Azkaban



Correram pela volta do edifício. Parecia muito grande, agora que Harry estava próximo. Ele nunca vira como era originalmente, mas só o observara em fotos do jornal e pelas coisas que Sirius lhe dissera sobre. Era realmente gélido e obscuro ali.
Pararam. Tinha alguém á frente, estacado na entrada, que estava fechada com um portão de ferro trabalhado. Reconheceu como um Comensal da Morte grande, alto e escondido pela capa negra. Os adolescentes se ocultaram atrás de uma parede.
Minerva pulou, caminhando habilidosamente á frente do Comensal, miando com feitio de clemência.
- Hum-hum... hein? – falou o Comensal com uma voz alta e rouca. – Que é isso? – e olhou o gato negro, ronronando. – Saia gatinho!
A gata ronronou e sentou-se perto do pé do homem, deixando-o indignado:
- Ah, eu tenho alergia á gatos! – e foi se afastando do animal, dando um espirro.
McGonagall aproximou mais do homem, o forçando a se afastar dela. Quando o Comensal deu outro espirro, Harry enfeitiçou-o:
- Petrificus Totalus!
O Comensal da Morte ficou duro, e caiu no chão de costas, fazendo um baque surdo.
Os amigos correram para perto de Minerva.
- Ótimo! – disse Hermione, abaixando a capa da cabeça do homem, pegando um fio de seus cabelos.
- É o Thor Rowle – disse Rony, reparando o Comensal loiro. – Reconheci pelos cartazes dos criminosos procurados.
- OK. Então, já que sabe tanto sobre esse cara aí – disse Hermione, colocando o fio dentro do vidro da Polissuco, entregando á Rony - pode ficar com a aparência dele.
Ele fez uma cara estranha, ao olhar a poção que estava dentro do vidro, borbulhando.
- Tome depois. Iremos tomar todos juntos! – disse Bia.
McGonagall, ainda na forma de gato, andou para perto do portão e balançou silenciosamente o cadeado com a pata. Rony enfiou a mão nos bolsos de Rowle e puxou um chaveiro, com várias de muitas chaves.
- Uau – exclamou – Como vamos saber qual delas abre?
Hermione pegou a varinha na mão.
- Deixe ver se consigo... – e apontando a varinha para o molho de chaves, murmurou: - llave Revelio!
Então, as chaves deram estalos cada uma, mas só uma delas ficou avermelhada.
- Genial! – aprovou Rony, pegando aquela que se revelara apropriada para abrir a fechadura.
Encaminhou-se para o portão e colocou a chave no orifício do cadeado, fazendo abrir-se com um clique.
A gata entrou na frente, sendo seguida por Rony, Hermione Bia e Harry. Parecia que ali dentro estava mais frígido do que fora. As paredes eram estreitas naquele corredor, e depois pararam por este, dando de cara com um hall sombrio, com paredes de pedra fosca, e no teto encontrava-se um grande lustre com tocos de velas acesas. Á frente, havia duas pessoas atrás de uma mesa de madeira corroída por cupins. Conversavam animadamente, não notando a entrada dos intrusos.
- Não tem jeito. – falou Hermione bem baixinho para Rony – Tome a poção.
- Quê?
- Polissuco. – resumiu a garota. – Os irmãos Carrow estão ali... Minerva não iria distrair melhor do que você. Vamos beba logo!
Rony pegou o vidrinho, parecendo meio nervoso por ter chagado sua hora de agir tão cedo. Antes de beber, franziu a testa olhando o conteúdo cor-de-rosa (“não vou com a cara dele...”).
Ao terminar com o que tinha dentro do frasco, Rony fez uma careta de nojo e jogou o vidro no chão, fazendo-o estilhaçar-se.
Os amigos correram a se esconder, pois Amico e Aleto olharam para onde havia vindo o som de vidro quebrando.
- Que isso? – perguntou a mulher, tirando a atenção da conversa.
Assim que ela falou, a gata saiu do esconderijo mostrando-se e miando, caminhando e saindo de vista.
- Só um gato, Aleto. – disse o irmão da moça, a fazendo tranqüilizar-se.
Rony agora ocupara todo o espaço dali. Estava grande, forte e – por mais que seja impossível – bem mais alto do que era.
- E agora Hermione? – disse Rony, com uma voz alta e rouca. – O que vou fazer...?
- É só puxar papo com imbecis! – respondeu a menina.
- Ham... fácil para você!
- Seja o mais idiota que conseguir! – e deu um empurrãozinho em Rony.
Ele quase caiu de cara no chão, e se ajeitando, foi até os Comensais da Morte, andando em passos desajeitados.
- Ham-Ham – pigarreou ele - Olá...
- Que quer Rowle? – falou Amico, sem emoção.
- Eu... – e Rony improvisou, olhando para trás, solicitando apóio aos amigos - eu queria... só ver se estava tudo correndo bem... aqui dentro...
- Tudo em perfeitas condições, seu retardado. – disse Aleto, dando um sorriso sem gosto. – Volte para seu posto, ou quer que nos zanguemos e contemos ao Lorde?
- Não, não! Tudo bem! – disse Rony meio nervoso.
- Arreste essa escória daqui, então...!
- Não! – exclamou Rony, parecendo não tão convincente. – Quero dizer... vim dizer que há algo... muito estranho andando lá fora... é... vocês deviam ver...
Assim que ele calou, os dois olharam-se e se levantaram.
- É bom que seja realmente importante Rowle! – disse Amico, pegando a varinha, indo a direção de Harry, Hermione e Bia.
Os três pegaram as varinhas, preparando-se para atacar. Assim que se aproximaram, eles proferiram simultaneamente:
- Locomotor Mortis!
Os pés de Amico e Aleto pararam e eles caíram no chão. Antes de o homem apontar a varinha para Harry, o garoto apressou-se a dizer:
- Expelliarmus! – e a varinha de Amico voou para longe.
Harry percebeu que Bia imitara sua ação, deixando a varinha de Aleto também sair de sua mão.
E Hermione exclamou logo após:
- Incarcerous! – deixando os dois irmãos presos por cordas, colados um no outro.
- É Potter – berrou Amico. – É Po...
Antes de o homem começar a chamar atenção de todos os outros Comensais da Morte no edifício, Hermione logo os fez calar com a varinha.
- Pronto! – falou a garota guardando a varinha, arrancando punhados dos cabelos dos irmãos, colocando em dois dos frascos.
Rony se aproximou. Estava suado.
- Humf... carinhas mal-educados! – disse olhando para os dois no chão.
Hermione ofereceu á Harry a poção onde havia colocado o fio de cabelo de Amico, e pegou para si o outro vidro.
- Que faremos com eles? – disse Rony.
- Hermione poderia apagar a memória deles... – disse Bia.
- Ah, tudo bem. – e a garota tornou a pegar a varinha, apontando para Aleto – Vou tentar: Obliviate!
Os olhos de Aleto tornaram-se sem foco e assim fechou-os. A garota repetiu o gesto com Amico.
- OK. Os verdadeiros fora de cena... agora entramos nós, Harry!
Harry olhou o conteúdo do seu Polissuco, que se tornara negro, com uma cara feia. Tomou-o.
Depois de um minuto, ele tornara-se bem mais alto do que costumava ser. Hermione virou a forma da moça caída no chão, mas com um olhar bem mais afetuoso.
Os amigos e a gata seguiram pelos corredores à frente. Acima da entrada para as celas, Harry viu um brasão recém gravado, com uma caveira no meio de duas espadas ensangüentadas perfurando-a. Na testa do crânio, haviam marcadas as iniciais A.M. parecendo queimadas com chamas.
- Olha – Hermione apontou para o emblema, falando para Harry: – Armada da Morte.
O garoto olhou-a afirmando que compreendera.

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