O Plano do Lorde



Era tarde da noite, e eles estão reunidos na Sala Comunal. Hermione sentara-se à mesa e lia cinco livros, cada um de temas diferentes, de uma vez só. Rony olhava-a pasmo.
- Como você consegue? – exclamou depois de tirar pelo menos dez minutos da sua atenção para ver o que a garota fazia.
- Consegue o quê? – disse Hermione lentamente, ainda sem tirar os olhos dos livros.
- Ler, mais ou menos do que, cinco livros de uma vez?
Agora ela olhara para ele e fechara um dos livros, pegando uma pena e um pergaminho, para anotar.
- Deixe de ser bobo Rony. Ninguém consegue ler cinco livros de uma vez...
Ele olhou-a de beira e continuou a jogar xadrez com Harry.
- Devia saber que ela nunca bateu bem da cabeça... – sussurrou Rony fazendo a torre avançar algumas casas. – Nunca.
- Legal. – disse Harry olhando fora da janela. Fazia isso de um em um minuto.
Estava preocupado com a vinda misteriosa de Voldemort, mas se preocupara também que não contara isso a McGonagall e jurou a si mesmo que o faria na manhã seguinte.
- Legal? Harry, onde está com a cabeça? – disse Rony – Anda, é sua vez.
Harry, que de má vontade aceitou jogar uma partida de xadrez de bruxo antes de irem se deitar, moveu seu rei para cima da torre de Rony, fazendo-a estilhaçar-se.
- Injustiça! Gosto daquela torre... vai, Bispo na... D5!
A peça moveu-se diagonalmente em direção ao rei de Harry, fazendo-o cair e quebrar.
- Venci de novo... vamos jogar mais uma vez? – exclamou Rony.
- Talvez... de manhã, Rony... – disse Harry levantando-se e pegando sua bolsa, em cima do sofá.
- Já vai dormir?
- Vou – disse Harry esfregando disfarçadamente sua cicatriz. – Noite.
- Noite – disse Rony e parecendo desanimado, andou até uma das cadeiras da mesa, sentando-se junto a Hermione para lhe acompanhar na leitura.
Harry subiu o dormitório e assim que abriu a porta, lançou sua mochila no chão, ao lado da cama. Sem fazer barulho para acordar os outros, ele pegou seu malão e abriu-o, jogando para o lado várias coisas. Ele tirou de dentro de um velho livro, o bilhete que o R.A.B. escreveu e colocou dentro do falso medalhão.
Pegou o bilhete em mãos e abriu, deitando na cama sem ao menos despir o uniforme. Lendo em voz baixa, para si mesmo, partes importantes para ele... “... eu sei que estarei morto...” “...eu roubei o verdadeiro ‘horcrux’...” “...quando você encontrar seu igual, seja mortal novamente...” e ele foi sentindo-se sonolento e sua cicatriz o incomodava mais ainda a cada momento.
Estava dentro de uma caverna fria, mas era um excelente lugar para esconder-se, até que a lua tocasse o auge do céu, pelo que lhe parecia, não demoraria muito a acontecer. Sentia fome, pois passara o dia sem comer e escondido ali, sem seus seguidores por perto lhe dava insegurança.
Ele não poderia falhar, contudo se isso ocorresse valeria muito mais que sua localização. Precisava da espada de rubis, da espada de Gryffindor. E se o garoto tivesse capturado sua valiosa espada? Era impossível. Potter não sabia o que ele queria fazer com ela. Esperava possuí-la essa noite.
Ele olhou com seus olhos semi-serrados para a lua minguante, que agora estava no ponto mais alto. No mesmo momento ele cobriu o corpo e a cabeça com uma capa comprida e preta, deixando apenas os olhos de fora, saiu da fria caverna e sentiu contato com a neve que começou a cair na noite; descendo o morro começando a ser congelado pelos flocos de neve.
Harry, acabando de descer do longo caminho, caminhou calmamente pela rua principal de Hogsmeade. Percebeu que as lojas já estavam com suas luzes apagadas, e que os seus lojistas estavam dormindo. Se ele conseguisse o que queria, mandaria todos para a sarjeta; começando pela Dedosdemel. Não suportava o clima de alegria naquele lugar, aos dias de vistas a Hogsmeade.
Andou para o final da rua. Indo em direção ao Cabeça de Javali encontrou vários vultos encapuzados escondidos atrás do pub. Aproximando-se, ouviu alguém sussurrar:
- Milorde – e com um passo, Gembledor mostrou-se.
Harry levantou a mão branca para que o homem se calasse.
- Lorde – disse uma voz aguda e rouca de uma mulher – Há um plano?
- Suponho que tenho Bella. – sussurrou Harry lentamente – Conto com vocês para e torne-se bem sucedido.
Houve confirmações quase silenciosas.
Harry fez movimento para que o acompanhassem e andando com passos abafados na neve, entraram no bar. Não havia alma viva ali, e o corpo do barman morto por ele mesmo não estava mais presente. Sentaram-se todos e como se fosse pedir uma bebida, Harry acomodou-se tirando a capa do rosto.
Olhou para os Comensais da Morte e todos, um a um mostrando-lhe o rosto. Bellatriz sentava-se ao seu lado, com Narcisa e Lúcio Malfoy seguindo. A sua frente sentaram Dolohov e Gembledor, ao lado deles os irmãos Carrow: Aleto e Amico. Sentados numa cadeira a parte da mesa, estava o Lobo Greyback, ao lado a linda Amely, o forte Remound e as irmãs Penney: Daniele e Mayca. Havia alguém que as irmãs seguravam: uma garota de cabelos negros, olhos avermelhados com dos vampiros.
- Menina Evanne – exclamou Harry num tom falso – Achei que não viria...
- Ah, me soltem! Não quero! – gritou a menina.
Harry levantou a varinha e fez Bia calar-se, em um momento.
- Não, não. Não iria querer denunciar nossa posição – disse olhando-a fixamente – Logo, logo poderá conseguir sangue suficiente para um ano inteiro...
Todos deram risadas confirmando, enquanto a garota tentava falar, debatendo-se para desvencilhar das irmãs que agarravam seu braço.
- Muito bem – falou Harry, semi-serrando os olhos e passando o olhar de Bia para todos os outros – Como sabem, hoje à noite convoquei-os aqui para participarem do meu triunfo, ou melhor, nossa dominação da escola de Hogwarts. Não determino a vocês somente a missão de possuir o controle do colégio, mas sim da captura da espada de Gryffindor.
Ouviram-se murmúrios exaltados. Harry levantou a mão e novamente, cessaram os ruídos.
- Contudo – continuou – convoquei também todos os dementadores disponíveis nas redondezas, para que no momento certo possam dar apoio. Digo a vocês, não será fácil. A proteção do castelo não impõe a nosso favor, mas tenho um plano infalível.
“Como estudei durante um tempo em Hogwarts, descobri seus valiosos segredos, entre eles, entradas secretas que podem facilitar nossa entrada no castelo. Uma delas, a que proponho usarmos, localiza-se na chamada Casa dos Gritos. Portanto, ao invadirmos o local, desejo que vocês espalhem-se pelo castelo cautelosamente, melhor definindo, sem levantar suspeita de que há invasores.”
“Infiltrem-se em todos os lugares, espalhem-se. Alcançarei o escritório da Diretora, com Bella acompanhando-me.”
Bellatriz deu um sorriso triunfal, parecendo querer dar inveja aos outros.
- Enquanto cuido dessa parte, aconselho aos outros que se mantenham escondidos até segunda ordem...
- Milorde – disse Amico, medonhamente – Se me permite dizer, não vejo como poderemos nos comunicar sem levantar suspeita...
- Claro que não. – exclamou Harry com frieza - Ainda não lhes mostrei como o nosso querido Draco ajudou-nos – disse olhando para o casal Malfoy.
Harry pôs a mão fria no bolso e tirou moedas de ouro, que pareciam simples galeões.
Amico olhou-o indiferente e perguntou aparentemente sem medo:
- O quê? Moedas? Não vejo o que fazer...
Com frieza, Harry direcionou os olhos perversamente. O homem calou-se no mesmo instante.
- Sim, caros amigos: galões. – continuou olhando para todos os outros - Estes galeões não são simples moedas de ouro, mas são comunicadores densamente dotados.
E lançando um a um para mão dos presentes, ele falou:
- Minha moeda mostra onde me localizo, e se puderem observar, há letras que podem ser alteradas. – disse indicando a varinha e fazendo mudar as palavras.
Todos deram exclamações aprovando.
- Tendo isso em mãos, poderei avisá-los quando cumpri minha parte e vocês avançam. Ao isso ocorrer, os galeões esquentarão e assim será dada a ordem de ataque.
Os presentes afirmaram acompanhados de murmúrios.
- Certo. Alguma pergunta antes de partimos?
Ninguém fez objeção.
Ele, colocando o capuz, levantou em direção a porta. Acompanhando-o, viram que a neve tomara a maior parte da rua principal. No castelo, via-se dali, que não havia luzes acessas: todos dormiam sem imaginar que na manhã seguinte haveria outra pessoa no comando da escola.
Andaram para onde se localizava a Casa dos Gritos. Chegando lá, os Comensais da Morte entraram acompanhando Harry pelas escadas ruidosas.
Indicou um alçapão que deveria levar até os túneis secretos e em direção a Hogwarts...
Harry abriu os olhos. Rony estava a sua frente, olhando-o nervoso. Viu que ele mesmo estava ofegando.
- O que houve? – exclamou Rony baixinho.
Harry olhou-o inspirando tentando se acalmar. Sentando-se tentou dizer, ainda nervoso:
- Voldemort... está...vindo!

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