Primeiras Impressões



capítulo 5:Primeiras Impressões

Salazar dirigiu o seu olhar a todos os alunos que se encontravam no salão.
“Mais piolhos…era mesmo isto que eu precisava…”
Era de certo modo estranho ver Hogwarts neste tempo. Na sua essência continuava a mesma: o salão pouco mudara, as paredes pareciam as mesmas mesmo sabendo da diferença de quase 1000 anos. Mas, nesta altura, o salão estava mais preenchido…muito mais do que alguma vez poderia imaginar…”Preenchidos de sangues de lama… isto é um ultraje!”
Como que adivinhando os pensamentos do seu “colega”, Godric lançou um olhar de aviso que foi rapidamente retribuído com um esgar.
_ Isto é verdadeiramente fabuloso! Já tinha visto várias vezes imagens de Hogwarts ao longo do tempo mas é sempre diferente estudar algo e vivê-lo.
_ O que é que estavas à espera, Merlin… Afinal fui eu que estive por detrás da construção desta Escola – diante do olhar furioso de Godric corrigiu - Pronto... e este imbecil atrás de mim. Mas podes ter a certeza que Hogwarts jamais seria tão grandiosa se Godric não tivesse tido o meu auxílio…
Godric limitou-se a revirar os olhos. Merlin soltou uma ligeira gargalhada.
_ É absolutamente maravilhoso ver tantos alunos. No meu tempo, poucos eram os que aprendiam feitiçaria…sabes…por causa das perseguições. Mas ver tantos alunos a estudar, independentemente da sua origem e crenças, enche o meu peito de orgulho em ser bruxo.
_ Pois…essa parte de “independentemente da sua origem” é que me estraga um pouco os planos. Afinal, temos que preservar o nosso sangue!
_ Slytherin, isso é um completo disparate. Nós decidimos com a Rowena e a Helga que todos tinham o mesmo direito de estudar feitiçaria. Não vamos começar outra vez com a mesma ladainha, pois não?! Eu sinceramente não sei o que fiz para merecer tamanho castigo para te aturar durante tantos anos. Eu devo ter cometido um erro muito grave…
_ Disso podes ter a certeza! E sabes qual foi? Foi seres um imbecil, um idiota, um atrasado mental, em não deixar-me implantar aquela regra na escola. Mas não te preocupes, leãozinho, que eu tomei medidas para salvar o nosso projecto…
Godric soltou um sorrisinho trocista…
_ Para que foi o sorrisinho?
_ Nada…apenas gostei do teu comentário. Afinal sempre gostei dos teus projectos sibilantes…
Salazar ficou petrificado. O que é que ele queria dizer com aquilo? Ele não poderia saber de nada… ou poderia? “Afinal ele é um magid…sempre que quiser pode pesquisar… mas então? … porque raio é que ele se estava a rir… não estou nada a gostar disto…”
_ Eu não sei o que queres dizer com isso mas é melhor começares a falar, patas felpudas, senão vais começar a ver estrelas e olha que não vai ser no tecto…
_ Nada, cobrinha, apenas estou a recordar-me de algo muito divertido que o Dumbledore me mostrou há uns tempos. Algo envolvendo, um bichinho de estimação teu, uma Fénix, um chapéu, e alguém por quem tu simplesmente morres de amores…

* * *

Sirius conseguiu finalmente sair do torpor em que se encontrava. Aquilo pura e simplesmente era impossível.
Desviou o olhar para a sua direita, onde se encontrava James, e depois olhou para a frente, onde se encontrava o “clone”. Repetiu o processo 6 vezes.
_ Estás parvo Padfoot?! Estás a olhar para onde? Até parece que nunca me viste!
_ James… eu nem sei como te dizer isto mas… ou a tua mãe escondeu um irmão gémeo durante todos estes anos… ou foste clonado!
_ O QUÊ?! Mas de que raio estás tu a falar?
_ James…acho que está na altura de trocar os óculos. Olha em frente…
_ Sim eu sei…é espantoso… podes acreditar nisto?!
_ Então quer dizer que já reparaste!
_ Claro que sim…é impossível não reparar em Godric Gryffindor quando crescemos a ouvir falar nele…
Sirius bufou de irritação. Levantou-se… arregaçou as mangas… colocou ambas as mãos na cabeça de James… e com um forte puxão orientou-a na direcção contrária.
_ Ai! Pára… estás a magoar-me… afinal o que é que tu queres que eu veja… pareces…OH!
Poucas coisas eram capazes de surpreender James Potter. Afinal estavam a falar do rapaz que inventou o conceito maroto…aquele que pendurou o professor Flitwitch no castiçal da sala… que pintou o cabelo da Professora McGonagall de roxo… que encheu a sala comum dos Slytherin de sapos a cantar o hino nacional enquanto soltavam bolhas de sabão cor-de-rosa… aquele que se tornara um animagus… que colocou um hipogriffo na sala de estudos…e que, sem dúvida alguma a maior proeza de todas, sobreviveu a 1432 foras de Lily Evans!
Mas aquilo arrebentou a escala! Estava um garoto igualzinho a si a conversar animadamente com um outro magid... Apenas duas coisas conseguiram penetrar na mente de James: “ é um magid… e é igualzinho a mim…alguma coisa muito estranha está a acontecer”
_Sirius… é impossível…aquele sou eu!
_ James… como raio é que conseguiste duplicar-te. Que feitiço é que usas-te que não partilhaste comigo… ESPERA… risca isso… DESDE QUANDO TENS TANTA CONFIANÇA COM OS MAGIDS! EU SOU O TEU MELHOR AMIGO!
_Eu estou inocente… Eu juro… juro pela minha mãe, pelos meus filhos…
_ TU NÃO TENS FILHOS!
_ Mas vou ter… Afinal é uma pena que estes genes maravilhosos se percam no tempo…
_ Eu nem me vou dignar a responder a isso…
Remus Lupin já ouvira o suficiente. Ainda estava para descobrir como é que podiam sair tantos disparates juntos. Decidiu intervir:
_ James, Sirius - falou como se estivesse a explicar algo simples a duas crianças teimosas - É basicamente impossível aquele Magid ser o James. Primeiro porque não podem existir dois James e segundo porque aquele rapaz tem olhos verdes.
Sirius e James olharam intensamente para o rapaz. Realmente, o Moony tinha razão. De repente, o rapaz virou-se como sentindo que estava a ser observado. Parou por alguns segundos como que espantado. De seguida soltou um sorriso e acenou-lhes. A curiosidade triplicou.
Mas aquele momento foi rapidamente quebrado com um grito que se ouviu em todo o castelo:
_ POTTEEEEEEEER!

* * *

Vincent Michta sempre fora conhecido como uma pessoa extremamente vaidosa. Afinal, uma pessoa tem sempre de cuidar de si própria antes de cuidar dos outros. Não que ele fosse uma pessoa egoísta… pura e simplesmente considerava que uma pessoa conseguiria fazer tudo se tivesse as coisas minimamente organizadas. Além disso, era sempre bom quebrar aquele mito de que os grandes feiticeiros que lutavam contra as forças das trevas eram sempre pessoas cheias de cicatrizes e, provavelmente, com alguns membros a menos. Ele provinha de um tempo muito à frente daquele em que se encontrava. Desde pequenino, costumava dizer à sua mãe que se tivesse alguma vez a oportunidade de conhecer alguns feiticeiros do passado lhes iria dizer que a violência nem sempre era a opção. Era uma pessoa que sempre que podia evitava o uso da força bruta. E aquele momento era decididamente um daqueles em que a violência não era a opção.
Balançou a cabeça enquanto observava, juntamente com os espantados alunos, Salazar agarrar Harry pelo colarinho enquanto o erguia no ar. Conseguia ouvir, por entre as acusações de Salazar, um rapaz de cabelos negros e olhos azuis, sentado na mesa de Gryffindor, a proferir:
_ Ele disse Potter?
Vincent não compreendeu aquela reacção. Afinal Harry Potter ainda não tinha nascido naquele tempo. Mas ao olhar para o rapaz sentado à direita do primeiro, facilmente percebeu: aquele deveria ser o pai do Harry.
_Muito bem, moleque. Explica-me lá o que é que o Gryffindor quis dizer com: “O Harry espetou uma espada na tua cobra”
Levantando as mãos no ar em sinal de rendição, Harry proferiu na voz mais inocente que se poderia imaginar:
_ Não fui eu… pronto… fui eu. Mas foi ela que começou!
_ Diz-me lá, Potter, como é que uma cobra pode ter culpa?
_ Meninos… - tentou interromper Dumbledore.
_ Como? Tu queres saber como? Deixa ver… não sei… talvez por ter atacado a minha melhor amiga… ou talvez por ser a culpada do Hagrid ter ido para a prisão… ou porque…não sei… por culpa dela e do teu herdeiro psicopata a minha namorada… pronto… quase namorada, ter estado a segundos de ser morta.
_ Meninos…
_ Além disso, Slytherin, caso não saibas, não gosto lá muito de ser puxado pelo colarinho. Por isso fazes o favor de me largar, antes que sofras as consequências?
_ Aqui quem faz exigências sou eu, meia-leca!
De repente, Salazar soltou um grito enquanto libertava Harry. Começou a abanar as mãos sem reparar que todo o seu cabelo estava no ar.
“Quem brinca com o fogo…” – pensou Vincent divertido – “…acaba por se queimar… ou… neste caso… apanhar um choque.”
_Tu não tinhas o direito de destruir o meu basilisk!
Diante das expressões absolutamente assustadas dos alunos, Albus Dumbledore decidiu que era a altura de se impor:
_ Meninos, já chega! Caso não tenham reparado nós não estamos em Asera. Já não basta estarem a comportar-se como crianças de 5 anos a quem roubaram um chupa-chupa, ainda estão a falar coisas que não podem referir.
_Foi ele que começou! – disse Harry.
_Não quero saber quem começou, mas eu vou terminar. Agora se querem comportar-se como verdadeiros Magids, façam o favor de se sentarem na mesa principal e aguardar.
Diante disto, Harry olhou espantado para o director de Hogwarts e proferiu:
_ Não me posso sentar na mesa dos Gryffindor?
Diante deste comentário, todos os rostos dos alunos de Gryffindor se iluminaram como uma criança na noite de Natal.
_ Nem pensar! Agora vocês vão fazer tudo o que eu digo e sentar na mesa principal.
Nesse momento, as “luzes de Natal” apagaram-se.

* * *

Quando a mesa principal já estava completa, com os professores intercalados com os Magids (e com Harry e Salazar devidamente separados) Dumbledore demonstrou uma expressão satisfeita e ergueu-se da cadeira.
_ Meus caros alunos. Depois desta… confusão, da qual eu tenho a certeza de que os meus colegas Magids estão profundamente arrependidos – tal, valeu-lhe dois olhares contrariados de Harry e Salazar e um sorriso divertido de Godric – posso finalmente apresentar-vos os Magids. Penso que com alguns deles vocês já estão familiarizados. Estou a falar de Merlin, Morgana, Salazar Slytherin, Godric Gryffindor, Hengisto de Woodroft, Alberico Grunnion, Páolo Barboni e Caleb Dewes.
À medida que Dumbledore ia dizendo os seus nomes, os respectivos Magids levantavam-se das suas cadeiras e cumprimentavam os alunos.
_ Além destes, existem mais alguns que vos quero apresentar. Vou começar por apresentar o mais novo de todos nós, quer dizer, aquele que demonstrou os seus poderes mais cedo, e que vai ser o próximo Magid: Harry James Potter.
_ O QUÊ?!
Todas as cabeças se dirigiram em direcção do grito. James Potter encontrava-se levantado da sua cadeira com a cara vermelha e com os olhos esbugalhados.
_ IMPORTA-SE DE REPETIR O NOME OUTRA VEZ?!


Nota da autora:

Olá!! Aqui estou eu com mais um capítulo. Como prometi não demorei muito.
Quero agradecer imenso à Manoella e à Luana Coelho pelos comentários. Continuem a dizer o que acham... a mandar ameças... o que quiserem. Respondendo à pergunta da Manoella eu não quero demorar muito a colocar os capítulo.Pelo menos todos os fim-de-semanas vou colocar um novo capítulo. Durante a semana também vou tentar.
Bem... não vos vou chatear mais. Aproveitem e comentem :)
beijos, lightmagid

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