Ministério



MINISTÉRIO



Perderam quase uma hora no átrio ouvindo o discurso do Ministro e tirando fotos. Harry se perguntou se iriam rodar uma edição especial do jornal só de fotos, porque não teria espaço na edição normal para tantas.


Os alunos estavam encantados com o tamanho do Ministério e com a fonte. A maioria nunca havia estado ali antes.


Terminado o discurso e tiradas as fotos foram encaminhados aos elevadores, tiveram que subir em duas turmas. Raven os acompanhava silenciosa, parecia preocupada desde que vira o Profeta durante o desjejum.


A foto de Harry e Evandra ao lado do Ministro estava na primeira página. Gina também tinha feito uma careta para o jornal e sumiu sem se despedir quando terminou o café da manhã.


Harry também havia ficado preocupado, mas por outro motivo, até então, não tinha parado para pensar na possibilidade de os praticantes da Magia Oculta pensarem que ele estava se associando ao Ministério.


Viram Lance quando chegaram ao nível um, ele o cumprimentou respeitosamente. Retribuiu espantado. Foram levados para conhecer o andar. Harry começou a ficar nervoso com a atenção extra que estava recebendo dos aurores do local. Eles o cumprimentavam com tapinhas nas costas e apertos de mão.


Não sabia se havia conquistado o respeito deles depois do episódio do trem ou se era um esquema do Ministro para mantê-lo sobre constante vigilância. Hermione o olhou preocupada provavelmente pensando a mesma coisa. Seria difícil se ausentar do grupo sem ser notado, se fosse o personagem de destaque.


Conheceram todas as salas do andar, e ouviram sobre seus ocupantes e atribuições. Não precisaram esperar que anunciassem para saber de quem era a ridícula sala cor de rosa no final do corredor.

Harry ficou feliz que estivesse vazia. Percebeu Rony fazer um movimento rápido ao seu lado enquanto a porta se fechava e o grupo seguia, mas não se importou.


Quando finalmente conheceram a sala do Ministro ele se despediu deixando-os com George Killingbeck e Rowan Rodda, este o recebeu amistosamente, insinuando que já estava se acostumando a trabalharem juntos. Harry sorriu de volta pensando numa maneira de mantê-lo ocupado nas próximas horas, George não seria um problema.


Desceram para o nível dois, Harry se deixou ficar para trás, fechando o grupo com Mione e Rony, enquanto George ia à frente mostrando o local e Evandra fazia perguntas, realmente interessada em conhecer mais sobre o Ministério. Rowan também se deixou atrasar para ficar ao seu lado. Trocou um olhar angustiado com Rony e Mione. Raven o olhou impassível como se dissesse “Eu avisei”.


Encontraram vários outros funcionários no local, conheceram o Quartel General dos Aurores, Rowan lhes mostrou as dependências, Harry começou a prestar atenção, realmente interessado.


Afastaram-se quando viram o Sr. Weasley, tencionando falar com ele e ficarem um pouco a sós.


– Como é que vamos despistar esse cara? – Rony sussurrou.


– Não tenho a mínima ideia, e você Hermione? – Harry apertou a mão do Sr. Weasley.


– Do que vocês estão falando? – Arthur se inclinou para falar com eles sem entender nada.


– Disfarça pai... Estão marcando a gente o tempo inteiro, fica difícil planejar alguma coisa...


– Planejar? Planejar o quê?


– Bom, vamos ter que parar para um intervalo... – Mione concluiu sorrindo para ele.


Voltaram ao grupo quando Rowan os chamou, deixando o Sr Weasley boquiaberto e confuso.


Harry, desta vez, ficou o tempo todo ao lado de Evandra enquanto ouvia as explicações de George. Não queria que Rowan desconfiasse que estavam tentando tramar alguma coisa.


Depois de conhecerem o nível quatro, de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, voltaram ao Átrio e foram conduzidos ao Refeitório.


Harry puxou a mão de Evandra enquanto se dirigia ao grupo.


– Vamos fazer um intervalo de duas horas? Depois nos reencontraremos no Átrio... – pediu a confirmação de Evandra.


– Duas horas? – Rowan estranhou. – É muito tempo!


Harry lançou um olhar rápido pelo grupo.


– Eu estou cansado! Meus pés estão doendo... – Neville fingiu mancar.


– Duas horas é muito pouco... – Padma reclamou.


– Não dá tempo nem de retocar a maquiagem... – Cátia se juntou a ela.


Rowan pareceu meio desconcertado. Não esperava ter de lidar com um grupo de adolescentes reclamões. Harry sorriu por dentro, era uma sorte poder contar com a AD.


– Por que não deixa que Evandra e eu tomemos conta das coisas agora? Nos reencontraremos em duas horas.


– Claro! – George concordou prontamente.


– Não... Não acho que seja...


– Ah, Sr. Rowan... – Raven sorriu para ele encantadoramente. – Não pode me fazer companhia durante o almoço? Eu gostaria muito de ouvir mais sobre o trabalho dos aurores...


– E... Eu? – Rowan não pareceu acreditar que ela se dirigia a ele. Passou a mão pelos cabelos ajeitando-os rapidamente. – Claro Professora, será um prazer... – disse com voz suave.


Harry o olhou desconfiado. Mione o puxou para que se afastassem enquanto Raven o mantinha ocupado.


– Anda Harry! Não temos muito tempo! – Mione sussurrou.


O grupo começou a se dissipar.


– Neville, Luna, ajudem Evandra enquanto eu estiver fora, OK?


– Pode deixar Harry – Neville assegurou e se afastou com Evandra e Luna para a cantina.


Entraram no elevador vazio e subiram até o segundo nível para disfarçar. Caso alguém estivesse observando do Átrio, diriam que tinham ido procurar pelo Sr. Weasley.


Usaram o feitiço da Desilusão que tinham aprendido no Lord. Harry o sugeriu porque Moody o tinha usado no ano anterior, e a capa estava ficando pequena para cobrir os três. Mesmo assim também se cobriram com ela e aguardaram enquanto o elevador descia para o nono nível.


Saíram devagar, estavam esperando encontrar o pessoal saindo para o almoço, mas os corredores estavam desertos. Seguiram em direção à porta familiar, com a qual Harry tanto sonhara no ano anterior e dobraram à esquerda antes de se aproximarem o suficiente.


Desceram em direção ao Tribunal onde Harry havia sido julgado por praticar magia fora de Hogwarts. O corredor era mal iluminado como as masmorras de Hogwarts. Harry tirou a capa e a guardou no bolso. Havia várias portas de madeira maciça, Harry imaginou que seriam suficientes para deter a fúria de um lobisomem.


– O que você consegue ver? – perguntou a Rony.


Ele tirou do bolso o monóculo que Harry havia ganhado de aniversário de Sirius e Lupin.


Conseguiam identificar apenas os contornos uns dos outros, o feitiço não os deixava invisíveis, apenas da mesma cor e textura do ambiente a volta deles, então procuraram se manter sempre próximos.


– Uma sala vazia... – Rony anunciou passando para a segunda porta. – Uma sala com... alguma coisa que eu não sei o que é... parecem móveis. – Passou para a terceira porta.


– Vê isso direito, Rony! – Mione reclamou.


– Peraí! – disse irritado. – Um corredor... – Continuou seguindo e parou em frente a uma porta escura e encardida.


– Aqui é o tribunal – Harry informou a eles.


– É – Rony confirmou. – Sinistro... – passou para a última porta, continuou andando até o final do corredor e depois voltou. – Não consigo enxergar nada nessa aqui. Não é uma sala vazia... Ou está muito escuro, ou...não sei...


Mione tirou o monóculo de suas mãos.


– Que estranho... – confirmou. – Também não vejo nada. Parece... nada...


– E a última? – Harry perguntou apontando para a última porta do corredor, em frente a eles.


– Outro corredor... – devolveu o monóculo a Rony.


– Dois corredores, uma sala vazia e outra não... – meditou. – Vou tentar essa aqui, disse puxando a varinha. Segurou a maçaneta da porta através da qual não conseguiam enxergar.


Os amigos se prepararam também empunhando as varinhas. Girou a maçaneta, não estava trancada. Sentiu uma fisgada desconfortável na altura do estômago enquanto seus pés saíam do chão e era atraído para dentro da sala escura. Segurou-se no batente enquanto puxava a porta com força fechando-a.


– Acho que essa aqui não é uma boa ideia. – informou a eles. – Vamos tentar o último corredor, depois voltamos – disse massageando o abdômen.


Foram para a última porta. Estava trancada. Harry usou o Alohomora e entrou. Avançaram devagar pelo corredor. Rony ia à frente enquanto observava pelo monóculo.


– Estranho não ter ninguém por aqui, não acham? – Rony sussurrou. – O lugar está abandonado...


– Talvez ninguém tenha permissão para estar aqui...


O corredor terminou em outro corredor transversal com duas portas, uma em cada extremidade.


– Lá! A da direita! – Rony indicou a porta entusiasmado. – Estantes!


Avançou com Mione em direção à porta. Harry os seguiu. Um calafrio percorreu sua espinha e arrepiou os pelos de sua nuca. Segurou os amigos pelas vestes.


– Ai! – Mione reclamou. – O que foi?


– Estão sentindo isso? – sussurrou.


– Isso o quê? – Rony perguntou aos cochichos.


Harry voltou de costas puxando-os para trás, a sensação sumiu. Avançou novamente e parou quando a sensação voltou. Deu um passo para trás e passou a mão pelo ar percorrendo a largura do corredor.


– O que está fazendo? – Mione perguntou se aproximando.


– Tem alguma coisa aqui. Algum tipo de magia... Está sentindo? – perguntou guiando a mão dela através da linha invisível.


– Não estou sentindo nada...


– Vamos tentar o outro lado! – encaminhou-se em direção à porta na outra extremidade do corredor. Não sentiu nada daquele lado. – Rony?


– Ah... São arquivos...


Harry destrancou a porta e entrou. Era uma sala grande com arquivos nas duas extremidades e uma porta estreita no final. Abriu uma gaveta do arquivo mais próximo. Pegou uma ficha amarelada de um homem sentenciado a passar quinze anos em Azkaban. Fechou a gaveta. Os arquivos estavam separados por anos.


– Procurem no último pelo nome do Lupin – sugeriu pegando o monóculo da mão de Rony e  examinando as paredes, atrás da porta estreita tinha um grande armário, até o teto, com gavetas pequenas.


– Acha que o levaram para Azkaban? – Mione perguntou.


– Mesmo que ele esteja em outro lugar, talvez tenham registrado isso... – Harry voltou ao corredor enquanto os amigos examinavam os arquivos. Regressou observando o teto. – Acho que tem como ir por cima, tem um duto passando por aqui.


Flutuou até o teto e afastou a grade do duto de ventilação. Parecia ser uma instalação recente se comparado a tudo o mais por ali. O espaço era apertado mas conseguiria passar. Desceu.


– Vou tentar chegar até a outra sala – devolveu o monóculo a Rony e entregou sua capa à Hermione.


– Acha seguro? – Mione recebeu a capa e a guardou.


– Só temos uma hora e vinte minutos, Harry – Rony avisou consultando o relógio. – Tem muitos livros, você vai precisar de ajuda...


– Você não vai conseguir passar por ali... – analisou. – Vou tentar ser o mais rápido possível.


– Procure por Horcruxes, deve ficar mais fácil – Mione sugeriu.


– O que é isso? – Harry perguntou sem entender.


– Harry! É o que estava no Lord! “Não falaremos nem daremos instruções sobre horcruxes”, não lembra?


– Ah, tá! Continuem procurando, eu aviso quando chegar do outro lado. – disse mostrando seu galeão falso.


Voltou para o teto e passou pela abertura. Teve que ir se arrastando pelo espaço apertado. O progresso era lento e começou a se sentir sufocado. Por fim conseguiu chegar à outra saída.


A grade estava presa e teve que forçá-la fazendo mais barulho do que queria. Afastou-a e olhou pela abertura. A sala era enorme. Desceu flutuando com cuidado para não tocar em nada. Achou melhor não tocar no chão também.


Sentiu a moeda esquentar em seu peito, tirou-a do bolso. Hermione tinha invertido o feitiço de Proteu para falar com ele. Leu a frase que apareceu em espiral.


“Que barulho foi esse?”


“Tudo bem, consegui entrar.” – mandou de volta.


Percorreu as estantes, havia muitos títulos interessantes ali “Liberação da Magia”, “Ultrapassando limitações mágica", ...  Escolheu um e começou a ler o índice procurando por algo promissor, depois do quinto começou a ficar angustiado.


Olhou ao redor examinando a sala do alto. Viu uma pequena passagem para um outro lugar, parecia uma fenda na parede. Foi até lá e passou pela abertura. Era um pequeno reservado com poucos livros, examinou os títulos “Sua alma em troca da eternidade”, “Garantindo a eternidade”,...


Pegou o livro “Descobrindo o poder da alma” e leu o índice, continha capítulos interessantes “Como dividir a alma” e “Horcruxes”.


Sentiu seu peito esquentar novamente, por causa do seu falso galeão, fechou o livro, era grande e pesado usou um feitiço encolhedor e o enfiou no bolso se virando para sair.


Ficou algum tempo olhando ao redor, a abertura tinha sumido. Esfregou os olhos e tentou manter a calma. Percorreu toda a parede, descobriu onde a abertura deveria estar, tinha algo diferente ali, algum tipo de magia protetora.


Apontou a varinha decidindo que feitiço usar. Sentiu sua moeda esquentando novamente.


“Harry, você está bem? Responde!”


“Estou preso numa sala, estou procurando outra saída”


“Vamos atravessar o corredor”


“Fiquem aí”


Olhou ao redor, não havia nenhuma outra fenda, janela, ou duto de ventilação, morreria asfixiado se ficasse preso ali por muito tempo. Tirou o livro do bolso e o repôs na estante. A abertura reapareceu, sorriu aliviado, um feitiço simples. Pegou-o, nada aconteceu, quando se aproximou da saída ela se fechou novamente.


Colocou novamente o livro na estante e o fez levitar cuidadosamente através da passagem depois passou por ela rapidamente. – “Não são tão espertos” – pensou enquanto guardava o livro e voltava para a abertura no teto. Rastejou de volta e saiu.


– Você demorou! – Mione reclamou apreensiva. – Conseguiu?


– Consegui. E vocês?


– Nada... – Rony informou desanimado.


Harry viu a porta, que levava até o armário, aberta e foi até o cômodo.


– São só varinhas... – Mione informou. – Dos que foram enviados para Azkaban...


Harry percorreu os olhos pelo cômodo interessado. Cada gaveta correspondia a um ano, às vezes mais de duas.


– As mais recentes estão lá em cima – Rony avisou.


Harry flutuou até lá e abriu uma gaveta. Não demorou a achar a varinha com uma cabeça de cobra prateada, confirmou o nome escrito na etiqueta presa a ela e guardou-a no bolso. A gaveta seguinte não continha nenhuma marcação, dando a entender que ainda não haviam ocorrido prisões no ano. Harry a abriu rapidamente e já ia fechá-la, parou e a puxou novamente.


– Vamos Harry, só temos mais quarenta minutos! – Mione o apressou.


Harry pegou as cinco varinhas que estavam ali e as examinou rapidamente. Fechou a gavetinha e desceu.


– Ele esteve aqui... – disse perplexo mostrando uma delas aos amigos. Leram o nome de Remo Lupin na etiqueta. – Vamos, tentar as outras salas, rápido!


Fecharam as portas e saíram. Passaram pela porta do Tribunal e pararam em frente à porta que daria para o primeiro corredor. Tentou abrir, estava trancada. Usou o Alohomora, mas ela não cedeu.


– O que você vê Rony?


– Nada, cara! Só um corredor bem longo!


– Use o feitiço para silenciar enquanto eu arrebento a porta, no três, OK? Um... Dois...


A fechadura se espatifou, mas não ouviram nenhum som. Harry atravessou o corredor sentindo o vento em seus cabelos saiu em um salão circular com várias outras portas de madeira maciça e grades de ferro, pousou em frente a porta mais próxima e chamou por Lupin. Ouviu algo colidir com outra porta à direita e um braço apareceu pela grade. Sorriu aliviado. Ouviu os passos de Mione e Rony correndo.


– Ele está aqui! – Se aproximou da porta e segurou sua mão. –– Lupin, sou eu, Harry!


– Que Harry? – perguntou uma voz gutural. Não a reconheceu.


– Harry Potter... – tentou libertar sua mão mas ele o segurou com força. – Conhece Lupin? Sabe onde ele está?


– Abra a porta e eu te mostro onde...


– Viemos libertar vocês... – disse incerto de que era mesmo isso que queria fazer. – Mas vão ter que prometer não atacar ninguém... – embora não estivessem na lua cheia teve certeza de que eles teriam força suficiente para isso.


– Harry? – Ouviu a voz de Lupin chamando-o de outra porta. Tentou se soltar.


– ABRA LOGO A DROGA DESSA PORTA!! – a pessoa que o segurava puxou-o contra a grade e com o outro tentou segurá-lo.


Harry viu seus braços ficarem peludos e suas unhas se transformarem em garras. Dois feitiços estuporantes o acertaram pela grade derrubando-o.


Harry se endireitou e correu com Rony e Mione para a porta onde Lupin estava.


– Você está bem, Lupin? – Mione perguntou se aproximando da grade, estava escuro lá dentro e mal conseguiam distinguir seu rosto.


– Onde vocês estão? – perguntou passando o braço pela grade. Ainda estavam sobre o efeito do feitiço da Desilusão. Harry tocou seu braço. Lupin passou a mão pelo seu cabelo e sorriu.


– Viemos te tirar daqui.


Outros rostos e mãos apareceram nas grades das demais portas. Lupin o puxou farejando-o.


– SAI DAQUI! – berrou empurrando-o com violência. Harry o olhou assustado.


– Mas nós viemos para libertar vocês! – Rony explicou chocado.


– Você está sangrando... – sua voz escapou entre os dentes enquanto tremia.


Harry passou a mão pelo ombro sentindo o corte, percebeu a agitação dos outros à sua volta. Rony e Mione perceberam também.


– Não podemos simplesmente abrir as portas – Mione comentou com ele baixinho. – Nos atacariam...


– Não! Não devem fazer isso! – Lupin se pendurou à grade e puderam ver seu olhar feroz.


– O que devemos fazer então? – Harry perguntou tirando o relógio do bolso, tinham trinta minutos para decidir. – Consegue fazer isso sozinho? – perguntou passando sua varinha pela grade. Ele a pegou com cuidado evitando tocá-lo. – Tenho mais quatro aqui...


– Dê para mim! – disse com urgência. – Eu as distribuo. Não quero que fiquem no nosso caminho quando sairmos!


– E os funcionários? – Rony perguntou olhando em direção à porta do lobisomem que tinham atacado.


– Teremos que fazer isso quando tiverem partido... – Lupin respondeu ainda tremendo. Harry se afastou mais.


– Fique com meu relógio. – Mione o passou pela grade. Meia-noite seria um bom horário.


– Vão embora... – pediu aceitando o relógio.


– Você vai voltar para a casa não vai? Pra Casa Verde?


– SAIAM DAQUI! POR FAVOR!


Afastaram-se assustados. Correram de volta pelo corredor, Hermione reparou a porta quando saíram e a fechou.


Subiram as escadas e se cobriram com a capa enquanto esperavam pelo elevador, que chegou vazio. Quando parou no Oitavo nível para que alguns funcionários entrassem aproveitaram para se esgueirar pela porta e foram em direção ao banheiro. Vários alunos esperavam por ali em pequenos grupos, mas não viram nenhum membro da AD.


Por sorte encontraram as gêmeas Patil saindo do banheiro feminino, pediram que elas vigiassem enquanto entravam.


Despiram a capa e desfizeram o feitiço da desilusão. Harry limpou o sangue da roupa depois que Hermione fechou o corte. Rony e Harry saíram cobertos pela capa e entraram no banheiro masculino.


Hermione se juntou a elas e se afastaram encenando uma conversa animada. Alguns minutos depois, Harry e Rony saíram e foram se juntar a Dino e Simas perto da fonte.


Depois de cinco minutos George apareceu e logo depois Raven surgiu acompanhada por Rowan.


– Vamos continuar? – Rowan perguntou a eles animado.


Encontraram Tonks perto dos elevadores, ela pareceu meio desnorteada, ficou olhando para eles enquanto se afastava. Mione retribuiu o olhar ansiosa para dizer alguma coisa. Harry a acotovelou para que parasse de dar bandeira. Ela o olhou enfezada.


Recomeçaram do quinto nível. Pareceu que os andares estavam ficando cada vez maiores. Estavam famintos e preocupados com Lupin.


Não se atreveu a tentar passar nenhuma mensagem a George ou ao Sr. Weasley. Quando finalmente terminaram o sétimo nível Harry se dirigiu aliviado para os elevadores.


Se juntaram no Átrio e aguardaram a chegada do Ministro. Harry encenou seu papel de aluno modelo ao lado de Evandra aguardando ansioso o momento em que enfeitiçariam logo a chave de portal para levá-los de volta.


 

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