavam sem palavras para o capítulo.
Eu estou sem palavras para vocês.
De verdade, eu fico emocionada quando vejo esse monte de comentários giganteeeees cheio de coisas linda, palavras de apoio, elogios... É totalmente inexplicável dizer pra vocês o que eu sinto ao ler os comentários... Saber que eu, pobre mortal aqui, consigo causar tantas sensações e emoções diferentes em cada um.
É totalmente inexplicável.
É um sentimento magnífico.
Juro, que nada se compara, eu sou imeeeeensa e completamente grata a cada um aqui, a cada pessoa que lê e deixa esses comentários maravilhosos.
Como eu amo vocês, de verdade, amo demais.
Muito obrigada.
Vou postar o Capítulo 46 agora, como forma de agradecer pelos comentários mais maravilhosos que eu já recebi. Presente pra vocês, espero que gostem.

Respondendo geral, já que todos vocês [e isso me faz extremamente feliz] comentaram o quase beijo: Eu sei. Eu fui má, e vou ser má assim muitas vezes ainda nessa fic.
Fico feliz que ainda que não tenha rolado o tão esperado beijo, vocês tenham gostado e tenham sido tão receptivos com a descrição e narração, que é a parte com a qual eu mais me preocupo. É bom [é ótimo, excelente, estupendo!] saber que eu to conseguindo alcançar vocês da maneira que eu quero. É muitooo bom.
Tem também, o fato de que, visto que eles ainda estão cegos o suficiente para não ver o que está estampado na cara deles, é necessário uma dose grande de cuidado na hora de escrever. Não quero nada vulgar, nunca, eu tomo muito cuidado com isso, porque eu acho eu vulgarizar não é melhor maneira de expressar sentimentos. Na minha percepção, a amizade dos dois [ou a relação deles, melhor dizendo] sempre foi muito além do explicável em palavras. É uma conexão incrível que eles tem um com o outro, e eu tento deixar claro isso: a importância e o quão significante eles são no ponto de vista do outro. No quão importante é simplesmente o fato da presença constante, do estar lá, sempre que necessário. He, claro, desejo, mas é algo maior que isso.
Sei que estou explicando demais, mas talvez, depois de alguns capítulos vocês fiquem bravos comigo por causa de algumas coisinhas que acontecerão. Então, se apeguem ao fato de que por pior que as coisas sejam, sempre tem um jeito.
Há sempre uma luz no fim do túnel, mesmo que este pareça interminável.
Mas, se vocês ainda quiserem me crucificar, vou dizer que nos próximos capítulos, ano sei bem em qual, terá um beijo. Mas vocês vão ter que estar muito atentos pra saber que ocorreu, portanto fiquem ligados, caso contrário, vocês só vão saber quando e como ocorreu no capítulo 62.

Podem xingar!
Dizer “Como fala, essa pessoa!”, eu sinto muito mas precisava que vocês soubessem disso.
Agora, sem mais delongas, antes que vocês se juntem para me matar, vamos ao capítulo.


- - -


- ...Se Hermione for a pessoa que lhe fará o interrogatório.
Um silêncio retumbante recaiu sobre o lugar.
Hermione sentiu seu estômago afundar dentro de seu corpo. Foi como se um segundo tivesse virado horas, e tudo passava lentamente, e as pessoas a olhavam e se mexiam em câmera lenta, e seu cérebro trabalhava devagar... Era como se estivesse dopada. Bêbada. Alucinada. Voltando de uma anestesia. Era estranho... E de repente, todos os músculos de seu corpo começaram a doer.
Os demais pareceram não notar o que acontecia com a garota. Começaram a falar, todos de uma só vez. Os olhos preocupados de Lupin procuraram Hermione, mas agora a maioria das pessoas estavam de pé. Ele não conseguiu enxergá-la.
Ela desabou na cadeira mais próxima.
Harry se virou para ela no instante que ouvira Lupin terminar a frase. Mas era muita insolência da parte de Malfoy fazer tal exigência. Viu a cor fugir do rosto dela como nunca vira antes. Ele atravessou a cozinha em passos rápidos, até alcançá-la onde estava sentada.
- Tudo bem...? – ele sibilou, agachando-se ao lado dela.
- Sim... Tudo bem. – ela respondeu num sussurro. Uma das mãos dela procurou a de Harry instintivamente. Quando a encontrou, apertou-a com força.
- Isso é injusto! – gritavam Fred e Jorge, em coro.
- Pelo amor de Deus! Ela é só uma menina! Não podemos jogá-la numa cela, com um comensal supostamente arrependido. – bradava a Sra. Weasley com seu instinto maternal.
- Por que ela? Por que Hermione? – indaga Rony, enfadonho.
- Silêncio, por favor! Vamos lá, contenham-se! – gritou Quim. Todos os demais se calaram. – Certo. Agora vamos aos fatos.
- Malfoy fez essa exigência. A única. Ele não dirá nada a qualquer outra pessoa que entrar naquela cela. Ele jurou que falaria sobre qualquer coisa, apenas para Hermione. Eu não sei o porquê. Quando questionei, ele não me respondeu, só disse que era a única coisa que pedia, para dizer o quer que seja. E Molly, não se preocupe, Malfoy não está em condição de sequer levantar-se da cama onde está dormindo. Seria impossível ele fazer qualquer coisa contra ela. Está sem varinha e o lugar onde está preso é complexamente enfeitiçado contra qualquer tipo de magia. Nem nós podemos fazer magia lá dentro. Nenhum tipo. Ele está preso, sem condição nenhuma de sair. A única coisa ruim que pode acontecer com quem entrar lá dentro é uma luta corpo a corpo, mas isso, acredite, não está na lista de coisas que Malfoy pode fazer no momento.
Todos permaneceram em silêncio. Hermione simplesmente ouvia tudo... E aquilo aprecia tão distante...
- Hermione? – chamou Lupin.
- Sim? – respondeu a garota, baixo.
- O que tem a dizer? – ele indagou, numa voz compreensiva. Ele era o único que sabia. O único no meio daquele monte de gente... O único adulto ali, que conhecia os motivos das reações estranhas da garota.
- Ela não vai. Pode esquecer! – disse Harry, levantando-se, irritado. – Como pode perguntar o que ela tem a dizer, Lupin? Você sabe muito bem que ela não tem condições para ir até lá e encará-lo.
- Harry, eu acho que isso quem tem que decidir é ela... – disse o homem.
- Pelo amor de Deus! Onde é que você está com a cabeça? Colocá-la na mesma cela que ele? Esperando que ele abra o seu frio coração amargurado pra ela? É muita ingenuidade, não acha?
- Harry... – Hermione chamou, mas o rapaz não ouviu.
- Não há como. Não há maneira. Seria...
- Harry...
- Seria loucura levá-la até lá...
- Harry, por favor... – ela repetiu.
- Vocês realmente creditam que ele falará tudo, assim? De livre e espontânea vontade? Só porque Hermione é quem fará as per...
- HARRY! – ela chamou. Ele se calou e a encarou. – Eu decido isso.
Todos na cozinha permaneceram em silêncio, apenas observando a cena.
- Mas, Mione...
- Harry, está tudo bem. Isso diz respeito a mim. Somente a mim!
- Mas...
- Por favor.
Harry bufou com impaciência, ela lhe ofereceu um sorriso triste.
- Hermione, querida, se não quiser ir, não precisa, sabemos que essa não é a melhor situação do mundo. Entenderemos se preferir não ir... – disse Sra. Weasley.
- Eu agradeço a preocupação, mas quando eu aceitei entrar pra Ordem eu me coloquei a disposição para o quer que fosse. Estamos numa guerra, precisamos fazer coisas que não queremos fazer... Precisamos nos sacrificar pelo que nós achamos que é certo. Uma vez eu ouvi que numa guerra, tem que se escolher entre o que é certo e o que é fácil. Isso aqui não á fácil, mas é o certo. Estou disposta a enfrentar o que quer for, para que a nova geração que está por vir, saiba o que é ter paz.
- Hermione, não! – disse Harry.
- Não insista Harry. Vou falar com Malfoy e essa é minha ultima palavra. – ela afirmou, com convicção e seriedade.
- Hermione... – começou a Sra. Weasley.
- É a minha ultima palavra. – e garota repetiu, com uma voz que encerrava qualquer discussão.
- Hã... Certo. Então... – Quim resmungou. – Obrigado Hermione, isso é realmente importante pra Ordem.
- Não há o que agradecer. – ela disse, séria. – Vamos continuar a reunião.

***


Estava chocada e completamente aérea. A única certeza que tinha era que no dia seguinte ela veria a pessoa que mais abominava no mundo.
Com os pés descalços entrou na cozinha escura, em busca de um pouco de água ou algo que a distraísse já que não conseguia dormir.
- O que faz aqui?
Hermione pulou de susto e com um aceno da varinha acendeu uma das luzes do lugar.
- Vamos dizer que essa não é uma das minhas melhores noites e que amanha não será um dos meus melhores dias. – ela comentou, apanhando a jarra de água sobre a mesa. – Quer?
- Sim, por favor. Mas ainda não entendi o porquê de tanto desespero Mione, você só vai ter que interrogá-lo.
Hermione fitou os olhos de Rony depois voltou sua atenção para a jarra.
- Sabe, Ron... É difícil tentar explicar, mas as coisas foram muito além do que você pode imaginar, e é totalmente destrutivo pra mim, fazer o que farei amanha. – ela falou, caminhando até ele com dois copos de água na mão.
Ele estava sentando de frente pra lareira, ela lhe entregou um copo e puxou uma cadeira, sentando-se ao lado dele.
- Acho que perdi alguma coisa, então...
- Na verdade, você ganhou por não ter presenciado e nem ter estado aqui em alguns acontecimentos.
- Não quer me contar?
- Não sabe o quanto eu evito isso.
- Harry sabe? – o ruivo perguntou, certo de essa era a pergunta mais idiota que já fizera na vida.
- Ele me salvou. – ela falou baixo.
Ele a observou.
- Queria tanto poder te ajudar.
- Ah, Ron, eu também queria tanto que alguem pudesse me ajudar. – ela falou, com um sorriso fraco.
- Quer que eu peça para voltarem atrás? Quer que eu diga a eles que não quer mais participar do interrogatório?
- Não. Eu tenho que fazer isso. Cedo ou tarde essa hora ia chegar Rony, eu teria de encará-lo de qualquer jeito... Eu só preferia que eu fosse a ultima imagem que ele tivesse na vida. Queria olhar pra ele no momento que o estivesse matando.
- Hermione! – ele exclamou, surpreso. – Merlim, o que foi que fizeram com você?
Ela apenas balançou a cabeça.
- Não queira saber.
Ele a fitou, totalmente perplexo. A abraçou.
- Sabe que pode contar comigo...
- Eu sei. Obrigada.
- Sei que já errei muito com você, Hermione, mas o que mais quero é te ver feliz.
- Obrigada, Ron. – ela disse, separando-se dele e o fitando. – É ótimo tê-lo de volta. Amigo...
Ele sorriu, enquanto a garota deitava a cabeça em seu ombro.
- Lugar meio desconfortável, não? – ele comentou, se ajeitando na cadeira.
- Já estivemos em melhores... – ela disse, enlaçando sua mão na dele. – Está com sono?
- Nem um pouco.
- Que bom, vou ter companhia nessa minha noite em claro, antes do meu calvário, então...
- Com certeza, dá pra querer companhia melhor?
- Não. Definitivamente. – ela respondeu, rindo.
- Foi o que imaginei...

***


- Oh, Harry, bom dia querido, dormiu bem? – perguntou a Sra. Weasley quando viu Harry sair de seu quarto passando os dedos entre os cabelos desalinhados, a mulher estava parada a porta de Hermione.
- Sim, obrigado. Vai acordar Hermione?
- Ah, sim, querido, pobrezinha, terá um dia difícil hoje.
- Nem me fale. Deixe-me acordá-la, já descemos...
- Eu posso fazer isso, querido, sem problemas...
- Não, Sra. Weasley. Eu prefiro fazê-lo. Por favor.
- Tudo bem, os espero lá embaixo, não demorem.
- Certo. – ele falou, com um sorriso.
A mulher saiu andando apressada, bateu na porta de Rony e entrou no quarto.
Harry cruzou o corredor e girou a maçaneta da porta, entrou no quarto olhando para os próprios pés.
- Hermione, estou entrando... – não ouviu nada em resposta, nenhuma reclamação, ou comentário pela falta de educação por não ter batido na porta.
Ele ergueu a cabeça e olhou em volta. Ela estava deitada em sua cama, olhando fixamente pra janela, de costas pra Harry.
- Mione...?
- Pode entrar... Pode fazer o que quiser. Pode até me matar, é uma boa saída pra não ter que enfrentá-lo hoje. – ela falou, com a voz fria.
- Não diga um absurdo desses Hermione.
- Era brincadeira. Não seja tão sério. – ela falou, com um meio sorriso, sem sequer se mexer.
O rapaz se aproximou da cama.
- A Sra. Weasley está te esperando.
- Todo mundo está me esperando.
- Ah, que humor horrível, Mione! – ele falou, rindo.
- Era pra estar pior! – ela respondeu, rindo. – Vem aqui.
Ele deu a volta no quarto e sentou-se perto dela.
- Como está se sentindo?
- Já estive melhor.
- Ah, imagino que sim.
Ela desviou o olhar da janela e o fitou.
- Como estou me saindo?
- Melhor do que eu esperava. Achei que estaria super abalada.
- O fato de eu não estar me acabando em lágrimas não quer dizer que eu não esteja abalada.
- Me parece mais conformada com seu destino cruel que abalada...
- Ah, sim, porque, é claro, eu vi na borra do café um sinistro, mau agouro, mas não dei atenção, e o universo conspira contra mim nesse momento... – ela falou, falsamente aterrorizada.
Ele caiu numa gargalhada gostosa e se largou na cama, ao lado dela.
- Se você tivesse aprendido a arte de ler ou interpretar uma bola de cristal, ou seja lá o nome que dão... Você não estaria nessa situação agora.
- Porque a lua em Vênus traz conseqüências gravíssimas para aqueles que desafiam o poder celestial...
- ... e pode acabar com as esperanças de uma vida plena, uma vez que o movimento da lua logo chegará a plutão, que não é mais um planeta, e isso é totalmente catastrófico! – ele completou, rindo gostosamente junto com ela.
- Ainda não acredito que tem gente que acredita nessas coisas... – ela comentou, tentando conter o riso.
Ele se virou para ficar de frente pra ela. A observou rir... Ah, como ele queria que fosse sempre assim. Pra sempre...
Hermione se calou e o fitou, viu seu reflexo dentro dos olhos verdes dele.
- Estou com você. – ele falou. – Para o que precisar, qualquer coisa. Sempre juntos.
Ela assentiu.
- Sempre juntos. – ela repetiu.

***


- Bom dia! – o Sr. Weasley cumprimentou, quando Harry e Hermione entraram na cozinha.
- ‘Dia. – eles responderam, tomando seus lugares a mesa.
A Sra. Weasley os serviu. Era cedo ainda, a maioria das pessoas que haviam permanecido na casa após a reunião ainda estavam dormindo.
- Dormiu bem, querida? – perguntou a Sra. Weasley enquanto colocava café na xícara dela.
- Bom, a palavra dormir sumiu do meu vocabulário essa noite. Mas estou bem. – ela respondeu, agradecendo com um sorriso.
- Ainda está em tempo de desistir, se quiser, Hermione, não há problema, encontraremos outro jeito de fazê-lo falar...
- Vocês não facilitariam as coisas assim para algum outro membro, facilitariam? Se fosse Tonks ou qualquer outro no meu lugar? Não estariam fazendo mais que o seu trabalho. Por que tanto cuidado comigo? Também sou parte da Ordem, é o meu trabalho.
- Ainda é muito nova, querida... – tentou a Sra. Weasley.
- Apesar da minha idade, acredito já ter enfrentado Voldemort e seus Comensais, mais vezes do que muitos que trabalham na Ordem, e ainda estou viva. – ela disse, séria. – Não se preocupem comigo, vai ficar tudo bem. Está tudo bem.
Ela deu a conversa por encerrada, Harry observou um leve tremor na xícara que a garota segurava.
- Bom dia. – disse Rony, ao entrar na cozinha.
- Bom dia. – os outros responderam.
O ruivo se sentou ao lado de Hermione. O café da manha ocorreu em silencio. Mas um silêncio meio turbulento... Os Srs. Weasley pareciam querer falar alguma coisa a todo o momento, abriam a boca, mas tornavam a fechar sem dizer nada. Hermione permanecia concentrada em seu prato de bacon, mas sua xícara não parara de tremer.

***


Hermione pegou sua bolsa sobre a cama e saiu do quarto fechando a porta silenciosamente.
- Hei, Hermione.
- Ah, Matt. Bom dia. – ela respondeu, quando ele a alcançou já perto da escada.
- Bom dia... Eu... Queria te desejar boa sorte. Já devia ter voltado a Hogwarts, mas preferi esperar para...
- Muita obrigada, Matt. Não precisava. – ela disse, com um sorriso agradecido pela atenção dele.
- Claro que precisava. Sei que sou novo aqui, que ainda tenho muito que aprender quanto a Ordem, mas vi a maneira como você reagiu quando soube o que teria que fazer, e percebi que isso realmente será difícil...
- Será difícil sim, tem toda razão... Mas é por uma boa causa. – ela sorriu, e ele a fitou.
- Espero que dê tudo certo. – ele disse, sério.
- Eu também espero. – ela falou, com seu sorriso se tornando fraco.
- Então... Boa sorte... – ele falou, meio sem jeito. Hermione assentiu e o abraçou, ele correspondeu, forte.
- Mione, já está na... – Rony parou de chofre ao ver a cena, ao sair do seu quarto acompanhado por Harry. O professor a soltou e colocou as mãos no bolso, fitando os próprios pés.
- Sim, está na hora... Vamos. – a garota ofereceu um último aceno a Matt e desceu.
Rony passou por ele lançando-lhe um olhar frio e ameaçador. Logo depois, Harry passou com os punhos cerrados, respirando com dificuldade.

- Ah, querida, boa sorte... Vai dar tudo certo. – disse a Sra. Weasley abraçando Hermione com seu extinto maternal.
- Obrigada, Sra. Weasley.
- Pronta? – perguntou Lupin, parado á porta.
- Acho que sim. – ela respondeu, seus lábios tremeram na tentativa de um sorriso. Saíram da casa Lupin, Hermione, o Sr. Weasley, Harry e Rony.
- Para Hogsmeade, o.k.? – falou o Sr. Weasley, enquanto todos se preparavam para aparatar. Houve um murmúrio em concordância e com um estalo, o grupo não estava mais lá.

***



Há quatro anos atrás ela estivera ali, havia acabado de descer de um hipogrifo e estourado a tranca da cela onde Sirius estivera esperando pelo beijo do dementador. Tinha sido uma boa experiência, com exceção de ter que voar até ali, claro, mas libertar Sirius, que era inocente, e ajudar Harry a ter seu padrinho fora emocionante.
Mas agora a situação era outra, e ela caminhava por aquela torre, seus pés no piso frio e sujo de pedra, coberto de musgo, vendo o portal da cela a poucos passos. Não sabia mais se seu coração estava comprimido ou espalhara-se de tal forma em seu peito, que ela nem mais o sentia. Aquele lugar lhe parecia tão frio, era quase comparável a presença de um dementador. A única coisa que a aquecia ali eram as mãos de Harry e Rony, dadas as suas, caminhando lado a lado com ela, carregando suas vassouras que os trouxeram até ali, fazendo todo possível para confortá-la diante do inevitável.
Logo atrás vinham Lupin, Quim e Moody. Quietos, sérios, concentrados. O som dos passos ecoavam pelas paredes de pedra altas que circundavam o lugar. A torre era feita numa circunferência pequena, a cela, que ocupava metade do espaço, logo à frente; e um sentimento congelante passava por ali, um lugar totalmente inóspito, junto à brisa. O lugar era tão alto... Tão alto, que a usar magia era inevitável para manter aquilo equilibrado, mesmo que estivesse sobre uma forte estrutura de pedra maciça.
- Com licença... – Moody passou mancando por eles, tomou a frente, e rapidamente chegou ao portão de ferro da cela, sacou sua varinha e começou a murmurar feitiços e mais feitiços enquanto sua mão fazia movimentos variados, passando por toda extensão das paredes que cercavam Malfoy. Quando chegou a tranca, Moody falava com a voz mais forte, murmurando palavras sem sentido, um leve tremor fez o portão sobressaltar, e ele se afastou.
O trio alcançou o auror à porta da cela.
Chegara a hora.
Impossível voltar a trás.
Olho-Tonto virou-se e ofereceu a Hermione algo que parecia um sorriso, ela se virou para os outros dois, Quim lhe sorriu passando calma, com seu rosto forte e impassível, Lupin simplesmente a olhou tentando confortá-la de alguma forma.
- Vai dar tudo certo. – Rony sussurrou puxando Hermione para um abraço apertado. Ela apenas assentiu, sua voz incapaz de sair.
- Hei... – Harry falou, quando ela virou-se pra ele. A garota o fitou, seus olhos determinados, cheios de segurança, porem seus lábios contradiziam o par de olhos castanhos, tremiam em demasiado. Ela o abraçou como nunca fizera antes. – Estarei aqui, o tempo todo... Sempre juntos. – ele murmurou, para que somente ela ouvisse.
- Sempre juntos... – ela repetiu, numa tentativa quase sem sucesso, sua voz ficara presa em algum lugar dentro de seu corpo.
Moody empurrou o portão, Hermione deu as costas pra todos eles e respirou fundo. Um passo a frente e ela fora engolida pela escuridão.
Ouviu o portão se fechar atrás de si.
O momento chegara.
O começo do fim.

***

N/a: Ha Há!
Amei essa frase final, um sopro de inspiração.
Ahsuhaushuahsuahsuhaushauhsuas

Sem modéstia nenhuma, eu tenho que dizer, os próximos dois capítulos, 47 e 48 estão terríveis! Acho [eu escrevi ACHO], que eu consegui narrar o capítulo de forma que vocês sentirão um monte de emoções juntas... Ao mesmo tempo.
Uma loucura.
No inicio do 48, quando eu fui revisar, eu mesma fiquei de queixo caído.
Me superei bonitoooo.
CHEGA!!!
Já massegeei meu ego demais.
As vezes vocês vão achar uma m***a e eu to aqui, falando que ta maravilhoso.
Mas no 48, haushauhsuahsuhausha, vocês vão gelar.
Huhu!

Má.
Muito má.

Vocês conhecem algum outro escritor que fale mais que eu nas notas???
O.o

To impressiona comigo mesma, me superei desta vez.

Me desculpem se eu irritei demais, falei demais, enrolei demais... Prometo que nos próximos capítulos eu vou me conter.
Vou tentar, ao menos.

Até o próximo capítulo e comentem.

Beijooos e obrigada.

Paulinha.



Como a Dani pediu, aí vai o link do meu orkut, para quem quiser me add... Fiquem a vontade. Já vou avisando, não add fakes, então, galera, sejamos comportados, ok?

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=13658696174038178557

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