Um ritual de união



Capitulo 33: Um ritual de união

Um chão de mármore branco, frio ao toque e impessoal. 12 Pilares dispostos em círculos, sem paredes a lacrarem, sem tecto a suportar. Águas turvas acariciadas por uma névoa pérola, limitadas numa pequena lagoa, no centro de um local desconhecido.

Em outras palavras, desconhecia o local onde momentos atrás havia recuperado a consciência, tal como desconhecia quanto tempo havia decorrido desde o momento em que concordara com a proposta de um estranho, e sentira o toque frio da mão do mesmo estranho sob seu ombro. Após isso: a explosão da realidade… a inconsciência… a escuridão.

Agora, via-se neste local desconhecido, com alguém em que não confiava… sem controlo do seu destino. E se existia algo que Lord Voldemort mais odiava era a sensação de descontrolo completo.

Fechou os olhos, tentando recuperar o controlo total dos seus sentidos, deslocando para um plano secundário o leve martelar incessante que ainda não abandonara a sua mente. Abriu novamente os olhos para os fixar naquele estranho ser que se apresentara como Behemoth, observando-o em silêncio enquanto este se mantinha debruçado sob as margens da lagoa, observando com intensidade algo invisível para si. Questionou-se quanto tempo teria ficado desacordado, e se Behemoth já se teria apercebido que havia recuperado os sentidos. Talvez não. Afinal, não tecera nenhum som, nem fizera grandes movimentos. Talvez…

_ A guerra vive-se num tabuleiro.

O som da voz dele surpreendeu-o e perguntou-se se estaria a falar com ele ou apenas a pensar alto. Muito provavelmente a primeira.

_ Como?

Behemoth ergueu-se, sem no entanto se voltar, falando calmamente, com um leve toque de divertimento na voz:

_ A guerra vive-se num tabuleiro. Sabes? Como os de xadrez. Temos 2 inimigos e várias peças ao seu dispor. Cada um controla os seus peões, passíveis de serem derrotados em prol dos verdadeiros trunfos na forma de cavalos, torres, bispos e rainhas. Uma jogada por outra jogada! A expectativa ao rubro… a competição… as apostas!

_ É assim que encara isto? Como um jogo?!

Behemoth virou-se para ele, esboçando aquele sorriso que criava em Voldemort arrepios que pensara ser incapaz de sentir.

_ Observo meu inimigo traçar a sua estratégia, protegendo suas frontes e aguardo. Aguardo pela minha vez, em que usarei meus peões até ao momento em que outras peças fulcrais se juntarem ao jogo. Então sim! Encaro isto como um jogo. Um jogo aliciante onde as apostas são simultaneamente irrecusáveis e definitivas.

Uma fúria apoderou-se do bruxo.

_ E eu? Sou um simples peão?

_ Meu caro Voldemort, todos são peões até eu dizer o contrário.

Retornou a sua atenção novamente para a lagoa, sussurrando numa voz quase imperceptível:

_ Agora é a tua vez, Abner! Que o jogo comece…


* * *

A realidade desfez-se… o mundo exterior, as pessoas, os objectos desfizeram-se no nada. Sua mente tornou-se límpida e vazia, sua magia envolveu-o como um manto.
Naquele instante gelado no tempo, só existia ele e a infinita escuridão.

Deixou que um raio de luz dourada se estendesse à sua frente, qual mão a tactear uma superfície vazia à procura de algo.

E encontrou…

Encontrou um ponto de luz vermelha, que logo cresceu em chama, tomando a forma de homem, e que estendeu uma mão imaginária que tocou levemente na sua. Continuou a tactear até encontrar outras sombras de luz: prateado, verde, azul… Do nada, 20 sombras se criaram, entre as quais a sua.

Mas estas não eram suficientes. Estendeu a mão e recomeçou a procura até os conseguir ver: 7 presenças de luz, poderosas na escuridão… 7 manchas de partículas de poeira brilhante ainda sem forma definida. Uma com manchas negras em seu redor, quebrada na sua beleza, e 6 ainda intactas mas frágeis.

Respirou fundo até este acto fisiológico se tornar indiferente, já não mais necessário.
Já não era carne, nem osso, nem sangue, nem lágrimas ou suor. Agora era luz, mancha dourada de forma humana, que vivia por entre outras luzes. Nada mais… nada menos!

Caminhou em direcção de uma das 7 fontes de luz enquanto sentia as outras 19 figuras fecharem um círculo em torno de si, aconchegando-o e fornecendo-lhe a energia necessária.

Estou aqui
Perdido na escuridão, nascido da luz
Sou nada e tudo
Sou a voz que comanda
E se submete ao vosso poder
Sou a voz banhada no silêncio
E estas são as minhas palavras…


Estendeu a mão, e tocou na luz… a luz manchada! E do seu toque surgiu um esboço de um portal… o mesmo portal que semanas atrás havia observado entreaberto na floresta Proibida. Portal dos indesejados!

Sou o primeiro de sete
O lacre da maldição e terror
Barreira entre a vida e a morte
A alma e o vazio!


Sua mente viajou no espaço. Viu-se numa sala, adornada de livros, telas, esculturas, banhadas simplesmente pela luz do fogo que ardia numa tina de pedra. Quase sentia o seu calor, ao deixar o seu espírito deslizar suavemente em sua direcção. Passou pelas 3 figuras de pé, de olhos fechados, e completamente indiferentes à nuvem de pequenas partículas douradas que agora representavam a sua presença mágica. Reconheceu os rostos dos 3 Magids, sabendo, no entanto, que agora estavam, tal como ele, isolados da realidade do exterior. Seu rosto esboçou-se por entre o dourado e trespassou o fogo!

Sou fogo que arde na eternidade
Ardor da essência humana
A chama do sentir
A existência da alma!


Uma gruta de pedra milenar ausente de vida humana com a excepção das 3 figuras estáticas nas suas margens. Serpenteou pela superfície, sem detectar um reflexo, mergulhando nas águas profundas.

Sou água contida por entre as rochas
Guardiã dos esquecidos, outrora amaldiçoados
Sou leito que canta e adormece
Cofre límpido e turbulento


Uma floresta amaldiçoada pelos mitos… uma árvore branca na sua pureza… 3 figuras a tocarem imóveis o seu tronco… o amanhecer a despontar raios de luz que denunciaram infinitas gotas cristalinas a penderem dos seus ramos. Penetrou em seu caule, viajando nas memórias dos cristais.

Sou a mãe da vida
Sussurro do primeiro e último suspiro
Veia da vida nos meus ramos
Existência nos meus cristais.


Um túmulo descoberto do passado, selado pelo medo do desconhecido. Um espelho sem reflexo no qual tombou sem estilhaçar.

Sou reflexo do oposto
Deslizante na malícia escondida
Engano… distorço… amplio
Verdades lacradas mas não menos temidas!


Um recinto vazio e ressonante no silêncio… escadas em redor de um arco hipnotizante nas palavras sussurradas. Trespassou o véu, sem receio da ausência do regresso.

Sou a voz do passado
Porta entre o que os que são e os que foram
Suave na consciência, nos gritos e lamúrias
Tentador e fatal no meu silêncio!


Um mundo de labirintos de vida e morte… predadores e presas… escolhas e deveres. A sua presença perdida entre muitas, trespassando cada homem, mulher e criança; muggle e bruxo; humano ou não.

Sou o sétimo de Sete
Sou a força, a vida, a essência, a Escolha
Habito em um e muitos
Frágil na escuridão
E invencível na luz dos meus mestres!


19 Presenças como a sua… Tão diferentes mas simultaneamente idênticas na sua essência! Atravessou cada uma delas viajando pelas memórias, sonhos, medos e segredos… Sussurrou palavras, pensamentos e ideias. Conectou-se com elas tal como elas se conectaram a si. 20 Seres fundidos numa única presença mágica! O impacto da ligação era simultaneamente assustador e intenso… agradável mas doloroso pela sua intensidade!


Somos guardiães dos lacres esquecidos
Mestres e aprendizes
Mortais na imortalidade
Humanos, Bruxos
Gamyths, Backuts
Magids!
Aquilo que sou, sou em vós
Meu sangue é vosso
Minha escuridão, luz e essência é guardado por vós
Vossa magia é a minha
Vossa chave… lacrada em mim
Minha força, a vossa
Minha magia, em vós
Minha vida, a vossa… a nossa.


A poeira desfez-se na escuridão e selos de sangue e magia foram formados. 7 Manchas de luz se fundiram com a escuridão … 19 Figuras desapareceram e quebraram suas ligações. Apenas restou uma, solitária na escuridão.

E dela… fez-se luz!

Sou nada e tudo
A voz que vos comanda
E estou aqui…



* * *


O toque frio do chão de pedra no seu rosto penetrou na sua mente, fazendo-o recuperar os sentidos aos poucos. E à medida que a realidade ia tomando contornos na sua mente, sentiu-se avassalado por uma onda gigante de cansaço. Ouvia a sua respiração ofegante como que num sonho que se aproximava cada vez mais.

_ Harry?

Abriu os olhos com dificuldade apenas para os voltar a fechar ao sentir o impacto da luz. O peito doía-lhe, as pernas pareciam feitas de borracha e parecia que os seus pulmões não recebiam o oxigénio necessário para o seu funcionamento. Em outras palavras, sentia-se um trapo! O pensamento fez-lhe soltar uma risada apenas para se amaldiçoar logo a seguir ao sentir o corpo a gritar em protesto.

_ Posso saber qual a piada?

Manteve os olhos fechados, mas sorriu ignorando as dores que isso lhe causava.

_ Sinto-me um trapo! Acho que acabei de servir de pista de aterragem a um bando de hipogrifos furiosos!

Ouviu o riso de Hengisto ao mesmo tempo que sentia a mão dele no seu braço tentando erguê-lo.

_ Não sei se interpreto isso como um bom sinal, pois se fazes piada é porque não estás tão mal assim, ou se pelo contrário fazes piada para não reparares o quão mal te sentes.

Harry deixou-se ser içado para uma posição sentada no chão, e soltou nova gargalhada.

_ E que tal: Se faço piadas significa que não estou morto mas estou em tal estado que o meu único sonho de vida envolve uma cama e mil e uma poções curativas aliviadoras de dor?

_ Também serve! Agora falando a sério, como é que te sentes?

_ Como se desejasse dar-te um soco mas isso significaria mexer o braço, então não posso! – resmungou mal-humorado.

_ Ah! Então está bem! – mesmo de olhos fechados e sem conseguir ver a expressão do rosto de Hengisto, sabia que este sorria divertido – Ouviste Oliver? Ele está bem! Apenas mal-humorado!

Resmungou baixinho e tentou abrir novamente os olhos. Mas porque raio estava tanta luz naquela sala? Afinal não estava a sala quase às escuras quando entrara nela horas atrás, junto com Hengisto e Oliver? Não estivera a sala às escuras em todas as situações em tivera a “honra” de entrar nela?

Fechou os olhos e reabriu-os várias vezes, tentando estabilizar a visão e aliviar a grande dor de cabeça que sentia nesse momento. Abriu os olhos e via apenas luz. Voltou a fechar! Agora via um foco de luz na escuridão. Cerrou os olhos! Agora um foco de luz e uma sombra por detrás. Um foco de luz e o que parecia ser um rosto por detrás. Um foco de luz na ponta de alto fino e longo e definitivamente um rosto no fundo. Um foco de luz na ponta de um pau e um rosto sorridente. UM FOCO DE LUZ NA PONTA DE UMA VARINHA E O ROSTO RISONHO DE HENGISTO POR DETRÁS!

_ HENGISTO!!!

_O que foi?

_ PORQUE NOME DE QUE MAGID ESTÁS TU A CEGAR-ME COM A TUA VARINHA?

_ Desculpa?! Eu não estou a cegar ninguém! Achei que precisávamos de mais luz.

_ APAGA-ME ISSO!

O foco de luz desapareceu e viu o outro Magid virar-se para trás para outra figura.

_ Eu não disse. Completamente mal-humorado! Quase parece a minha mulher quando está naquela altura do mês!

_ O que foi que disseste?

_ Eu disse: QUASE PARECE A MINHA MULHER QUANDO ESTÁ NAQUELA ALTURA DO MÊS!- Harry cerrou os dentes ao sentir a dor de cabeça triplicar ao som da voz “suave” do magid.

_ Pára de gritar.

_ Mas foste tu que começaste!

_ A culpa foi tua. Não sabes que não deves apontar um foco forte de luz a alguém que está acordar? Acho que fazes de propósito só para me irritar.

Ouviu agora definitivamente a risada de Hengisto.

_ Não! SE eu quisesse irritar-te bastava fazer isto.

E de seguida, sentiu uma mão voadora bater-lhe no fundo da nuca e Harry jurou que sentiu o chocalhar do seu cérebro antes de este se esparramar na parte da frente do crânio. Agora foi demais! E ignorando completamente as dores no ombro, cerrou o punho direito, e acertou um soco no rosto de Hengisto!

_ AIIII! PARA QUE FOI ISSO?

_ Isto foi por seres um idiota.

_ Acho que me partiste o nariz!

_ Nada que não possa ser resolvido.

E com isso fechou novamente os olhos e voltou a deitar-se no chão com ar derrotado.

O sorriso que se manterá durante aqueles minutos no rosto de Oliver extinguiu-se rapidamente, ao se aperceber o quão cansado o pequeno Magid estava. Afastou-se da parede onde estava encostado e aproximou-se dos outros Magids reparando que a expressão de divertimento no rosto de Hengisto desaparecera para dar origem a uma preocupação genuína.

_ Harry, tu estás bem?

O Magid mais novo levou a mão ao rosto, esfregando os olhos cansados e sussurrou num fio de voz.

_ Hengisto, quantas vezes é que tens de perguntar isso, até perceberes que eu estou tudo menos bem?

Hengisto trocou olhares com Oliver e quase que automaticamente, ambos seguraram em cada um dos braços de Harry, transportando-o para um dos degraus da grande escadaria da sala. Harry cedeu ao cansaço não se importando naquele instante se parecia fraco e indefeso. Verdade seja dita, isso era exactamente como ele se sentia.

_ Harry – Oliver chamou a sua atenção – Tu sabes que não podes ir abaixo agora. Tu sabes que ainda tens de completar tudo. Não achas que é melhor que um de nós complete o ritual?

Harry abanou a cabeça.

_ Não, Oliver. Tu sabes que se eu comecei eu tenho de acabar. Uma vez iniciado, tem que ser terminado. – e reparando que Hengisto se preparava para o contrariar, refutou – Eu tenho energia para mais isto. Agora não prometo que estarei com o melhor humor no final disto. – Sorriu levemente, tentando arrancar o mesmo sorriso de Hengisto, mas este apenas mantinha a mesma expressão preocupada.

_ Quanto tempo falta?

Mas Harry não precisou de responder. Naquele momento, o tempo gelou. O pequeno gato que se encontrava a brincar no cimo da escadaria ficou congelado no ar, no meio de um salto. Harry sentiu o frio apoderar-se no ambiente até que o véu tomou vida.

_ Agora!

Um vento ergueu-se na sala em poderosa fúria, trespassando por entre as paredes, criando um pequeno ciclone em torno do véu. Partículas pérola brilhantes carregadas pelo vento deslizaram em torno de Harry e este ouviu as palavras sussurradas.

Aquilo que sou, sou em vós
Meu sangue é vosso
Minha escuridão, luz e essência é guardado por vós


E como que num sonho banhado em pesadelo, sentiu mil e uma agulhas trespassarem a sua carne, tecendo por entre os seus músculos, atingindo cada célula num gelo aliciante. As partículas de luz atingiram suas artérias e de repente viu-se sangrar sem nenhuma ferida visível. Sentia amargo nécter vermelho, deslizar por entre os seus dedos, elevando-se no ar transportado pelo vento. Sentia uma vontade imensurável de sucumbir ao cansaço mas sabia que não podia e observou com fascínio o seu sangue atravessar as paredes do ressinto numa viajem pelo mundo até cada um dos Gamyth. Observou-o tocar o leve véu que pendia do arco no centro da sala fundindo-se com o sangue que surgia da própria pedra criando algo viscoso e poderoso.

Vossa magia é a minha
Vossa chave… lacrada em mim


Alexandre observava fascinado o tenebroso vento que dançava em torno da árvore, e ficou ainda mais espantado, quando junto com as partículas brancas, surgiram carregadas outras vermelho vivo. E quando o vento acariciava os ramos brancos da árvore, as partículas, que agora suspeitava serem de sangue, eram sugadas para o interior.

De seguida os infinitos cristais encheram-se de luz e um deles, bem no topo dos ramos mais alto da árvore, cresceu e dele soltou-se tamanha onda de força que quase o fez cair. Dessa onda surgiram o rosto de Harry e a figura da árvore, que se fundiram e entraram por entre os braços do vento. E quando aquela particular brisa passou a meros centímetros do seu corpo, Alexandre também observou pequenas miniaturas de figuras que lhe eram bastante familiares: um fogo, um portal, um lago e um espelho. E o Magid sabia que quando o vento chegasse ao seu destinatário, as figuras não seriam apenas quatro, mas sete.

Minha força, a vossa
Minha magia, em vós


E Harry sentiu-se sugado por um força estranha. Sentiu uma fraqueza que não era a sua, uma ausência de algo que sabia que lhe pertencia. Sentiu-se incompleto e sabia que naquele momento nem um pequeno feitiço, por mais simples que fosse, ele poderia executar.

Observou uma linha de magia que sabia pertencer-lhe fugir do seu corpo e entrar no Véu. E desse partiu novamente para fora daquela sala, para longe de Londres. Harry quase conseguia ver o feixe de luz atingir uma pequena gruta no meio da Amazónia… uma escavação no Egipto… um museu na cidade de Sydney… uma floresta na Irlanda… até parar no meio do ar e deslizar para baixo, perfurando o solo fazendo-o tremer.

Por último, reapareceu no ar, explodindo em infinitos pontos de luz que se espalharam pelo céu.

Harry fechou os olhos aguardando as últimas palavras… respirando fundo, num último suspiro…

Minha vida, a vossa… a nossa.

E de repente, labaredas douradas ergueram-se em torno do véu… em torno da gruta, do espelho, da tina de fogo, da árvore… o portal dos indesejados fechou-se mais uma vez, criando-se as mesmas labaredas à frente das portas. Os Gamyth ficaram protegidos, selados pela essência Magid.

E tal como surgiram essas chamas, o coração deixou de bater. Os seus pulmões deixaram de funcionar. A sua mente quebrou-se nas memórias da sua vida viajando por último para o centro do nada, para o centro dos sete Gamyth. E o impacto foi de tal modo grande que sentiu-se avassalado por uma necessidade de se fundir com eles, de desaparecer, de cessar a sua existência.

E num último suspiro, Harry Potter, o Magid Dourado, tombou e desapareceu.


* * *


Behemoth sorriu. Olhava para as águas à sua frente e observava os rostos de Hengisto e Oliver encherem-se de horror. Sentia a protecção, o selo que fora lacrado em cada um dos Gamyth. Mas não se sentia preocupado.

“Ah, Abner… és um adversário à altura. Consegues tornar tudo muito mais interessante.” Mas não havia problema, pois aquilo que pode ser selado, pode ser também quebrado. E Behemoth estava desejoso de quebrar cada um dos portais, um a um, e mostrar ao mundo a sua verdadeira faceta.

Sorriu ainda mais ao sentir aquela presença vibrante do Magid Dourado cessar num instante.

“Fizeste a tua jogada. Agora é a minha vez…”



* * *

Nota de Beta: Hoje são 22 de Março… data maravilhosamente perfeita… que só podia culminar num presente mais do que perfeito. Sim… eu sinto-me honrada por receber um presente tão delicioso (imaginem que ele tem sabor a bolo de noz com cobertura de caramelo… estão a imaginar? Não podia ser melhor!) Behemoth e Abner proporcionaram-me um momento único… um jogo de xadrez com jogadores de elevada qualidade… numa partida em que ficamos sempre na expectativa de quem fará o xeque-mate! A balança começa a tombar para um dos lados! A questão é: será que o rei branco corre perigo? Estará a torre preta prestes a destruir cada um dos peões brancos em jogo? Não sabemos… e é isso que torna tudo tão especial! A vontade de ficar na frente da tela à espera é por demais enorme! OBRIGADA PELO PRESENTE, MANINHA!!!!



Nota de autora:

Hoje é um dia muito especial para alguém muito querido para mim. É o aniversário da minha melhor amiga, beta, companheira de aventuras, irmã da alma e do coração… a incrível e inigualável Guida Potter!

Escrevi este capítulo com alguma dificuldade porque como é possível descrever um ritual, que imaginámos na nossa mente vezes sem conta, e no final descobrimos que não existem palavras suficientes?

A vida é um jogo de xadrez! É verdade que é uma das formas que temos de encará-la. Mas também é verdade que este jogo é um jogo muito mais complexo, onde as apostas são muito mais altas! Mas relativamente ao qual não temos de estar sós.

Ao longo do jogo conhecemos novas pessoas que nos ensinam algo sobre as jogadas possíveis e nos apoiam em cada momento.

Guida, quero que saibas que sou e serei esse teu apoio. Estarei lá para te aconselhar e observar as tuas peças deslizarem pelo tempo.

Este é um dos teus presentes pois afinal já leste muito mais do que este pequeno capitulo.

Adoro-te imenso, maninha!

Agora, quanto aos meus leitores…

MIL PERDÕES PELA DEMORA! Eu sei que demorei imenso mas não tive outra hipótese.

Mas querem saber como vos vou compensar?

IREI POSTAR O MAIOR CAPITULO QUE ALGUMA VEZ ESCREVI NA HISTÓRIA DOS MAGIDS NA PRÓXIMA QUARTA –FEIRA!

Muitos beijos para todos, Lightmagid

Ps.: PELO AMOR DE TODOS OS MAGIDS….COMENTEM!!! ADORO LER COMENTÁRIOS SEJAM ELES PEQUENOS OU LONGOS, BONS OU MAUS PARA MIM…POR FAVOR!!!




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