All I Want For Christmas Is Yo




N/a: Aproveitando, tô postando o capitulo que minha amiga me deu de Amigo Secreto no fim do ano passado. Foi escrito por : adaughterofposeidon (Laís Oliveira). Eu espero que gostem como eu gostei *-*





 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 




All I Want For Christmas Is You


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


POV Sebastian


 


 Eu disse para mim mesmo que estava tudo bem. Mas não estava. A quem eu queria enganar ao dizer que iria passar o Natal com Amorella, Peter e Regina num bar, quando eu sabia que Rose não estava lá para me acompanhar? Não estava certo.


 


    Rose era tão... Única, tão... Rose, que eu não aguentava ficar longe dela. E aquilo doía, pois ela não estava passando o Natal comigo. Ela estava com ele. Eu deveria fica com raiva, eu deveria olhar nunca mais olhar para ela. Mas, toda vez que ela me olhava, parecendo enxergar além de mim, com um reconhecimento tão profundo, eu não resistia e acabava por não dizer nenhuma palavra que a magoasse... Além daquele dia.


 


    Tomei um gole de cerveja, observando o bar ficar cheio numa véspera de Natal, achando engraçado como tantas pessoas não tinham com quem passar aquele dia especial, como eu. E não é porque quase nenhum de nós não éramos de Londres; e sim porque eu não sabia quem era a minha verdadeira família. Não doía tanto assim, pois eu não me lembrava de nada sobre o meu passado. Contudo, eu sentia um vazio, quase me sugando para o vácuo do espaço, com uma sensação de que eu deveria estar passando o Natal com alguém. Além de Rose.


 


E, de novo, meus pensamentos voltavam para aquela mulher que me enganara. Eu achava tão incrível o modo como ela me fizera ficar tão apaixonado, em tão pouco tempo. Na primeira vez que eu a vi e ou vi sua voz, todo o meu corpo estremeceu por dentro, como se eu já houvesse escutado aquela voz. Eu a amava tanto! E, por que raios amar significa? Quem havia inventado esse ditado, parecia que tinha sofrido tanto quanto eu, agora, por amor.


 


Voltei meus olhos para a imensa janela do bar – que estava todo decorado para o Natal –, onde, do lado de fora, nevava. Eu olhava distraído, quando eu a vi. Levantei-me de um salto, atraindo a atenção de Amorella que, eu não tinha percebido, abraçava meus ombros, lhe dando um susto.


 


 –O que foi, Seba? – perguntou Peter, ao perceber que eu havia levantado.


 


Mas eu não estava ouvindo. Ela estava se despedindo de Joshe, seu noivo, com Joe no colo. Eu gostava tanto de Joe; queria ficar com ela o tempo todo, saber de seu dia e de suas aventuras de criança. Balancei a cabeça e continuei a olhá-los, sentindo aquele ciúmes que se misturava à raiva.


 


Amorella seguiu o meu olhar e me fez sentar novamente no banco. Eu a olhei, realmente tentando enxergar alguma possibilidade de eu amá-la. As não tinha. Poderia ter havido antigamente, antes de eu conhecer Rose.


 


  –Esqueça ela, Sebastian – disse Amorella. – Ela te enganou, mentiu. Esqueça-a.


 


  –Não dá – respondi, olhando Joshe se afastar delas, atravessando a rua, e Rose ir para longe da minha vista. – Não dá mesmo.


 


Eu me levantei, deixei minha bebida em cima da mesa, vesti meu grosso casaco, peguei o violão de Peter e saí daquele bar, sabendo que eu a estava magoando. Como eu poderia passar o Natal sem Rose Weasley? Que droga, Sebastian! Cheguei até a minha moto, a Astoria, coloquei meu capacete e dei partida, esperando chegar primeiro que ela.


 




 


 Eu não quero muito para o Natal


Há apenas uma coisa que eu preciso


Eu não me importo com os presentes


Debaixo da árvore de Natal


 


Eu só quero você para mim


Mais do que você jamais poderia imaginar


Faça o meu desejo se tornar realidade


Tudo o que eu quero de Natal


É você


 


 As luzes de Natal picavam o tempo todo em todos os lugares; havia, pelo menos, um Papai Noel em cada quarteirão que eu passava; pinheiros baixos enfeitados como árvores de Natal; e a neve se acumulando nos telhados e não chão de todas as casas. Eu podia saber disso, embora eu apenas vise borrões coloridos e neve.


 


O violão pesava em minhas costas, lembrando-me de que aquilo era errado. Eu deveria deixar Rose para sempre, como estava fazendo. Mas, ao olhar para ela se despedir de Joshe, eu não vi aquele brilho em seus olhos, como eu percebia toda vez que ela me olhava. E era isso que me impulsionava a ir até a casa dela.


 


Eu não quero muito para o Natal


Há apenas uma coisa que eu preciso


Não se preocupem com os presentes


Debaixo da árvore de Natal


Eu não preciso pendurar minha meia


Lá em cima da lareira


Papai Noel não vai me fazer feliz


Com um brinquedo no dia de Natal


 


Virei na última esquina que precisava seguir para chegar a rua em que Rose morava. Segui mais alguns metros e parei em frente a bela casa de Rose Weasley. Algo naquele lugar me trazia uma estranha sensação de familiaridade; as fotos do falecido marido dela me fazia sentir algo como... Era quase uma compreensão, embora não conseguisse chegar ao final dela. O que era estranho.


 


Estacionei a minha moto ao lado do carro dela; não havia conseguido chegar primeiro do que ela, mas não desistiria do seja lá o que eu iria fazer. Mas havia alguma coisa em Rose eu simplesmente tinha de voltar para ela, algo que não me fazia desistir dela.


 


 Eu olhei para a porta de entrada, ponderando se tocava a campainha ou se eu adentrava a propriedade. Optei pela segunda alternativa e dei a volta na casa, sentindo algo quando eu passei. Olhei para trás, mas tudo estava do mesmo jeito. Balancei a cabeça e fui para os fundos da casa, um lugar bem arejado e bonito. No final, havia um tipo de construção, que deixava o lugar ainda mais... Charmoso.


 


 A neve ainda caía, me congelando até os ossos, mas eu não me importei. Naquela hora, eu vi a luz se acender no andar de cima e peguei o violão.


 


 Eu só quero você para mim


Mais do que você jamais poderia imaginar


Faça meu desejo e tornar realidade


Tudo o que eu quero de Natal


É você


Vocêê, oh oh


Baby, oh


 


Ela abriu a porta e parecia segurar uma pequena vareta; mas, por mais estranho que isso parecesse eu não me importei, apenas fiquei surpreso por Rose aparecer apenas de camisola e parecendo assustada, com o rosto mais do que sério.


 


Quando ela percebeu que era eu que estava ali, rapidamente escondeu a vareta e eu fingi que não havia visto. Dei um sorriso amarelo e dedilhei o violão.


 


 –Sebastian, o quê...? – começou ela, mas eu a interrompi, começando a cantar.


 


    Eu não vou pedir muito neste Natal


E eu nem vou pedir um desejo de neve, e eu


E eu só vou continuar esperando


Debaixo do visco


 


    Eu olhava fixamente para ela, cantando uma música típica de Natal e que combinava muito com o que eu sentia. Realmente eu a queria só para mim, sem ter que dividi-la com ninguém. Mas, do jeito que ela era, eu sabia que isso não seria possível.


 


Eu não vou fazer uma lista e enviá-la


Para o Polo Norte para São Nicolau


Eu nem vou ficar acordado até tarde


Para ouvi clique daquelas renas mágicas


Porque eu só quero você aqui essa noite


Me segurando tão apertado


O que mais eu posso fazer?


Oh, tudo o que eu quero de Natal é você


Vocêê oh oh


Baby


 


Rose me olhava com um sorriso triste, porém feliz – vai entender – e eu sorria com cada palavra cantada, me movendo enquanto tocava o violão.


 


 Baby


Todas as luzes estão brilhando


Brilhantes em todo lugar


E o som das crianças


Risos enche o ar


Eu ouçoos sinos do trenó tocando


Papai Noel vai trazer o que eu realmente preciso


Não vai trazer o meu amor para mim


 


Cantei essa parte mais rápida com empolgação, como a música era, e acrescentei uma dancinha, conseguindo arrancar uma risada de Rose. Sorri mais uma vez, deliciado por ter conseguido uma reação positiva dela.


 


Continuei a cantar.


 


Eu não quero muito de Natal


E isso é tudo o que eu estou pedindo


E só quero ver o meu amor


Do lado de fora da minha porta


Eu só quero você para mim


Mais do que você jamais poderia imaginar


Faça o meu desejo e tornar realidade, oh baby


Tudo o que eu uero de Natal


É você


Vocêê, baby


 


 A música ficava um pouco mais rápida e eu comecei a ir até onde ela estava, sentindo que ela estava prendendo a respiração. Eu sorria, convidativo, tentando fazer com que ela relaxasse.


 


Eu tentava esquecer que, no dia seguinte, ela estaria de volta com a família que iria construir com Joshe e com a mi.. A pequena Joe. Isso partia o meu coração. Mas era Natal. Essa noite, eu a queria só para mim. O meu presente, era tê-la mesmo que por duas horas; sentir seu cheiro, seu coração bater contra o meu no mesmo ritmo... Isso era o que eu queria.


 


 E, a essa altura, eu já estava alcançando a porta em que ela estava encostada, tocando e dançando no ritmo da música.


 


 Tudo o que eu quero


Você é tudo o que eu precio


Um dia de Natal


Amor, eu e você


Tudo o que eu quero...


 


    Eu parecei de cantar e de tocar quando fiquei em sua frente. Me perdi naqueles belos olhos castanhos e terminei:


   


    –... é você.


 


    Ficamos em silêncio enquanto olhávamos fixamente um no outro. Meu coração disparava, eu estava inebriado com o perfume de sua pele, que eu mel conseguia falar. Mas eu precisava.


 


–Sebastian... – seu tom de voz era triste, porém com um toque de admiração – não devia estar aqui.


 


 –Eu sei, acredite, eu sei – respondi, com a voz rouca. –Eu lutei contra mim mesmo o caminho todo até... eu te ver. Rose... – Não consegui terminar a frase. Rose balançou a cabeça.


 


–Não pode falar essas coisas para mim, Sebastian. Eu... – ela fez uma pausa, fechando os olhos. – Por favor, vá embora. Não deveria estar aqui.


 


 –Chega de repetir o que eu já sei, Rose – eu a interrompi. – Olhe em volta, olhe para todas essas luzes – abri os braços, mostrando os pisca-piscas que ela enfeitara a casa. – Eu sei que é... Errado. Mas é Natal, Rose. E eu estou aqui, mesmo não devendo. E, mesmo que por um dia, eu quero você para mim. Pelo menos mais uma vez.


 


Ela me olhou e respirou fundo, e depois fechou os olhos mais uma vez. Eu pousei o violão de Peter no chão e peguei o rosto dela nas mãos. Sua pele era tão macia em contato com a minha! Como eu queria permanecer ao seu lado até envelhecer, fazer planos com ela, dar um irmão ou irmã à Joe... Eram sonhos impossíveis.


 


 –Olhe para mim – pedi com suavidade e Rose abriu os olhos. – Diga que não quer e eu vou embora.


 


Rose me encarou com a expressão que trazia várias possibilidades. Naquele momento, sua respiração travou e seus olhos se arregalaram – como acontecia algumas vezes quando ela me via –, mas não me importei: eu encostei meus lábios rachados pelo frio nos seus.


 


Algo em mim pareceu derreter. Puxei-a pela cintura, não ligando que o meu casaco estava úmido pela neve que caíra em mim. Colei mais meu corpo ao seu, sentindo cada pedaço de pele exposta dela e a empurrei com delicadeza até a parede mais próxima.


 


Nosso beijo ficou mais intenso. Eu a peguei no colo e Rose enganchou suas pernas ao redor da minha cintura enquanto minha mão livre passeava pela sua coxa e a outra sustentava seu peso. Uma de suas mãos foram para os meus cabelos e a outra arrancava o meu casaco. O toque dela me fazia arrepiar e passei os beijos para o seu pescoço; Rose jogou a cabeça para trás quando eu afastei as alças de sua camisola e beijei seu busto exposto. Meu Deus, como eu precisava dela!


 


 Voltei a beijar seus lábios, sentindo seus seios contra o meu peito, e tentei não despi-la no meio de sua sala. Entretanto, não conseguia evitar ficar ainda mais excitado apenas ao sentir que ela mordia meu lábio inferior. Eu poderia ficar com ela a vida inteira e não me cansaria. Eu a queria. Eu a amava. Doía perceber que eu ia perdê-la. De novo.


 


 Conseguindo reunir toda a força que tinha, Rose parou o beijo. Desceu do meu colo e ajeitou a camisola, com a face corada. Eu podia sentir que ela se controlava e eu não estava diferente; minha respiração saía descontrolada, meu coração disparava e eu ainda sentia meu membro pulsar.


 


 –Ah, Sebastian – ela suspirou meu nome, dando um passo para frente, como se quisesse chegar em mim, e eu quase voltei a agarrá-la. – Eu não posso fazer isso – e balançou a cabeça, colocando as mãos para trás do corpo.


 


 Eu assenti, já sentindo o vazio em meu peito. Será que ela sentia o mesmo?


 


 –Eu já sabia disso – eu disse, tentando soar conformado. Eu respirei fundo.


 


Cheguei mais perto e a beijei novamente. Mas, dessa vez, o beijo foi calmo e apaixonado, sentindo o gosto de seus lábios macios, eu segurava apenas o seu rosto. Tinha gosto de despedida.


 


Separei nossos lábios e sussurrei, encostando minha testa na sua:


 


 –Feliz Natal, Rose.


 


Virei-me e me abaixei para pegar o violão e o meu casaco. Já estava quase pegando a capa do violão quando ela me chamou. Eu a olhei.


 


 –Obrigada pelo presente. – Disse e, parecendo lutar contra o que sentia, continuou: – Você também era tudo o que eu queria de Natal.


 


Meu coração de acelerou e eu esqueci que estava congelando do lado de fora. Dei um sorriso triste a ela e voltei pelo caminho que fizera. Subi em Astoria e dei partida após colocar o capacete e ajeitar o violão às minhas costas.


 


Olhei mais uma vez para a casa e acelerei, sabendo que, dela, eu só teria aquela noite para me lembrar de tudo o que nós tivemos e que eu nunca mais teria. Com o coração partido, murmurei:


 


–Feliz Natal para mim.


  






FIM





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