Fim de Festa



Difícil dizer ao certo quanto tempo durou o confronto, ou por quanto tempo os garotos lutaram contra as chamas ou quanto tempo Regulus demorou para resgatar os animais, de qualquer forma, pareceu uma eternindade e todos sentiam-se exaustos quando tudo se aquietou.



Havia um número bem maior de animais nas casas do que o garotinho havia dito para Regulus, muito provavelmente porque alguns deles eram ilegais e viviam escondidos nos porões das casas e outros se multiplicavam com muita rapidez.



Regulus e Amifidel estavam, já próximos do amanhecer, ao lado de gaiolas, entregavam os animais aos respectivos donos, enquanto ouviam os comentários dos bruxos que moravam na aldeia, todos muito agradecidos.



- Como vocês ficaram sabendo que precisávamos de ajuda? – perguntou um senhor alto de bigodes chamuscados.



- Lord Voldemort está sempre atento ao que acontece no mundo bruxo. Estávamos em treinamento e quando soou o sinal de perigo no acampamento, viemos para cá. – respondeu prontamente Amifidel.



- Então vocês estão em treinamento? – perguntou a dona do primeiro gato que Regulus resgatara, que agora cravava as unhas no chão da gaiola e resistia deixar seu porto seguro – Relaxio! – disse a senhora, apontando a varinha para o animal, que cedeu instantaneamente. – Tão bom usar a varinha sem medo de ser vista pelos trouxas – murmurou para si mesma.



- Sim, estamos. – respondeu Regulus – para situações como esta.



A mulher apertou o gato contra o peito e suspirou:



- Um alívio saber que tem alguém se preocupando realmente conosco! Esses trouxas... não se pode confiar: são seus amigos, seus vizinhos, mas por qualquer coisinha nos atacam e nos acusam de coisas...



- São muito perigosos! – concordou a outra vizinha, abraçando o filho pequeno enquanto pegava sua coruja. – Quando iríamos supor uma coisa dessas?



- Deve ser algo no sangue deles... – comentou a dona do gato, franzindo o nariz como se sentisse mau cheiro.



- Por isso fazemos o treinamento, para saber nos defender e nos proteger – completou Regulus.



- Você tem toda razão... Vivíamos em paz com eles, nunca imaginaríamos que pudessem chegar a esse ponto um dia... – disse um senhor que se aproximou para pegar seu crupe, uma espécie de cão mágico que estava enlouquecido com a presença dos outros quatro gatos daquela senhora.



- Eles nunca viam nada, não percebiam a magia que estava diante dos olhos deles... e de repente: plim! Viram e passaram a nos perseguir como cavaleiros medievais. – disse a mãe do garotinho que ajudara Regulus.



- Loucos! – completou o pai, já com o filho no colo.



- Foi mesmo muita sorte que Lord Voldemort estivesse atento... – complementou a vizinha.



- Não sobreviveríamos sem a ajuda de vocês... – disse a mulher de McNair trazendo o bebê no colo. Ele vinha mancando logo atrás da esposa. – Ele salvou meu bebê, vocês viram? Que bom homem! Queria tanto agradecê-lo, mas já se foi...



- Os verdadeiros herois são assim mesmo, não ficam para esperar por elogios, a satisfação do dever cumprido já lhes é suficiente... Que homem bom... Que homem bom... Quando poderíamos supor? Tantas mentiras ditas sobre ele no Profeta... – falou uma bruxa enquanto pegava sua coruja.



- Mas denegrir a imagem deste homem é obra do Ministro, ele tem gana de poder e sabe que um homem tão bom e que só quer o bem da comunidade bruxa seria o melhor para nós... Precisávamos de alguém assim no Ministério, alguém que realmente se importasse conosco... – disse a vizinha dona dos gatos.



A conversa continuou tal e qual Lord Voldemort havia planejado, com a comunidade bruxa toda ao lado dele e sentindo-se grata por sua ajuda e de seu exército de homens e meninos. Regulus e Amifidel sentiam que poderiam explodir de tanto orgulho que inflava-lhes o peito ao ouvir as palavras de gratidão da comunidade bruxa e os gestos e palavras de aprovação de alguns comensais que passavam por ali.



- Hora de voltar ao acampamento, garotos. Vocês têm pouco menos de uma hora até o despertador da Sra Umbridge soar. Os outros já foram. Apressem-se... Ahn... e bom trabalho, tudo saiu perfeitamente bem hoje. – finalizou Lucius, dando as costas aos dois, enquanto observava os bruxos deixando a pequena vila em ruinas, levando seus pertences.



Aos poucos os detalhes a respeito do que havia acontecido aquela noite foram compartilhados entre os adolescentes e, como uma colcha de retalhos, a história foi se formando na cabeça e no imginário de todos, que completavam as falhas no enredo com uma boa dose de imaginação e fantasia. Todos sentiam-se orgulhosos por terem participado da ação. A lógica de Lorde Voldemort estava bastante sedimentada na cabeça de todos e era tida como verdade absoluta: o estopim forjado teria servido somente para que houvesse meios de controlar e combater o confronto a tempo de evitar danos maiores para a comunidade bruxa, pois o confronto era inevitável, já que os trouxas eram como uma bomba prestes a explodir.



Os dois últimos dias de acampamento foram bastante calmos em relação aos anteriores. Naquele dia mais cedo, durante o café da manhã, Mulciber recebera uma carta. No envelope dizia: “abra somente quando todos estiverem juntos e longe”. O adolescente conhecia a letra de Lucius, sabia que não podia fazer isso no acampamento. Tão logo conseguiu, falou aos outros da carta, o mais discretamente possível, para ver se alguém teria uma ideia de como se reunir para ler.



Perkins não os deixava sós desde o evento na aldeia, pois temia que “algo ruim” pudesse acontecer a eles, já que o Profeta Diário havia relatado que “alguns trouxas completamente insanos haviam sido vistos na região e estavam a perseguir bruxos, numa caçada à moda medieval”.



- Senhor... – chamou Regulus.



Perkins, que estava entretido desmontando um rádio de bolso enquanto esperava qe os garotos decifrassem o manual de instruções de uso do rádio, não tirou os olhos dos componentes que se espalhavam sobre a mesa, agora que finalmente tinha conseguido usar a chave de fenda phillips.



- Weasley faz isso parecer tão fácil... desculpe, garoto, o que disse?



- Senhor, eu e os garotos gostaríamos de um pouco de diversão no lago esta noite...



- Bem, eu havia planejado enfeitiçar algumas lamparinas para que dançassem iluminando a noite enquanto ouvíamos um pouco de música no rádio, logo após o jantar, aqui no acampamento mesmo... Mas se quiserem, tomando as devidas precauções, podemos fazer isso na beira do lago...



- Eu e os garotos estávamos pensando em algo diferente... Queríamos algo só de garotos, se não se importa...



- Neste caso, posso pedir às senhoras Malfoy e Umbridge que fiquem com as garotas enquanto eu os acompanho ao lago...



- Queríamos tomar banho nús, senhor.



Perkins ficou bastante desconsertado. Ele não queria frustrar as expectativas dos garotos, ao mesmo tempo que de modo algum iria acompanha-los em tal experiência.



- Entendo...



O homem largou a chave de fenda e o botão de volume sobre a mesa e olhou para o garoto.



- Em outros tempo eu acharia divertido deixa-los ir, mas depois dos acontecimentos dessa semana... Não acho prudente deixa-los sozinhos e tão vulneráveis... Tampouco acho correto me oferecer para ir junto, não me entenda mal.



- Poderíamos lançar feitiços protetivos... O senhor vai com a gente, olha o local, se estiver seguro, lançamos feitiços protetivos e o senhor pode voltar para o acampamento. Me comprometo a não deixar nenhuma ovelha desgarrada sair da proteção.



Perkins estudou os olhos suplicantes de Regulus por alguns minutos. Era difícil negar qualquer coisa a um menino tão bom.



- Está bem. Irei com vocês, cuidarei que estejam seguros e voltarei. Qualquer coisa, use a varinha para mandar um pedido de ajuda.



- Muito obrigado por confiar em mim, senhor. Não há de acontecer nada, nenhum trouxa é capaz de transpassar escudos protetivos. E o senhor é muito eficiente em lança-los.



O homem riu.



- Lisongeador, como sempre.



- Só falo a verdade, senhor... à propósito, como está se saindo com o rádio?



Perkins olhou para a mesa.



- Então, até onde consegui entender, esse rádio pequeno nada mais é do que o rádio grande que temos em casa, só que em tamanho menor...



- E?



- E, bem... Já são décadas desde que enfeitiçamos os primeiros rádios e usamos eles sem o fio elétrico em nossas casas. Costumamos até a vender sem o fio! Mas esse já vem sem fio e foi comprado em uma loja para trouxas... Não entendo, como fazem para funcionar se não usam magia?



Regulus sorriu. Essa informação ele tinha acabado de ler no manual.



- Esse rádio usa um apetrecho armazenador de energia, chama-se pilha. Precisa de quatro pilhas. Olhe, aqui nesse compartimento, eles colocam as tais pilhas aqui. Elas fornecem a energia para o funcionamento. Eles não venderam junto?



Perkins pegou o embrulho de papel pardo que havia deixado de lado, sobre a mesa. Lá estavam quatro pilhas grandes. Ele as tirou da embalagem e examinou cuidadosamente.



- No manual, diz como funcionam?



- Infelizmente, não, senhor... Acho que isso só teria em um manual de funcionamento de pilhas, se é que isso existe, já que é um componente acessório...



- Hum, acho que você tem razão... Mas por outro lado, não deveria ser acessório, já que é fundamental para o funcionamento do rádio quando usado por trouxas...



Regulus riu:



- O senhor tem toda a razão! Mas quem entende esses trouxas? Eles não seguem uma lógica! – vendo a reação de Perkins ao seu comentário preconceituoso, o garoto se apressou em dizer - Ainda bem que não precisamos das tais pilhas, somente saber que elas existem e para que servem para poder enfeitiçar corretamente o rádio, não é mesmo?



Seu comentário teve o efeito esperado, voltando a atenção do homem para o funcionamento do rádio.



- Bem, agora que sei como funciona o radio de bolso, que é exatamente da mesma forma que o convencional, posso remontá-lo e testar.



Perkins não percebera o porquê, mas de alguma forma sentiu-se muito confortável em acenar a varinha para remontar o artefato, mesmo que sua proposta inicial fosse desmontar e montar “à moda trouxa”.



Algumas horas mais tarde, após o jantar, Perkins acompanhou os garotos até o lago. O fato de alguns terem declinado o convite para ir junto lhe pareceu bastante normal, visto que não poderia exigir de todos uma atitude de coragem frente aos acontecimentos recentes e ele mesmo não estava certo de que deveria cumprir sua promessa, pois sentia que “trouxas insanos e irracionais poderiam aparecer”. Por nenhum momento desconfiou da verdadeira razão que fez alguns garotos desistirem. Em nenhum momento percebeu que Mulciber praticava aqui e ali sua habilidade em lançar a maldição Império.



Ao chegarem na beira do lago, Perkins lançou feitiços protetivos e determinou até onde os garotos poderiam nadar em segurança, depois se despediu deles e se afastou um pouco, verificando, satisfatoriamente, que já não sabia voltar ao ponto em que os havia deixando.



Todos tiraram as roupas e se jogaram na agua, todos menos Mulciber, que entrou com cuidado para ler a mensagem de Lucius. A agua fria do lago os fez estremecer um pouco, produzindo pequenas marolas aqui e ali. Na superfície da água, a noite estrelada parecia um encontro dançante de pirilampos. Os garotos formaram uma roda em torno de Mulciber, que leu a carta dando-se ares de importância. Na carta, entre elogios e palavras de encorajamento, que fizeram Regulus suspeitar que esta havia sido escrita pela prima Narcissa e não pelo marido, dizia que os encontros estavam suspensos por hora, uma vez que o plano todo havia sido um sucesso e agora cabia aos Comensais mais experientes dar seguimento à campanha de valorização de sua causa. Então eles estavam oficialmente em férias.



- Como assim, férias? Depois de tudo o que fizemos? – reclamou Crouch, espalmando água para todo lado.



- Bem, ele diz que seremos chamados futuramente. Devemos aguardar… E por enquanto, curtir as férias… Eu acho bom, ter um tempinho para namorar… - respondeu Regulus.



Crouch revirou os olhos, irritado. Regulus riu ironicamente, pois sabia que o outro não tinha namorada e tocar no assunto o incomodava.



- É, descansar vai ser bom... Uma pena que nossas tatuagens vão sumir, queria mostrar para meu pai... – comentou Pyrites, olhando para o antebraço, onde já não se percebia mais nada.



- Uma pena mesmo... Aliás, alguém sabe o que aconteceu com Pettigrew? Ele está tão “normal”... – perguntou, curioso, Regulus.



Snape, que até então estava calado, observando os outros, respondeu:



- Estamos livres dele por algum tempo. Ganhou um clique do Lord das Trevas, marionete que é...



- Como assim?



- Um clique, um feitiço muto poderoso e muito interessante. Ele teve suas memórias e até mesmo suas intenções de estar com a gente completamente apagadas. Mas como uma chave liga-desliga, pode ser desfeito se um dia o Lord das Trevas assim desejar ou julgar que seja útil desfazer, para que possa usar sua inclinação para o lado das trevas num momento oportuno. Ouvi ele comentar que por enquanto, Pettigrew é inútil...



- Hahahaha! Como se já não soubéssemos disso! – interrompeu Avery, rindo estrondosamente.



- Mas não é perigoso esse tal clique? E se Dumbledore ou outra pessoa desfizer o feitiço? – perguntou Jack, apreensivo.



- Somente quem lançou o feitiço pode desfazê-lo, então estamos livres até a eternidade... Lord Voldemort nunca encontrará nenhuma utilidade para Pettigrew. – respondeu Snape, como se isso fosse óbvio.



- Que boa notícia! – exclamou Regulus – Já não aguentava mais Pettigrew no meu pé!



- E agora, que tal nadar um pouco e esquecer da vida? – sugeriu Amifidel.



Eles voltavam cantado alegres pelo caminho paródias de conotação sexual das músicas de acampamento que Perkins havia ensinado a eles noites anteriores, rindo-se a valer, quando, ao chegar no acampamento, deram de cara com bruxos mal-humorados que conversavam com Perkins e Umbridge, enquanto Narcissa parecia divertir-se com o restante do grupo de adolescentes, em torno da fogueira, enfeitiçando lanternas conforme planejado.



- Então não viram nada? – perguntou um homem alto, cheio de cicatrizes no rosto.



- Não, felizmente, não. Aqui tivemos dias e noites bastante tranquilas, ninguém deixou o acampamento... – respondeu Perkins.



O homem olhou com desconfiança para os garotos que chegavam.



- Ah, não. Isso foi uma excessão que abri para eles hoje, os levei até o lago, lancei feitiços protetores para que pudessem nadar um pouco... Não há nenhum mal sentirem um pouco de liberdade, não é mesmo?



- Eles são todos tão comportados e educados... Essas crianças são muito animadas e acho que vão levar boas lembranças daqui... – comentou Umbridge - Eram mesmo crianças que ajudaram? Onde exatamente aconteceu? – perguntou, enquanto cumprimentava os garotos que por ali passavam com a cabeça e indicava para que eles fosse para a área da fogueira.



Ao notar a presença de Bartô Crouch Junior entre os garotos, o homem relaxou. Não haveria do que desconfiar de um grupo do qual o filho do Chefe da Execução das Leis da Magia fizesse parte.



Regulus e Severus fingiram interesse na pilha de rádios deixados ao lado da barraca de Perkins para continuar ouvindo a conversa.



- Dois quilômetros ao norte. Um lago secou, a população se revoltou contra os bruxos e, segundo um amigo, Comensais da Morte acompanhados de crianças os defenderam... Se importaria se eu conversasse com alguns garotos?



- Não, claro que não... - disse Perkins



- Mas você está dizendo que Comensais da Morte não só se mostraram como ainda salvaram a comunidade? Interessante... – interrompeu Umbridge, bem na hora que os Aurores olharam ao redor e notaram a presença de Snape e Regulus.



Os olhos de Regulus encontraram o do homem alto e o garoto engoliu em seco, apressando-se em pensar em alternativas respostas.



- E não é? – disse o homem, sem tirar os olhos do garoto – E não é só isso, disseram que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado também apareceu e salvou um bebê.



Umbridge olhou para o auror com interesse e um certo ar de satisfação, os olhos brilhando.



- Em pessoa? – Ela perguntou, bastante interessada.



O auror olhou para ela e assentiu com a cabeça.



- Realmente muito esquisito.... Não vi nada a respeito no Profeta Diário. Quantas mortes? – perguntou Perkins.



- Apenas dois trouxas. Vários bruxos estão feridos, mas nada grave. – respondeu o bruxo, voltando a dar as costas aos garotos, o que os deixou bastante aliviados.



- Você-Sabe-Quem foi em pessoa lá ajudar e só tem dois mortos? Falando nisso, não vi a marca negra... – disse Perkins, ainda tentando entender o que havia acontecido.



- Não conjuraram a marca. – disse um segundo Auror, mais baixo, com uma grande cicatriz no pescoço.



Perkins coçou o queixo.



- Intrigante.... E os trouxas?



- Fugiram. Apagamos a memória de todos que conseguimos encontrar, mas nesse caso acho que deve haver muitos mais... e vão sair por aí espalhando boatos sobre nós.



- Hum, agora começo a entender. A intenção então é de abalar o Decreto de Segregação da Magia, fazendo com que mais trouxas saibam sobre nós... Faz sentido... – disse Perkins.



- Pode ser, mas segundo a análise feita no lago que secou, não havia traços de uso de magia lá... Pode ter sido coincidência.



- Bah, não acredito em coincidências. Para mim os Comensais criaram a necessidade para depois aparecerem como herois.



Nesse momento, Umbridge interrompeu.



- Ora, Perkins, você e sua mania de conspiração... Tudo o que eles fizeram foram salvar a nossa comunidade de trouxas enfurecidos...



- Mas Você-Sabe-Quem... – começou Perkins.



- Ora, que mal pode haver em salvar um bebê? – perguntou ela, com olhar de reprovação. Então se virou para o Auror – Pelo que entendi não há perigo algum em nosso acampamento que justifique a presença de Aurores, ou há?



- Não, não senhora. Só viemos checar se estava tudo bem por aqui... O incidente foi, como eu disse, ao norte, duas montanhas de distância... Pensávamos ter sido uma coincidência os Comensais da Morte terem aparecido para resolver o problema antes de nós. O que Perkins disse sobre eles terem feito de caso pensado para ... – disse o homem alto.



- Ora, não perca tempo com as teorias de Perkins, ele tem sempre teorias mirabolantes e conspiratórias – interrompeu Umbridge, colocando a mão para cobrir a boca de modo que Perkins não visse seus lábios e o auror, sim e então sussurrou, dando uma piscadela para o auror – acho que é porque ele passa muito tempo analisando essas coisas de trouxas. – então levantou a voz novamente e finalizou – Aqui estamos todos bem.



- Ah, bem. Fico satisfeito em ver que estão todos bem por aqui. Fiquem de olho no acampamento, pode aparecer algum trouxa enfurecido...



- Não teremos este tipo de problema, eu mesma coloquei feitiços protetivos ao redor. – disse Umbridge.



- Certo, senhora. Senhor. Tenham um ótimo dia, nós voltaremos ao nosso trabalho.



Os aurores acenaram com a cabeça em sinal de respeito aos dois e aparataram sem conversar com nenhum dos garotos. Umbridge soltou um suspiro aliviado.



- Será que ela sabe de algo? – perguntou Snape, num sussurro.



- Crianças, vamos! Estão perdendo o melhor da festa! – chamou a mulher, com um olhar maníaco.



- Não, ela não sabe. Quem contaria algo a uma mulher desse tipo? – Regulus perguntou para Snape, num sussurro, enquanto os dois seguiram obedientemente atrás da mulher para não levantar suspeitas.





PS Se tem alguém por aí que ainda lê esta ff, por favor, dê um alô! ;) Se quiser ler ela revisada e reescrita, tenho feito isso em inglês.


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Comentários (2)

  • Ivana R

    Inae Gonçalves! Que alegria encontrar seu comentário! Muito obrigada! Também não vejo a hora de ver Regulus fazendo a coisa certa... Uma pena que ele ainda não tenha descido o bastante para perceber em que M* ele está se afundando... Em breve postarei novo capítulo, estou fazendo os ajustes finais. Bjs

    2017-10-16
  • Inae Gonçalves

    Ah estou aqui. Não abandonarei essa fanfic até o final. Gostei muito do capítulo estou bastante ansiosa para o momento em que o Regulus finalmente decide fazer a coisa certa.

    2017-10-14
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