O Retorno



Aquelas pessoas que não via o que parecia uma eternidade; rostos conhecidos, sorrindo por que havia retornado. Não reconheceu onde estava, até achou que talvez não fosse Hogwarts. Alguns haviam marcas muito feias no rosto, outro estavam com a pele estranhamente queimada.
Paredes cobertas de plantas trepadeiras, que cobriam todo o cenário estranho. Harry reconheceu de vista as cores vermelho e dourado atrás das plantas, seguidas de azul e branco, amarelo e preto. Notou que eram dos brasões das Casas escondidos por de trás das trepadeiras, e percebeu que o emblema da Sonserina ficara de fora.
- Onde estamos? – perguntou olhando por todo o ambiente.
- Na Sala Precisa, é claro! – exclamou uma voz, doce como uma música para seus ouvidos, aquela voz que queria ouvir a séculos.
Olhou para a porta da Sala.
- Gina! – disse Harry, impedido de não que correr para os braços dela.
Ao mesmo momento que Gina o abraçou, a garota tocou seus lábios de uma forma mais afetuosa que sentira. Aquele sentimento de saudade se não fosse logo calado, parecia que o mataria.
- Não agüentava mais ficar sem te ver. – falou Gina baixinho.
Harry notou que a amada também sentira o mesmo por ele, todo esse tempo.
- Hey estamos aqui, não? – disse Luna, e o garoto agora voltara a ver que todos os olhavam calados.
- Desculpem! – exclamou Harry soltando Gina, e a mesma rindo.
Os amigos todos estavam sentados em cadeiras dobráveis, e Neville pegou mais quatro para os recém chegados.
- Onde vocês foram se meter? – perguntou Dino.
- Estávamos na caça das Horcruxes, lembram? – falou Hermione.
- Bom, mas vocês podiam pelo menos nos comunicar. – disse Parvati - Todos nós ficamos muito preocupados com um dos últimos boatos.
- E o que esses boatos diziam? – perguntou Harry.
- Diziam que a Armada da Morte tinha te pegado! – falou Gina nervosa.
- Aqui só se falava disso... uns contavam que eles tinha te matado com uma espada... loucura! – exclamou Luna, dando uma estremecida. – Outros falavam que você tinha sido morto com uma Maldição da Morte, tomada mesmo por... Você-Sabe-Quem! – sussurrou por fim.
- Espero estar longe de isso acontecer! – falou Harry. – Ninguém encontrou a gente... – mas ele parou, lembrando-se da má noticia que teria que contar aos amigos.
- Que houve? – perguntou Simas, olhando indiferente.
Tentou raciocinar algo que aliviasse mais a queda, mas preferiu contar de um modo bem direto:
- Bia se foi.
Alguns exclamaram, aparentemente compreendendo a mensagem. Mas outros:
- Como assim? – disse Neville.
- Ela morreu. – explicou Hermione, percebendo que Harry não diria.
Neville agora abrira a boca. Todos se calaram, e alguns até lamentavam mais a morte da amiga do que outros. Depois de muito tempo em silêncio, Hermione cortou-o finalmente:
- O que aconteceu com Hogwarts, durante o tempo que ficamos fora?
Todos se olharam, parecendo desencorajados em contar.
- Eles acabaram com Hogwarts. – justificou Neville. – Nos torturam e nos fazem sofrer muito!
- E não há nada que beber mais! – falou Parvati.
- Como assim? – perguntou Harry.
- Todos os alunos que faltam estão possuídos pelo veneno Arsênio! – disse Lilá.
- Não! – disse Rony descrente – Aquele que faz a pessoa ficar mau?
- Esse mesmo!
Com todos calados, Hermione falou:
- Então foi você, Neville, quem foi buscar no Três Vassouras as bebidas?
O garoto olhou-a com a testa franzida.
- Foi. Como soube?
- Madame Rosmerta nos contou. Que terrível, ein?
Todos em silêncio. Agora Gina o quebrara:
- Encontrou o que queria Harry? As Horcruxes?
Harry ergueu os olhos para ela, mas tornou a abaixá-los para pegar a bolsinha felpuda e retirar duas belas peças.
- Uau! – exclamou Cho, pegando nas mãos o Diadema.
- Que lindo! – disse Gina, querendo tocá-lo também.
- Deixa ver? – perguntou Lilá, se aproximando.
- Não! – e Harry pegou da mão das garotas, escondendo.
- Por quê? – disse Luna desanimada, querendo vê-lo ainda.
- Vocês nem acreditariam... ia ser um problema! – falou Rony, rindo.
- Devemos destruí-los! – exclamou Harry, guardando o Diadema na bolsa, mostrando a Taça de Helga Hufflepuff.
Hermione logo já pegara a Espada de Gryffindor, entregando-a nas mãos de Harry. Todos os presentes se afastaram, temendo que algo pudesse ocorrer quando partisse aquela taça.
Ao tentar colocá-la no chão, notou que não só havia um dela, mas outras muitas sugiram de repente, deixando-os confusos quanto qual seria a original, fazendo-os recuarem ainda mais do centro.
- Que aconteceu? – indagou Padma, e ao tentar fugir das taças clones, uma delas a tocou o pé. – Aiiii!
- Nossa! – gritou Luna, chupando o dedo, depois de tentar pegar uma. – Elas queimam!
E de repente se depararam com gritos e urros de dor, pois outras taças foram se criando, enterrando-os no meio do mar de ouro abrasador.
- Fiquem longe delas! – berrou Harry, no meio da confusão sentindo as peças incendiar sua pele.
- É a Maldição da Horcrux! – gritou Hermione, queimando-se com muitas que a cobriam.
- O que faremos? – falou Rony desesperado com a situação.
Ainda com a espada em mãos, Harry tentou quebra-las com as batidas, mas eram tantas que não conseguia conter todas
- Já sei – gritou Hermione, ao lado de Harry. – Me leva para cima!
Harry pegou a varinha, mesmo se sentindo todo doído, e apontou para a garota.
- Levicorpus! – e a menina voou de cabeça para baixo para o teto.
Olhando o que Hermione fazia, ele já entrara em pânico com tantas taças-clones que haviam se multiplicado, até que a solução apareceu:
- Draconifors Totalus!
E todas as taças criadas pela original de transformaram em singelos dragões. Agora se revelara no meio dos animais recém transformados, a taça de ouro, que Harry lançou a Espada de Gryffindor, fazendo-a partir em vários pedaços, numa explosão.
Todos olharam os pedaços da Horcrux destruída, aliviados que não houvessem mais clones sobre o chão.
- Droga! – gritou Cho, manhosa. – Estou toda queimada... ah, dragões! – e fez o possível para manter-se longe das criaturas.
- Que lindos dragõezinhos! – disse Luna, pegando dois deles no colo.
- Ufa! – falou Rony esfregando todo o corpo. – Nunca achei que destruir Horcruxes seria tão “quente”...
- Hey! – gritou alguém no teto.
Todos notaram que Hermione ainda permanecera no alto.
- Esqueceram de mim?
- Desculpa Mione! – berrou Harry, apontando a varinha – Liberacorpus!
Ela despencou do ar gritando. Mas parou sem desabar no chão...
- Te peguei! – falou Rony com Hermione no colo.
A garota sorriu e logo lhe deu um beijo, deixando Rony vermelho.
- OK. Agora... – e Harry pegou o Diadema, indicando que esse seria o próximo a ser destruído. Mas...
- Não! – gritaram todos os presentes.
- Tenho que fazer! – falou Harry indignado com a negatividade dos amigos. – Se eu não destruí-la agora, pode demorar mais...
Harry pegou a espada que estava no chão caída, e olhou para o Diadema. Ele o auxiliara, mas se quisesse realmente salva-lo novamente, teria de ser aniquilado. Quando pensou nisso, a luz do Diadema se iluminou, e ele olhou para a pedra celeste ao centro do arco. Havia uma lágrima escorrendo-a. Ficou uma imensa pena, mas, pensou, era exatamente isso que a Horcrux queria que Harry sentisse.
Ele o colocou no chão, temendo que algo pudesse ocorrer como a Maldição da Horcrux.
Brandiu a Espada de Godrico Gryffindor no ar. Nada ainda aconteceu. Quando ia baixá-la, ouviu-se uma batida ensurdecedora na porta da Sala Precisa. A cicatriz de Harry agora formigava.

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