Livro Antigo da Magia Oculta



Atravessou de uma vez, parecendo que passava por uma cortina de água fria. Caiu num chão gelado e áspero. Com tanta exaltação, ele teria de tomar fôlego para até mesmo ficar de pé. Viu que estava numa pequena e apertada sala redonda de pedra, iluminada por um fio de luz vinda do teto arredondado. À frente havia um buraco na parede onde tinha algo muito brilhante.
Harry levantou-se e caminhou na direção do buraco. Ao se aproximar o objeto parou de se iluminar e sua luz apagou. Mostrou ser um diadema prateada, com detalhes bem feitos, e com uma pedra azul escura acessa. Harry tocou os dedos no objeto e a luz se apagou. Sabia que aquela devia ser a Horcrux que viera buscar. Pegou-a e a admirou com fascinação, pois ela era muito bela; daria até pena de destruí-la, mas sabia que teria de fazer isso para poder ter chances de acabar com Voldemort.
O diadema pequeno, então foi possível guarda-la no bolso. Virou para onde tinha vindo, mas agora era nada mais que uma sólida parede de pedra; seria impossível voltar por ali. Ele viu-se preso naquele lugar sufocante e apertado; mas ele se lembrou da pequena fenda de luz no teto. Achou que seria por ali que deveria sair. Mas aí estava outra coisa impossível: como passar por um pequeno buraco na pedra? Pensou em lançar algo para que o teto explodisse, mas achou arriscado demais, pois tudo ali dentro desabaria.
O diadema no em seu bolso iluminou-se com uma luz azulada e brilhante. Ele tomou-a em mãos e olhou para a pedra azul no centro. O chão começou a estremecer e ele se segurou para nas paredes para não cair. Harry percebeu que o teto abriu-se começando pela pequena fenda, ao centro, indo para os lados e alargando-se sozinha. A luz do lado de fora ofuscou sua vista e ele pode ver que o lugar acima era a Floresta Proibida, ao dia.
Pensou que não havia ficado tanto tempo ali dentro para estar dia do lado de fora. Ele subiu com dificuldade as paredes e saiu. Quando ficou de pé, a luz na pedra da diadema apagou-se. Harry novamente a guardou no bolso e olhou em volta, lembrando-se que seus amigos ainda poderiam estar dentro dos túneis. Caminhou pelo chão com uma folhagem seca de folhas mortas. Estava ventando muito forte e no topo das árvores, em montes as folhas caiam e rodopiavam para o chão.
Sabia que o inverno se aproximava e o intervalo de aulas para o natal chegava. Estava ansioso para voltar para sua própria casa, agora que não havia a necessidade de ir para a casa de seus tios.
Harry continuou caminhando durante muito tempo e sentia fome e muito sono. Não via a hora de chegar ao castelo e se aquecer na lareira da Sala Comunal, que era quentinha e aconchegante. Ele chegou ao ponto onde dava para a clareira e já podia observar a escola. Ao longe, perto da cabana de Hagrid ele viu a dragão Hannie cochilando atrás da casa; estava presa a uma corda de ferro e bufava, fazendo a grama do chão mover-se violentamente.
Ele se aproximou de Hannie. A dragão abriu um olho e espiou-o de beira. Ao ver que ele não se assustou, levantou a cabeça e grunhiu carinhosamente.
Harry fez nela um carinha no focinho e ela deu um rosnado como agrado. Hannie levantou por inteira e farejou seus bolsos, supostamente a procura de mais plantas de Matuana. A dragão estava tão grande quanto a primeira vez que ela a havia visto, dava pelo menos duas cabanas do Hagrid.
- Não tenho nada para você! - disse Harry com a voz cansada. - Peça alguma coisa á Hagrid...
O menino olhou para a janela da casa de Hagrid e ali dentro tinha alguém o espiando. Viu que era Hermione, e que quando o viu saiu correndo para abrir a porta.
- Ah Harry! Estávamos preocupados com você! - disse a menina abraçando-o.
Rony, Bia e Luna saíram da cabana e foram falar com ele.
- Cara, onde você foi? - exclamou Rony
- Que susto que você deu na gente! - falou Bia dando um abraço em Harry.
- Onde estava? - disse Luna se aproximando.
- Ah, vocês nem sabem... Achei a Horcrux! - disse tirando o pequeno diadema do bolso.
Quando ele tirou todos fizeram cara de curiosos.
- Me deixa ver? - disse Luna querendo tomá-la.
- Posso pegar? - falou Hermione.
- Como ela é linda! - exclamou Bia
As três garotas se entreolharam e todas pegaram no diadema ao mesmo tempo e começaram a discutir:
- Eu vou ver primeiro! - disse Luna pegando-a.
- Não! Eu que vou primeiro! - falou Hermione num tom alto.
- Me deixa olhar primeiro! - gritou Bia.
Parecia que aquilo atrair o olhar das meninas, tendo que cada uma quisesse pega-la primeiro que as outras. As garotas começaram a brigar por causa do diadema.
- Pare Luna! Você não combina com o diadema!
- Solta Bia!
- Tira a mão de mim, larga do diadema Hermione!
- Parem vocês três! - gritou Rony
As três que estavam a tapas pelo diadema, olharam para Rony assustadas. Harry tomou o objeto e guardou rapidamente no bolso.
- O que foi Rony? - exclamou Hermione - O deu em você de gritar assim do nada?
- Do nada? Vocês estavam se matando! - falou Rony.
As três meninas se olharam e pareciam não se lembrar do que havia acontecido. Sem dizer mais nada, Rony e Harry foram subindo para o castelo. As garotas pareciam que nada havia acontecido, já que depois conversaram animadamente.

Dias depois, ainda com a Horcrux guardada, Harry tentava descobrir como destruí-la. Já tinha tentado de tudo: queimar, quebrar e joga-la contra a parede... Mas todas suas tentativas tinham sido frustradas. No meio da aula de Poções eles resolveram conversar como deviam descobrir mais coisas sobre as Horcruxes.
Por mais impossível que parecesse, sua cicatriz voltara a formigar intensamente durante um longo tempo, mas tentou o possível para esconder isso dos amigos.
- A achamos - murmurou Harry, enquanto tentava preparava um antídoto para o veneno da poção Eliminadora. - Sim, mas como vamos a destruir?
- Sei lá! - resmungou Rony um pouco alto, fazendo todos próximos a ele olha-lo - Não sei - disse num tom mais baixo, quando todos se viraram - Quero dizer, não sou um especialista, nem chego a ser racional a esse assunto...
- Já tentei de tudo... Será impossível de destruir?
- Impossível não é, por que você destruiu o diário de Riddle... Com... Você destruiu o diário com a presa do basilisco, não foi isso?
Harry afirmou colocando raspas de chifre de unicórnio na poção rosada, mas que deveria a tomar uma cor avermelhada.
- Foi, mas se for assim que se destrói uma Horcrux... Não vamos conseguir destruir essa e nenhuma das...
- Não é só com um dente de cobra que se destrói uma Horcrux - sussurrou Hermione, que desde o começo da conversa estivera calada.
- Como você sabe? - exclamou Rony novamente alto.
- Er... Li em uns... Livros... Talvez...
Rony franziu a testa e olhou de Rony para a garota.
- Como assim, talvez? Leu ou não leu?
Hermione hesitou um momento e acrescentou um pouco de pernas de besouro na sua poção, mas logo depois respondeu insegura:
- Ah, num livro eu li... Uma vez...
- Achei que os livros da escola não houvesse nada sobre Horcruxes, não é?- disse Harry desconfiado.
A sineta tocou com eles etiquetando rapidamente seus frascos com o antídoto preparado por cada um. Enquanto encaminhavam-se para o Salão Principal para o almoço, Hermione ainda não continuara o que havia deixado os dois garotos intrigados.
- Hermione? - disse Rony olhando para a garota, que pareceu não querer ter tocado no assunto. - Fala o que você queria nos dizer.
Ela hesitou um momento.
- Tudo bem - olhando de lado a lado, disse Hermione - Ah, seria melhor irmos a um lugar que não possam nos ouvir, certo?
Eles andavam em um corredor vazio, e descobriram uma sala inutilizada que não havia ninguém. Entrando nela, Hermione fechou a porta, deixando tudo no absoluto escuro.
- Abaffiato - disse a menina aparentemente, apontado a varinha para a porta.
- Pensei que fosse contra esse feitiço! - exclamou Rony, acendendo sua varinha e examinando o local.
- Ah, os tempos mudam! - disse Hermione acendendo a sua também.
- Bem, o que queria nos dizer sobre as Horcruxes mesmo?
- Ah, é. Eu... Li num livro que consegui pegar uma vez na sala de Dumbledore... Mas eu não roubei! - apressou-se em dizer, ao ver os dois entreolharem-se e virando-se, largou a mochila num sofá empoeirado e tomou um livro velho nas mãos, com capa vermelha de couro de dragão - Só peguei emprestado... e alem do mais, Dumbledore queria que nós descobríssemos mais sobre Horcruxes...
- Um momento! - disse Rony olhando para o livro e pegando-o, que se intitulava Livro antigo da Magia Oculta - Como foi que conseguiu entrar na sala de Dumbledore e pegar esse livro?
- Foi fácil. Convoquei-o, quando estava no dormitório, no final do ano passado...
- Genial! Muito bem, Hermione!
- Obrigado, gentileza sua! - disse a menina corando levemente, quando Harry elogiou-a.
Havia uma mesa a frente da janela cortinada. Sentaram-se e virando as páginas do antigo livro, descobriram juntos que se tratava de magia das Trevas.
- Hermione, sinceramente, você é um gênio! - exclamou Rony parando numa pagina onde iluminou e mostrou aos dois. - Olhem: Da alma de uma pessoa, mesmo bruxa ou não bruxa, é possível dividi-la em uma ou mais partes, sendo magia antiga das Trevas, assim chamada de Horcrux. Tento uma Horcrux criada, seu criador poderá ter sua alma armazenada no elemento escolhido, sendo que se o elemento for destruído, perderá sem volta à outra metade de sua alma. Sinistro!
- Pois é, mas olhem aqui nesse trecho do livro: - disse Hermione indicando com a ponta da varinha, uma parte onde era quase ao meio da pagina, que continha uma ilustração estranha de um homem com as mãos segurando nervosamente o corpo todo. - Esses feitiços a serem lançados na pessoa que obterá a Horcrux, podem ter reações malévolas no conteúdo da alma, incluindo-se de perda de memória até mesmo a morte. Imagine, se uma só Horcrux pode fraquejar a alma, como será que Voldemort se mantém bem com sete? - terminou a frase com a voz esganiçada.
- Inacreditável o que uma pessoa faz para manter-se viva - disse Harry olhando mais figuras e virando as paginas do Livro antigo da Magia Oculta. Uma das imagens que observou foi de uma grande cobra e um homem com a sua varinha apontada a ela. - É possível criar uma Horcrux com um animal?
Hermione virou para ele e olhou para o que estava escrito, lendo em voz alta:
- Como uma Horcrux pode ser criada a partir de um elemento, pode ter a capacidade de ser inserida num objeto, animal ou até mesmo pessoa. Nossa que coisa horrível! Imaginaram se Voldemort criou uma Horcrux em uma pessoa?
- Fácil. Teríamos de matá-la! - exclamou Rony, menos sério.
- Não brinque com isso! - disse Hermione olhando-o - Matar uma pessoa...
-Se Voldemort realmente fosse capaz de criar uma Horcrux em um ser humano - disse Harry virando páginas apressadamente - seria a única chance de destruí-la; mas isso não aconteceu... ele não criou uma Horcrux dentro de uma pessoa! Ele não pode ter feito isso...
Rony fez uma careta e levantou-se indo à direção da porta. Hermione continuou a examinar o Livro antigo de Magia Oculta cuidadosamente virando suas páginas quebradiças.
- Tem mais coisas aqui: Quando se obtém uma Horcrux, ela se torna indestrutível a magia simples. Não pode ser quebrada, nem mesmo morta, se for o caso de um ser vivo. Mas ao lance de um objeto específico, ou um elemento mortal, ela torna-se vulnerável. É isso! - exclamou Hermione no mesmo instante que terminou a leitura, fazendo Rony dar um pulo, antes com a orelha encostada na porta. - Isso faz a Horcrux ser destruída! Como não pensei antes?
- O que você descobriu? - disse Harry tentado reler o que a menina acabara de ler.
Hermione levantou-se num salto.
- Me diga Harry! Como você destruiu o diário de Riddle?
Ele nem precisou pensar.
- Com a presa do basilisco, não foi? - disse apressado, e ainda assim nervoso com o alvoroço da garota.
- Não ficou claro? - disse Hermione aos dois.
Mas Rony saiu de perto da porta e foi ao encontro de Harry e a garota.
- Ah, sim. Claríssimo. Teremos que arranjar um estoque de presas de basilisco. Assim teremos suficiente para destruir as...
- Não seu tonto! - disse Hermione, meio sem-graça. - O que temos disponível como um elemento mortal, não como magia, mas objeto específico?
Rony encarou-a um momento.
- Você?
Harry riu.
- Rony! - disse Hermione, meio impaciente. - Pense um pouco com esse cérebro que te deram! Pode-se dizer que o veneno de um basilisco é uma das substâncias mais mortais existentes, que pode ter como antídoto...
-... lágrimas de Fênix? - perguntou Harry, conseguindo engrenar-se um pouco em que Hermione dizia.
- Exatamente! - confirmou Hermione - E como há poucas substâncias com o mesmo efeito, pode-se dizer como elemento mortal, aquele que tem o mesmo efeito, o de destruição não por meio da magia, mas pelo meio natural...
- Silêncio! - exclamou Rony, que já havia voltado a ponta da porta. - Tem alguém andando por aqui perto!
Hermione, interrompida bruscamente, olhou para Rony.
- Ninguém pode nos ouvir...
- Mas e se esse alguém pretende entrar aqui? - disse Rony pedindo novamente silencio depois.
Os três se calaram e desejaram que os passos cessassem. Mas ao invés disso, a pessoa do outro lado da porta tentou abrir-la. Hermione lançou rapidamente Colloportus e puxou os dois garotos para trás das cortinas. Assim que os três apagaram as varinhas com Nox, a porta abriu-se contra a parede violentamente.
Duas pessoas, aparentemente um homem puxando pela blusa um garoto, entraram e a porta fechou-se. Quando tudo se tornou novamente escuro como o breu, o homem falou com uma voz alta e estridente:
- Não há nada como a dose de terror do Lorde das Trevas, para intuí-lo a fazer o que Milorde quer... sabe que ele não aceitará suas desculpas!
Com uma voz fina e tremula, e reconhecível facilmente pelos três, o garoto exclamou:
- Eu? E-eu fiz... eu fiz o que o Lorde disse! - disse Draco Malfoy. - Ele... ele me pediu para... para vigiar o desgraçado... eu... foi o que fiz!
- O QUE FEZ? - gritou o homem, que Harry ainda não tinha reconhecido a voz. - Não estava vigiando! Pareceu-me mais estar... estar vagabundeando pelos corredores!
As vozes pararam e Malfoy deu um berro; o homem estava torturando-o. Depois de alguns segundos, o garoto parou de gritar e caiu ofegante, sendo largado pelo homem irreconhecível.
Alguns minutos em silêncio, o homem começou a andar pelo quarto escuro. Ele acendeu a varinha e apontou para Malfoy; Harry viu que ele estava mais pálido do que já vira com os braços apertando o corpo.
- Sabe como o Lorde das Trevas não irá perdoar-nos tão fácil - disse calmamente o homem, mesmo com a luz acessa, ainda não era possível ver seu rosto. - Se eu tiver complicações, você pagará caro, menino Malfoy!
O homem apagou a luz, mas voltou a acendê-la. Aproximou da mesa, onde Hermione tinha esquecido de um detalhe: havia deixado o Livro Antigo da Magia Oculta aberto, alem de estar nas páginas onde se encontrava o capítulo sobre Horcruxes.
Ele pegou o livro e iluminou suas palavras. Leu silenciosamente durante alguns segundos e exclamou apontando para Malfoy:
- VOCÊ VIU? ESTÃO A PROCURA DA DESTRUIÇÃO! - vociferou o homem lançando o livro contra o rosto do garoto - A DESTRUIÇÃO DO LORDE! DIGA-ME: QUEM PEGOU ESSE LIVRO?
Malfoy arquejou algumas palavras, bem baixo, que Harry sabia o que eram. O homem olhou o menino fixamente e tornou a falar:
- Quem pegou esse livro, Malfoy?
O menino gaguejou:
- P-potter, senhor?
- EXATAMENTE! - berrou ainda mais alto, o homem ainda não identificável. - A essa altura, Potter já deve ter lido o conteúdo! Sabe do que se trata este livro?
Malfoy gritou, quando o homem lançou a Maldição Cruciatus apontando para o peito do garoto. Depois de ofegar alguns instantes, Malfoy respondeu em uma voz quase inaudível:
- Horcruxes... senhor.
O homem, ainda apontando a varinha para o garoto, olhou em volta da sala. Os três, atrás das cortinas, porém, nem respiravam. Se passado mais alguns silenciosos minutos, apenas cortados pela respiração alta e ofegante de Malfoy, o moço voltou à atenção para o menino.
- Se eu fosse Lorde Voldemort, não teria coragem de impor uma tarefa tão simples, mas ao mesmo tempo tão importante, a um garotinho de escola...
- Não ouse... - Malfoy tentou provocar
- Ouso! - disse o homem num tom mais desafiante - Atrevo-me a dizer quantas vezes necessitar, até que isso infiltre nesse cérebro inutilizado! - virando-se, o homem disse, colocando sua cabeça próxima a porta fechada.
Depois de se certificar que não havia ninguém para ouvir-los, ele voltou para o trêmulo Malfoy e encarou-o falando devagar, como se quisesse enfiar as seguintes palavras a força em sua cabeça:
- Vou repetir, mas que seja a ultima vez, pois se falhar de novo terá suas conseqüências menino! - hesitou um pouco e continuou, parecendo procurar as palavras certas: - Lorde das Trevas quer que você cuide para que Potter mantenha-se longe da sala da diretora! Não pode deixá-lo aproximar-se de lá! Sabe muito bem por que, garoto hipócrita! - parou e avançou um pouco mais para perto de Malfoy dizendo mais lentamente possível: A espada de Gryffindor está lá, e Milorde quer-la para si somente. Ele virá buscá-la pessoalmente! Entendeu agora, garoto obtuso?
Malfoy parecia ter se recuperado rapidamente da maldição, pois se levantou e exclamou:
- Se meu pai ficar sabendo de tudo que insinua em minha presença, perderá sua varinha para o Lorde! - andando em direção a porta, o garoto saiu andando, como se nada tinha acontecido ali.
- Acha que tenho medo de seu “papai”, moleque? - gritou o moço, e quando Malfoy saiu da sala, correu para persegui-lo, deixando a porta fechar-se e a sala cair novamente no escuro.
Os três saíram de trás das cortinas e Hermione correu para pegar o frágil e antigo livro, jogado no chão. Rony pediu para que aguardassem para ter certeza que o homem não voltaria a entrar, mas depois de alguns segundos, não se ouviu mais nada do lado de fora.
- Não acredito! Voldemort, pessoalmente? - exclamou Harry incrédulo com o que acabara de ouvir. - Como ele vai entrar...
- Não seria impossível, lembra-se? - disse Hermione erguendo-se do chão, colocando o livro de baixo do braço. - Ano passado Comensais da Morte entraram sem problema por meio da Sala Precisa.
- Sei disso! - disse Harry, agora, voltando sentir o formigamento na cicatriz, mas não se incomodando. - Só que agora é diferente! Voldemort? E só o que faltava!
Rony tomou o livro que Hermione pesadamente segurava e entrou na conversa.
- O que ele quer com a espada de Gryffindor?
- Não sei Rony... mas deve ser realmente importante para vir até Horgwarts...
- Mas Harry, será que ele quer só a espada? Ou deve ser uma desculpa falsa para se aproximar de você?
Harry se aproximou da porta, pensativo. Voldemort não poderia ir a Hogwarts. Se ano anterior os Comensais da Morte custaram pânico ali, não imaginava o estrago que o próprio Lorde causaria.

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