A Preocupação de Gina

Dentro da escola, não havia ninguém acordado para vê-los. Eles correram para a Sala Comunal sem ao menos encontrar Filch para interceptá-los.
- Ei - exclamou Rony, enquanto subiam uma das escadas para a Torre da Grifinória - Harry, não podemos chegar à Sala Comunal assim! Podemos encontrar alguém...
- Só um momento! Esperem aqui! - disse Hermione entrando pelo retrato e fechando-o
Minutos depois, Mulher Gorda acordou e olhou para os garotos.
- Ah, pelas barbas de Merlin! O que aconteceu com vocês?
- Não te interessa! - disse Rony quando o retrato abriu de novo, saindo Hermione dele.
- Está vazia! Somente Gina está lá! Ela está num rio de lágrimas, Harry!
Harry correu para dentro da Sala Comunal e encontrou Gina sentada nele olhando para a porta ansiosamente como seus olhos vermelhos de tanto chorar.
Assim que Harry entrou, ela correu para abraçá-lo e beija-lo.
- Ah, Harry eu fiquei a noite toda acordada! Não queria deixar você lá... Mas aí Hermione me achou... Mas eu... Mas eu não queria...
- Fica calma Gina! Você está muito nervosa! - disse Harry enxugando as intensas e constantes lágrimas da garota.
- É que e-eu... - ofegou Gina parando para chorar alto abraçando Harry.
- Calma Gina... Já acabou... Eu estou aqui...
Gina chorava muito alto e parecia muito assustada. Harry acariciou a garota e se sentou com ela, para acalmá-la.
Ninguém teve coragem de ir dormir, mas o cansaço tomou Harry de tal jeito, que achou que não agüentaria em pé. O garoto trocou suas roupas ensangüentadas e percebeu que seus ferimentos já não estavam abertos; muito menos sangravam, apenas haviam sobrados cicatrizes.
Quando o sol estava mais no alto, eles foram correndo tomar o café, pois estavam esfomeados. Gina parecia bem melhor quando se sentaram à mesa da Grifinória.
- Oi Harry! - disse alguém as suas costas.
Ele se virou e viu que era Marcos. Sabia que iria interrogá-lo pela noite passada.
- Olá Marcos...
- Por que você não foi à festa depois do jogo ontem? - disse Marcos
Harry olhou para os amigos, que fizeram cara de que não sabiam de nada.
- Ah, eu... Eu não estava bem... Eu tive que ir a ala hospitalar... - mentiu o menino
- Tudo bem. Eu entendo... Tenha um bom dia Harry!
E saiu andando para o começo da longa mesa.
Depois que eles terminaram de comer o café, foram para a aula de Adivinhação. Hermione foi para sua aula de Aritmancia. Gina permaneceu na Sala Comunal, depois de Harry ter insistido em fazê-la ficar lá pelo menos uma hora, para não dar pistas de seus olhos avermelhados pelo tanto que havia chorado.
Harry e Rony subiram até a sala de Adivinhação. Quando chegaram à porta, o lado de fora estava vazio. Perceberam que demoraram muito para subir as longas escadarias da torre. Eles bateram na porta e aguardaram até que a professora abrisse. Ela autorizou que entrassem, pois disse que tinha previsto algo muito difícil na em suas vidas, que havia impossibilitado que chegassem na hora marcada.
Ao entrar na sala, Harry sentiu o cheiro abafado e sentiu-se ainda mais sonolento. Rony e Harry se sentaram numa mesa vazia e aguardou a professora explicar-lhes o que deveriam fazer.
Ainda estudavam o futuro nos animais. A professora trouxera uma grande ave com penas avermelhadas e uma longa cauda azulada e verde. O bico do animal era enorme e com grande curvatura.
- Sim queridos! Por favor, aqui... Prestem atenção neste animal! Esta ave é uma Luzira e gostaria que alguém me dissesse o que esta belíssima ave pode representar no universo da adivinhação!
Como Hermione não estaria ali, Harry pensou que Lilá ou Padma iriam erguer a mão para responder, mas mesmo elas pareciam entediadas com o assunto.
- Ninguém? Meus queridos... Está mais do que óbvio, não está?
- Só se for para uma pessoa maluca como você - resmungou Rony, que mesmo cansado, parecia continuar irônico.
Algumas pessoas próximas, inclusive Harry, deram risadas, mas a professora pareceu não ouvir.
- Este animal contém as linhas do universo capazes de prever uma reta paralela com todo o futuro! Sem falar de seus olhos que podem nos mostrar o alinhamento com o céu e a terra... O que pode haver ou ocorrer no amanhã, dias, anos, milênios! É totalmente visível! - disse a professora analisando o animal e olhando para sala.
Harry olhou em volta, e parecia não ser o único a achar que a professora havia endoidado de uma vez. Rony havia tachado o olhar da professora para a ave; parecia mais confuso que qualquer um.
- Bom queridos! Agora que acho que todos compreenderam, podemos passar um exercício! Quero que venham aqui, em ordem, para fazerem um exame do animal para mim... Ah, sim, gostaria que fossem na ordem das mesas, certo? Por favor... Srta. Brown e Srta. Patil... Poderiam ser as primeiras?
As garotas foram calmamente para próximas da professora. Sentaram-se ao lado de Trelawney e começaram a examinar o animal.
- Ah, esse negócio de adivinhação é pra quem não tem o que fazer! - reclamou Rony esticando-se numa espreguiçada longa e demora na cadeira. - Por que ainda fazemos essa matéria mesmo?
- McGonagall disse que devemos fazer-la para descobrir os agouros... Deve ser realmente importante para nos matricular nessa matéria idiota! - exclamou Harry baixinho olhando para a professora.
Rony deu um sorriso e deitou a cabeça na mesa. Harry apenas apoiou a cabeça com o braço direito na mesa e ficou observando a janela que havia um sol bem quente. Ele parecia não se incomodar-se muito mais com o sol, agora que a lua cheia havia passado.
A sala continuava como sempre abafada com cheiros de incensos misturados com os cheiros da lareira acesa. Harry apenas observava o vazio quando sentiu sua cabeça cair na mesa. Ele se levantou rapidamente e ficou atento a que mesa a professora estava chamando. Olhou para quem estava indo e eram apenas dois garotos da Lufa-Lufa, á umas três mesas ao seu lado. Lilá e Padma haviam voltado a se sentar e estavam cochichando animadamente.
Harry olhou para o lado e viu que Rony ainda continuava deitado com a cabeça na mesa. O garoto ficou de olhos pesados; não resistiu ao cansaço, caiu novamente na mesa e cochilou.
Viu alguma coisa mexer-se a sua frente; estava muito escuro onde estava. Era silhueta de uma pessoa mais ou menos do seu tamanho. Ele correu atrás da pessoa, mas ela só corria e se afastava mais dele. Tentou fazer o possível para alcançá-la e em fim conseguiu derruba-la. Pulou em cima da pessoa que ela gritava e berrava. Então ele pode ver quem era.
Seria Gina, que tinha ferimentos por todo o rosto. Não quis saber de nada e aproximou-se do pescoço da garota para mordê-la. Mas em um momento uma luz chegou e cegou sua visão. Ele levantou-se e protegeu seus olhos com as mãos, mas a luz passava por entre seus dedos e ele não teve escolha a não ser correr.
Harry acordou gritando e percebeu que todos o olhavam. Estava suando e sentiu algo pontudo cutucar o interior de sua boca. Percebeu que tinha liberado suas presas sem querer e ao mesmo tempo pôs a mão na boca para escondê-las. Não sabia se alguém havia percebido isso, pois ao mesmo tempo em que todos o observavam, não olhavam para ele com cara de espantados. A professora correu ao seu encontro.
- Ah, querido você...
- Estou bem, professora! - exclamou Harry entre os dedos, pois ainda não sabia como se livrar das enormes presas.
- Tudo bem! Sei que você é um garoto com um futuro difícil, querido... Poderiam vir aqui para o exame?
Rony olhou para Harry assustado, mas foi com a professora; com Harry atrás fazendo de tudo para não abrir a boca.
Eles se sentaram ao lado da professora e a professora apenas olhou para eles e perguntou:
- O que vocês me dizem desse animal?
Harry olhou para Rony com cara para que ele respondesse. Rony se enrolou um pouco para falar:
- Eu...Eu acho que esse animal parece ter uma ligação do presente... d-direto para o futuro... ou do futuro ao passado... Ou talvez possa haver algo como uma linha intermediaria com uma geração ainda não existente... Ou....
- Correto, meu querido! Parece ter uma grande aptidão por Adivinhação! Como não tenho notado isso? Está nos seus olhos encantadores...
Eles foram dispensados depois de muito sermão da Profª. Trelawney pela grande “descoberta” que Rony havia dito.
- Caracas... Eu disse um monte de fuzuê... E levei um dez! Eu me amo! - exclamou Rony rindo - Mas como vai tirar isso?
- Ainda não sei... Faça o esforço de não me fazer falar enquanto não me livrar disso... Certo? - disse Harry olhando para os lados
Rony confirmou com a cabeça e eles foram para a Sala Comunal encontrar-se com Hermione.
Ao chegarem lá, Hermione estava sentada numa poltrona lendo um livro e quando viu os garotos levantou-se rapidamente e foi ao encontro deles.
- Vocês viram Gina no caminho? - disse Hermione olhando nervosa para eles
- Não - exclamou Rony olhando por toda a sala - Mas, onde ela foi?
- É justamente isso que quero saber... Ela não estava aqui quando cheguei! Deve ter saído depois que fomos para a aula!
- Ela deveria ter escutado a gente! Depois... - Rony terminou a frase sussurrando -... e se escapar dela o que fomos fazer a noite?
- Temos que procura-la...
Mas antes que Hermione terminasse a frase, a porta do retrato abriu-se e Gina chegou com três livros na mão. Rony abriu a boca e bateu a mão na cabeça.
- Não acredito! Primeiro o F.A.L.E., agora os livros? Hermione você é uma má influência...!
- Ah, Rony, pare de ser chato! - exclamou Hermione cruzando os braços parecendo nervosa.
- O que você está fazendo com esses livros na mão? - disse Rony imitando igualzinho o gesto de Hermione e cruzando os braços também.
Gina olhou para eles e tentou esconder os livros. Mas seria impossível, pois com tamanho deles não daria para escondê-los.
- Nada! Quero dizer, eu... Eu preciso para um trabalho... De... Herbologia! É!
Hermione olhou para Rony, descruzou os braços, guardou o livro que estava lendo e colocou a mochila nas costas. Passou por Rony, Harry e Gina e foi para fora sem esperar os meninos para acompanhá-la. Rony olhou para Harry e arrumou a mochila nos ombros.
Harry não iria falar nada perto de Gina, pois sabia que se Gina visse que suas presas estavam de fora, ficaria talvez mais nervosa.
- Vamos para a aula... Ou podemos nos atrasar de novo! - disse Rony depois que viu que Harry não ia falar nada - Gina vai para sua aula e não se esqueça de não contar aquilo para ninguém!
Harry olhou para os livros que Gina havia nas mãos, tentou ler os títulos, mas a menina tapou-os de propósito com a mão. Ela olhou para eles e subiu para o dormitório feminino levando os livros.
Os meninos saíram da Sala Comunal e foram caminhando pelos corredores apinhados de gente. Harry ainda não sabia como se livrar dos dentes pontiagudos e ficou pensando como se fazia, pois não podia ir a aula assim. Mas ele teve uma idéia.
- Ei, Rony! - cochichou Harry colocando a mão na boca. - Preciso fazer uma coisa! Diga para a Profª. McGonagall que eu tive que me atrasar um pouco, OK?
Rony olhou para ele assustado, mas concordou e continuou o caminho até a Sala de Transfiguração. Harry correu ao lado oposto das pessoas que passavam pelo corredor e foi correndo para o Salão Principal. Pensou se Beatriz estaria lá para ajudá-lo com o seu problema.
Quando chegou ao Salão, ele parou na porta e ficou olhando para a mesa da Corvinal. Ele avistou Luna, mas não viu Bia em lugar alguma da mesa. Não tendo alternativa, ele foi até onde Luna se sentava.
- Luna... - cochichou se aproximando da garota, ainda tapando a boca com mão. - Preciso...
- Oi Harry! O que foi? - exclamou Luna fazendo todos olharem para ele. Era o que ele menos queria no momento: olhares.
- Vem comigo! - disse Harry puxando a menina para ir com ele.
Eles foram para fora do Salão Principal. Harry parou em um canto e tirou a mão da boca e começou a falar:
- Onde está a Bia? - disse baixinho mais perto de Luna
Luna exclamou.
- Por que você está...
- Depois te conto como foi isso! - disse Harry rapidamente - Sabe onde foi a Bia?
- Ela disse para mim que ia para a biblioteca com a Gina!
- Com a Gina?
- Isso... Mas depois fui procurá-la na biblioteca, e não achei... Ainda bem que não tem aula agora.
- Certo obrigado, Luna! Já vou indo, depois falo mais com você!
- Certo Harry! Tchau!
Luna foi andando para dentro do Salão Principal e Harry correu para longe. Ele pensou onde iria procurar Bia, se não estivesse com Luna.
Andou por um corredor vazio onde não havia nada vivo a vista. Ele ofegou de tão cansado que estava de correr por vários corredores. Quando pensou em voltar para os corredores da Sala de Transfiguração para ir a aula, ele ouviu algumas vozes a frente.
Harry parou e fez o mínimo para respirar, para ouvir o que diziam. Andou mais um pouco e descobriu que as vozes vinham do banheiro feminino interditado, onde sabia que morava a Murta-que-Geme.
- Pega esse para mim! Passa ele aí! - disse uma voz que conhecia
- Já procurei nele! Não tem nada que precisamos nesse aí! - exclamou outra voz, também conhecida.
Ele parou perto da porta e colocou o ouvido próximo a madeira. Ficou prestando a atenção na conversa. Percebeu que havia barulhos que pareciam de folhas de pergaminho.
- E neste aqui?
- Tenta... Ainda não procurei nesse!
Harry ouviu ruídos apressados das folhas; sabia que eram livros.
- Nada! Mais que coisa! Em qual livro precisamos procurar para achar isso?
Quando a voz disse isso percebeu que a voz era de Bia. Ele sem querer encostou-se à porta, fazendo-a ranger. As vozes pararam no mesmo instante; depois a outra disse ainda mais baixo:
- Você ouviu isso?
A voz lembrava a voz de Gina; então só aí pode identificar as vozes.
- Ouvi! Fica quieta!
Bia pediu silêncio e as duas pararam de fazer ruídos no mesmo instante. Harry ouviu que passos se aproximavam da porta e correu para trás da parede do corredor ao lado. Ouviu Bia abriu a porta fazendo um tremendo barulho. Aguardou um pouco e ouviu a porta se fechar.
Harry andou devagar para perto da porta novamente, tendo cuidado para não roçar na porta novamente.
- Deve ter sido Pirraça fazendo brincadeirinhas sem graça de novo! Já procurou nesse livro? - sussurrou Bia
- Acho que... Qual é o titulo?
Fizeram-se alguns segundo de silêncio. Então Bia leu o nome do livro:
- As Maravilhas do Vampirismo... Acho que não deve ter nada aqui!
Como poderiam estar estudando vampiros em Herbologia? Pensou Harry intrigado; aliás, Bia era um vampiro nascido, e não precisariam estar procurando nada em livros já sabia.
- Não tem nada! - exclamou Bia - Como vamos ajudar o Harry assim?
Harry assustou-se em ouvir seu nome na conversa, nem esperava isso. Então as duas queriam fazer alguma coisa com ele? Pensou novamente. Gina queria ajudar-lo de alguma forma.
O menino sabia que estava perdendo toda a aula de Transfiguração, mas na hora não se importava com isso. Queria ouvir o que as duas estavam tramando.
Ouviram-se mais folhas virando quando alguém bateu o livro no chão.
- Cansei! - exclamou Gina - Assim não dá! Sabemos que tem cura, nesse livro aqui diz... Mas não fala qual é!
Uma luz tomou a cabeça de Harry. Gina queria encontrar a cura do vampirismo para ele; mas Harry havia ouvido do curandeiro do St. Mungus que não tinha cura descoberta. Achou que Gina perderia seu tempo fazendo aquilo, além de perder suas aulas para isso.
Ele empurrou a porta e entrou no banheiro. As duas olharam para ele e exclamaram. Harry parou na porta e cruzou os braços.
- Vocês estão perdendo tempo com isso? - disse Harry olhando para as duas.
- Ah... Beleza Harry? - exclamou Bia
- Estaria melhor se vocês estivessem na aula! Isso é totalmente errado! - disse o menino entrando no banheiro e vendo que todos os livros ali tinham títulos que se podiam relacionar à vampiros.
- Ah, Harry! - disse Gina levantando-se do chão e largando o livro da mão; parecia nervosa.
- Não acredito que vocês estão cabulando aula para fazer isso! Gina, você está me ouvindo? - disse nervoso com a menina.
Ele parou de falar e viu que Bia começava a recolher os livros. Gina fez o mesmo sem olhar para Harry.
- O que houve com suas presas Harry? - exclamou Bia
- Ah, eu estava te procurando para que você me ajudasse...
Antes de terminar de falar, Gina já havia recolhido os livros e estava indo para fora apressada.
- Gina, volta aqui!
Harry saiu correndo para fora do banheiro e foi atrás da garota.
- Me deixa! - gritou Gina, fazendo sua voz ecoar pelos corredores vazios.
- O que você...
- Ah, Harry, você é muito mal agradecido! - disse Gina parando de repente - Estou fazendo de tudo para te ajudar e você diz que não é o certo?
- Gina! Você está cabulando aulas para isso? Você acha normal? - berrou Harry
Mas Gina exclamou e gritou ainda mais alto:
- Só queria te ajudar! Se você não q-quer... Minha a-ajuda, procure outra para te consolar! Por que eu não agüento pessoas que não saibam agradecer!
Ela já tinha começado a chorar, jogou os livros das mãos para o chão e saiu correndo para fora do corredor.
- Ah, Gina! - gritou Harry
Mas ela tinha ido embora. Harry ficou ainda mais irritado com a atitude de Gina. Eles haviam brigado por uma coisa inútil.
Ele ficou olhando para o cruzamento dos corredores à frente, para onde Gina tinha sumido. Sentiu a mão de Bia tocar seu ombro.
- Desculpe-nos Harry! Ela só queria ajudar!
- Deveria fazer isso numa hora mais própria, não é? - exclamou Harry tristemente.
Ele caminhou apressado até o outro corredor sem rumo, de cabeça baixa, pensando de como tinha sido tolo em brigar com Gina por isso. Percebeu que Bia tinha ido recolher o restante dos livros que Gina havia jogado no chão.

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