Tempos que se encontram...



Capítulo 16: Tempos que se encontram...

Escuridão! Completa escuridão. De repente, do vasto manto negro, luzes começaram a penetrar… sons indistintos vibraram…
Ginny Weasley começou a recuperar a consciência. Porque estivera inconsciente? Uma figura erguia-se diante de seus olhos mas a sua visão ainda se encontrava turva. Não conseguia distinguir formas e cores. Tudo se misturava em espiral!
Soltou um gemido quando tentou mexer-se. Porque é que se sentia tão exausta? Parecia que se tivesse chocado contra um muro e este ripostasse. Parecia que todos os músculos do seu corpo estavam cansados depois de um longo e exaustivo exercício físico. Lembrava-se de que tivera treino de Quidditch nessa manhã mas jamais se sentira assim depois de um. O que é que tinha mudado?
Os sons começavam a aumentar de volume. Eram palavras? Estariam a falar com ela?
Respirou fundo e tentou recordar-se dos acontecimentos desse dia. Acordara cedo, fora tomar pequeno-almoço com os seus amigos. Recordava-se de que ficara decepcionada pois Harry não se encontrava na mesa a tomar o pequeno-almoço. Provavelmente tinha ido mais cedo para o campo de Quidditch antes do treino. Era o capitão e isso trazia certas responsabilidades. Levantara-se da mesa, e fora para o campo de Quidditch. Encontrara pelo caminho Demelza e Jimmy com quem conversou todo o caminho até ao balneário. O treino tinha corrido muito bem. A energia que se acumulara durante as férias serviu a todos para darem o seu máximo durante o treino. Mesmo Harry, que deveria estar de rastos depois das “férias “ que tivera a salvar o mundo bruxo, aproveitou aquele treino até à exaustão.
Mas havia algo que preocupara Ginny. Embora Harry sorrisse e contasse piadas, ele deixara de ser naquele dia o simples adolescente que se tinha tornado após a luta com Voldemort. Não que Harry jamais esquecesse tudo o que passou… tudo porque lutou… tudo o que sacrificara…mas desde aquele dia parecia que um peso enorme tinha sido levantado dos seus ombros. Pudera ser finalmente apenas um garoto por entre a multidão. Houve apenas duas alturas em que Ginny sentira no namorado uma diferença. A primeira fora uma semana após a derrota de Voldemort, quando Harry ainda se encontrava na Ala Hospitalar a recuperar. A outra fora naquele dia. Era como se o antigo Harry regressasse: o Harry responsável, que suportava o peso do mundo. Da primeira vez, Ginny não dera muita importância pois naquela altura, embora muitos festejassem o fim da Guerra, outros choravam as perdas. Muita gente morrera naquela guerra. Mas naquela manhã, Ginny não conseguiu explicar o que se passava com Harry. Parecia simultaneamente nervoso e preocupado… feliz e receoso!
Quando o treino acabara, Ginny ficou mais tarde para estar com Harry. Sentados no jardim ao pé do lago, Ginny perguntara a Harry se algo tinha acontecido. Lembrava-se agora que os olhos de Harry tinham se iluminado de um modo diferente. Parecia que Harry sentia uma vontade de contar algo mas não lhe era permitido. Não conseguira concluir os seus pensamentos e pressionar o namorado, pois este inclinara-se para ela, e quando a beijara, Ginny perdera o contacto com a realidade. Era assim que Harry a fazia sentir: completamente fora da realidade…como num sonho perfeito… absolutamente completa!
Ainda sem conseguir perceber o que se passava em torno dela, inspirou novamente. Depois do treino e da sessão de namoro, almoçara com o pessoal da ED e seguira para a biblioteca com intenção de acabar o seu trabalho para poções.
Naquele momento, foi como se uma buzina tivesse soado aos ouvidos de Ginny… Recordava-se agora! Quando estava a chegar à biblioteca, sentira um vento gélido atravessar todo o seu corpo. Na altura pensara que tinha atravessado um fantasma mas a esfera negra que aparecera à sua frente demonstrou que esse não foi o caso. Os sussurros horripilantes… as palavras indecifráveis… a luz violeta… e por último a mão de pedra que emergira de uma das paredes, a agarrara e a puxara em direcção ao local de onde surgira. Depois disso… só a escuridão.
Com as lembranças, Ginny sentou-se de supetão, quase embatendo na pessoa que estivera debruçada sobre ela. Naquele momento, ela percebeu que essa pessoa era Albus Dumbledore.
_ Professor?!
_ Bom dia, senhorita Weasley.
_ Mas…mas o senhor está morto… quer dizer…o Snape matou-o… eu fui ao seu funeral…como é que isto é possível?!
Dumbledore sorriu-lhe calmamente enquanto a ajudava a sentar-se melhor na cama onde estivera deitada. Olhando em volta, Ginny percebeu que eles não eram os únicos ocupantes da sala. Paralelas à sua cama, encontravam-se mais 9 camas com os respectivos ocupantes. Olhando com mais atenção, viu que conhecia…e conhecia muito bem… todos eles. Ron à sua direita…Luna… Neville… Dean… Seamus… Colin e seu irmão mais novo Dennis…Christopher… Todos ainda desacordados. Todos excepto a última pessoa do grupo que olhava absolutamente chocada à sua volta: Hermione Granger!
Rapidamente Ginny percebeu o que captara a atenção total da amiga. A observa-los de perto, estava um grupo numeroso de feiticeiros adultos. Muitos deles eram pessoas que Ginny jamais vira mas outros… outros eram extremamente parecidos com imagens de feiticeiros famosos…não…observando com mais atenção ela percebeu que eles ERAM os feiticeiros famosos que crescera a ouvir falar.
Olhou para um lado e viu Salazar Slytherin sentado imponentemente numa cadeira… olhando para outro… Godric Gryffindor a sorrir-lhe… à medida que mudava o ângulo de visão mais figuras ilustres apareciam à frente dos seus olhos: Morgana... Hengisto Woodroft…Berta Maintzer… Caleb Dewes…MERLIN!
Naquele momento apenas uma única explicação cruzou os pensamentos de Ginny Weasley: ESTAMOS MORTOS!
_ Garanto-lhe senhorita Weasley que nenhum de vocês está morto –Merlin parecia algo divertido.
Como tentado verificar a veracidade do que o bruxo dizia, Ginny colocou ambas as mãos sobre o peito. O coração batia! Rápido… mas batia!
A confusão aumentou:
_ Então… como é que os senhores estão aqui? Sem querer sem mal-educada, mas vocês estão todos mortos! Será que estou a ficar doida?!
_ Pode ter a certeza de que está em perfeita saúde mental, senhorita Weasley –Dumbledore pousou a mão no ombro de Ginny como que confortando-a – a senhorita e os seus amigos estão vivos…apenas estão… como dizer… fora da vossa linha temporal.
Hermione saiu do transe em que se encontrava e fixou a sua total atenção em Albus Dumbledore:
_ Fora da nossa linha temporal?! Como assim?
_ Viajaram no tempo- proferiu um Homem alto de cabelos negros- mais especificamente para o passado.
_ Sem querer parecer uma perfeita ignorante…como é que isso é possível?- Hermione demonstrava aquele brilho no olhar que sempre manifestava quando tentava explicar algo de óbvio -. As viagens no tempo são algo de muito limitado. Muitos tentaram quebrar a barreira do tempo mas apenas conseguiram algumas horas. Vários estudos demonstram que o Tempo é algo demasiadamente complexo para se conseguir controlar. Afirmar que se pode viajar no tempo… viajar para anos no passado…é absolutamente… com o perdão da palavra… Absurdo!
Uma mulher jovem de cabelos castanhos soltou uma gargalhada.
_ De que te ris Madalena?
_ Apenas acho encantador e, no mínimo de louvar, a maneira como a senhorita Hermione Granger defende a sua tese. – virando-se para Hermione – a senhorita certamente nunca ouviu falar de mim pois venho de um futuro um pouco longínquo do seu tempo. Mas ouvi falar muito de si. Qualquer pessoa que estudou em Hogwarts ouviu falar de uma das mais inteligentes alunas que algum dia pisou os terrenos de Hogwarts. Sempre ouvi falar da sua grande lógica, Miss Granger. Mas uma coisa é ouvir…outra, muito diferente é ver com os próprios olhos.
Hermione corou diante dos elogios.
_ Além disso -continuou Hermione –mesmo que fosse possível viajar no tempo e nós tivéssemos viajado para o passado, como é possível que os esteja a ver a todos ao mesmo tempo? Quer dizer, todos vós sois de tempos muito distintos. Merlin é de um tempo muito mais passado do que Albus Dumbledore. No entanto estou a vê-los com praticamente a mesma idade.
_ Sempre muito observadora. A sua astúcia é de tirar o chapéu – Para enfatizar tal, Dumbledore retirou um chapéu imaginário do alto da sua cabeça - mas existe uma diferença muito grande entre o que ( sem querer parecer indelicado) as pessoas menos dotadas podem fazer e o que nós podemos fazer.
_ Como assim?
_ Nós somos um grupo de 20 feiticeiros muito peculiar. Temos poderes deveras fora do comum. Podem dizer que adoramos quebrar todas as barreiras do imaginável. Brincamos com o impossível! Posso lhe assegurar que viajar no tempo não é um grande obstáculo para nós. E não só podemos viajar para o passado como também para o futuro. Acho que a pergunta mais valiosa aqui não é como nós viajamos ao longo do tempo mas sim como a senhorita e os seus amigos viajaram!
Hermione pareceu momentaneamente sem palavras. O silêncio que se instalou foi apenas quebrado por alguns gemidos de dor que provinham de uma das camas. Naquele momento, Ron dava sinais de estar a acordar.
_ AI… a minha cabeça…- olhou em redor como tentando focar a sua visão.
Ginny conhecia muito bem a sensação de não conseguir perceber o que se passava à sua volta. Parecendo finalmente ter estabilizado todos os seus sentidos, Ron olhou para a primeira pessoa localizada à sua frente. Os seus olhos alargaram-se ao deparar-se com Merlin.
_ Pelas barbas de Merlin!
_ OH não –lamentou-se o bruxo –ainda estou para perceber a fixação de todos pelas minhas barbas. O Albus tem umas maiores!
Se possível, o choque de Ron aumentou ainda mais. Passado alguns segundos, sorriu.
_ Estou a perceber…isto é algum truque dos Slytherin para se vingarem pelo jogo de Quidditch perdido. Será que eles não entendem que isto não engana ninguém – começou a gritar para o ar – AINDA TERÃO DE TRABALHAR MUITO PARA ENGANAREM RON WEASLEY. VÊ-SE LOGO QUE ESTE É UM SLYTHERIN DESFARÇADO. NÃO SERÁ UM PAR DE BARBAS FALSAS QUE ME IRÃO ENGANAR.
Para grande horror de Ginny e Hermione, Ron saltou da cama e, com um sorriso triunfante e conhecedor, deu um grande puxão às barbas de Merlin.
_ AI! Para que foi isso?! Já não há respeito!
Ainda com as mãos nas barbas do bruxo, a expressão triunfante de Ron foi substituída por uma de profundo horror. Hermione limitou-se a afundar o rosto em ambas as mãos.
_ Mas…mas… é impossível…o senhor é mesmo…
_ Merlin! Se era isso que estava a pensar.
_ Mas isso não é possível!
_Se largar as minhas barbas eu tratarei de explicar.
Saindo finalmente do torpor em que se encontrava, Ron tratou de retirar as mãos das barbas de Merlin enquanto corava profundamente. Balbuciando uma torrente de desculpas, tentou ignorar os comentários maldosos e risadas que se começavam a ouvir no aposento.
Aclarando a garganta, Dumbledore continuou a sua explicação:
_ Como estava a dizer a Miss Granger, o importante é como viajaram no tempo. Sou de opinião de que foram trazidos com um determinado intuito. Só existe outros seres, para além de nós, que consegue controlar e viajar ao longo da complexa malha do tempo.
_E quem são esses? - Ginny parecia ter finalmente encontrado a voz após a vergonha que passara depois de mais um dos disparates do irmão.
_ Isso ainda não poderemos dizer. Ainda é muito cedo. Não se preocupem com isso.
_ Professor Dumbledore, em que ano estamos?
_ O ano de 1977, Miss Granger. Nós- fez um gesto que englobava os bruxos atrás de si -estamos aqui para resolver um mistério e ajudar a proteger todos os que vivem neste tempo ou que dele estão dependentes para existir, como é o vosso caso.
_ O senhor fala em “ nós”como se fosse um grupo. Quem são “nós”?
Albus sorriu:
_ Que falta de educação a minha… esqueci de nos apresentar. Meus caros futuros alunos… apresento-vos os Magids!


Nota da autora:

ANTES DE ME MATAREM…. QUERO DAR UMA NOTICIA MUITOOO BOA: JÁ TENHO NET DURANTE A SEMANA. Tive a tratar de tudo… a berrar com os técnicos… a comprar modems… a trocar modems… mas AGORA TENHO NET! ESTOU TÃOOOOOOO FELIZ.
A primeira coisa que fiz quando tive net foi vir à floreios. Se eu já estava feliz por ter net… então fiquei NO SÉTIMO CÉU QUANDO VI COMENTÁRIOS. A MAMÃE ESTÁ DE VOLTA!
Respostas a comentários:
A Carlapiks ( ou devo dizer Anna Julia16): a menina não tem vergonha de roubar a sua PRÓPRIA IRMÃ?! Tadinha dela! Mas como comentaste e prometeste ser uma boa menina eu perdoo-te. Mas é melhor comentares SEMPRE para teres o meu carinho incondicional! ACHO QUE ESTE CAPÍTULO JÁ RESPONDEU À TUA PERGUNTA, NÃO ACHAS? É claro que todo o pessoal veio. Deves ter reparado que coloquei uma nova personagem: Christopher. Mais tarde vou explicar a presença dele ai.NA VERDADE, TODOS OS QUE VIERAM PARA O PASSADO TEM UMA RAZÃO PARA LÁ ESTAR! PORQUÊ? Terão de aguardar os próximos capítulos. Ou talvez um pouco mais.
A tati: minha pobre filhinha! Mamãe foi muito dura, não foi? Mas mamãe vai compensar! Eu tenhos muitos filhinhos ( os meus magids são os principais) mas eu tenho um espírito maternal que dá para todos!  Se continuares a comentar ou a FAZER BIRRA, MAMÃE DÁ!
A Julinha Potter "Um amor quase perfeito": Ainda bem que estás a adorar.O Ron e os resto vão aparecer muitas vezes. Vamos lá ver se estás preparada!
A juliia-chan:Espero que os meus magids não te tenham prejudicado durante a prova. ELES ADORAM AJUDAR! agradeço tanto o elogio…nem sei o que dizer. Vocês todos são demais!
Este capítulo foi…como dizer interessante! Fiquei a saber uma coisa que nunca pensei ser possível. Sabem quando os músculos da perna saem e dá uma caimbra? Pois… descobrir que isso também é possível na barriga. Como? A MINHA BETA RIU TANTO NA PARTE DO RON A PUXAR AS BARBAS DO MERLIN, QUE OS MUSCULOS DO ABDOMEM SALTARAM. FIQUEI PARVA A OLHAR PARA ELA. ERA PARA TER GRAÇA MAS NUNCA IMAGINEI QUE TIVESSE TANTA ASSIM!

QUEM É QUE VÊ A MINHA CAPA? QUEM NÃO CONSEGUIR E QUISER VER AS CARINHAS DOS MAUS MENINOS, DIGA-ME QUE EU ENVIO PARA O E_MAIL. Eu gosto tanto de olhar para eles!
Ritual: se COMENTAREM, VOTAREM, AMEAÇAREM DE MORTE OU FIZEREM BIRRA… EU COLOCO O PRÓXIMO CAPÍTULO JÁ AMANHÃ.
Como o Eduardo ainda não disse nada,vou continuar a usar o termo por ele inventado…
MUITOS BEIJOS DA GRÃ-MAGID,
Lightmagid

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