Instintos



INSTINTOS


Arrepiou-se, o aposento parecia o quarto de um vampiro sanguinário, era escuro e frio. Sentiu algo quente escorrendo pela sua face, tentou afastar com a mão, mas era só um filete de sangue, que continuava a escorrer de sua cicatriz. passou a toalha pela testa.


Saiu do quarto cauteloso, sem saber o que poderia encontrar, estava se sentindo fraco, mas não ficaria ali nem se fosse para ganhar cem pontos para sua casa.


Atravessou o corredor igualmente mal iluminado e se dirigiu para a porta em frente. Percebeu que Snape não parecia ter problemas em se locomover no escuro, se perguntou se o que Sírius dissera no último sábado tinha sido só para irritá-lo ou Snape realmente conseguia se transformar em um morcego.

Olhou para o teto, mas não viu nada, abriu apressadamente a porta e se lançou para fora. Recuou ao colidir com alguém que vinha de encontro a ele.


– Sai da frente, Professor Snape! – ouviu Raven reclamar exaltada enquanto a figura de Snape desaparecia de seu campo de visão.


Foi puxado para a sala e empurrado para uma cadeira de espaldar alto, a luz, embora fraca, era um alívio após a escuridão anterior.


– Meu querido... Você está bem? O que ele fez com você? – Raven perguntou docemente.


– Nada... Estou bem... – respondeu sem saber ao certo a quem ela se referia.


– Saiam da frente vocês dois, deixem-me examiná-lo! – Madame Pomfrey reclamou.


Com um aceno de mão Raven afastou as cortinas deixando que a luz entrasse. Embora com ar desaprovador Snape não reclamou, parecia intimidado perante a presença da Professora.


– Eu estou bem... – Harry repetiu enquanto Madame Pomfrey retirava a toalha de sua mão, que deveria ter sido branca, mas que agora estava tingida de vermelho.


– Isso é muito incomum! Não sei como agir num caso como esse, não há cortes para serem fechados, nem ferimentos... – retirou um vidro de sua maleta, umedeceu um algodão e passou por sua testa.


– Alguns minutos atrás ele estava completamente inconsciente e febril. – Snape comentou erguendo a mão para tocar sua testa, mas Harry se afastou.


– Mesmo? – Raven perguntou sarcástica. – E como o senhor contribuiu para que isso ocorresse?


– O que está insinuando? – Snape a olhou nos olhos ultrajado.


– Posso ir embora? – Harry tentou se levantar quando Madame Pomfrey terminou de examinar sua cicatriz. Estava começando a se sentir novamente enjoado.


– Ah, que horror! Bundimum! – Raven exclamou enojada olhando para a bacia à mesa. – Ainda usa esses insetos Prof. Snape? São tão ultrapassados!


– Faziam parte da detenção, Professora.


– Nossa! Muito educativo.


– Não me culpe pela má educação que o garoto recebe do padrinho, se soubesse se comportar em aula isso não seria necessário...


– Vocês dois, por favor... – Madame Pomfrey lhes chamou a atenção enquanto Harry se dirigia para a porta. – Você vai para a Ala Hospitalar, Potter! – disse seguindo-o.


– Eu quero falar com Dumbledore! – disse se encaminhando para o escadas, precisava contar ao Diretor o que acontecera.


– Quando ele chegar eu o aviso, até lá você ficará comigo... Olha só! – disse apontando a varinha para sua testa. – Tergeo! – limpou o sangue de sua testa com o feitiço. – É melhor falar com a Minerva, eu não sei curar isso...


– Estava bem pior antes, acredito que esteja parando. – Snape comentou se aproximando.


Harry se afastou e continuou a caminhar, a dor em sua cicatriz quase não incomodava agora.


– Então vou esperar por ele no sétimo andar...


– Papoula! Aconteceu alguma coisa? – se viraram ao ouvir a voz da Professora McGonagall.


– Ela se aproximou acompanhada de Dumbledore e Moody. Estavam visivelmente preocupados.


– Ah, que bom encontrar vocês... A cicatriz do Sr. Potter está ...


– Não, isso não tem importância, Diretor, eu preciso falar com o senhor...


– O que houve em sua testa? – Dumbledore se aproximou e virou seu rosto para examiná-lo melhor.


– Já está passando... – disse limpando impacientemente com a manga da blusa. – O que eu tenho pra falar é muito importante.


– O que aconteceu com ele Severo? É grave?


– Ele ficou um bom tempo desacordado, Diretor, perdeu muito sangue, mas acho que já está voltando ao normal...


Harry ficou irritado por ele perguntar ao Snape e não a Raven ou Madame Pomfrey, que se importariam de verdade com o estado dele.


– Vou pedir para que espere um pouco, Harry... Me aguarde na Ala Hospitalar, fique em repouso, eu irei vê-lo mais tarde. Professor Snape, venha conosco, por favor...


– Mas... – pensou em protestar. – Aconteceu alguma coisa? – mudou de idéia ao perceber o clima tenso entre eles. – Tem alguém ferido?


– Vá para a Ala Hospitalar, Potter! Eu vou saber se você não for... – Moody ameaçou.


– Nossa! Ele mete medo! – Raven comentou quando eles e Snape se afastaram.


– Moody é legal... Mas acho que está acontecendo algo grave, não achou?


– Vamos Potter, você ouviu o Diretor. – Madame Pomfrey tentou conduzi-lo à enfermaria.


Hermione, Gina, Luna e Rony apareceram correndo pelo corredor. Harry se adiantou para encontrá-los.


– Pode deixar Madame Pomfrey, eu o levo daqui a pouco... – Raven pediu e esperou que ela se afastasse.


– Raven conseguiu te livrar do Snape? – Gina perguntou animada.


– Não, eu encontrei o Snape levando a Madame Pomfrey para a sala dele. Ele contou que o Harry desmaiou durante a detenção... – Raven contou.


– Como assim desmaiou? – Mione o olhou de cima a baixo – O que é isso em sua testa?


– Nada! Depois... Vocês souberam o que está acontecendo? Por que eles estão daquele jeito?


– Não. Vimos Dumbledore chegar com Moody, parecia que tinha acontecido alguma coisa – Rony respondeu – Então pedimos para a Cátia nos dispensar. Gina não estava conseguindo se concentrar mesmo, estava preocupada com...


– Vimos quando Dumbledore foi buscar a Professora Minerva, e depois você sair da sala do Snape... – Gina terminou a explicação e devolveu o mapa a ele.


– Será que alguém se feriu? Sírius não vem hoje? – perguntou à Raven.


– Não, ele não disse nada... Não falo com ele há dois dias... – começou a ficar preocupada. – Para onde será que eles foram?


– Para o escritório de Dumbledore, com certeza... – Luna comentou.


– Vou deixá-lo com a Madame Pomfrey, depois vou ver se consigo descobrir alguma coisa.


– Como? Não vão deixá-la entrar. – abriu o mapa, a maioria dos alunos estavam nos terrenos, aproveitando o fim de semana.


– Não estou esperando ser convidada... – mordeu os lábios pensativa.


– Tonks está vindo pra cá! – informou aos amigos. – Está lá em baixo.


– Então vamos perguntar a ela. – Gina afirmou como se todos os problemas estivessem solucionados.


– Onde arranjou isso? – Raven perguntou interessada.


– Meu pai, Sírius e Lupin fizeram quando estudaram aqui... – não viu necessidade em mencionar Rabicho também. Raven pegou o pergaminho.


– É... essa é letra dele... – comentou sorrindo enquanto acariciava com o dedo o título.


Harry tirou o mapa de sua mão, impaciente, e foi em direção às escadas. Os outros o seguiram.


– Eu não disse que você pode ir, estão te esperando na Ala Hospitalar... – Raven o chamou. Harry parou desanimado e voltou até ela.


– Professora, por favor, pode ser Sírius quem esteja ferido! – Raven franziu a testa e seguiu para as escadas.


– Deixem que eu falo com essa auror! – mencionou como se fosse ser uma tarefa muito perigosa.

– Você vai gostar dela, Tonks é muito legal. – Rony informou.


– E é prima do Sírius! – Gina completou.


– Ah! Mesmo? – Raven pareceu reconsiderar sua decisão.


Encontraram Tonks no meio do caminho. Ela estava nervosa, seus cabelos, cor de palha, estavam sem vida. Cumprimentou educadamente a Profª Sterling e disse estar com muita pressa, não poderia parar para explicar.


Aconteceu alguma coisa com Sirius? – Harry perguntou rapidamente enquanto ela se afastava.


– Não... Ele ainda não chegou? – surpreendeu-se. – Depois, Harry, Dumbledore está me esperando... – se afastou apressada.


– Há dor nos olhos dela... – Raven comentou. – Alguém de quem ela gosta deve estar sofrendo...


– O que houve com a Tonks? – surpreenderam-se ao ouvir a voz de Jorge.


– Ela mal falou com a gente... – Fred reclamou.


– Vocês!! O que fazem aqui?! – Os olhos de Rony se estreitaram ao reparar as vestes dos irmãos.


– Viemos atender à carta de vocês... – responderam juntos.


– Vocês estão esquisitos... – Gina comentou reparando o terno que usavam. Jorge trazia uma valise nas mãos.


– Somos Homens de Negócios... – Fred se empertigou orgulhoso. Gina começou a apresentálos a Raven.


– Tudo bem Raven? Seu irmão esteve lá na loja, um dia desses... – Jorge a cumprimentou como se fosse uma conhecida de longa data.


– Ah, ele adora essas novidades, ficou encantado com as invenções de vocês...


– Vocês se conhecem de onde? – Mione perguntou.


– Sirius me levou até a Toca... – explicou.


– Quando... ? – Harry estava espantado com a rapidez com que haviam se envolvido. Tinha levado anos para conseguir falar com a Cho...


– Acabamos de comprar a Zonko’s – Jorge o interrompeu para anunciar o grande feito. – Quando soubemos que Hogwarts havia proibido a comercialização da maioria dos nossos produtos...


– Resolvemos vir para mais perto, para atender a esse vasto mercado de transgressores de regras... Vocês! – Fred completou.


– Eu gostava da Zonko’s... – Luna comentou.


– Ótimo... – Harry se concentrou no assunto mais urgente que os levara até ali, estava se sentindo fraco, ainda estava em jejum, mas a curiosidade era mais forte. – Precisamos ouvir o que estão dizendo lá no escritório do Dumbledore... Vocês têm algo que possa ajudar? – os gêmeos se entreolharam sérios.


– Você começou pegando pesado, Harry... Tivemos sorte de Hagrid ter nos deixado entrar... – Fred comentou olhando ao redor. Retribuiu o aceno de um grupo de alunos do sétimo ano e prometeu falar com eles mais tarde.


– Isso é importante... – Raven informou.


– Precisamos de um lugar adequado – Jorge sussurrou. – Escritório de Dumbledore... Torre de Astronomia? – perguntou a Fred. Ele confirmou com um aceno. Os outros os seguiam enquanto eles se encaminhavam rapidamente para o local.


– Nós não temos permissão para entrar lá... – Mione os lembrou.


– Ora, de que adianta ser monitor, então? – Fred perguntou sarcástico.


– Não se preocupem, eu autorizo – Raven a tranquilizou.


Chegaram ao topo da torre e entraram na sala circular. Harry se sentou em uma das mesas enquanto Fred e Jorge estudavam a correta localização da sala do Diretor.


– Você está bem? – Raven se aproximou e colocou a mão em sua testa, não estava mais sangrando.


– Estou cansado... – admitiu.


Ela o puxou para si, para que apoiasse a cabeça em seu ombro enquanto afagava seus cabelos. Fechou os olhos durante alguns instantes sentindo seu cheiro almiscarado. Quando era menor, por várias vezes desejou saber qual era o cheiro de sua mãe, chegou a perguntar uma vez à sua tia Petúnia qual o perfume que usava, mas ela se recusou a responder, talvez, também não soubesse.


– Pronto, tenho certeza que é para lá. – Jorge quebrou o silêncio abrindo a valise sobre a mesa.


Harry se afastou constrangido, foi ver o que os gêmeos haviam trazido. Mione o olhava curiosa.


– Fizemos isso aqui para ouvir o que os nossos concorrentes andam dizendo – Fred mostrou um pequeno objeto com duas concavidades opostas – Mas não temos certeza se funcionará aqui em Hogwarts, tem muita magia defensiva.


– Isso não é ilegal? – Mione perguntou desconfiada.


Os gêmeos se olharam por um segundo e começaram a rir, riram até ficarem vermelhos.


– Hermione, você é muito engraçada! – Jorge comentou secando uma lágrima no canto dos olhos.


– Tá legal, como funciona? – Harry perguntou antes que Mione começasse a discutir.


Jorge apontou o objeto na direção da sala de Dumbledore e deu uma batidinha com a varinha. Vários sons inundaram o aposento ao mesmo tempo. Deu mais duas batidinhas. Ouviram o som de uma cadeira sendo arrastada, olharam ao redor para confirmar a origem do som surpresos com a qualidade da reprodução.


“Não importa se ele participou ou não, ele não está em seu estado normal, está precisando de ajuda” – a voz de Tonks soou agressiva.


“Eu concordo, temos que resgatá-lo antes que ele se perca de vez” – ouviram Moody opinar.


“É arriscado, se nem os comensais estão conseguindo controlá-los, agora... Enquanto estiverem em bando será impossível chegar até eles.” – a voz de Snape soou limpa e clara.


“Não me importa, estou indo até lá agora!” – se surpreenderam ao ouvir a voz de Sirius. - “Vou tentar achar o rastro dele” – ouviram passos decididos e em seguir o som de uma porta se abrindo.


“Eu vou com você, Sirius”


“Não, Tonks. Ele conhece minha forma animal, confia em mim, e como cachorro ficará mais fácil passar pelos outros. Você não é um animago, seria muito perigoso para você”.


“Tome cuidado Sírius, não poderemos entrar lá. A única coisa que poderemos fazer é tentar confundir o Ministério para que não descubram a localização deles. Não se arrisque.” – A voz de Dumbledore soou decidida.


Ouviram uma porta batendo.


Harry correu para a saída, queria alcançá-lo antes que partisse. Ouviu os outros seguindo-o. Alguns alunos que passeavam pelo castelo se afastavam assustados, enquanto eles passavam. Conseguiu alcançá-lo no terceiro andar.


– Sirius! – Harry o chamou ofegante. – O que aconteceu com o Lupin?


Os outros chegaram em seguida. Raven era a única que não parecia cansada. Aproximou-se de Sirius e o abraçou, não se importando com os alunos que passavam.


– Quem falou a vocês sobre isso?


– Ninguém contou. Para onde você vai? – Raven perguntou.


– Essa informação não é oficial, não faz muito tempo que o Ministério chegou ao local, então ninguém deve ouvir sobre isso. Eu preciso ir agora – pôs a mão sobre o ombro de Harry. – Vou ficar fora por algum tempo, assim que eu voltar eu te aviso.


– Eu vou com você. – Raven decidiu. – Por favor, avisem ao Diretor que recebi uma mensagem e precisei sair – pediu aos garotos. Sirius tentou argumentar. - Sei lidar com lobisomens. Juntos temos mais chances de encontrá-lo, e posso chamar meu irmão para ajudar, se for necessário...


– Temos que achá-lo antes dos funcionários do Ministério. – disse segurando sua mão enquanto se dirigiam para fora do castelo.


Harry se sentou no degrau da escada e ficou olhando enquanto partiam.


– Quem é o irmão dela? É um lobisomem também? – Luna perguntou.


– Não sabemos... – Gina perguntou olhando ao redor. – Onde estão Fred e Jorge?


– Não sei, vamos descer? Estou morrendo de fome! – Rony pediu.


Foram para o Salão e se sentaram à mesa da Grifinória. Luna também se sentou com eles, ao lado de Neville.


Harry viu Malfoy acenar para ele furtivamente, tentando chamar sua atenção, franziu a testa estranhando e o ignorou. Estava muito cansado para pensar em Draco ou na conversa que tivera com Tom Riddle.


Fred e Jorge se juntaram a eles na mesa. Os alunos da Grifinória se concentraram ao redor deles querendo saber as novidades. Aos poucos alguns alunos da Lufa-lufa e Corvinal foram se aproximando também.

A mesa dos professores estava vazia, então não demorou para que se sentissem à vontade. Jorge começou a tirar suas mercadorias da valise e arrumar sobre a mesa enquanto Fred fazia demonstrações.


Harry se afastou lentamente, queria ir para o dormitório. Conseguiu chegar ao saguão sem que ninguém percebesse. Parou ao pé da escada quando percebeu a aproximação de Draco.


– Potter, eu quero falar com você! – seu tom de voz era urgente.


– Tem de ser agora? – Harry suspirou cansado.


– Não... Pode ser ano que vem! – respondeu debochado. Harry se aproximou dele. – Não quero que vejam a gente...


– Então vamos lá pra fora. – Harry sugeriu.


Atravessaram o saguão e desceram as escadas para os terrenos. Viu Hagrid, ao longe, indo em direção a sua cabana com Canino.


– Potter! – Parou ao ouvir Moody chamando-o. Draco baixou a cabeça e seguiu em direção ao lago.


Harry esperou enquanto Moody se aproximava com a Professora McGonagall. Subiu alguns degraus e sentou-se. Decidiu subir mais tarde pelo lado de fora do castelo, nem que tivesse que dormir no gramado até que escurecesse.


– O que está fazendo? – Minerva perguntou quando se aproximaram.


– Descansando... – respondeu sem se preocupar em ser repreendido.


– O Diretor mandou que ficasse longe do garoto Malfoy! – Moody o ergueu pelo braço, obrigando-o a se levantar.


– Foi ele quem me chamou... – protestou enquanto era puxado de volta para o castelo.


– E você atendeu prontamente ao pedido, de um comensal da morte, de dar uma volta por algum lugar afastado, longe de testemunhas...


Minerva balançou a cabeça incrédula, olhando-o severamente. Harry ficou em silêncio, não estava a fim de explicar nada, já que faziam o mesmo com ele...


– Não quero falar com o Diretor agora, deixa para outro dia... – Informou ao perceber que era conduzido para as escadas.


– Você vai para a Ala Hospitalar, como eu mandei que fizesse... – Moody vociferou. – Onde está a nova Professora? Ela não deveria ter te levado?


– Ela teve que sair. Recebeu uma mensagem urgente... do irmão, acho. – improvisou.


Se deixou conduzir sem reclamar. Bebeu toda a poção que Madame Pomfrey lhe ofereceu e meia-hora depois estava deitado no leito se concentrando para fechar a mente. Mas agora sabia que a ameaça não era só externa, teria que aprender a combater um outro inimigo, um inimigo íntimo.


Não demorou a perder a consciência.


 

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