A missão de Draco



A MISSÃO DE DRACO


Receberam o correio coruja trazendo cartas de Hogwarts. Eles se animaram com a possibilidade de finalmente conhecerem a loja de logros de Fred e Jorge no Beco Diagonal. Sirius parecia um pouco preocupado.


– Não se entusiasmem tanto. Estão esquecendo que há uma guerra lá fora? Muitas lojas estão fechando, alguns donos estão fugindo com medo, outros estão desaparecendo sem deixar pistas.


– Mas a Ordem está fazendo alguma coisa, não? - Harry perguntou preocupado.


– Estamos fazendo o possível... mas ou outros também estão.


No dia seguinte acordaram cedo para ir ao Beco, Sirius acertara tudo no dia anterior com os Weasley e Harry aproveitou para mandar Edwiges com um bilhete avisando à Luna, se ela quisesse encontrá-los lá. Foram se encontrar com os outros na Toca, desde a festa não falavam com Mione ou Gina. Para surpresa de ambos elas os receberam com alívio.


– Por que não vieram antes?


– Vocês não apareceram também, não estão de mal com a gente? - Rony quis saber.


– Ficamos presas aqui, a sua mãe acha que estamos muito crescidas pra ficarmos com vocês o tempo inteiro. Ela queria que a gente fizesse “coisas de garota”!


– Foi um pesadelo! - concluiu Gina. - Preferíamos ficar com vocês!


Harry não pôde disfarçar um sorriso.Se dividiriam em dois grupos, chegariam ao Beco por chave de portal. Harry se reuniu a Rony, Hermione e Gina em volta de uma lata de óleo, que seria uma das chaves. O Sr. Weasley, Gui e Fleur estavam no trabalho.


Olho-Tonto o puxou bruscamente, deixando claro que iria com ele e Sirius somente, Harry imaginou, para garantir a segurança dos demais, que iriam com a Sra. Weasley.


Harry não o reconheceu de imediato, não era o Beco a que estava acostumado. Havia poucos grupos de pessoas apressadas e também havia silêncio, não característico do local e muitas portas fechadas. Chegaram primeiro, os outros se materializaram a alguns passos de distância. Harry foi até eles.


– Fiquem juntos! - bradou Moody.


Sra. Weasley distribuiu os afazeres, queria que acabassem logo e fossem embora, mas Moody insistiu para que se mantivessem juntos. Se dirigiram para a Floreios e Borrões para comprar os livros. Quando os viram dois repórteres do Profeta Diário se aproximaram às pressas.


Moody puxou Harry para a entrada de uma loja, escondendo-o. Eles cercaram Sirius, tiraram fotos e fizeram mil perguntas, Moody escoltou Harry despercebidamente até que entraram na livraria. Se encontraram com os outros e Moody foi aguardar do lado de fora caso Sirius, que ainda estava impedido, precisasse de um apoio.


Lá dentro estava bem cheio, vários estudantes de Hogwarts se preparavam para a volta às aulas. Pegaram suas listas e foram procurar os livros de que precisariam, quinze minutos depois suas cestas já continham todos os livros pedidos para o ano letivo, exceto a de Hermione, que já continha uns cinco livros extras e ela ainda examinava as estantes em busca de mais novidades.


– Mione! – Rony chamou indignado. – esqueceu que Hogwarts tem uma biblioteca? Bem grande, aliás.


– Mas eu vou ler o que até voltarmos às aulas?


Rony fez uma careta e abriu a boca pra dizer algo, mas uma algazarra se fez ouvir na entrada da loja, viram Sírius entrar vasculhando a loja com os olhos, Harry se adiantou pra falar com ele.


Assim que seus olhos se encontraram Sirius lhe fez um sinal em direção à entrada, bem a tempo de Harry ouvir a voz do Ministro e de mais alguns outros que conversavam eufóricos, e se escondeu embaixo de sua capa de invisibilidade, que levara a pedido de Moody. Rony, Mione e Gina ficaram olhando para o lugar onde tinha desaparecido ainda sem entender.


Harry recuou para um canto da loja enquanto o Ministro e sua comitiva, ou guarda-pessoal, entravam ocupando o pouco espaço restante. Harry foi em direção à saída, algumas pessoas tentavam entrar para ver o Ministro, Harry aproveitou uma brecha e se esgueirou pela porta.


Moody estava parado em meio ao tumulto. Viu seu olho mágico se mover, seguindo-o. Entrou na loja de vestes para bruxos próxima à Floreios, que parecia estar vazia, retirou a capa e a guardou no bolso. Não precisou avançar muito para ouvir a voz arrastada de Draco, parecia irritado, por algum motivo. Harry se aproximou devagar para tentar ouvir o que diziam.


– Ah! Notou como o ar ficou poluído de repente, mãe? - a voz de Draco transpassava sua raiva.


– Deveria mostrar um pouco de respeito, garoto! - o desprezo era palpável na voz de Narcisa. - por que não aguarda do lado de fora?


Harry lançou a ela um olhar rápido, sentia algo estranho, como se tivesse prestes a lembrar de algo muito importante, algo que o impulsionava a se aproximar de Draco, mesmo que não tivesse vontade de fazê-lo. Seus passos decididos o levavam na direção do jovem Malfoy.


– Por que eu faria isso? É uma loja, qualquer um pode entrar.


– O que você está querendo Potter?! - Draco cruzou o restante do caminho que os separava pronto para confrontá-lo. Malfoy também havia crescido tanto quanto Rony, porém mais magro.


Harry aproveitou a proximidade e segurou com força seu braço esquerdo, no mesmo instante sentiu algo. A princípio não soube o que era, mas logo uma certeza incontestável o dominou.


– Largue o meu filho! Você não tem decência? Acha que pode desafiar a todos só porque...


– Não se mete, mãe! - Draco rosnou puxando a varinha.


– A senhora acha – disse sem tirar os olhos de Draco e sem fazer nenhum movimento pra pegar a varinha ou se defender. – Que fazer do seu filho um comensal da morte, pra dar continuidade aos erros do pai, é sim algo muito decente?


Mesmo sem se mexer, pelo silêncio que se fez e pela expressão de assombro no rosto de Draco, Harry soube que eles não esperavam que alguém descobrisse, o que só se confirmou com o olhar que Malfoy lançou ao seu braço coberto, ainda nas mãos de Harry.


– O que pensa que está fazendo? – desta vez se dirigindo ao Draco. – Acha que pode ocupar o lugar de seu pai? Quer acabar indo pra Azkaban também? Ou morrer para seguir os ideais de um lunático?


Malfoy puxou o braço das mãos de Harry, que ficou parado sem reação com um misto de horror e pena em seu semblante.


– Não. Vou ficar do lado vencedor, Potter. Pensa que ninguém mais é tão bom quanto você, O Eleito? Quero ouvir o que vai dizer quando o seu pessoalzinho cair!


– Se você estiver lá...


– Nem tente fazer algo contra o meu filho, que eu não vou deixar, seu moleque!


– Eu não preciso fazer nada, não há mais a ser feito, ele já se incluiu nessa guerra estúpida!


– Eu não deixaria que nada lhe acontecesse – sua voz estava trêmula de raiva – Eu morreria por ele!


– Acho que é isso que as mães fazem, não é? - Harry virou para encará-la nos olhos. – Mas será mesmo o suficiente, para mantê-lo seguro?


Harry percebeu que pelos olhos dela passaram muita compreensão.


– Vamos embora, Draco. - disse com voz embargada.


Harry não se mexeu, apenas ficou ouvindo-os se afastarem. Quando a vendedora retornou com os braços cheios de peças de pano em cores diversas e perguntou pela Sra. Malfoy que deveria a estar esperando, Harry não respondeu. Vestiu novamente a capa, sob o olhar assombrado da comerciante, saiu da loja e voltou à Floreios. Os outros já esperavam à porta apreensivos, apenas Moody parecia menos impaciente. Assim que se aproximou o suficiente Moody mandou que continuasse sob a capa.


Foram para a loja de logros e brincadeiras de Fred e Jorge, uma explosão de cores e artigos variados. Tonks apareceu logo depois deles, radiante com seus cabelos amarelo ouro, curtos e espetados. Harry não sabia se haviam combinado, mas imaginou que sim.

Dentro da loja pôde retirar a capa. Ele, Gina, Rony e Mione ficaram com Tonks dentro da loja enquanto os outros se dividiram para providenciar o que estava faltando na lista. Harry não soube o que tinha desencadeado aquela mudança repentina nos planos, os outros também não souberam dizer quando os questionou e Tonks se fez de desentendida.


Jorge lhes mostrou, orgulhoso, toda a loja. Harry queria falar a respeito do que descobrira mas a loja estava muito cheia, em contraste com o resto do Beco. Parecia que era nos momentos de crise que as pessoas mais buscavam meios de contrabalancear o stresse constante, com distrações e brincadeiras.


Viu pelo vidro da loja Draco Malfoy passar sorrateiro e de cabeça baixa, parecia temer ser reconhecido por alguém. Harry se aproximou mais do vidro seguindo-o com o olhar, viu quando virou a esquina, parecia ir em direção à Travessa do Tranco. Rony e Hermione se aproximaram. Contou a eles quem vira.


– É... deixa pra lá - disse Mione. - Com o pai dele na prisão imagino que agora ele vá perder um pouco da pose.


Harry não teve tempo pra explicar, ainda não havia contado o episódio anterior, num impulso vestiu a capa.


– Esperem aqui, inventem qualquer coisa pra Tonks, eu volto logo – sem esperar para ouvir o que diriam andou o mais depressa que pôde. Mantendo uma distância segura seguiu Malfoy pela Travessa do Tranco, não ficou espantado quando o viu entrar na Borgin & Burkes, loja de artigos para artes das trevas.


Tentou se esgueirar pela porta antes que ela fechasse, mas não conseguiu evitar o barulho dos sinos quando a abriu um pouco mais para poder passar. Malfoy se virou para olhar, mas ao não ver ninguém logo se mostrou desinteressado. Borgin veio atendê-lo com um enorme sorriso e reverências.


– Vim buscar o que te pedi. - Draco disse secamente, parecia não gostar de estar ali.


– Ah, sim... - Borgin pareceu hesitante, seu sorriso se perdendo no semblante preocupado – Jovem Sr. Malfoy, tem certeza de que é isso mesmo que quer?


– Mas eu encomendei semana passada, não acredito que ainda não conseguiu...


– Não, meu senhor, está aqui, eu o separei especialmente para aguardá-lo...


– Então me dê logo! - puxou das vestes a carteira e contou os galeões.


– Mas é que isso é muito perigoso... sabe que causará a morte de quem o usar, não?


– Pra que você acha que eu encomendei? Não seja idiota, eu não sou mais criança! Estou a serviço do próprio Lorde das Trevas, ou ainda não sabe...


– Ah, sim, meu senhor, eu já fiquei sabendo, parabéns! - suas palavras soavam falsas.


Draco soltou um esgar de impaciência. Bogin se calou e colocou o embrulho sobre o balcão. Harry ficou fitando o embrulho curioso, se Draco planejava causar a morte de alguém com aquilo a mando de Voldemort, ele não poderia permitir. Se aproximou devagar do balcão, ergueu a mão com cuidado e puxou o embrulho pra de baixo da capa. Seu coração batia apressado e teve medo que pudessem ouvir, se afastou devagar, de costas, os olhos fixos nos dois. Se virou e tocou de leve a maçaneta da porta, se pudesse usar um feitiço pra sair sem fazer barulho... lera um no livro do Lord, mas não podia, não fora de Hogwarts...


– Onde está meu pacote?!


Esquecendo a prudência Harry escancarou a porta e se lançou para a rua. Nem parou para verificar de que lado ficava a saída para o Beco Diagonal. Só estivera na Travessa do Tranco uma única vez há alguns anos, não conhecia o local. Se preocupou apenas em pôr distância entre ele e Draco, depois procuraria com calma pela saída. Ainda estava consciente de que precisava estar de volta à loja de Fred e Jorge antes que Tonks percebesse que saíra, não sabia que história Rony e Mione inventariam.


Não lembrava de ter visto tantas pessoas circulando pela Travessa quando chegara. Sem querer esbarrou num cara alto vestido de preto que estava no caminho. Pediu desculpas, só depois se lembrou que não podiam vê-lo.


– Ei!


A voz de Draco soou bem atrás dele. Correu não se preocupando com o som de seus passos, hesitou perante uma bifurcação e entrou em uma das ruelas, tinha de achar um lugar para se esconder até que desistisse de persegui-lo. O feitiço das pernas bambas o pegou de surpresa, atingido pelas costas foi lançado pra frente caindo em meio à sarjeta. Puxou rapidamente a varinha desfazendo o feitiço. Draco entrou no beco arfando, seu rosto estava rubro de raiva e esforço.


– Não pode usar magia fora de Hogwarts! - disse ao se levantar, segurando firme a varinha com uma mão e com a outra recolhendo a capa do chão e guardando no bolso das vestes.


– E você acha que eu ainda me preocupo com essas regras idiotas?


– Ah, claro! Agora que é um comensal da morte, já tem conhecimento suficiente pra abandonar a escola, óbvio!


– Não se meta nessa história, Potter – seu rosto ficando pálido de cólera. – Se contar isso a alguém eu nego! Se eu não fosse obrigado a voltar esse ano...


– Vai voltar a Hogwarts? Pra quê?


– Não te interessam meus assuntos... Me devolve o embrulho, paguei por ele, é meu!


– Não seja idiota! - bradou. – Está planejando matar alguém! Se acha mesmo capaz? Quem ele mandou que matasse?!


– Gostaria que tivesse sido você! - sua voz já não demonstrava tanta firmeza. - Mas essa diversão é restrita apenas ao Lorde das Trevas.


– É, ele tem se divertido muito tentando me matar todos esses anos...


Ficaram se encarando nos olhos, imóveis. Nada mais se movia na ruela escura e mal cheirosa. Estavam sozinhos, assim pensavam.


– Curioso – uma voz grave soou à direita de Harry. Ambos viraram depressa, assustados pela presença inesperada. Encostado ao umbral de uma porta lacrada, um homem de meia idade, alto e vestido de preto. Com uma mão segurava um cigarro, com a outra uma varinha prateada, que brilhava na pouca luz do local, era mantida rente ao corpo.


Harry imaginou já tê-lo visto antes, mas o cara parecia totalmente deslocado para o ambiente. Suas vestes eram simples, um terno preto que o manteria discreto em qualquer lugar, trouxa. O cigarro passava uma certa estranheza, dos bruxos que conhecera até então, não se lembrava de ter visto algum fumando cigarros em todos esses anos.

Draco parecia tão surpreso quanto ele, com a aparição do homem, até porquê, era impossível que já estivesse ali antes deles aparecerem, e não havia como ter entrado depois sem que o vissem, mesmo se aparatasse, teriam ouvido o som.


– Por que um ascendente na Magia proibida, um príncipe das trevas, se preocupa com a disseminação da maldade? - continuou enquanto fitava o cigarro em suas mãos, indiferente ao olhar de espanto de seus ouvintes.


Harry lançou um olhar a Draco, este parecia estar avaliando a estranha figura.


– O assunto aqui é particular, se importa de procurar outra viela pra continuar com seus delírios?


– Estou falando com ele, jovem – disse indicando Harry com o olhar. - Se bem que posso sentir algo dentro de você, sua luta interior está sendo travada... ainda não há um lado definido...


– Príncipe das trevas? Ascendente?!!! - Draco encarou Harry – o olhar de espanto e repulsa era recíproco. - O título de O Eleito já não é ridículo o suficiente?


– Não... - o homem respondeu calmamente alternando o olhar para ambos. – É apenas uma das muitas possibilidades...


– Desculpe, mas não sei do que está falando – Harry interrompeu. – Não pode simplesmente nos dar licença, temos um assunto pra resolver.


– Não tenho nada pra resolver com você, Potter. Devolve minha caixa agora, ou posso chamar alguns amigos... E tenho amigos muito mais interessantes agora. - protestou ignorando o estranho.


– Chama eles de amigos?! Um bando de assassinos!? Por que seu pai ainda está preso, então?


Antes que Malfoy pudesse abrir a boca o estranho se aproximou.


– Você me espanta. Esperava encontrar algo bem diferente. Se não soubesse quem você é nunca diria que é você, o causador do desequilíbrio. Talvez fosse melhor matá-lo aqui mesmo, ou matar os dois – declarou erguendo a varinha, que ambos puderam ver não era uma varinha, era uma lâmina prateada.


– Que espécie de idiota é você? - Malfoy se afastou até encostar no muro, a varinha erguida nas mãos. Harry agiu primeiro.


Expelliarmus!


Viu o seu feitiço ser absorvido pela lâmina, nada aconteceu. Draco também atacou com outros dois feitiços, nenhum resultado.


– Esse tipo de magia primária é inútil, vocês já deveriam saber disso, já que estão desafiando as leis da Magia Oculta.


– Que Magia Oculta? - Harry perguntou. Draco bufou.


– Não venha com histórias da carochinha, acha que vai nos amedrontar com isso? Não existe mais Magia Oculta.


Harry os olhou curioso. O estranho o encarou.


– Do que vocês estão falando? Não violei lei nenhuma... que eu saiba.


– Da onde você saiu, cara? Por que não se manda? - Draco disse arrogante.


– Ou talvez seja melhor levá-los até o conselho. Venham comigo.


Malfoy soltou uma risada debochada que não escondia seu nervosismo. Estavam em vantagem de dois contra um, mas suas habilidades eram inúteis contra aquele adversário. Se afastou mais, ficando ao lado de Harry. Ambos ainda apontavam as varinhas, inutilmente, para o homem.


– Não pretendo ir a lugar algum, sou um dos seguidores do Lorde das Trevas! É melhor manter distância de mim!


– Vejo o que você é, e posso sentir. A você também... - disse a Harry. - Gostaria de estudá-lo melhor, pra isso precisa vir comigo. Esse assunto deverá ser reavaliado.


– Desculpe, mas não sou uma cobaia, se foi Voldemort quem te mandou aqui...


– Não recebo ordens daquele que se diz Lorde...


Harry desistiu de tentar entender tudo aquilo. Olhou ao redor procurando uma saída. A única existente era passando pelo homem, coisa que sabia, não conseguiria, sua magia não tinha efeito contra ele. Atrás deles a ruela levava a lugar nenhum. O prédio abandonado a sua direita tinha todas as portas lacradas, mesmo se conseguissem entrar, não via como isso ajudaria. À sua esquerda um muro se erguia não muito alto, mas não tinha certeza que poderia sobrevoá-lo, não com o peso  extra de Draco...


– Admirável! - o estranho desviou sua atenção, estava rindo.


O que era admirável não se preocupou em saber, acabara de reparar nos sacos, latas de lixo e caixotes encostados ao longo do prédio abandonado. Não pensou duas vezes, enfeitiçou-os lançando-os contra o estranho que pego de surpresa não teve nenhuma reação. Draco o acompanhou enfeitiçando também as demais tralhas que se encontravam atrás deles na ruela.

Logo o lugar onde estivera o estranho era um amontoado de lixo. Sem pensar Harry segurou a mão de Draco e o puxou rente ao muro, escalando algumas caixas e sacos chegaram ao início da ruela e correram passando novamente em frente à Borgin & Burkes, desviando dos pedestres e ignorando os olhares das figuras bizarras que apareciam no seu campo de visão.


Correu sem parar para verificar se o estranho os perseguia. Os músculos de suas pernas protestavam e o seu peito doía quando chegaram na entrada do Beco, mesmo assim continuou correndo diminuindo apenas quando avistou Moody e os outros discutindo na porta da loja de logros. Malfoy puxou bruscamente a mão, se libertando, quando os outros correram em direção a eles.
Ambos estavam cansados e respiravam com dificuldade. Sem dizer palavra alguma, Draco se afastou para a calçada oposta se desviando deles e partiu apressado.


“Mal agradecido” - Harry pensou se encostando num poste próximo, não estava em condições de pensar claramente, ainda ouvia as batidas de seu coração mais alto do que qualquer outro som.


– O que houve? O que está sentindo? - Sirius se aproximou e o segurou pelo ombro. Harry ergueu a mão num pedido para que esperasse. Quando os outros se aproximaram pediu para que fossem embora, o que foi entendido sem mais perguntas, alguns curiosos paravam para ouvir.


Voltaram para o interior da loja. Viu o olhar curioso de Fred quando passaram em direção aos fundos. Moody estendeu uma caixa vazia que todos tocaram sem hesitação. Em menos de um minuto depois estavam no jardim em frente à Casa Verde.


 

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