Um véu e um espelho



Capitulo 30: Um véu e um espelho



As folhas eram arrancadas dos galhos das árvores, sendo lançadas para o ar, onde ondas de vento as faziam dançar suavemente. Vermelho…dourado… castanho… suas cores garridas de Outono preenchiam o chão, formando um manto alto e fofo, que ela sentia formar-se em torno de si.
Uma sensação estranha preencheu-a por completo... uma sensação que não conseguia identificar. Mantinha seus olhos fechados para o que a rodeava, deixando seus outros sentidos despertos para o mundo. Sentada no chão, deixava que folhas se prendessem em seus longos cabelos negros, respirando profundamente o silvestre aroma da floresta.
Abriu finalmente os olhos.
A clareia estava esplêndida em cor e sons… as árvores erguiam-se mágicas, despedindo-se de suas belas folhas, enquanto estas ainda pendiam em seus ramos… os sons da floresta faziam-se erguer no silêncio da tarde…
Mas algo de errado havia naquela imagem!
Um barulho de um galho a quebrar despertou sua atenção. Manteve-se sentada no mesmo local, enquanto uma pequena menina surgia por entre os arbustos.
_ Caroline…
Não havia passado de um sussurro apenas ouvido por ela mesma.
A pequena andava a um passo apressado, olhando para trás como que se sentindo encurralada. Acabou por tropeçar e cair no chão, mantendo-se deitada sem se mexer. Era visível que não se magoara, mas sua respiração descompassada e a maneira como se colocava em posição fetal, demonstrava puro terror.
Preocupada, Berta segurou a barra do seu longo e fino vestido, erguendo-se majestosamente. Começou a caminhar em direcção da pequena, ajoelhando-se ao pé desta.
Colocou uma mão sobre as suas costas, levando a pequena a saltar de susto, sem, no entanto, olhar para cima.
_ Caroline?
Reconhecendo a voz, a pequena olhou para cima, com os olhos cheio de lágrimas.
_ Mestre Yara! – exclamou lançando-se para o colo da Magid.
_ Tem calma, petit Caroline.
Berta olhou curiosa para a pequena, tentando encontrar respostas. Mas, quando esta ergueu o rosto para a Magid, apenas uma palavra foi pronunciada:
_ Gröom !

Berta acordou em sobressalto, olhando em torno de si, desorientada. Estava no quarto que lhe havia sido oferecido quando viera, junto com os outros, para Hogwarts, com a testa banhada em suor.
Olhando para o lado, viu que Morgana já havia acordado.
Afastando os cobertores de si, apressou-se a vestir. Tinha de avisar com urgência todos os outros.


* * *

_ O tempo está a fugir por entre os nossos dedos e nós nada fazemos! Temos de agir!
Amos olhou para Merlin, tentando perceber se este o ouvira. Mas o Magid Prateado encontrava-se submerso nos seus próprios pensamentos… perdido no horizonte que observava da janela da torre sul do castelo de Hogwarts.
_ Merlin! Estás a ouvir-me?
_ Sim Amos…- respondeu, ainda com as costas viradas para todos os outros Magids – Eu estou a ouvir. E tal como tu, eu também ouvi o que a Berta nos contou e percebo o quão alarmante tudo isto é.
Gabriella observava tudo receosa da poltrona onde estava sentada, até que decidiu pronunciar-se.
_ Pensas que a pequena corre perigo? Que algum deles está em perigo?
Merlin limitou-se a suspirar cansado, não se atrevendo a virar.
_ Merlin! Eu fiz-te uma pergunta e quero-a respondida! Achas que algum deles corre perigo?
_ A questão não é a segurança deles. – interrompeu Salazar – Mas sim o significado deste aviso.
Gabriella levantou-se da poltrona furiosa, erguendo um dedo em riste na direcção de um dos fundadores da escola.
_ Mas é claro que a questão também se relaciona com a segurança deles. Eles estão incumbidos de suas funções, mas nós juramos protegê-los. Eles aceitaram sua existência porque sentiram em nós apoio e protecção. Suas vidas não são imortais, Salazar! Convém recordares-te disso. Seu poder é limitado. Eles não estão aptos a defenderem-se!
_ A função deles é proteger os…
_ E a NOSSA é protegê-los a eles! Cumprir com nossa obrigação! E quanto ao significado de tudo isto… não penses que também não estou preocupada com isso. Se Behemoth conseguiu fazer seu poder chegar aos Gamyth, temos de impedi-lo.
Salazar revirou os olhos.
_ Mas o que tenho eu falado todo este tempo?
_ Não uses esse tom de voz comigo, Salazar Slytherin!
Naquele momento, a porta da torre abriu-se, permitindo a passagem de Harry, Dumbledore e Alexandre.
_ Mas afinal o que se passa? A Berta acabou de me contar o que aconteceu e…
Parou por instantes de falar, quando viu Salazar Slytherin e Gabriella Angnel a trocar olhares furiosos entre si.
_ Eu uso o tom de voz que me apetecer! A culpa disto tudo é vossa!
_ Como?! Repete isso outra vez, Salazar, se tiveres coragem. Como podemos ter culpa?
_ Se tivessem parado Behemoth rapidamente…
_ NÓS NEM SABEMOS ONDE ELE ESTÁ…. EM QUE TEMPO ESTÁ!
Harry olhou escandalizado para os outros dois Magids que discutiam entre si, completamente alheios a tudo a seu redor. Mas será que eles não viam que não tinham tempo para aquilo? Que a ampulheta do tempo fazia suas areias deslizarem contra si?
_ Chega! – ambos olharam para ele - Parecem duas crianças. A questão não é como Behemoth conseguiu afectá-los, mas sim até que ponto o pode fazer. Todos nós sabemos que o poder dos Gamyth é imenso… que eles não se deixam quebrar facilmente. E eles foram criados para não se deixarem influenciar por magias negras de qualquer tipo. Se agora estão em risco de serem adulterados e os selos quebrados, temos de descobrir como iremos conseguir protegê-los e quanto tempo temos para o fazer. Se um Backut contactou connosco é porque aquilo que protege está em risco.
_ E o que vamos fazer? – Mara olhou para todos sabendo a respostas, antes mesmo de esta ser proferida por Morgana.
_ Está na hora de intervirmos.

* * *

Ron Weasley atravessou os corredores animado, com a vassoura apoiada no seu braço. Estava um dia perfeito! Ainda mais para um bela partida de Quidditch.
Chegando à torre sul do castelo, preparou-se para dizer a senha mas foi interrompido quando a porta se abriu, dando passagem aos Magids, todos eles com pesados e longos mantos negros sobre o corpo.
_ Ron? O que estás aqui a fazer?
Reconhecendo o melhor amigo, aproximou-se confuso.
_ Para que são os mantos? Parece que vão invadir Azkaban! – deitou um olhar em seu redor antes de voltar a falar animadamente – Mas deixa isso de lado. Venho chamar-te para vires jogar Quiddicth comigo e com o resto do pessoal. Basicamente ano de 1978 contra ano de 1997!
_ Pois… -Harry olhou desconcertado para o melhor amigo, fazendo sinal aos outros Magids para continuarem sem ele – É mesmo uma pena... mas eu não vou poder participar nessa disputa.
_ Como assim não vais participar? É claro que vais. És o nosso seeker. Além disso, o James anda a vangloriar-se que é o melhor e eu fiz uma aposta com ele de como tu o vencias. Não me podes deixar na mão! E também, desde quando recusas um joguinho?
_ Desde que tenho deveres Magid para cumprir. Vou ter de me ausentar do castelo por algumas horas. – vendo o olhar de desapontamento do melhor amigo, tratou logo de completar –mas podemos jogar amanhã!
_ Mas amanhã o tempo pode não estar tão bom. Além disso era agora que íamos jogar.
_ Tenho muita pena, Ron! A sério! Eu preferia mil vezes ir voar agora numa vassoura, mas não posso.
_ Claro que podes. É só dizeres que tens outras coisas para fazer e que não podes ir a essas viagens Magids esquisitas.
_ Não é assim tão fácil. Tenho mesmo de ir.
Começou a caminhar, mas parou ao ver a cara carrancuda do amigo.
_ Então, Ron?! Não fiques assim! Eu prometo que logo que estas coisas se resolverem eu pego na vassoura e vou dar uma coça ao James. Só que agora não posso mesmo.
_ Prometes?
_ Prometo!
_ Olha que eu vou cobrar!
Sorrindo divertido, Harry puxou o capuz negro sobre a cabeça, ocultando completamente o rosto, e caminhou na mesma direcção que os outros Magids tinham tomado.

* * *

Pessoas andavam apressadas em todas as direcções… pilhas de pergaminhos eram transportados… vozes ressoavam em todo o edifício…
Aquele era, sem qualquer dúvida, mais um dia atarefado como tantos outros que se sucediam no Ministério da Magia de Inglaterra.
Rodolphus Lestrange saía, naquele momento, do elevador, atravessando confiante o longo hall do piso principal do edifício, fazendo seu longo e fino manto negro dançar atrás de si. Sorriu contente consigo próprio, enquanto observava os bruxos apressados com que se cruzava. Bruxos idiotas! Idiotas com seus cargos insignificantes, lutando por uma vida mísera e sem qualquer ambição. Eles não sabiam o que era estar no topo, conhecer as pessoas com quem valia a pena travar amizade, fazer pactos… Ele sabia! Sempre soubera reconhecer poder quando o via.
Sorriu satisfeito. O seu encontro com o chefe de departamento de aurores havia sido proveitoso. Enquanto o idiota do Rufus Scrimgeour discutia com ele os planos de ataque e todos os passos que iria seguir para acabar com destruição que os devoradores da Morte causavam à sua passagem, não se apercebia que estava a entregar a vitória daquela guerra de bandeja para uns dos seus inimigos. Vitória! Lestrange quase conseguia sentir o seu doce sabor. Enquanto que a sua elevada condição social no mundo bruxo lhe dava a chave de quase todas as portas no mundo bruxo, “eles”, os amantes de sangues de lama, nada desconfiavam que os seus inimigos estavam mesmo debaixo dos seus narizes… a conspirar… a traçar planos para a sua vitória…para uma altura que o maior bruxo de todos os tempos, o seu mestre, ocupasse o seu lugar de direito no topo da hierarquia.
Nada poderia parar Lord Voldemort. Seu mestre estava em ascensão, ganhando poder e aliados a cada dia que passava, enquanto o ministério perdia poder e controlo, ganhando apenas cada vez mais corpos sem vida, muitos deles torturados pelas suas mãos.
E quando Lord Voldemort ganhasse completo controlo sobre tudo, ele, como seu fiel seguidor, subiria com ele.
Ajeitando o manto sob os ombros, continuou a caminhar sem pressas, até que algo o fez estagnar.
Conseguia ver do outro lado da fonte da Irmandade Mágica, algo que não encaixava em todo o padrão do dia-a-dia no Ministério.
Três vultos envolvidos em mantos negros estavam parados perto da entrada do ministério. Lestrange não lhes conseguia adivinhar as feições no rosto, nem qualquer outra característica mais discriminativa. No entanto, algo neles não batia certo. Algo que o fazia ter um certo receio, relativamente ao qual desconhecia sua origem. Eles mantiveram-se parados, durante cerca de 2 minutos, sem que o bruxo responsável pelo exame das varinhas lhes pedisse que lhe entregassem as deles.
De repente, o som do elevador fez-se soar pelo recinto e, quando o ocupante saiu dele, todo o hall caiu no mais profundo silêncio. Afinal, poucas eram as vezes em que o Ministro da Magia descia até ao hall durante a tarde e ainda mais raras eram as vezes em que ele o fazia para receber visitas.
No entanto, para completo choque de Lestrange, o Ministro sorriu para os estranhos vultos, demonstrando alguma ansiedade.
Viu quando o Ministro trocou algumas palavras com os 3 vultos, quando estes começaram a mover-se sem olharem em volta, desaparecendo quando as portas do elevador se fecharam depois de si.
Lestrange decidiu que afinal ainda existia algo que necessitava da sua atenção no ministério.

* * *

_ Devo dizer que fiquei bastante surpreendido quando recebi o aviso de que viriam aqui… ao centro de todas as decisões. Pensei que gostariam de estar no anonimato.
Oliver Mohr caminhava à frente, com fortes passadas, só respondendo à pergunta do Ministro após alguns segundos.
_Alguns acontecimentos modificaram os nossos planos.
_ Ai sim?! – a curiosidade era palpável – Mas que tipo de acontecimentos? Não que eu tenha nada a haver com o assunto, como é lógico. Mas talvez pudesse ser de algum auxílio.
_ Tem razão! Não tem nada a haver com o assunto.
Thomas Mallock calou-se durante alguns segundos, tentando recuperar a coragem que sentia ser rapidamente extinta.
_ Bom…certo… também fiquei espantado quando me disseram o que desejavam fazer aqui. Quer dizer, este nosso departamento desperta o interesse em muitas pessoas, mas nunca pensei que fosse tão importante para despertar o interesse de tão grandes e ilustres figuras da história mágica.
_ O vosso departamento tem algo que não lhe pertence. Algo que não deveria lá estar. – Respondeu calmamente Hengisto.
_ Vão retirar algo de lá? – a perspectiva parecia alarmar o ministro.
_ Não! Não chegaremos a tanto. Apenas… averiguar algo. E mais nada é necessário saber. Confie em nós, Mr. Mallock: quanto menos souber, melhor! Existem certos segredos que não devem jamais ser desvendados.
O ministro parecia ter compreendido a dica e manteve-se em silêncio o resto do caminho.
Hengisto sorriu, olhando para a terceira pessoa que caminhava a seu lado. Franziu as sobrancelhas. Desde que tinham saído de Hogwarts, Harry mantivera-se calado. Hengisto sabia que parte do silêncio se devia aos problemas e aos mistérios que agora os avassalavam, mas sentia também que algo mais existia. Algo secretamente associado com local para onde se dirigiram…
Harry caminhava, quase que inconscientemente, com a face inexpressiva, contrariando tudo o que estava a sentir. Não desejara jamais voltar àquele local que tantas recordações lhe trazia. Mas o dever como Magid era, antes de tudo mais, algo que devia cumprir. Mesmo que esse dever envolvesse enfrentar fantasmas do passado.
_ Ucr atm aticuts? ( tradução: Porquê tão silencioso?)
A pergunta de Hengisto pareceu retirar o jovem Magid de seus pensamentos.
_ Unllmu acuas epucilrasi. (tradução: Por nenhuma razão em especial) - sorriu tentando mostrar que nada de errado se passava.
_ Harry… - Hengisto olhou severamente para ele.
_ Afico Behemoth liel afecer ucm Gamyth? ( tradução: Achas que o Behemoth anda a interferir com os Gamyth?)
O Magid mais velho suspirou cansado. Parecia que não iria conseguir que Harry se abrisse. Por mais que tentasse entender o que se passava, mais Harry fugia do assunto.
_ Unllmu csrie. Esd is laetr Backut untnuis Ceicllmu uqai… (Tradução: Não sei. Mas se um Backut nos alertou então é porque…)
_ Is si opssmu urpmo… ( tradução: se ele os está a quebrar…)
_ Afico (Tradução: Eu sei)
_ Posu etog estpme Gamyth!” ( tradução: Temos de proteger os sete Gamyth!)
Ficaram em silêncio, observando a porta ao fundo do corredor ficar cada vez mais próxima. Harry começou a sentir mil recordações a emergirem do fundo da sua mente. Odiava aquele lugar com todas as forças, mas, como Magid, não poderia afastar-se. Tinha uma missão a cumprir. Além disso, a preocupação do que Behemoth poderia estar a fazer era maior do que qualquer outro sentimento. Já nada mais poderia fazer para alterar as recordações que o invadiam e o feriam mais uma vez. Mas poderia fazer algo para que outros não sofressem.
Erguendo o rosto em desafio, respirou fundo e encarou com determinação a porta do Departamento dos Mistérios quando esta já se encontrava a escassos centímetros de si.
Mallock abriu prontamente a porta, dando passagem aos 3 Magids. Quando atravessou a porta, Harry viu-se, mais uma vez, naquele sala tão conhecida: a sala das portas. Se olhasse com atenção, quase conseguia ver na sua mente os X vermelhos que Hermione marcara nas portas, durante o seu quinto ano. Marcara… ou marcaria, uma vez que este departamento ainda não havia sido invadido por um grupo de alunos de Hogwarts, durante a calada da noite, nem palco de uma batalha.
Não! O recinto encontrava-se intacto e silencioso… silêncio esse apenas quebrado por breves e leves passos de pessoas que trabalhavam no seu interior ou por sussurros de conversas.
Uma das portas abriu-se, dando passagem a um homem negro, de porte forte, cujos olhos pareciam perfurar cada pessoa com quem se cruzasse.
_ Ah! Mr. Moore. Mesmo a tempo. Sei que não aceita que o seu departamento seja invadido por pessoas estranhas, afinal as pesquisas que aqui decorrem são perigosas e secretas, mas desta vez parece que teremos de abrir uma excepção.
Mr. Moore olhou carrancudo para o Ministro, demonstrando, claramente, o seu profundo desagrado pela presença dos quatro nos seus domínios.
_ Mr. Mallock, pensei que tinha deixado bem claro, quando me tornei chefe deste departamento, que não admito pessoal não autorizado aqui dentro. Nem aurores, nem políticos, NINGUÉM! Se quero fazer o meu trabalho bem feito e deixar aqueles que trabalham para mim fazerem o que lhes compete, não podemos ter visitas de qualquer tipo. Este departamento não é para a vista de todos e o ministro sabe disso. Guardamos aqui segredos que não podem ser revelados e objectos cujo poder é desconhecido, mas não menos perigoso. Por tanto, deve compreender o meu espanto, quando me contactou esta manhã a dizer que iria trazer cá um conjunto de bruxos para intrometerem o nariz naquilo que ME diz respeito.
_ Ora… ora, meu caro Moore. Não trago aqui simples bruxos. Isto não se trata de nenhuma campanha politica e posso garantir-lhe que estes senhores são de confiança. Eles apenas desejam ver um objecto que é guardado neste departamento.
_Um objecto que não pode ser revelado! - grunhiu.
_ Sei que tem em conta a segurança de todos, mas sinceramente não compreendo como um simples objecto seja tão perigoso que alguém nem ver pode.
_ Oh! Ele pode ser visto, mas jamais tocado. Não estou a gostar disto, Thomas! Nem um bocado. Tenho especialistas a trabalhar no assunto, portanto não sei porque pessoas estranhas têm de o ver. Se isto é pelo facto de ainda não termos desvendado os seus mistérios, deixe-me que lhe diga, que o que guardo aqui não é para brincadeiras. Poucos seriam os que iriam compreender completamente o significado de cada um dos mistérios.
_ Mistérios que ainda não desvendou, como tenho a certeza.
A cabeça de Moore virou-se para Harry, parecendo surpreendido pelas palavras do rapaz.
_ Mas…mas… o que é isto?
_ Perdão?
_ Um garoto! AQUI! No meu departamento! Mallock será que perdeste completamente o juízo?
_ Não me julgue pelo que vê, Mr. Moore. Alguém como o senhor já deveria saber isto. Trabalhando aqui… onde tudo é muito mais do que aparenta ser. – Harry baixou o capuz da sua capa, sendo rapidamente seguido por Oliver e Hengisto.- Compreendo a sua ânsia de proteger tudo o que este departamento embarca, mas posso assegurar-lhe que as minhas razões são bastante próximas das suas. Não tenho qualquer curiosidade nas maior parte das coisas que guarda aqui… apenas desejo ver um. Um só. O arco com o véu!
_ Mas a que me pede é a mais difícil de ver. O chefe da equipa que está por detrás do desvendamento do véu não deixa ninguém aproximar-se. Mesmo aqueles que trabalham arduamente para si têm limites de acção. Não vai conseguir convencer Rick Breit a aproximar-se do véu.
Hengisto sorriu para Harry, divertido.
_ Tenho a certeza que o Mr. Breit será capaz de abrir uma excepção para nós.
Moore soltou um som de descrença, não dando valia às palavras de Hengisto até que estagnou, olhando para o Magid com mais atenção.
_ A sua cara não me é estranha. Conhecemo-nos de algum lado?
_ Penso que não. Tenho a certeza de que iria recordar-me se o já tivesse conhecido. –dando um passo em frente, colocou uma mão sob o ombro dele – Talvez esteja a confundir-me com alguém. Já me disseram que tenho uma daquelas caras comuns.
Moore abriu a boca por uns momentos até que se sentiu invadido por uma certeza de que Hengisto tinha razão. Sim… ele não o conhecia… apenas achava que sim. Fechou a boca descansado, abrindo uma das portas para os três Magids, sem colocar mais nenhuma questão.
Harry sorriu divertido para Hengisto.
_ Daifico emse ed eceturs, Hengisto?! Unqnaum ocigatito liel uqsai nusu Magid atm amuls. Oftrsaes utsu ocols edihebo evsrro inegr ca umllmu laab.
tradução: A influenciar as mentes de outros, Hengisto?! Nunca pensei que fosses um Magid tão mauzinho. Talvez a tua cor devesse ser preta e não branca.)
Hengisto limitou-se a abafar uma risada.
_ Pronto - a voz do ministro da magia soou, assustando Harry que já havia se esquecido de que ele ali estava – já fiz a minha parte. Não passo daqui. Existem certas coisas neste de departamento que querem estar desconhecidas e eu não pretendo quebrar isso. Não sou Homem de grandes mistérios. O Moore trata dos mistérios e eu dos ministérios.
E deu meia volta, rindo-se da sua própria piada.
_ Mas que homem mais estranho.
Harry acenou com a cabeça em sinal de concordância.
_ Vamos?
Seguindo Moore, os três Magids viram-se num espaço amplo que Harry conhecia tão bem. Talvez, demasiadamente bem.
As escadas de pedra… as paredes imponentes… e, é claro, o misterioso arco de onde pendia um véu que baloiçava com um vento que não existia. A imagem de um corpo humano a cair em direcção ao véu, desaparecendo nele, invadiu Harry. Fechou os olhos. Não podia deixar que memórias o afectassem! Não naquele momento.
Os três desceram as escadas aproximando-se do arco. Moore deixara-se ficar para trás, talvez receando aproximar-se demais do arco.
Harry focou sua completa atenção no objecto à sua frente, deixando que seus ouvidos captassem, mais uma vez, as palavras que se ouviam para além do véu.
Quando estivera diante dele, pela primeira vez, pensara ter ouvido os murmúrios, embora não tivesse conseguido perceber o que diziam. Mas, agora…
_ Mas quem são senhores e o que estão a fazer aqui?
Olhando para trás, Harry viu um homem, por volta dos seus 40 e tal anos, a caminhar furioso na direcção deles, mas sem olhar com atenção para os invasores do seu território. Moore olhou para eles como se dizendo: “ Não vos avisei?! Agora é que os vossos problemas começaram!”
Harry sorriu divertido. Rick Breit não seria um problema.

* * *

O museu do Cairo encontrava-se cheio de pessoas a observarem, fascinadas, todas as peças em exposição. Sarcófagos… máscaras… papiros… hieróglifos… Mil e um objectos que contavam uma história de um tempo distante, em que o Egipto se erguera em toda a sua glória.
Tempos gloriosos para o mundo muggle através dos faraós…
Tempos gloriosos para o mundo bruxo através dos sacerdotes…
Bianca observava encantada, quando um grupo de crianças entrou pela porta principal do museu, tentando acompanhar, com suas pernas pequeninas, a professora que liderava o grupo. Olhavam espantadas para tudo, exuberantes no seu brilho de inocência. Apontavam para tudo o que viam… os meninos encantados com as figuras e armaduras de luta, as meninas divididas pelo medo que sentiam das múmias e o encanto pelas peças usadas, outrora, pelas grandes rainhas do Egipto.
Vendo-os assim, imersos na história do seu país, Bianca não conseguiu conter uma onda de orgulho. Quando fora convidada, pelo director do museu, para trabalhar naquele local que tanto a fascinara quando pequena, Bianca não pensara duas vezes antes de aceitar.
Agora tinha uma equipe com quem trabalhava todos os dias nas escavações na parte da manhã, reservando a parte da tarde na catalogação de novos objectos para o Museu e elaboração de exposições.
Em suma, conhecia tudo o que pudesse existir de resquícios do antigo Egipto, fosse na sua descoberta, a partir das escavações, fosse naquilo que o mundo via no museu.
_ Bianca!
Olhou para trás, vendo Raul, seu parceiro, correr na sua direcção.
_ Mas o que estás a fazer aqui? Pensei que estivesses a orientar as escavações perto do desfiladeiro?
_ E estava. – ele demonstrava um entusiasmo que apenas reservava quando algo de único e inédito ocorria – Quer dizer, eu ainda estou… quer dizer…agora estou aqui mas vim de lá e vou para lá e…
_ Raul! Respira fundo e tenta falar com mais calma. Parece que viste a rainha Nefretiti viva!
_ Oh!!!! Não vi mas acho que encontrei algo igualmente fantástico.
_ Pensei que nada fosse mais fantástico do que a tua preciosa rainha? – sorriu trocista.
_ Goza o quanto quiseres porque como eu estou, NADA me pode afectar. Acho que desta vez acertámos!
_ Como assim?
_ Não te vou dizer. É melhor mostrar-te. Anda lá Bianquinha!!! Desta vez encontrámos algo muito melhor do que vasos e cacos.
Puxando-a pelo braço, Raul fê-la entrar no jipe que havia estacionado à frente do museu, dando partida em elevada velocidade.

* * *

Lestrange ficou a observar a porta do departamento de Mistérios da posição em que se encontrava. Vira quando o ministro havia entrado com as 3 figuras misteriosas e quando voltara a sair, desta vez, completamente sozinho.
Estava agora interessado em saber o que as 3 figuras tanto faziam no departamento dos Mistérios e quem seriam eles.
Sim… porque nenhum bruxo normal tinha a oportunidade de entrar naquele departamento, sendo acompanhado, por ninguém mais do que o Ministro da Magia.
Ninguém entrava naquele departamento a não ser os que lá trabalhavam. Nem ele tinha esse direito! Os mitos e os boatos que rondavam aquele departamento eram muitos. Ninguém sabia ao certo o que lá se encontrava nem o que faziam os que lá trabalhavam.
Mas uma coisa era certa: algo de muito suspeito andava a passar-se. E o seu mestre precisava de saber!

* * *

Rick estava furioso! Para além de furioso… Estava descontrolado!
Trabalhava naquele departamento havia muito tempo e sempre fora responsável pelo arco. A condição que sempre colocara era que JAMAIS alguém chegasse perto dele sem a sua autorização e que estranhos eram proibidos naquele sala. Eles não tinham ideia do poder daquele véu…. Do seu significado! Era da sua responsabilidade zelar por ele. Uma responsabilidade que transcendia qualquer chefe, superior… mesmo o próprio Ministro!
Quando o departamento de Mistérios exigira que ele escolhesse uma equipa para trabalhar com ele na descoberta dos mistérios do véu, Rick tentara argumentar, mas no final as pressões haviam sido tantas que tivera de ceder. Escolhera uma equipa da sua completa confiança em que todos os seus elementos estavam alertados que, mesmo eles, só poderiam aproximar-se do véu com a sua autorização.
Vários testes haviam sido feitos, com vários feitiços, mas jamais algum bruxo conseguira perceber a utilidade do véu ou seus poderes.
E, se dependesse de Rick, era assim que as coisas seriam mantidas!
Mas, quando entrara na sua sala e alguém o avisara que o Ministro da magia havia entrado no departamento dos Mistérios com 3 estranhos e que estes haviam pedido para ver o véu, levantara-se de sobressalto, deixando meia chávena de chá na secretária, e dirigira-se para a sala do véu.
_ Moore! - virou-se para o seu chefe – Tu sabes muito bem que eu não quero ninguém perto daquele véu. Só eu e a minha equipa é que podemos fazer isso. É perigoso!
_ Eu sei! Mas o Ministro fez um pedido especial e…
_Não quero saber se foi o Rei do planeta! Nesta sala mando eu! Não quero políticos a enfiarem os narizes empinados no meu véu!
Começou a descer a escadaria de pedra furioso, com a intenção de expulsar os 3 desconhecidos da sala.
_ E os senhores...
Mas jamais conseguira acabar o que iria dizer, porque, quando seus olhos haviam focado os 3 desconhecidos, todo o seu rosto havia adquirido uma tez pálida. Olhou de um para o outro, como tentando perceber se o que via era realidade.
Harry sorriu divertido enquanto Oliver olhava mal-humorado, detestando ter sido interrompido.
Passaram alguns segundos a olhar uns para os outros, até que Rick sorriu levemente, começando a caminhar-se para a porta.
_ Rick?! – Moore olhava para tudo aquilo espantado. Jamais previra aquela reacção do colega. - Onde vais?
O dito cujo olhou para trás.
_ Tenho de tratar de umas coisas e preciso que venhas comigo.
_ O quê? Tu vais deixar 3 desconhecidos ficarem sozinhos com o teu arco? TU?
_ Qual o problema? Não és tu que dizes que devo melhorar as minhas relações sociais?
_ Eu…
Moore continuava a olhar espantado para ele, como se o estivesse a ver pela primeira vez. A partir do primeiro segundo que Rick entrara pela porta do departamento, com o intuito de estudar aquele véu, um cuidado quase doentio havia-se desenvolvido nele, relativamente ao misterioso arco. Não deixava ninguém aproximar-se... Chegara mesmo a expulsar a pontapés um estudioso belga que havia tido curiosidade sobre aquele artefacto. Basicamente o véu era a “excalibur” de Rick, que não pretendia desistir dela.
Antes que conseguisse proferir mais uma palavra que fosse, foi agarrado pelo braço e empurrado para fora da sala, sem qualquer cerimónias.
Virando-se mais uma vez para trás, Rick proferiu em voz baixa para os 3 vultos:
_ As vozes têm ficado mais intensas.
E com essas palavras saiu da sala, fechando a porta atrás de si.
Harry olhou novamente para o véu, perdendo o sorriso divertido que envergara no rosto durante toda a cena que presenciara.
_ Ele tem razão. – a voz de Oliver fez-se soar pelo recinto – as vozes estão mais intensas.
_ Achas que ele está a conseguir quebrá-lo?
_ O véu?
Harry confirmou com a cabeça.
Oliver ficou pensativo durante algum tempo, caminhando lentamente ao redor do véu em questão, até que decidiu pronunciar-se.
_ Devo admitir que o facto de as vozes estarem mais fortes me preocupa.
_ Mas enquanto eles se mantiverem inaudíveis para os bruxos não é preocupante. –esclareceu Hengisto – Mas se outros começarem a ouvi-las…
Deixou que suas palavras pairassem no ar, como um pronuncio de uma desgraça.
_ Eu sei! Nessa altura já poderá ser tarde demais. – Harry ergueu a mão, fazendo movimentos no ar, como se estivesse a acariciar o véu, sem, no entanto, jamais o tocar. -As vozes estão mais inquietas…desesperadas! Acho que teremos de reforçar o lacro.
_ Achas necessário?
_ Acho!
_ Harry tem razão! Além disso não poderemos ignorar outro factor bastante preocupante.
_Que factor Hengisto?
_ Devo dizer que fiquei bastante curioso relativamente às escolhas de Behemoth, quando mandou amigos de Harry para este tempo. Principalmente Luna Lovegood.
_A Luna?! Mas que tem a Luna a haver com o véu? Ela… -parou de repente quando sentiu a realização atingi-lo – A Luna… a Luna é a próxima?
_ É!
Diante da confirmação de Hengisto, fechou os olhos.
_Porque nunca me disseram?
_ Porque ainda não era o tempo. Ela ainda não está pronta. Além disso, só agora é que estás a entrar nessa parte da realidade Magid.
_ Isso não é verdade! – Abriu os olhos, mal-humorado – E tu sabes disso! Já tenho os meus protegidos.
_ E terás mais! Com o tempo. Não te escondi nem ninguém o fez. Apenas não nos lembramos.
Harry riu-se um pouco, lembrando-se de algo.
_Como não me apercebi?! Os sinais estavam todos ali. O facto de ela também os ouvir, por entre o véu, era o maior sinal que poderia receber. Mas na altura nem desconfiava. Nem Magid eu sabia que era!
_ Bakut etog Gamyth ac ew etog Backut!- Hengisto sorriu para Harry.
_ Bakut etog Gamyth ac ew etog Backut! - repetiu o mais novo.


* * *

Quando Bianca saltou do jipe, já ela própria sentia na pele o entusiasmo do amigo. Sabia que, o que é que tivesse captado a atenção do amigo, valeria a pena. Havia muito tempo que não encontravam nada mais do que velhos vasos e papiros. As grandes descobertas eram cada vez mais raras, sendo que este momento era precioso.
_ Ainda não me disseste o que encontraste!
_ Não te disse nem te vou dizer. Tens de ver com os teus próprios olhos, miúda. – as mãos tremiam-lhe de excitação, mal conseguindo segurar a lanterna enquanto guiava Bianca para um túnel por debaixo da areia.
_ É uma múmia? Um sarcófago? Por favor… diz-me… - choramingou tentando quebrar a barreira de teimosia do amigo.
_ Tem calma. Já vais ver! - mais alguns passos… pedidos desesperados e curiosos - Chegamos!
Bianca viu-se dentro de um recinto que em tudo se assemelhava a um túmulo, algo bastante frequente numa pirâmide, embora esta não se tratasse de uma. Mas não havia sarcófago, nem tesouros… nem mesmo vasos ou papiros.
Havia apenas duas coisas Os hieróglifos da parede, que Bianca não observou com atenção, pois algo mais cativara sua completa atenção. O segundo objecto estava localizado no centro do recinto e dele emanava uma luz azul brilhante.
_Nunca pensei que existisse esta sala aqui. Nunca me teria apercebido. - falava ofegante Raul - Mas quando estava a fazer uma vistoria de rotina, essa luz começou a acender e a atravessar um espaço da parede sul. Fiquei curioso e mandei pararem com as outras escavações e concentrarem-se aqui. Sei que não devia ter tomado esta decisão sem te consultar, mas não consegui resistir. E no final, acho que não podes ficar muito zangada. Isto vale mais do que ouro!
Bianca olhava assustada para o belo espelho que se erguia à sua frente. Era um espelho alto, de cerca de 2 metros, muito trabalhado. Mas o que chamava mais a atenção no espelho eram duas coisas: o seu brilho azul, que enchia toda a sala, e o símbolo desenhado no seu topo.
Bianca ficou a olhar para o símbolo, começando a sentir o ar a fugir-lhe dos pulmões.
_ Isto não é maravilhoso?! – Raul interpretara o silêncio da amiga como um bom sinal. Sabia que ela estava tão eufórica como ele, apenas precisava deixar o choque desaparecer. – Não sei que espelho é este… nem como raio consegue brilhar… mas o mais surpreendente é ver um espelho destes…AQUI… no meio de uma construção Egípcia.
Não… não… não…Isto não poderia estar acontecer. Não agora! Não com ela!
_ Parece-me bastante antigo! Mais antigo ainda que o tempo dos faraós. E olha que isso é dizer muito. – Raul dava passos em torno do espelho, examinando-o atentamente – Ainda não tive oportunidade de o ver com mais cuidado, mas acho que vai ser difícil atribuí-lo a alguma época histórica específica. Todo o seu feitio é completamente diferente do que alguma vez vi. E está perfeitamente conservado!
Bianca olhou mais uma vez para o símbolo com receio. Lentamente, elevou o seu braço e afastou a manga da sua camisa. No seu pulso, o mesmo símbolo era visível.
_ Cheguei a pensar que talvez tenha sido plantado aqui. Basicamente este túmulo teria sido saqueado e alguém teria colocado o espelho aqui. Mas os nossos testes mostram que este túmulo foi aberto pela primeira vez em 2 mil anos. Logo isto foi colocado pelos Egípcios. A questão é: Será que este espelho é tão antigo que foi encontrado pelos Egípcios e depois escondido por eles? E se for esse o caso: Porquê?
Ficou em silêncio durante uns momentos, observando orgulhoso a sua descoberta. Soltando uma gargalhada de triunfo, voltou-se para amiga:
_O que tu achas Bianca?
Mas ela já não se encontrava no recinto. Deu uma volta de 360º tentando ver onde ela se tinha enfiado.
_ Bianca?
Bianca corria a toda a velocidade pelo mesmo túnel por onde entrara momentos atrás. Como aquilo havia aparecido? Depois de tanto tempo? O que iria agora fazer?
Encontrando-se no exterior, apoiou as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego. Todos os que passavam por ela, lançavam-lhe olhares estranhos mas não a abordavam. Sabiam que o que quer que tivesse abalado de tal modo uma das chefes da escavação, era grave o suficiente para deixarem-na em paz.
Começando a sentir forças nas pernas, olhou para cima, apenas para voltar a sentir o ar a ser roubado novamente dos seus pulmões.
No topo do desfiladeiro, 3 figuras com capas negras olhavam para ela.
E, naquele momento, Bianca não deixou de pensar que algo de grave iria ocorrer.







Nota da autora:


Bem… eu não vou cantar os parabéns!!!Parece que sua excelência dona Guida Potter Magid não me quer ver mais a cantar.
Por isso, apenas vou dizer um enorme:
PPPPPPPAAAAARRRRRAAAAAAABBBBBBÉEEENNNNNNNSSSS!!!

Happy Birthday to you, Guida!!!

Este capitulo, com prometido, é exclusivamente para ti. Como podes ver, até coloquei umas cenas no Egipto. Aquele país cuja cultura tu tanto adoras. Adoras tanto que até estás a escrever uma fic baseada nela!!!

PARABÉNS, MANINHA!!!! Espero realmente que gostes do teu presentinho.

Bem… agora vamos lá ver uma coisa… eu sei que todos devem estar a pensar “ Será que a light pirou de vez ou ela não sabe escrever? Quer dizer que raio de diálogos são aqueles?”

Aqueles diálogos, meus caros e amados leitores, são a prova viva de que eu sou mesmo doida. Porque aquilo é linguagem Magid!!! Isso mesmo! Leram bem… aquilo é linguagem Magid!!

Eu vou tratar de explicar:
Lembram-se a uns capítulos atrás, numa cena entre o Harry e o Neville em que o nosso amado Magid estava a ler um livro numa língua desconhecida para o Neville. O Neville questionou o Harry acerca disso, e eles respondeu que aquilo era linguagem Magid, falada entre os Magids?!

Pois bem, o meu amado e doido cunhadito, Mr. Gabriel Gryffindor Magid (que já é pai pela 6ª vez) perguntou-me: “ que tal se inventares a língua toda?”
Eu virei-me para ele e perguntei se ele era doido porque inventar um língua assim não era fácil. Recordo-me muito bem de lhe ter perguntado se tinha cara de Tolkien!

Mas a questão foi que ele começou a falar muito nisso, e eu comecei a achar piada… então, loucura das loucuras, comecei a escrever e a inventar.

GENTE!!! ISTO DÁ O MAIOR TRABALHÃO!!!! MESMO!!!SEI QUE NÃO ESTÁ PERFEITA MAS MESMO ASSIM ESTOU CONTENTE PELAS POUCAS LINHAS QUE CONSEGUI ESCREVER!!

Tudo começou com a invenção de uma pequena expressão: Efimere etu! A primeira expressão que inventei. E agora, vejo-me a inventar diálogos completos. Eu sei que sou doida!!!

Desculpem pela loucura… eu ando com uma macumba qualquer pois passo a vida doente e ando cheia de trabalhos. Mas, pronto… aqui está.

Já agora, MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIO NAS CRÓNICAS DE ASERA!!!OBRIGADA MESMO!


Agora…EU AVISEI!!! AVISEI QUE A PARTIR DE AGORA, TUDO SERIA MAIS MISTERIOSO!!! Agora irei dar pistas, várias pistas. Lembrem-se: nem tudo é o que parece!!

Agora coloco as seguintes questões: será que valeu a pena a espera? Será que consegui criar um pouco de curiosidade em vocês nem que seja um pouquinho? Será que conseguem ver as pistas, que são várias, e perceber onde elas se encaixam?

Pista para o próximo capitulo: alguém muito conhecido vosso vai aparecer. Alguém que foi bem importante na iniciação de Harry na vida de Magid.



Respostas a comentários:

A Kika Martins: É! Eu sei que ando um pouquinho… só um pouquinho sumida!! Mas ainda estou viva! Acho eu… * lightmagid coloca a mão ao peito sentindo o coração bater* É! estou viva! Vou tentar escrever mais rápido mas as coisas andam difíceis. Não na escrita mas em termos de tempo…

A Tonks Butterfly: Obrigada pelo elogio. Ainda não passei na fic pois ando meia sem tempo, seja para escrever, seja para ler fics. Mas vou tentar arranjar tempo.
Sim… o poema é meu… quer dizer…. Não é bem um poema…mas uma pequena reflexão! Eu sempre adorei escrever, e quando escrevi aquela cena apeteceu-me colocar parte daquele texto. Foi mais um impulso do momento. Ainda bem que gostaste!

A Adriana Roland: Novamente: eu sei que ando sumida. Desculpa filhota. Mas o tempo anda muito curto. ÀS vezes é nos difícil prever o futuro. Vou tentar ser mais rápida, está bem?
Ainda bem que gostaste do meu pequeno texto e do capítulo. Acho que para um projecto de escritora, até que me estou a sair bem! :) parabéns pelo aniversario dia 9. desculpa não ter colocado!!!! Mas este também vale para ti!! Acho que a Guida não se importa em partilhar! Aqui vai um grande e caloroso: PARABÉNS A VOCÊ, NESSA IDADE QUERIDA!!! Melhor parar por aqui pois acho que a Guida me mata se canto outra vez!!

A neptuno_avista: Bem… aqui tens uma das coisas que pediste. Eu sei!!! Fui muito má!!! Deixei tudo na curiosidade. As crónicas? vou tentar arranjar tempo para escrever o próximo? Fica muito confuso acompanhar duas fics a falar das mesmas personagens?
“ Até que ponto se pode esperar?” ah ah ah…. Tem calma! Não é preciso esganar ninguém! O e_mail pode ser: [email protected] ou [email protected] podes contactar-me com qualquer um deles.

A Gabriel de Ulhoa Canto Gebara: poxa!!! A preferida?!! Acho que vou começar a corar… lá vou eu…tomate lightmagid. Muito obrigada. Não te preocupes pois vou tentar que as crónicas não interfiram muito com a fic principal. Afinal esta fic é a minha primeira prioridade. Não te preocupes. Não vou desistir disto! Adoro escrever esta fic! E espero que estejas preparado para muito mistério!!!

A J䣡ñë G¡£¡ö†¡: OI filhota!!! Grande comentário! Bem daqueles que eu adoro! é verdade!!! Somos bem parecidas! Devíamos ter uma placa colada à testa a dizer: “cuidado!! Secção explosiva!” Ah ah ah! estou a brincar! Fico contente que tenhas gostado do meu pequeno texto ( quer dizer, o texto original de pequeno nada tem). E ainda bem que gostaste das várias cenas do capitulo. Quando vejo os vossos comentários e noto que gostaram realmente do que escrevi, sinto como se nada mais importasse. Obrigada pelos comentários e pelo apoio. És a maior!

A Biank Potter: Desculpa pela demorar! Mesmo!! Eu sei que às vezes sou mesmo uma Behemoth feminina :) Mas o importante é que postei logo já tiveste algo que ler. “ pelas barbas de Dumbledore?” ah ah ah… * Merlin ri na cara do magid Azul-claro, enquanto o último cora, colocando uma mão protectoramente sob as barbas* Coitados dos meus magids! Ah ah ah…
Um capitulo todos os dias? Tu queres matar-me? É isso? Já que queres muito suspense e mistério, acho que vais adorar os próximos capítulos. A partir daqui vai ser assim. Agora… aguenta a curiosidade! Será que vou conseguir despertá-la em ti? só tu me podes responder…
Já agora o teu comentário com as questões eu não apaguei! Nunca apaguei um único comentário. O comentário foi abaixo com aquele problema da floreios!!! Tive muita pena pois lembro que tinhas perguntas muito interessantes e eu adoro quando vocês apanham pequenas pistas que vou largando ao longo da fic!!! E tu tinhas apanhado bastantes!!! Se tiveres duvidas coloca que eu adoro vê-las!!! E podes ter a certeza que jamais apagarei um único comentário por mais vezes que me chames de versão feminina de Behemoth! Ah ah ah

A Styx Potter: podes fazer parte da família. só tens de falar comigo no msn. Mas rápido, pois eu vou apenas aceitar mais uns poucos e depois só entram quando o site estiver pronto. Eu disse para escolheres mas tens de ter calma pois a única coisa que não podes ser é meu irmão. Porquê? Porque a Guida é muito ciumenta. Ela diz que ela será minha única irmã! Ah ah ah. Vê se pode. . Ah e marido pois já sou casada!:)Mas o resto podes ser: primo, filho, sobrinho, tio e mesmo pai!! Mas para ser pai só sob autorização da mami molly!!

A Elisa J. Lupin: obrigada!! Muito obrigada!!! Se vocês continuarem a dizer isso olha que vou começar a acreditar!!! Obrigada pelos parabéns pelos exames!! Espero que continue a escrever bem o suficiente para que continues a gostar desta historia e de tudo o que ela envolve!! Boa sorte com os mistérios!!! Quem sabe se não os resolves antes de eu os resolver na fic?

A Sakura Li: Não te preocupes que te adiciono no msn. Será um prazer falar contigo. Ainda bem que continuas a adorar o que escrevo. Isso quer dizer que continuo a surpreender-vos, certo? Ou pelo menos não decepciono, certo?

A Angel Evans: tê-lo inteiro? Não sei… fico sem graça!! Já foi uma loucura colocar uma parte imagina todo ele!!! Vou pensar e depois decido se mando ou não. Peguei direitinho? Uau!!! Estou mesmo a começar a achar que até levo jeito para cenas românticas. Pelo menos o suficiente!!! Simplesmente adoro escrever… nunca paro ou penso no assunto… deixo-me apenas levar pelas ideias e maluquices! :) obrigada pelos elogios. Significam muito para mim… dão-me a vontade de continuar e faz-me crer que realmente escrevo algo que outros gostam de ler! Quanto ao texto…vou tentar ganhar coragem para mandar… tentar!!!

A Débora goebel: oi filhota!!! Já viste como as coisas funcionam? És basicamente uma novata no mundo dos Magids e já estás completamente embrenhada no seu mundo, a começar pela família. Adorei o teu comentário pela sinceridade. Acho que enquanto falamos no msn, não te disse isso. Se não gostam de algo, prefiro que digam. E escreveste tão bem a tua evolução ao longo dos capítulos… de como começaste a gostar da fic à medida que lias… que senti realmente que estava a evoluir, capitulo após capitulo!!! Obrigada filhota!!!
Já agora, espero que não dês em doida dentro da família. Todo o pessoal é fantástico…louco mas fantástico. Tenho a certeza de que vais adorar!

A Guida Potter: mel? Olha quem fala… o pote de mel com o seu ursinho bububu!!! :) inventei efimere etu para o aldo e não me arrependo. Já agora, se quiseres, visto que tens adorado a perspectiva desta nova língua, podes usar essa expressão para o puff pink. Quanto a aprenderes a língua… deixa estar que eu vou ensinar-te!!! Outra coisa: EU JÁ DISSE QUE NÃO VOU CONTINUAR A FIC MAGIDS!!! JÁ CHEGA ESTAR A MASSACRAR TODOS COM DUAS FICS, ESTA E AS CRÓNICAS, AINDA QUERES QUE CONTINUE!!! INDEPENDENTEMENTE DO FACTO DE JÁ TER TEMA PARA A CONTINUAÇÃO, NÃO A VOU FAZER. PONTO FINAL… PARÁGRAFO!!!
Também te adoro!

A Dri Potter Magid: filhota!!! Obrigada pelo elogio!!! E sabes que sempre que quiseres podes falar comigo certo? No msn ou mesmo por e_mail. Estarei sempre aqui! Quanto ao comentário fofo… até eu tive pena pois nunca cheguei a ler!!! Será que não podes voltar a escrevê-lo?

A Priscila Bananinha: Não diria perfeita mas agradeço o elogio. Ultimamente demoro bastante para actualizar mas não é por mal. Realmente ando sem tempo algum.

A markim: “ ensinar a escrever tão bem?” como se tivesses razão de queixa. Só pelos comentários vejo que escreves muito bem… imagina se lesse um dos teus poemas!!! Como sempre fazes-me corar com os elogios. Exagerados mas ainda assim não consigo deixar de agradecer. Espero ansiosamente pelos próximos comentários. Sempre levei a tua analise critica muito em conta. Sabes que te acho bastante critico, o que para mim, é um óptimo valor!! Obrigada!

A Dama Mary Potter: Aquela historinha retirei-a da minha mente. Fui eu quem escreveu, a algum tempo atrás!!! Espero que tenhas gostado. Como eu tinha dito ,aquela historia é parte de uma historia ainda maior que eu inventei. Quando cheguei à cena do Harry com a Ginny, num impulso, decidi colocar aquele trecho.

A Cahh Magid *Fairy*: Realmente ler um capitulo enquanto se conversa no msn ao memso tempo pode ser difícil. Mas o importante é que acabaste por ler e que gostaste. Realmente fui um pouco mazinha com o Salazar!!!Mas não resisti!!! E ainda bem que gostaste de como juntei a ruivinha Evans com o moreno Potter!!

A Marlon Carvalho : Eu tenho um blog mas acho que não tenho coragem de colocar lá o texto. Eu já coloquei aquele trecho num impulso, quase desistindo. O texto todo? Vou pensar e depois respondo. Se decidir colocar em aviso onde postei. Mas agradeço os elogios. Mesmo muito. Acho que nada mais vale para além que escreve algo do que ver a sua criação a ser apreciada e elogiada! Obrigada mesmo!
Fico também contente que gostes da maneira como escrevo. Sou portuguesa, logo sei que por vezes utilizo linguagem que pode ser diferente da que é utilizada no Brasil mas fico contente que isso não impeça o gozo de ler algo escrito por mim. Espero que este capitulo tenha sido misterioso suficiente para criar em ti a curiosidade!

A James V Potter: Embora já tenha mandado um e_mail a falar do teu comentário não me importo de repetir. Em primeiro lugar não me importo de maneira alguma com esse tipo de criticas. Como tu próprio disseste elas são construtivas e serão sempre muito bem vindas. Como é suposto eu melhorar em algo se ninguém me diz onde melhorar?
Bem, eu sou portuguesa e a linguagem que uso aqui é aquela que normalmente nos usamos. Os “ te”estão sempre presentes no nosso dialogo, mesmo em linguagem informal! Mas percebo o teu lado, uma vez que para todos vocês deve ser estranho ler algo assim escrito. Vou tentar evitar os “ te” nos diálogos entre os mais novos para melhorar o padrão, embora aqui os “te” se usem em todo o género de linguagem!
Obrigada pela critica e pelos elogios. Espero que tenhas gostado deste capitulo e estou sempre aberta a novas sugestões, portanto não te acanhes!

A Priscila Louredo: eu realmente estou a começar a achar que não sou assim tão má em cenas românticas visto todos terem sido tão generosos nos comentários. Olha que eu fico mal acostumada :)

A Beca Black: se tu ficas tão emocionada quando lês um capítulo, imagina só como eu fico quando leio os vossos comentários. Fico eléctrica… sem graça, encabulada, corada até à ponta dos cabelos. Obrigada! Fico muito contente que adores a esse ponto a minha fic. Eu também adoro escrever ela! E fico emocionada ao saber que o último capitulo tenha sido o teu preferido. Este é muito diferente mas será que pelo menos deu para matar a saudade?

A Taline: Espero que este capitulo tenha estado à altura da tua ânsia de o ler. Está bom? Misterioso o suficiente?

A juliia-chan: SE tu estavas curiosa com o ultimo, imagina agora? Com estas pistas que lancei ao ar? Obrigada pelo elogio à fic e ao meu pequeno texto. Esta jovem e novata escritora agradece…

A Daniela Potter: Oi sobrinha!!! Eu sei que já falei contigo sobre o teu comentário mas quero apenas voltar a referir o quanto te agradeço pelas palavras. Acho que me vais querer matar depois deste capitulo. A tua mami queria. Enquanto ela betava o meu capitulo conseguia ouvir ela resmungar contra mim. Coisas como: “ tu não podes deixar uma pessoa assim na expectativa… não!!! Porque paraste aqui…o que é aquilo?” Coisas assim… então… despertei a tua curiosidade?

A Pri Lestrange Riddle: a única coisa que posso fazer é sorris e corar com os elogios. E este? Valeu a pena? Deixei-te curiosa?

A Alex Jose de Araújo: uau! Consegui fazer chorar… sinto que deveria dizer que não foi a minha intenção mas faltam-me as palavras ao aperceber-me do impacto que o capitulo teve. E este? Colocou-te ainda mais curioso?

A Argentino: oi filhote!!! Ainda bem que gostaste. E este é como tu gostas… bem misterioso, certo?

A Zoey Kinamoto Black: olá zoey. Se leste minha fic e gostaste, fico contente. Tentarei passar por tuas fics embora agora ande sem tempo. Mas tentarei ler.

A Aldo Padfoot Black: espera aí? Paddy? Modesto? Quem diria… estou de boca aberta… quando dou patada resmunga mas quando dou elogios fica sem jeito. Grande Don ruan! Bem… independentemente de concordares ou não, és o maior e nada pode mudar isso. Mais uma vez, obrigada! A razão do desaparecimento do quadro ainda não posso dizer, mas falta muito pouco para desvendar essa parte do mistério. só um pouco de paciência e tudo estará resolvido.

A ina clara: já actualizei. a pergunta é: valeu a pena?

A Kika Martins: obrigada. E desculpa pela demora. Mas aqui está. Um capitulo acabadinho de sair do forno. Com um tempero bem especial de mistério!

A Anna Júlia: oi carlapiks!!! Que vergonha… a roubar o login da irmã…ah ah ah…brincadeirinha. Ainda bem que gostaste. És uma das minhas leitoras mais antigas, logo, saber que continuas a gostar de ler esta fic maluca significa muito para mim….Muito mesmo!!

A Madalena: bem… continuo a achar que não está ao nível dos grandes poetas mas aceito o elogio. Muito obrigada!!

A natiandre: “axo q merlim desceu à Terra e te forço a posta hein?” ah ah ah…adorei esta!!!! De certo modo todos os meus magids começaram a exigir atenção!!! Quanto ao amor entre caleb e madalena… * lightmagid faz um sorrisinho misterioso* não digo mais nada!

A Sileon Vonflash: obrigada. quanto a ler a tua fic, vou tentar arranjar tempo pois minha vida anda uma loucura. Está bem?

A Lola Potter: poetisa? Eu? Que nada… aquilo foi apenas um texto que escrevi durante o verão… mas obrigada!!! E então? Gostaste deste capitulo?

A Gabriel Griffindor Magid: a fazer chantagem, gabrielzinho bububu? Nunca pensei… e então? Gostaste de um dos presentes que dei à tua esposa? Sim… porque o outro está relacionado contigo. Só não consegui arranjar cor de rosa.:) pena... iria divertir-me imenso com aquilo… *lightmagid faz cara de malvada* estou a brincar. Agora, que ela agora passa a vida agarrada aquilo, lá isso é verdade!!!



Ufa!!!
Acabei… acho que não esqueci de ninguém

Bem… espero que tenham gostado do capitulo!!!

POR FAVOR!!! COMENTEM… CRITIQUEM… ATÉ PODEM XINGAR-ME!!! MAS DIGAM QUALQUER COISA!!!!

BEIJOS ENORMES DA GRÃ-MAGID,Lightmagid


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