O Pedido de Desculpas.



- Eu preciso dar uns avisos a vocês antes de vocês irem para a casa de Sirius... Vocês irão pra lá com pó de flu. Arthur conseguiu que liberassem a lareira amanhã à tarde para vocês poderem ir. Remo irá acompanhá-los até lá, e esperará até que vocês estejam bem acomodados para ir embora. Um membro da Ordem irá visitar vocês um vez por dia, pelo menos, durante todo o tempo que vocês passarem lá. Não se preocupem com as pessoas que aparecerem lá, nem sempre serão pessoas que vocês conhecem, eles estarão lá a trabalho, não se preocupem com isso, será uma visita rápida, só pra verificar se vocês estão bem. Quanto à comida, Tonks já providenciou tudo, a despensa estará cheia, não haverá necessidade de sair para comprar nada, Hermione falou que poderá cozinhar então fome vocês não irão passar. Devo preveni-los também para não realizarem feitiços muito fortes sem necessidades, como conjurar um patrono sem um dementador por perto, porque a magia sempre deixa vestígios, e magia poderosa é realmente fácil de captar, não queremos que os feitiços se tornem iscas para Vocês-Sabem-Quem achar vocês. Enfim, comportem-se e juízo vocês dois, não deixem de comunicar a Ordem se verem qualquer coisa estranha ou suspeita acontecer. Não hesitem em mandar cartas para nós, ficaremos felizes em saber como vocês estão. Acho que é só isso. Podem subir e fazer suas malas, amanhã logo depois do almoço vocês irão para o Largo Grimmauld. Alguma pergunta?
- Nós não poderemos sair uma vez sequer? – perguntou Harry.
- Não é aconselhável, Harry. – respondeu a Sra. Weasley com paciência.
- Mas nem uma vez? Uma só? – insistiu ele.
- Uma vez só e rápido, acho que não terá problema, mas com alguém da Ordem junto, de preferência Remo... Falarei com ele sobre isso. Agora podem ir, se não tiverem mais perguntas.
- Sra. Weasley, nós poderemos usar magia pra limpar a casa? Por que, depois de ficar fechada por algum tempo, deve estar suja... – perguntou Hermione.
- Feitiços domésticos são simples, não há mal algum em usá-los.
- O.k., obrigada Sra. Weasley. – agradeceu a garota.
Hermione pegou Bichento nos braços e junto com Harry se levantaram e foram cada um para seu respectivo quarto fazer suas malas. Quando o garoto entrou no quarto, viu Rony deitado em sua cama perdido em pensamentos... Harry fingiu não vê-lo, pegou seu malão, colocou em cima da cama e começou a arrumá-lo e juntar suas coisas que estavam jogadas pelo quarto.
- Por que você já está fazendo suas malas? – perguntou Rony.
- Porque eu vou pra casa de Sirius amanhã, depois do almoço. – respondeu ele, com indiferença na voz.
- Hermione também vai pra lá, não vai?
- Se eu disser que vai, você irá começar a gritar de novo? – perguntou Harry, encarando o amigo.
- Não, não vou.
- Sim, ela vai comigo sim. – respondeu Harry voltando a arrumar seu malão.
- Como vocês vão?
- Pó de Flu, seu pai conseguiu que liberassem a lareira amanhã.
- Hum... Eu queria conversar sobre o que aconteceu hoje mais cedo...
- Queria é? Eu acho difícil conversar com uma pessoa que não mantém um diálogo civilizado. – respondeu Harry olhando-o.
- Pare com isso Harry, eu só falei tudo aquilo porque eu estava nervoso...
- A é? Estava nervoso? Mas você devia se controlar quando está nervoso, não adianta se desculpar agora Rony, é tarde, você se lembra das coisas horríveis que você disse pra Hermione?
- É, me lembro sim, e me arrependo por isso...
- É, se arrepende... Mas como eu disse Rony, agora é tarde para se arrepender, você já gritou com a gente, já ofendeu Hermione, ela já chorou horrores por sua culpa e só agora você pensa no que você fez? Devia ter pensado nas conseqüências antes de fazer tudo isso...
- Harry, eu perdi o controle, não me culpe por isso... Quando me dei por mim, já tinha falado tudo... Eu não queria, eu jamais quis machucar ou magoar Hermione...
- Ah... Rony... Você diz que não quer machucá-la, mas quando tem um ataque de ciúmes fala tanta besteira, que magoa qualquer um...
- Quem disse que eu tive um ataque de ciúmes, hein?
- Se não foi ciúmes, foi o quê?
- É... Foi... Hum...
- Você deu tão na cara que estava com ciúmes que até assustou. Vamos aos fatos Ronald: um: você é apaixonado por Hermione faz tempo, e nunca assumiu isso; dois: você tem tanto ciúmes dela que fica de mau humor só de vê-la ao lado de um garoto; três: o seu amor por ela já se tornou uma espécie de obsessão; quatro: depois daquele seu showzinho, ela finalmente percebeu o que você sente por ela; cinco: você é tão idiota que achou que eu e ela podíamos ter algum tipo de envolvimento, se esquecendo completamente que nós somos amigos, e que eu jamais embebedaria Hermione pra fazer o que for... E finalmente, seis: ela não quer nada com você e nunca quis, ela mesma me disse isso...
- Meu Deus... O que foi que eu fiz? Tava tão na cara assim, é?
- Estava explícito... Pra quem quisesse ver...
- Eu preciso pedir desculpas pra ela...
- É, precisa sim, mas não fica esperando que ela vá te desculpar na boa... Porque ela esta muito magoada com você. Vai lá, fala com ela, explica o porquê de você fazer tudo aquilo... Explica mesmo, fala tudo, porque depois de tudo o que você fez, é preciso uma explicação muito boa pra satisfazê-la.
- É, você tem razão.
- E tem mais uma coisa. Eu acho que Mione pode até te desculpar, mas as coisas jamais serão como antes... Nada mais será como foi um dia...
- Eu sei disso cara... Eu agi muito mal... Só o fato dela me desculpar já me faz feliz... Ah, mas eu também te devo desculpas...
- Não esquenta, ta? Esquece tudo... Vamos virar essa pagina o.k.?
- Vamos sim...
- Mas não espere que a Hermione aja da mesma forma que eu...
- Eu sei, com ela vai ser bem mais difícil... – disse o ruivo se levantando e indo em direção a porta. – Me deseje sorte, eu vou precisar...
- Boa sorte! – desejou Harry, voltando para seu malão, se sentindo mais aliviado depois dessa conversa. Já colocara tudo em pratos limpos, sem brigas e nem ressentimentos. Agora as coisas iam começar dar certo de novo...

***

Rony foi até o jardim e encontrou Hermione sentada na grama olhando para o sol poente. Ele se sentou perto dela, só aí ela percebeu a presença do amigo.
- Podemos conversar, Mione? – perguntou ele, apreensivo. Ela deu de ombros, como se não ligasse pra ele, nem para o que ele tinha a dizer.
- Eu vim aqui para te pedir desculpas por todos os absurdos que eu te disse, eu só falei tudo aquilo porque estava nervoso, jamais, Mione, jamais passou pela minha cabeça te ofender, as palavras foram saindo da minha boca sem eu nem pensar no que estava dizendo, eu não queria ter dito nada daquilo, porque, afinal, eu não penso nada daquilo de você... Sei que você é responsável, inteligente, e se dá ao respeito do jeito que deve ser...
- Por que você ficou tão nervoso? – perguntou ela, sem encará-lo, ainda olhando para o sol que estava quase invisível agora.
Ela chegou à pergunta que ele tanto temia que ela fizesse. Não queria dizer pra ela tudo o que ele sentia ali, naquela hora. Mas era o único jeito de receber o perdão dela, então ele abriu a boca para falar, mas ela o interrompeu:
- Tá, Rony, não precisa falar, eu já sei, e também não quero ouvir uma declaração de amor vinda de você... Esquece Rony, esquece o que você sente por mim, o. k.? Eu não quero que você saia magoado dessa história, então vou dizer logo. Eu gosto de você como um amigo Rony, apenas como um amigo. Não quero que você alimente esperança nenhuma quanto a mim, porque você nunca será correspondido, não quero te ferir, só falo assim pra você desencanar logo de mim e partir pra outra, você merece alguém que goste de você, e eu não sou esse alguém. – terminou ela, durante todo o discurso, ela não olhara uma só vez pra Rony. Não queria ver a cara do amigo tomando um fora.
- Está bem, eu já entendi, obrigado por não gritar, nem me julgar...Você me desculpa?
- Desculpo, sim, Rony, só que admito que as coisas não serão como antes a partir de agora. Vou tentar esquecer tudo, mas com uma condição. - falou ela, agora olhando para Rony.
- Claro, qualquer coisa...
- Sei que quando a gente gosta de alguém é difícil esquecer, mas se você me vir com algum garoto por aí, finge que não viu ta? Não quero brigar com você de novo.
- Ah... Claro, tudo bem, Mione, eu prometo...
- Ótimo, agora eu vou entrar, preciso comer alguma coisa e ir dormir, não arrumei minha mala ainda, terei que acordar cedo amanha pra fazer isso... - falou ela se levantando. Ele fez o mesmo.
- Mione?
- Sim?
- Posso te dar um abraço?
- É claro, por que não?
Ele a abraçou, forte e disse:
- Obrigado por me perdoar, eu me mataria se perdesse sua amizade por um motivo tão bobo...
- Deixe de besteira Rony, eu já esqueci tudo... – ela riu.
Nesse momento Harry apareceu no jardim. O garoto viu aquela cena e se sentiu estranho... parecia até que sentia ciúmes de ver Hermione abraçando Rony. “Mas como? Eles estão se abraçando, isso é sinal que está tudo bem” disse uma voz dentro da cabeça dele... Mas mesmo assim, alguma coisa nele estava querendo que Rony largasse Hermione.
- Pelo que estou vendo, vocês estão bem de novo? – falou ele, tentando esquecer o que estava se passando dentro de sua cabeça.
Eles se soltaram quando viram Harry.
- Ah, sim Harry, agora está tudo bem, outra vez... – disse Rony feliz.
“Ta feliz assim porque conseguiu tirar uma casquinha dela, né seu safado!”, falou uma voizinha esganiçada na cabeça de Harry. “O que é que está acontecendo? Estou pirando!”
- Vamos entrar garotos? Está esfriando... – falou Hermione dando um braço pra Rony e outro pra Harry.
Assim, juntos, os três andaram até a porta da cozinha d’A Toca, como se nada tivesse acontecido...




***



N/a: Temos mais um capítulo!
Uouuu...
Haushaushuahushauhsuas

Espero de verdade, que vocês estejam gostando.
E, por tudo que vocês mais amam, COMENTEM, pois não tem att se não tiver coment, ok?

Muitíssimo obrigada por todos os comentários... Pretendo respondê-los muito em breve. ^^
Até sábado!

Beijos,
Paulinha.

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