Surrey



Elisa Vrastani - Magia, Poder e Destino I (6º ano)



SURREY


O sol começava a despontar no horizonte, ainda estava quente. Era seu quinto dia na rua dos Alfeneiros número quatro, estava ansioso, tinha esperanças de receber a qualquer momento uma coruja com um bilhete de alguém dizendo que iria buscá-lo. Tinha esperanças de que fosse Sirius.


No final do ano letivo ele lhe pedira para ser paciente, e que em breve lhe traria novidades. Sabia que Dumbledore estava às voltas em reuniões no Ministério para provar a inocência de Sirius e discutir os acontecimentos agora que todos sabiam que Voldemort realmente voltara.


Seus tios não o perturbavam tanto desta vez, resolveram ignorar sua existência, não o olhavam, muito menos falavam com ele. Até que estava sendo bom, pela primeira vez suas férias não estavam tão ruins; até estava gozando de certas liberdades, saía a qualquer hora todos os dias e seus tios não reclamavam, não falavam nada já que o estavam ignorando. Claro que não se atrevia a voltar muito tarde, tinha medo de encontrar as portas trancadas, pois tinha certeza de que o ignorariam também se tocasse a campainha.


Edwiges estava fora, a jaula estava vazia num canto, estava deixando que ela também aproveitasse essa rara liberdade. Tomou um banho demorado pra se refrescar do calor e resolveu sair, tinha muito tempo até Duda voltar, que era quando reconhecia seu toque de recolher; então, quando o primo voltava, ele voltava também. Em cinco minutos alcançou a rua e seguiu em direção à praça.


Fora obrigado a voltar à Surrey quando o que mais queria era ficar com seu padrinho, mesmo que fosse na velha e mofada casa do Largo Grimmauld. Dumbledore o obrigara a voltar, na verdade, tinha sido a única vez que o vira depois que voltaram do Ministério. Já havia se acostumado às ausências do diretor no ano anterior, mas agora ele estava realmente muito ocupado, já que fora provado que andara falando a verdade durante todo o ano e sendo duramente ignorado e punido. Mas as coisas pareciam calmas agora, por enquanto, e ninguém lhe dissera que estava proibido de sair de casa, sabia que com certeza continuaria a ser vigiado, mas...


O lugar estava quase vazio, ficou olhando as poucas crianças que brincavam ali, após alguns minutos seguiu em frente, por uma rua tranquila e mais sombreada. Sabia que seu primo obrigatoriamente passaria por ali a caminho de casa; então, sentou na calçada, na sombra de uma árvore, e ficou esperando. O ar começava a ficar mais fresco e agradável, recostou-se no tronco da árvore, fitando um menino que se afastava em seu skate.


– Meu jovem ...


Assustou-se com o som próximo, virou-se rapidamente. Estivera distraído, não o ouviu se aproximando. Um homem alto, de óculos escuros, estava parado ao lado da árvore. Sua voz era cordial, em uma das mãos segurava uma bengala, a outra estava dentro do bolso da calça. Vestia-se de maneira simples mas elegante, um tanto deslocado para estar ali naquele bairro, principalmente com relação ao clima, usava um sobretudo cinza.


Harry, após alguns segundos olhando para o homem, olhou ao redor, não havia mais ninguém.


– O Senhor falou comigo? – o homem não olhava para ele, quis ter certeza.


– Sim, meu jovem, poderia me fazer um favor?


Harry se levantou agora. Olhou novamente ao redor, a rua estava deserta.


– Sim...


– Poderia me ajudar a chegar a este endereço? – estendeu um papel cuidadosamente dobrado. – Não moro por aqui, nunca vim a este bairro, estou um pouco perdido... – disse enquanto retirava os óculos, suas pálpebras estavam cerradas sobre as órbitas vazias.


Arrepiou-se. Após alguns segundos encarando o estranho, sentiu-se envergonhado, isso não era educado.


– Claro! – respondeu prontamente, leu o papel “ rua Artenesis, 31”, ficava logo à frente. Ficou embaraçado sem saber como prosseguir.


– Se incomodaria em me guiar? – perguntou o estranho, repondo os óculos.


– Não, não será nenhum incômodo – respondeu, aliviado pela iniciativa, tocando o braço que o homem lhe estendera.


O homem o segurou e se virou na direção que deveriam seguir.


– Me chamam de Leon – disse enquanto Harry observava que tinha um ótimo senso de direção apesar de ser cego, a bengala em sua mão parecia mais um adereço para combinar com o figurino, não parecia depender dela, se locomovia com segurança, sentiu-se guiado ao invés de guia.


– Eu sou Harry – respondeu prontamente, teve vontade de fazer algumas perguntas mas ficou com medo de ser grosseiro.


– Quantos anos tem, Harry?


– Quinze, Senhor – estava admirado com a figura do homem, tão bem alinhado e perfumado, apesar da roupa excessiva para o calor em Surrey, não havia uma gota de suor em seu semblante.


– Parece-me tão frágil para quinze anos, tem tido anos difíceis, não?


– Não sou frágil! – espantou-se. Não se sentia tão magro assim, embora a Sra. Weasley sempre o considerasse, sentia-se muito bem, é verdade que seus anos foram sempre difíceis, mas o que ele poderia saber?


– Não se ofenda, claro que não é, parece ter passado por muitas provações e amadurecido muito, apesar de tão jovem.


Ficou ainda mais espantado, não conseguiu imaginar como poderia saber tanto em tão pouco tempo e de que forma.


– O Senhor deduz essas coisas como? Pela voz? – perguntou sem pensar.


– Ah, não... eu enxergo muito bem – após pequena pausa continuou, embora não pudesse ver o olhar curioso de Harry. – Apenas de uma forma diferente.


Harry calou-se e passou a se concentrar nos números das casas, já haviam chegado à rua Artenesis.


– Sr. Leon... – começou, incerto, conferindo novamente o endereço no pedaço de papel – É esse mesmo o endereço, Senhor?


– Chegamos?


– Sim, mas essa casa está vazia, n° 31...


– Leve-me até a porta – pediu.


– É que... não há ninguém morando aqui, parece estar abandonada há bastante tempo.


Sentiu pena do homem enquanto focava as janelas despencadas, o jardim mal cuidado, ficou espantado que uma casa naquelas condições existisse no bairro, não se admiraria se o primo e seus amigos tivessem contribuído para o atual estado da casa. Ficou imaginando o desapontamento do pobre homem, parecia ter vindo de tão longe.


– Tenho certeza de que o endereço está correto, leve-me até a porta, por favor, meu filho.


Sentiu-se embaraçado, parecia que o homem não estava entendendo, perguntou-se se ele pensaria que não o havia levado ao lugar correto. Resolveu guiá-lo até a entrada, sendo tão esperto iria notar o som do gramado por fazer e a poeira.


– Não mora ninguém aqui, está tudo caindo aos pedaços, consegue... sentir? – pronunciou cuidadosamente.


– Ah! Não... claro que não mora, meu jovem, só vamos encontrar alguns amigos.


Harry começou a se irritar, não estava conseguindo se fazer entender. Não havia condições de ter alguém ali, apesar da escuridão no interior, dava pra perceber que o telhado faltava em alguns cômodos do andar de cima. Ninguém marcaria uma reunião de amigos num lugar assim. E não gostou de ter sido incluído na tal reunião, não poderia demorar, ainda tinha que vigiar a chegada de Duda, e não queria participar de reunião nenhuma. Começou a imaginar que o homem estaria com a intenção de lhe pedir que aguardasse para guiá-lo na volta, sentiu-se desanimado.


– É sério, não há como seus amigos o estarem esperando em um lugar assim, quem sabe se o Senhor ligar para eles...


Nesse momento ouviu um barulho vindo do interior da casa, com certeza o homem também ouviu pois apertou seu braço com mais força.


– Creio que já chegaram.


– Espera – disse apressado, sentindo que o homem o pressionava a avançar. – Tem alguém lá dentro, pode ser um marginal ou coisa parecida! – argumentou, embora ratazanas gigantes e outros bichos também passassem pela sua mente. De uma coisa tinha certeza, não iria entrar naquele lugar.


– Não se preocupe – ele disse, continuando a empurrá-lo em direção à porta, agora muito próxima.


Começou a sentir pânico, seja lá o que tivesse lá dentro, não queria descobrir. Firmou os pés no chão para impedir o avanço indesejável. Ele apertou ainda mais o seu braço fazendo-o soltar um gemido em protesto, ficou espantado com a força do homem que agora o arrastava para aquela casa, suas tentativas de se libertar nem pareciam ser notadas.


– Me solta! – protestou. – Você está me machucando!


Isso era ridículo, o homem era louco e não tinha percebido? Ouviu outro som vindo de dentro, agora parecia que alguém se aproximava da porta.


– Ei, Harry!! O que está fazendo aí? – a voz grave assustou a ambos.


Harry aproveitou o choque do homem, que se virou apressado na direção da voz, e puxou com força o braço, atirando-se ao chão, arrastou-se rapidamente para longe ao perceber os esforços do homem em alcançá-lo. Correu, meio agachado ainda, na direção da rua, parou ao dar de cara com Duda, tinha reconhecido a sua voz mas estranhou a sua presença ali. O momento não durou muito, ao ouvir o homem se aproximando começaram automaticamente a correr.


Pensou ter ouvido passos atrás deles, apesar de achar improvável que o homem que se chamava Leon fosse se arriscar a segui-los, porém, não quis parar para conferir. Pararam, ofegantes, ao chegarem à praça, o céu estava fracamente iluminado agora e luzes artificiais reforçavam a iluminação do local, algumas crianças e jovens começavam a aparecer.


– O que está acontecendo? – Duda perguntou.


Harry estava espantado que ele tivesse conseguido acompanhá-lo, suas aulas de boxe estavam sendo úteis pelo jeito. Dava pra perceber a mudança em seu físico, parecia mais compacto e ágil, suas gorduras se transformando em músculos. “Ainda mais perigoso” – Harry observou.


– Eu não sei... aquele cara é maluco – concluiu. – O que você estava fazendo ali?


– Estava indo pra casa, te vi entrar naquele terreno vazio com o sujeito esquisito... então eu fui lá, sabe... dar uma olhada...não que eu estivesse... querendo...


– Obrigado – cortou a explicação vendo que o primo estava ficando embaraçado. Nunca havia se imaginado agradecendo pela bisbilhotice de Duda.


– Por nada – Duda respondeu, aliviado.


Caminharam de volta pra casa num silêncio constrangido. Harry massageou o braço dolorido, agora com uma grande marca roxa, o cara era forte mesmo. – “Afinal... onde estava minha guarda, pensei que ainda tivesse uma, que estranho...” – Harry pensou, espantando-se ao constatar que ninguém aparecera para ajudá-lo, imaginou que alguém da ordem continuaria incumbido de vigiá-lo.


Chegaram a casa e Harry foi prontamente ignorado, como já esperava. Tia Petúnia passou por ele e foi receber Duda, com todos os mimos incansáveis de sempre. Duda não comentou nada a respeito do ocorrido embora Harry tivesse esquecido de pedir, mas percebeu, pelo meio sorriso tímido que lhe lançou, que guardaria segredo. Harry, novamente espantando, subiu para o seu quarto.


“Acabei de ser atacado por um trouxa e Duda, além de me ajudar, ainda sorriu para mim?! O que aconteceu com mundo? Virou de cabeça pra baixo?” – pensou enquanto se atirava na cama. Olhou ao redor, Edwiges não estava, toda a tensão o tinha esgotado, seu braço latejava dolorosamente – “E se não for o Duda?” – pensou – “E se for algum Comensal disfarçado? Não... nesse caso ele não me ajudaria” – concluiu.


Fechou os olhos e tentou relaxar um pouco, depois assaltaria a geladeira, seus tios não reclamariam, o estavam ignorando.


Estava muito escuro e a casa silenciosa. Sentiu a dor no braço e relembrou os acontecimentos daquela tarde. Não conseguiu visualizar, no escuro, a mancha, que ali estaria. Ficou imaginando se deveria pôr gelo, não sabia o que fazer com hematomas e não tinha a quem perguntar. Pensou em Sirius, na Sra. Weasley, ela com certeza lhe diria prontamente o que fazer.


Sentiu-se desconfortável ao imaginar isso, teria que explicar o que acontecera – “o famoso Harry Potter era só um menino fraco que não conseguia se livrar de um trouxa sozinho” – sabia que não estava sendo justo consigo mesmo, não fazia nem um mês que enfrentara Voldemort no Ministério da Magia, lutara com ele de igual para igual.


Ficou sentado na cama, pensando; também estava curioso, descobrira ano passado que vinha sendo vigiado a mando de Dumbledore, perguntou-se se sua guarda tinha se descuidado de novo. Então, deixaria alguém encrencado se contasse, lembrou do mau pedaço que Mundungo passara por um descuido durante a sua vigília.

Resolveu esquecer, era só uma mancha, sumiria logo, já tivera ferimentos piores. Felizmente não tivera que recorrer à magia, embora esse pensamento nem tivesse passado pela sua cabeça na hora, não atacaria um trouxa.


Enfim, tudo acabara bem, graças... ao Duda... Sacudiu a cabeça e levantou num salto, seu estômago estava roncando. Edwiges se agitou, empoleirada no alto do guarda-roupa, prometeu lhe trazer algo também.


Quando chegou a tarde, ele resolveu ficar em casa, mal tinha visto Duda, ele sempre passava o dia fora, com os amigos, claro que ele podia fazer o que quisesse, imaginou se não estaria naquele momento vandalizando alguma outra casa do bairro. Já havia conhecido muitas pessoas estranhas, e passado por perigos maiores, mas por que procurar mais confusão para a sua vida nem um pouco tranquila?

Seu sexto dia de férias estava acabando e nenhum contato dos seus amigos, nenhuma coruja, nada. Pensou então em escrever, abriu o malão em cima da cama e retirou papel e pena, sentou no chão, aos seus pés, pensando em como começar.


– Harry...


Um sussurro abafado. Olhou ao redor, o quarto estava vazio. Ouviu novamente. Olhou para Edwiges, encarando-o tranquilamente do topo da gaiola, franziu a testa – “Que esquisitice é essa agora?” – pensou. O som se repetiu, mais alto. Virou-se, a voz vinha do seu malão. Afastou algumas roupas e tocou num embrulho.


– Ahh! – exclamou, surpreso, como podia ter esquecido o embrulho que Sirius lhe dera no Largo Grimmauld, rasgou-o às pressas e virou o objeto para si. A princípio pensou que fosse um quadro, mas a imagem falou.


– Até que enfim! Estou tentando falar com você desde ontem, onde esteve?


Harry sorriu encarando, maravilhado, o rosto de seu padrinho que parecia bem preocupado no momento.


– Eu não sabia, não desfiz o malão ainda – Harry explicou. O semblante de Sirius se iluminou num sorriso.


– Então é melhor nem se dar ao trabalho, viu o Profeta hoje?


– Não – respondeu surpreso. – Cancelei minha assinatura ano passado – tivera muitos motivos para isso, a lembrança do jornal o irritava.


– Tudo bem, guardei a reportagem, não é sempre que se tem o nome na primeira página do Profeta em um artigo de retalhação e parabenização, não o meu, pelo menos.


– O quê!? Você já foi inocentado?


– Perante todo o mundo bruxo e trouxa, com direito a pedido de desculpas do Fudge e do atual Ministro – respondeu orgulhoso. – Você também recebeu um pedido de desculpas oficialmente publicado.


– Eu tenho que ver isso...


– E... como estão as suas férias? – perguntou em meio a uma expressão que Harry não conseguiu definir. – Tudo bem aí com os trouxas?


– Até que sim, não estão sendo tão más desta vez.


– Ah! Mesmo?! – perguntou assumindo uma olhar desconfiado. – Pensei que estivesse ansioso pra sair daí, mas então, tudo bem... podemos adiar...


– Nem vem!! Quando é que você vai me tirar daqui?! – cortou em tom urgente, quase beirando o desespero.


Sirius soltou sua gargalhada que lembrava um latido. Gostava de vê-lo feliz, muito diferente do ar rabugento que assumira durante sua estada forçada no Largo Grimmauld.


– Poderia ir te buscar agora mesmo, mas... – acrescentou depressa ao ver a expressão entusiasmada no rosto de Harry. – Dumbledore quer organizar o “grupo de salvamento” – ironizou. – Você sabe, sua segurança... é que ele tem estado bem ocupado, e pelo jeito quer que fique ao menos uma semana na companhia de seus tios...


– Amanhã completam sete dias... – respondeu queixoso.


Não entendeu o motivo da necessidade de uma guarda para transferi-lo pra sabe lá onde, quando naquele momento parecia estar abandonado na rua dos Alfeneiros, pensou melhor e ficou agradecido por não ter havido testemunhas do constrangedor evento do dia anterior.


– Pra onde eu vou quando sair daqui? – imaginou que ficaria em Londres com Sirius, mas adoraria passar uns dias na Toca, com Rony.


– Isso é surpresa – respondeu divertido. – Seria seu presente de aniversário, mas é claro que não vou aguentar esperar tanto.


– Então me diz! – tentou, curioso. – Ao menos uma pista... – completou ao perceber a expressão decidida do padrinho.


– Por que tanta ansiedade, afinal, suas férias estão sendo tão boas... nem sequer entrou em contato comigo nesses dias... deve estar tendo dias emocionantes – acusou tentando assumir um ar casual enquanto olhava ao redor do quarto pelo espelho. – Decoração interessante... – comentou reparando a bagunça que sempre fazia, não conseguia manter o quarto arrumado.


– Para com isso, eu sabia que estaria ocupado, com Dumbledore. E não sabia do espelho ainda, afinal, eu não estava esperando uma mensagem, pensei que viria me buscar de vez – rebateu. – Vou morar com você, não vou? – pressionou não dando tempo pra respostas – Pra onde vamos?


– Paciência, Harry, pra onde você gostaria de ir?


– Qualquer lugar com você, pra mim, estará ótimo – respondeu sinceramente, andara imaginando uma vida nômade onde poderiam cruzar por todo o continente viajando e fazendo de tudo que quisessem sem ninguém tentando trancafiá-los em algum lugar... rua dos Alfeneiros, largo Grimmauld...


Sirius sorriu, satisfeito, e se despediu sem dar ao menos uma dica. Foi dormir mais feliz do que qualquer outro dia. Não estava pensando em Voldemort, queria esquecer qualquer coisa que pudesse atrapalhar sua felicidade, teria uma vida normal, finalmente.


 

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Comentários (1)

  • Dih Potter

    Aiii, que Felicidade que eu estou sentindo aq... O Sirius vivinho da Silva? É bom d+ pra ser verdade...  alguém, por favor, me "belisca"!!!rsrsSério, comecei a ler a Fis hj e ja estou amando... sem comentar no shipper H/G que eu simplesmente Adoooro de Paixão! s2s2s2Bom, comentário postado com mt merecimento...Bjosss 

    2012-08-14
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