Tudo Por um Lugar Seguro



- Ah, não! Eu sabia! – gritou Luna.
- Não é a Horcrux! – falou Harry, pegando a mesma de volta ás mãos.
Outra batida forte, e as trepadeiras de desprenderam do lugar, caindo no chão, revelando os brasões da Grifinória, Corvinal e Lufa-Lufa.
- Que é isso? Que é isso? – berrou Rony tentando se equilibrar no chão trêmulo.
Com uma última batida violenta, a porta da Sala Precisa se rompeu em pedras, e todas caindo no chão, revelando pessoas.
Harry sentiu algo cobrir seu corpo, e percebeu que Hermione lançara a Capa de Invisibilidade sobre ele.
- Ora, ora! – falou a voz de Draco Malfoy. – Todos os fugitivos, numa reuniãozinha íntima? – e apontou a varinha para os presentes, acompanhado das mesmas ações de Crabbe, Goyle, Pansy e outros Sonserinos. – Peguem todos!
Mas assim que ele gritou as palavras, Luna berrou em seguida:
- Peguem todos! – e os pequenos dragões que Hermione transfigurara voaram para cima dos Sonserinos, impedindo-os se atacarem os colegas.
- Vamos Harry! – gritou Hermione no meio da confusão de gritos e grunhidos.
De súbito, uma porta igual a aquela que Malfoy e os outros haviam explodido, foi criada á frente deles, os possibilitando de sair da Sala Precisa.
- Eles estão fugindo seus idiotas! – gritou Malfoy, sendo levado pelo mar de dragõezinhos ferozes.
Rony, Hermione e os amigos saíram da Sala correndo desesperados, com Harry invisível pela Capa. Nos corredores, não se via ninguém.
- Aonde vamos? – perguntou Neville, sem controle.
- Devemos ir para um lugar onde não nos encontrem!
- Mas, Hermione, o único lugar que não nos encontrariam era na Sala Precisa! – gritou Luna, correndo junto a eles.
- Nas Salas Comunais? – indagou Harry, esfregando a testa por causa da dor que se intensificava.
- Nem pensar! – exclamou Lilá. – As Salas das Casas estão tomadas pelos...
De um lado á outro, surgiram os colegas de Hogwarts, não parecendo muito felizes com a chegada dos outros. O bando que corria parou.
-... Colegas sinistros? – completou-a Rony, olhando as pessoas que andavam até eles, parecendo zumbis que acabaram de sair de seus túmulos, com rostos maléficos.
- E agora? – perguntou Hermione nervosa.
No peito de Harry, algo se iluminou novamente. Percebeu que era o Diadema de Ravenclaw, tentado salva-lo novamente. Ele o pegou sem despir a Capa de Invisibilidade.
Com uma luz forte e azulada, os colegas alterados pelo veneno Arsênio se afastaram com as mãos nos olhos, possivelmente sendo cegados pelo brilho do Diadema.
- Vamos! – gritou Hermione, puxando Harry.
Todos os amigos saíram disparados pelos corredores escuros e sombrios da Hogwarts mudada, sem olhar para trás. Harry tirou a Capa, notando que estava seguro para isso.
- Precisamos de um lugar para nos esconder! – exclamou Padma em pânico, respirando fundo.
- Deve haver Comensais da Morte aqui...! – gritou Parvati.
- Que houve Harry? – perguntou Hermione, observando o garoto com a mão na cabeça.
Ele caiu no chão, e sentiu-se como se voava pelo ar frio da tarde, pela brisa leve. Não se via mais em Hogwarts com seus amigos, mas agora planava pelo céu entardecido, sem a obrigação de vassoura, ou criaturas voadoras.
Os Comensais da Morte o acompanhavam, lado a lado, a tropa da Armada da Morte.
- Milorde! Estamos se aproximando! – berrou Gembledor contra o vento.
- Ótimo ótimo! – disse num tom de animação.
Logo estaria em Hogwarts, e o garoto chegara... ele estava lá... e o fim de Harry Potter estava mais próximo a cada metro...
- Harry, fala comigo! – berrou Gina, próximo dele.
Viu-se no chão da escola novamente, com seus amigos á volta, olhando-os impressionados.
- Ele está vindo! – falou Harry se levantando.
- Ele quem? – disse Simas.
- Voldemort, é claro! – exclamou Hermione, causando temor nos amigos.
- Está vindo aqui? – falou Cho com lágrimas nos olhos. – Aqui em Hogwarts?
- É, é! – disse Harry. – Temos que fazer alguma coisa!
- Avisamos para você que McGonagall estava certa! – discursou Hermione, olhando feio para Harry. – Era isso que eles planejavam! Você de volta é o que eles mais queriam...!
- Não importa agora o que ela disse! – falou Harry impaciente com a amiga.
- Como não importa? – exclamou Rony. – Ele está vindo para te matar, Harry! Não entendeu?
- Para seu conhecimento, entendi primeiro que você! – falou Harry irritado com o que o amigo tentava colocar na sua cabeça. – Obrigado por me lembrar que eu posso morrer hoje! – terminou com ironia, indo até o outro corredor e observar se haviam algum aluno ou Comensal vinha.
Percebeu que os amigos todos se calaram ás suas costas e que se olhavam de forma indiscreta.
Mesmo ainda com a cicatriz em chamas, ele tentou raciocinar um lugar que ele pudesse se manter fora da possibilidade de Voldemort encontra-lo, mas só uma situação conveio:
- Será que a Câmara Secreta seria um bom lugar para nos mantermos longe deles?
- Quê? Na Câmara Secreta? – exclamou Rony.
- Não acho que seja uma boa idéia. – disse Gina. – Quero dizer, eles não se tocariam na hora, Harry?
- Nunca imaginariam que estaremos na Câmara. – corrigiu Harry. – Todos acham que é um lugar de desgraça para mim, então se ficarmos lá, estaremos seguros.
Os outros amigos se encararam, possivelmente raciocinando se houvesse outra opção mais inteligente. Mas como ninguém protestou, Harry tentou confirmar:
- E aí, vão comigo?
- Eu vou. – disse Gina, agora capacitada da idéia.
Harry olhou para Rony e Hermione, pois se eles não fossem, seria um pesadelo. Os seus amigos mais confiantes deviam topar primeiro que Gina...
- Tudo bem. – concordou Hermione, acompanhando Rony ao lado de Harry. – Alguém mais vem?
Luna, Neville e Lilá se direcionaram a eles, confirmando a pergunta.
- To fora! – exclamou Cho, se afastando. – Nunca vou pisar naquele lugar funesto!
- Então ande pelos corredores contaminados de uma maldição pior! – falou Gina, olhando enojada para a garota.
Cho sacudiu os ombros, saiu pelos corredores olhando de um lado á outro com a varinha empunhada, e sem voltar a olhá-los sumiu pelo breu da escola.
- E vocês? – disse Harry, tentando ser paciente com os que restavam.
Alguns menos importantes acompanharam Cho, e saíram correndo pelo corredor.
- Como são covardes! – falou Gina balançando a cabeça.
- Iremos ficar com você Harry! – exclamou Padma, seguida de Parvati, Simas, Dino e Lino. – Iremos ficar contigo até o fim!
Harry sentiu-se bem melhor com aqueles que ficaram, mas não eram muitos. Ficara menos da metade dos amigos que quando chegou, mas pensou isso como algo positivo, pois aqueles que o haviam deixado como a Cho, realmente não eram fies á ele.
- OK. Onde fica a entrada para a Câmara Secreta? – falou Luna.
- No banheiro feminino interditado, no quarto andar! – disse Rony, apontando com o dedo indicador o fim do corredor escuro, onde Cho e os outros haviam desaparecido.
Então, correndo em direção ao quarto andar de Hogwarts, eles foram para o banheiro interditado, parando á porta,
Harry chegou a primeiro, e tentou empurrar a porta, mas não havia como abri-la.
- Parece emperrada! – disse chutando a porta.
Hermione logo tentou abrir do seu jeito convencional:
- Alohomorra! – mas não havia dado resultado.
- Não está trancada! Está realmente lacrada! – falou Luna, se aproximando.
- O que vamos fazer? – disse Rony.
- Só há um jeito de abrir! – falou Harry, colocando o ouvido na porta.
Não havia som lá dentro, além dos ruídos de goteiras.
- Murta! – chamou Harry.
De inesperado, uma cabeça fantasmagórica apareceu imediatamente transpassando a porta, onde á pouco momentos que o ouvido que Harry estivera.
- Que querem? – exclamou a Murta-Que-Geme, mas agora notara que Harry estava presente. – Ah, oi Harry! – disse simpaticamente, saindo por completo.
- Oi Murta – cumprimentou Harry - poderia fazer um favor a nós...?
- Só se for para você também! – falou a fantasma num tom doce, mas nada convincente.
- Hum... é para mim também... poderia abrir a porta?
Murta cortou o sorriso, aparentemente desapontada com o favor que ele lhe pedira.
- Para que quer entrar? – falou a menina, rabugenta. - Vai fazer uma visitinha na Câmara Secreta de novo?
- É... é isso mesmo! – confirmou Harry.
A fantasma colocou as mãos brancas e transparente na boca.
- Não acredito... tem coragem?
- Abra logo, Murta! – exclamou Hermione, sem paciência. – Estamos com pressa, se não notou...
- Não! – berrou Murta – Não notei! E se for assim de mal grado, não!
Harry tentou lançar um olhar a Hermione, para que ela não quebrasse a paciência de Murta novamente.
- Por favor, Murta! Abra para nós...! – tentou Rony.
- E o que ganha a Murta em troca? – falou a fantasma, de cara virada para eles.
- Em troca? – cochichou Hermione ao lado de Harry.
Harry olhou para a Murta prateada.
- Que você quer Murta? – perguntou, mas achou uma ação muito precipitada.
A garota virou o rosto com um sorriso malicioso.
- Você sabe...
Harry sabia exatamente o que se passava na cabeça de espectro dela.
- Não, não! Isso nunca!
- Ah, só um beijinho! – falou Murta fazendo um biquinho estranho.
- Não vou beijar... um fantasma! – exclamou Harry se afastando, olhando para a cara emburrada de Gina. – Qual é a graça? Você não sentiria nada!
- Não é questão de sentir! – gritou Murta, cruzando os braços, olhando com desdém a expressão de Gina.
Não ia beijá-la. Aliás, isso poderia causar algum conflito com Gina depois. Mas, se não o fizesse não entraria no banheiro, muito menos na Câmara Secreta. Olhou para Rony, mas o mesmo se fez de desentendido.
- Anda, vai. – sussurrou Gina próxima a Harry.
- Você não se importa? – murmurou Harry para ela.
- Ah, por que iria? Ela é “mó” tapada. Por mim...
O garoto olhou para Murta, e percebeu que ela não notara o que Gina dissera.
- Tudo bem. – confirmou, deixando a fantasma incrivelmente animada.
Murta logo se aproximou dele com o seu biquinho ridículo, fechando os olhos por baixo dos óculos quadrados. Harry tentou mentalmente encontrar outra alternativa, mas como esse mico devia ser feito, o fez logo.
- Ah, que gostoso! – disse Murta num tom meloso, indo até a porta e transpassando, liberando-a com um clique.
Eles entraram. Harry viu a fantasma mergulhar ligeiramente dentro de uma privada entupida e desaparecer.
- E aí, qual é a sensação de beijar um espectro? – debochou Rony.
- Aquela que você nunca iria querer sentir! – falou Harry de mau gosto, fazendo o amigo cair na risada.

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