Um nuque pelos pensamentos da

Um nuque pelos pensamentos da



Olá, pessoas! Aqui estou eu de volta! Espero sinceramente que continuem lendo e se divertindo com minha fic.

Mika!!! Você é um amor! Muito obrigada pelo comentário tão carinhoso! Regulus não confirmou sua suspeita de que havia sido Sirius e James que tinham enfeitiçado as bicicletas, eles poderiam estar falando de motos. Trago aqui mais um pouco de fofurices... Mas quero que você atente bem para o tipo de relacionamento que o Reg tem com Alice e depois me diga se isso tem futuro... ;) Legal você ter notado o quanto tudo foi mudando entre os irmãos Black. Eles estão crescendo e, conforme o tempo passa, as diferenças políticas entre eles se tornam mais sérias. Bem, vamos ver como continua?

Boa semana e boa leitura! 


  1. Um nuque pelos pensamentos da Lula Gigante (Regulus, 4º ano, Sirius 5º ano)


 


Pouco mais de um mês desde o início das aulas, a vida de Regulus não poderia estar melhor. Ele e Alice tinham encontros diários, durante os quais conversavam sobre tudo – ou quase tudo. Regulus sabia que ela não aprovava sua admiração por Voldemort e sua causa, então fingia ter-se convencido do contrário, tampouco conversava sobre Legilimência e Oclumência, pois sentia que este não era o tipo de coisa que se avisava aos quatro ventos. Severus também era muito discreto em relação ao assunto, como tudo em Severus era discreto e reservado, com exceção de sua rixa com James Potter e Sirius Black.


A aula do professor Binns parecia, como sempre interminável. Ele, então, distraía-se em olhar pela janela os aros do campo de quadribol, ao longe. Os treinos de quadribol já haviam sido retomados com bastante entusiasmo, com pequenas mudanças no time. Para seu alívio, não haviam encontrado apanhador melhor, ele continuava no time, embora a capitã, Emma Vanity, tivesse feito um novo teste para todas as posições do time logo no início do período letivo. O próximo treino dele seria aquela noite e ele mal podia esperar! Havia um novo movimento que ele e Ami andavam ensaiando em segredo que ele gostaria de mostrar à Emma, junto com Ami. Quem sabe ela voltasse atrás e o escolhesse para artilheiro do time? Com certeza Ami estava muito mais bem preparado do que Higgs, apenas lhe faltava uma boa vassoura. Amifidel, que sentava ao seu lado, como sempre, roncou alto, trazendo Black de volta à realidade.


- Ami, acorde! A aula vai acabar em...


Téééééé....


Um sinal estridente ecoou pelo castelo, indicando o final da aula. Professor Binns, o professor-fantasma, virou-se e entrou parede adentro, deixando para trás uma classe sonolenta e bocejante. Regulus e Ami organizaram rapidamente seus materiais escolares e deixaram a sala de aula rumo às escadarias que levavam para as masmorras.


- Muito boa a aula de hoje! - comentou Amifidel.


Regulus o olhou desconfiado:


- Mas você dormiu a aula inteira!


- Ora, por isso é que foi boa! – Amifidel riu largamente. – Sonhei com Rosier... Sonhei que ele havia enviado uma mensagem...


Nesse momento Mulciber passou por eles, atropelando o ombro de Amifidel. Os dois se entreolharam e não falaram nada para Mulciber, que já estava longe.


Regulus e os outros não tinham nenhuma ideia de quando seria o novo encontro com os Comensais da Morte e o único que parecia preocupado com isso era Mulciber, que tremia e corava a simples menção sobre o assunto. Mulciber, notara Regulus, andava pelos corredores com um olhar sombrio que colocava medo até mesmo nos colegas de Casa. Regulus achava que a rejeição de sua entrada no grupo o estava dominando, mas isso era um assunto delicado que ele não compartilhava nem com Severus ou Ami.


Eles deixaram o material no dormitório, Regulus olhou-se no espelho e sorriu.


- Eu preciso ir...


- Eu sei, eu sei.... não se deixa uma dama esperando...


- Ami! Você parece meu pai! – disse Regulus, arremessando um travesseiro contra o amigo, que esquivou-se, fazendo com que acertasse em Jack.


- Foi mal! – disse Regulus, erguendo os braços em rendição – essa era para ter acertado o Ami, mas ele se esquivou...


- Está tudo bem... bem, vou nessa. – disse Jack, devolvendo o travesseiro ao lugar e saindo em seguida. Ami e Regulus se entreolharam:


- Aí tem!


- É, com certeza! Sentiu o perfume?


Regulus balançou a cabeça: “sim”.


- Isso me lembra que estou atrasado.                                                                                                                                                                                                                                                       Regulus deu uma última olhada no espelho e saiu. Aproveitando a aula vaga, Regulus correu escadaria acima e depois saiu do castelo para encontrar com Alice na beira do lago. A tarde estava maravilhosa, o sol fraco do outono aquecendo a todos confortavelmente, inclusive a lula gigante, que movimentava seus tentáculos vagarosamente à beira d’água, à espreita, talvez, de um aluno desavisado. Alice já estava lá, conforme combinado, sentada na grama. Regulus se aproximou dela, cobriu-lhe os olhos e brincou:


-Adivinha quem é?!


- Hum, deve ser uma pequena peça de xadrez perdida de seu tabuleiro... – ela respondeu, sorrindo.


Então ele, sem tirar as mãos de seu rosto, se agachou e a beijou.


- Você errou.... Este rei não está mais perdido... ele já encontrou sua rainha...


Ela abriu um largo sorriso enquanto ele se sentava ao lado dela.


- Você demorou, Reg.


- Ah, fui na sala comunal deixar meu material... Você chegou aqui faz tempo? – perguntou, trazendo Alice para si, deitando suas costas em seu peito. Regulus adorava aconchegar a namorada em seu colo.


- Na verdade, não. Também fui guardar meu material, então encontrei o Longbottom. – Regulus franziu a testa, se perguntando o que ela poderia querer com o monitor chefe da escola, a resposta para sua pergunta silenciosa veio em seguida – ele estava distribuindo folhetos para o pessoal do quinto ano, sobre profissões e as notas exigidas nos NOMS e NIEMS. Fiquei curiosa e pedi um a ele... Ele achou engraçado, disse que eu era nova demais e nem tinha altura para escolher uma profissão e ficou segurando o folheto no alto, para que eu não conseguisse pegar...


- Ora, que abusado! Você quer que eu fale com ele? Ou que jogue uma pequena maldição? – ele piscou um olho, marotamente, para Ela, que havia virado a cabeça para olhar em seus olhos.


Ela sorriu. Levantou-se e acenou um pedaço de pergaminho arroxeado em sua mão.


- Não precisa. Quando eu vi que ele ia ficar brincando comigo, eu saquei minha varinha e lancei aquele feitiço que você me ensinou, para trazer as coisas para a gente...


- Accio?


- É...


- E?


- E o papel se soltou da mão dele e veio direto para a minha... Ele ficou me olhando feito bobo como se nunca tivesse visto nada igual em sua vida... – ela sorriu com sua lembrança.


- Esse pessoal da Grifinória acha que só eles são capazes de fazer feitiços... pior que eles, só a Corvinal!


- É, você tem razão... Bem, porque você não deita no meu colo e nós dois podemos ler o folheto juntos?


Alice sentou-se novamente e Regulus deitou a cabeça no colo dela. Ele olhou para o lago, pensativo. A lula tentava puxar o pé de uma garota loira que estava de costas para eles, para que ela caísse na água. Aquela lula era mesmo engraçada, o que se passaria na cabeça de um bicho tão escroto? O tentáculo do bicho vinha deslizando mal submerso, formando uma leve onda na superfície da água. A garota pareceu perceber e olhou para o animal, que se retraiu. A garota continuou lá, parecia estar procurando algo na beira do lago. A lula recomeçou o movimento em direção à perna da menina. Ele daria qualquer coisa para compreender aquele bicho. Seria possível usar Legilimência contra ele? O tentáculo da lula estava se aproximando, se aproximando.... Deveria ele gritar e avisar a garota indefesa? Ele estava prestes a abrir a boca quando a lula moveu-se com mais velocidade e, para sua supresa, a garota pulou habilmente o tentáculo da lula, sacou sua varinha e lançou um feitiço no animal, que retraiu o tentáculo. Regulus riu, e contabilizou em pensamento: “10 a zero para a menina. Essa é das minhas!” A garota se virou. Era Rachel. Um súbito arrependimento o arrebatou. “Lula idiota, nem para derrubar Rachel na água!”


- Reg? – Alice acenou o folheto, visivelmente incomodada com a distração do namorado.


- Bem, na verdade, já tive minha dose de folhetos do Ministério para uma vida toda e, além do mais, eu trouxe a minha própria leitura... – sacou e acenou uma cópia enrolada do Profeta Diário que ele trazia enfiada no bolso.


- Ah, está bem. – Ela sorriu e o beijou novamente.


Regulus desenrolou o jornal e começou a ler. Desde que haviam voltado para a escola, ele vinha procurando alguma pista sobre o incidentes com as bicicletas. Já que Sirius e James estavam envolvidos com motocicletas e não com bicicletas, o argumento de Alice de que poderiam ser Comensais da Morte distraindo a atenção do Ministério começou a fazer sentido para ele, então ele lia o jornal diariamente para ver se conseguia identificar o modus operandi do grupo, já que nos jornais antigos ele não tinha conseguido fazer tal conexão.


Na capa do Profeta, em letras grandes, estava o anúncio de uma captura de Comensais da Morte feita por Aurores no dia anterior.


“Rudolf Montblanc foi preso no final da tarde de ontem, acusado de subjugar uma comunidade trouxa próximo de Liverpool. Veja detalhes na pág. 5”


O garoto abriu a página indicada, e lá estava uma foto da marca negra pairando no céu. No mesmo instante ele se lembrou da marca sobre a casa dos Leloush. A marca negra exercia sobre ele um fascínio sobrenatural. Aquele homem havia matado mais dois trouxas... e então lançado a marca no ar... a caveira simbolizando a morte, semeando medo e respeito. Não havia no Profeta o motivo das execuções. Regulus acreditava que Montblanc tivesse, de alguma forma, feito justiça. Então Regulus olhou para o folheto que Alice segurava. Na parte de trás havia uma cobra muito parecida com a cobra da marca negra. Estava ao lado das explicações sobre a carreira de curandeiro oferecida pelo Hospital Saint Mungo. Ele olhou de volta para o jornal e neste instante pareceu óbvio para ele que se Voldemort conquistasse o poder, todas aquelas mortes não teriam mais sentido, a guerra acabaria e os bruxos seriam livres da opressão. Voldemort era, como seu símbolo indicava, a cura para as mortes, a cura para o sofrimento do povo bruxo, o fim da guerra e da matança. Então outra foto lhe chamou a atenção. Era o tal Montblanc vestido com uniforme de Azkaban. Ele tinha cara de ser uma pessoa pouco inteligente, um olhar vazio e um sorriso abobalhado. “só podia acabar sendo preso, o bobão... comigo isso nunca aconteceria...” pensava Regulus quando Alice lhe chamou:


- Reg! Já sei o que eu quero ser! Agora é certeza: vou ser Auror!


Ele sorriu e abaixou o jornal para olhar para ela.


- Então é você quem vai me prender?


- Te prender porquê? Por que eu te prenderia? – perguntou, franzindo a testa.


Regulus disfarçou:


- Bem, na verdade, você já me prendeu para sempre no seu coração... – ele sorriu largamente, puxou sua cabeça gentilmente para baixo e a beijou, escorregadio nas palavras e nos atos, como um típico sonserino.


Ao longe, a lula gigante derrubou, finalmente, um aluno e então submergiu.

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Comentários (2)

  • Mika Black

     Esse título...kkk, imaginei tantas coisas.  Ami é muito fofo! Não dá pra entender como esses meninos querem se tornar comensais...Adorei ver o Regulus com ciúmes do Longbottom, muito bom! Ele faz tudo pela Alice, mas parece que falta algo, talvez um pouco de imperfeição. E o Longbottom está bem afim dela. Desde aquela vez que o Crounch inventou boatos da Alice e do Reg, ele ficou bem bravo com o Regulus, é fazer o que. É o destino.  Estou muito na expectativa de ver a volta do Reg no grupo do voldemort. Ele cada vez cria mais argumentos para o que acredita, e repudia tudo que vai contra ao seu pensamento, é interessante como sua fé em Voldemort é crescente. Mesmo a Alice não consegueria mudar ele. Seria muito engraçado ver ela e o longbottom lutando contra o Regulus. Me pergunto se depois da Alice haverá outra, a Rachel se mostra cada vez mais presente, apesar de eu não gostar dela.  A situação do Severus e do Regulus é bem parecida, gostam de uma garota que desaprovam suas ideologias, coitados, no final morrem sozinhos. Eles como adolescentes são todos iguais, não importa o que acham certo, conseguem ser amigos, mas quando começam os atos diferentes, aí muda tudo. Nesses dias estava pensando tanto em Sev e Lílian, que estou pondo eles em tudo que vejo!Hushauhsua!   Não vejo a hora de ler o próximo capítulo!

    2015-06-07
  • Luiza Snape

    Nossa, esse cap foi fofinho! Show!! Fico imaginando antes do Reg morrer se ele comensal e ela auror vão duelar e  se reconhecer no duelo?!

    2015-05-31
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