CAPÍTULO TRINTA E QUATRO: DE V

CAPÍTULO TRINTA E QUATRO: DE V



CAPÍTULO TRINTA E QUATRO


DE VOLTA À FLORESTA


— Garota, você me surpreende a cada dia, não me lembro de você assim naquele dia na praia. — Falou Sirius para a filha que sorriu.


— É que eu estou me acostumando em ter um pai, sabe, e eu nunca fui muito de aceitar opinião sem conhecer, então vamos lá, quero ouvir isso pelo homem que minha mãe foi apaixonada, fala logo. — Falou Helena.


— O homem que a Lene amava odiava o Snape. — Falou Sirius sorrindo para a filha.


— Então quer dizer que não odeia mais? — Perguntou Helena sorrindo largamente ao ver o sorriso do pai sumir da face dele.


— Não, não odeia. — Falou Sirius.


— Sabe, em minhas aulas de Português na minha escolinha de quando eu era pequena, a professora falou que toda as resposta de perguntas tinham que ser bem explicativas e completas, fala bem direitinho em. — Falou Helena sorrindo.


Sirius soltou um longo suspiro e sorriu, abaixou a cabeça e depois ergueu, olhando para a menina, iria tirar uma com a cara dela também, ele pegou na bochecha dela e apertou, vendo a menina fazer uma careta meia que de dor.


— Eu não odeio o Snape, confio nele, já entendi que ele é muito corajoso e confiável. — Falou Sirius apertando a bochecha da menina.


— Entendi, agora solta, ta doendo. — Falou Helena fazendo cara de dor.


Sirius riu e soltou, dando risada ao ver ela massagear a bochecha, a menina se levantou e foi até Carlinhos.


— Carlinhos, esta no meu lugar. — Falou Helena.


— A sua professora da escolinha nunca disse que é bom ser educada com os mais velhos? — Perguntou Carlinhos para ela que fez cara feia para ele.


— Senhor, você poderia trocar de lugar comigo? Ou você esta com dificuldades de se levantar e precise da minha ajuda? Porque, sabe eu sou uma pessoa muito educada e gosto de ajudar senhores de idade. — Falou Helena sorrindo.


— Você se acha muito engraçadinha, né Helena. — Falou Carlinhos se levantando e indo para seu lugar, o ruivo estava sério, enquanto Helena sorria e se sentava.


— Eu apenas estou sendo educada. — Falou Helena sorrindo — E então, vamos ler mais? Já estamos no final em. — Falou Helena vendo o restante de folhas que faltavam ser lidas — Quem vai ler? — Perguntou Helena olhando em volta.


— Eu vou. — Falou Gina se esticando para pegar o livro das mãos de Helena — Finalmente vou ler. — Falou Gina — De volta a floresta, Harry eu tenho vontade de te bater, sabia? — Perguntou Gina ao namorado que ficou confuso.


— Porque? — Perguntou Harry.


— O que você vai fazer em uma floresta? — Perguntou Gina ao namorado que deu de ombros.


A ruiva voltou a ler.


Finalmente, a verdade. Deitado com o rosto no carpete empoeirado do gabinete, onde no passado ele pensara estar aprendendo os segredos da vitória, Harry compreendeu, por fim, que não devia sobreviver. Sua tarefa era seguir calmamente para os braços abertos da Morte. No caminho, ele deveria dispor dos últimos vínculos de Voldemort com a vida, de modo que, ao se atirar à frente do bruxo, sem erguer uma varinha para se defender, o fim fosse limpo, e o serviço que deveria ter sido feito em Godric's Hollow fosse concluído: nenhum viveria, nenhum poderia sobreviver.


 


Ninguém sabia o que dizer quanto aquelas palavras, muitos estavam tristes por saberem que o destino de Harry seria se sacrificar, do mesmo jeito em que ele se sacrificou para salvar as pessoas no primeiro, segundo e quarto ano.


— Parece que esse capitulo será bem detalhista. — Falou Gina reparando nos compridos parágrafos que tinham naquela pagina.


Ele sentiu o coração bater violentamente no peito. Como era estranho que, em seu temor da morte, ele bombeasse com mais força, mantendo-o vivo. Teria, porém, que parar, e em breve. Seus batimentos estavam contados. Para quantos haveria tempo, quando se pusesse de pé e atravessasse o castelo pela última vez, para sair aos jardins e penetrar na Floresta?


O terror engolfou-o, ali deitado no chão, com aquele tambor fúnebre batendo em seu íntimo. Doeria morrer? Todas as vezes que julgara ter chegado a hora, e escapara, ele nunca realmente pensara na morte em si: sua vontade de viver sempre fora muito maior do que o seu medo de morrer. Contudo, agora não lhe ocorria tentar fugir, vencer Voldemort na corrida. Era o fim, ele sabia, e só lhe restava a coisa em si: morrer.


 


— Talvez, se eu tivesse morrido antes, Voldemort não teria voltado a vida, digo ano passado. — Falou Harry.


— Não diga uma coisa dessas, o sacrifício que Voldemort fez, digo o sacrifício que Rabicho fez para trazer Voldemort a vida não precisava necessariamente do seu sangue. — Falou Dumbledore a Harry.


— Então porque me esperou lá? Porque não voltou a vida antes? — Perguntou Harry confuso.


— Simples, ele sabia que se usasse o seu sangue, poderia lhe tocar sem que algo o impedisse, e sem contar que ele aproveitaria para lhe matar. — Falou Dumbledore a Harry que assentiu — E foi você que conseguiu a memória em que Slughorn explicou a Voldemort quanto as Horcrux, eu tentei pegar essa memória a anos, mas nunca consegui, e é por isso que ele esta sempre fugindo de mim, porque sabe o que eu quero. — Falou Dumbledore.


Harry passou a mão no cabelo, e se por acaso, quando chegasse a hora de ele se entregar e ele morresse definitivamente, olhou para Gina e se lembra de que o livro mencionou vários momentos dele com Gina, e pensar que esses momentos poderia não chegar fazia seu coração se apertar dentro do peito, pensar que em sua vida ele nunca chegaria a ver James, Al ou Lily, saber a alegria de ser pai ou apenas um padrinho simples e companheiro.


Se ao menos pudesse ter morrido naquela noite de verão quando deixara para sempre o número quatro da rua dos Alfeneiros, quando a nobre varinha de pena de fênix o salvara! Se ao menos pudesse ter morrido como Edwiges, tão rápido, que nem sentiria que acontecera! Ou se pudesse ter se atirado à frente de uma varinha para salvar alguém que amasse... ele agora invejava até mesmo a morte dos seus pais. A caminhada a sangue-frio para a própria destruição exigia uma forma diferente de bravura. Ele sentiu os dedos tremerem levemente e fez um esforço para controlá-los, embora ninguém pudesse vê-lo; os quadros nas paredes estavam todos vazios.


Lentamente, muito lentamente, ele se sentou, e, ao fazê-lo, se sentiu mais vivo e mais cônscio de seu corpo vivente do que jamais estivera. Por que nunca apreciara o milagre que ele era, cérebro, nervos e coração pulsante? Tudo isso se iria... Ou pelo menos, ele os abandonaria. Respirava lenta e profundamente, e sua boca e garganta estavam muito secas, e seus olhos também.


 


Os amigos de Harry ficavam espantados pelos detalhes da reação dele ao saber que teria que morrer de qualquer jeito, bom ele não era obrigado a morrer, mas todos sabiam que ele morreria para dar uma vida melhor aos seus amigos.


A traição de Dumbledore quase não pesava. Naturalmente houvera um plano maior; Harry fora simplesmente tolo demais para enxergá-lo, percebia agora. Jamais questionara sua suposição de que Dumbledore o queria vivo. Agora entendia que a duração de sua vida sempre fora definida pelo tempo que gastaria para eliminar todas as Horcruxes. Dumbledore transferira a ele a tarefa de destruí-las, e, obedientemente, ele continuara a cortar os laços que ligavam não apenas Voldemort, mas ele próprio, à vida! Que precisão, que elegância, não desperdiçar mais vidas, mas entregar a perigosa tarefa ao garoto que já estava marcado para o abate, e cuja morte não seria uma calamidade e sim mais um golpe contra Voldemort.


 


Dumbledore sentiu um aperto em seu coração mais uma vez ao ouvir que Harry se sentia ruim quanto alguns assuntos que envolviam a ele, como por exemplo a amizade dele entre Grindelwald, como ele escondera aquilo dele, como ele escondera também de Snape.


E Dumbledore estivera seguro de que Harry não se esquivaria, que prosseguiria até o fim, embora fosse o seu fim, porque ele se dera o trabalho de procurar conhecê-lo, não? Dumbledore sabia, tal como Voldemort, que Harry não deixaria ninguém morrer por ele, uma vez que descobrisse que estava em seu poder impedir isso. As imagens de Fred, Lupin e Tonks deitados, sem vida, no Salão Principal tornaram a invadir sua mente, e por um momento ele mal pôde respirar: a Morte se impacientava...


Mas Dumbledore o superestimara. Ele falhara: a cobra sobrevivera. Restaria ainda uma Horcrux, ligando Voldemort à terra, mesmo depois de Harry ser liquidado. Era verdade que isso representaria uma tarefa mais fácil para alguém. Perguntou-se quem faria isso... Rony e Hermione saberiam o que era preciso fazer, naturalmente... Essa teria sido a razão por que Dumbledore queria que ele confiasse em mais duas pessoas... De modo que, se cumprisse o seu destino mais cedo, eles dessem continuidade à tarefa...


 


Hermione e Rony ao mesmo tempo olharam brevemente para Dumbledore, o diretor sabia que eles estavam abatidos pelo que aconteceria com seu amigo.


Semelhante à chuva batendo em uma janela fria, esses pensamentos tamborilavam na superfície dura da verdade incontroversa: ele devia morrer. Eu devo morrer. Isto deve findar.


Rony e Hermione pareciam estar muito longe, em um país longínquo; sentia como se tivessem se separado havia muito tempo. Não haveria despedidas nem explicações, assim decidira. Era uma viagem que não poderiam empreender juntos, e as tentativas que os amigos fizessem para impedi-lo seriam uma perda de tempo preciosa. Baixou os olhos para o relógio de ouro arranhado que recebera no décimo sétimo aniversário. Quase metade da hora que Voldemort fixara para sua rendição já transcorrera.


Ele se pôs de pé. Seu coração saltando contra as costelas como um pássaro frenético. Talvez ele soubesse que lhe restava muito pouco tempo, talvez estivesse decidido a completar os batimentos de uma vida antes de seu fim. Ele não olhou para trás ao fechar a porta do gabinete.


O castelo estava deserto. Sentiu-se um fantasma, atravessando-o sozinho, como se já tivesse morrido. Os bruxos dos retratos continuavam ausentes de suas molduras; o lugar estava soturnamente quieto, como se toda a sua força vital estivesse concentrada no Salão Principal, onde se comprimiam os mortos e os enlutados.


Harry vestiu a Capa da Invisibilidade e foi descendo os andares e, por último, a escadaria de mármore do saguão de entrada. Talvez uma parte infinitesimal dele tivesse esperança de ser percebida, de ser detida, mas a capa estava, como sempre, impenetrável, perfeita, e ele alcançou as portas da entrada sem empecilhos.


Então Neville quase colidiu com ele. Era um dos dois que traziam um cadáver dos jardins. Harry olhou para baixo e sentiu outra pancada surda no estômago: Colin Creevey. Embora menor de idade, devia ter voltado escondido como tinham feito Malfoy, Crabbe e Goyle. Ele parecia minúsculo na morte.


 


Gina ao ler o nome do amigo que estudava no mesmo ano que ela sentiu seus olhos se encherem de lagrimas, ela olhou para o amigo que estava sentado ao longe, e pode ver apenas um sorriso fraco dele, olhou para Harry que deixou transparecer muito bem sua tristeza, e sabia que ele estaria se culpando, ela colocou o livro sobre a mesa, já que o segurava entre as mãos, depois de deixas suas mãos livres pegou as mãos do namorado entre as suas e a depositou em seu copo, apertando de forma que passasse forças para ele.


 


— Sabe de uma coisa? Posso carregá-lo sozinho, Neville — disse Olívio Wood, e colocou Colin sobre o ombro, como fazem os bombeiros, e levou-o para o salão principal.


Neville encostou-se no portal por um momento e secou a testa com o dorso da mão. Parecia um velho. Em seguida, voltou a descer a escada e entrou pela escuridão para resgatar mais corpos.


Harry virou-se para olhar o salão principal. As pessoas se movimentavam, tentavam consolar umas às outras, se ajoelhavam ao lado dos mortos, mas ele não viu nenhuma das que amava, nenhum vestígio de Hermione, Rony, Gina, nem dos outros Weasley, nem de Luna. Sentiu que teria dado todo o tempo que lhe sobrava para uma última olhada neles; mas, então, encontraria forças para parar de olhar? Era melhor assim.


 


Gina sentiu uma lagrima descer por seu rosto, e pensar que poderia existir a possibilidade em que ela ficaria sem olhar para os olhos verdes que tanto a fascinavam, para o sorriso que mesmo que não fosse para ela a deixava feliz, ou até mesmo poder imaginar ficar sem ver a face séria do moreno.


 


Ele desceu a escada e saiu para a escuridão. Eram quase quatro horas da manhã e a quietude mortal dos jardins dava a impressão de que todos prendiam a respiração, aguardando para ver se ele conseguiria fazer o que devia.


Harry caminhou em direção a Neville, que ia se curvando para outro cadáver.


— Neville.


— Caramba, Harry, você quase me fez enfartar!


 


— Esperto você em, tire a capa primeiro né. — Falou Gina sorrindo fraco para o namorado que tentou soltar um sorriso verdadeiro, mas que também apenas saiu fraco comparado aos verdadeiros sorrisos dela.


 


Harry despira a Capa da Invisibilidade: a idéia acabara de lhe ocorrer, nascida de um desejo de garantir o desfecho.


— Onde é que você está indo sozinho? — perguntou Neville, desconfiado.


— É tudo parte do plano — respondeu Harry. — Tem uma coisa que eu preciso fazer. Escute... Neville...


— Harry! — De repente o amigo se apavorou. — Harry, você não está pensando em se entregar, está?


— Não — mentiu Harry, sem hesitação. — Claro que não... É outra coisa. Mas eu talvez fique invisível por um tempo. Você conhece a cobra de Voldemort, Neville? Ele tem uma cobra enorme... Chama-a de Nagini...


— Já ouvi falar... e daí?


— Ela tem que ser morta. Rony e Hermione sabem disso, mas caso eles...


Hermione sentiu horror ao ouvir aquilo, no mesmo instante em que pensou na possibilidade dela morrer ou de Rony morrer ela apertou a mão do namorado entre as suas, mas Rony logo inverteu suas mãos, segurando as dela entre as suas e a apertando logo em seguida ao ver o rosto angustiado dela.


O horror daquela possibilidade o sufocou por um momento, impedindo-o de continuar a falar. Recuperou, porém, o controle: isto era crítico, ele precisava ser como Dumbledore, manter a cabeça fria, garantir que houvesse substitutos, outros para dar prosseguimento. Dumbledore morrera na certeza de que três pessoas ainda sabiam das Horcruxes; agora, Neville tomaria o lugar de Harry: continuaria a haver três que conheciam o segredo.


— Se eles estiverem... Ocupados... E você tiver a chance de...


 


 


— Eu? Matar a cobra? Harry você ficou maluco? — Perguntou Neville para o amigo que deu de ombros, o menino achava impossível que ele fosse capaz de fazer aquilo, fosse capaz de cumprir uma tarefa tão importante como aquela.


— Matar a cobra?


— Matar a cobra — repetiu Harry.


— Certo, Harry. Você está ok, não está?


— Estou ótimo. Obrigado, Neville.


Neville, porém, agarrou Harry pelo pulso quando o amigo fez menção de se afastar.


— Nós todos vamos continuar a lutar, Harry. Você já sabe?


— É, eu...


A sensação de sufocamento cortou o fim da frase, ele não pôde continuar. Neville aparentemente não achou isso estranho. Deu uma palmada no ombro de Harry, soltou-o e saiu a procurar outros mortos.


 


Todos sentiram travarem ao pensar que um deles pudessem ser o próximo morto a ser achado.


Harry tornou a vestir a capa e continuou a andar. Havia mais alguém se movendo não muito longe, curvando-se para outro vulto deitado de bruços no chão. Ele estava a vários passos de distância quando reconheceu Gina.


 


Gina é a pessoa debruçada ou o a pessoa caída no chão? Pensou Harry sentindo a namorada apertar as mãos dele entre as suas, como forma de passar  forças a ele.


Estacou. Ela estava debruçada sobre uma garota que sussurrava, chamando pela mãe.


— Está tudo bem — dizia Gina. — Tudo ok. Vamos levar você para dentro.


— Mas quero ir para casa — murmurou a garota. — Não quero mais lutar!


— Eu sei — disse Gina, e sua voz quebrou. — Vai dar tudo certo.


Arrepios percorreram em ondas a pele de Harry. Ele queria gritar para a noite, queria que Gina soubesse que ele estava ali, queria que soubesse aonde estava indo. Queria que o fizessem parar, que o arrastassem de volta, que o mandassem para casa...


 


Gina sorriu ao ler aquilo e Harry não pode deixar de corar e soltar um fraco sorriso de vergonha.


Contudo, ele estava em casa. Hogwarts era a primeira e melhor casa que conhecera. Ele, Voldemort e Snape, os garotos abandonados, tinham encontrado ali um lar...


Gina estava agora ajoelhada ao lado da garota ferida, segurando sua mão. Com um esforço supremo, Harry se obrigou a prosseguir. Pensou ter visto Gina olhar para os lados quando passou, e se perguntou se ela teria pressentido alguém andando por perto, mas ele não falou, e tampouco quis olhar para trás.


A cabana de Hagrid assomou na escuridão. Não havia luzes, nem o ruído de Canino arranhando a porta, seu latido bradando as boas-vindas, nenhuma das visitas que fizera a Hagrid, e o brilho da chaleira de cobre no fogo, os bolos com passas e os vermes gigantescos, e sua enorme cara barbuda, e Rony vomitando lesmas, e Hermione ajudando-o a salvar Norberta...


 


— Aquela dragão é muito chamativa, parece que quer ficar colocando fogo em tudo apenas para chamar nossa atenção. — Falou Carlinhos.


— Norberta é um dragão? Não tinha um outro nome para colocar nela? — Perguntou Helena confusa.


— Diga isso pra pessoa que colocou o nome Fofo em um cachorro de três cabeças. — Falou Rony olhando significativamente para Hagrid que sorriu sem graça.


Ele continuou andando e, ao chegar à orla da Floresta, parou.


Um enxame de dementadores deslizava entre as árvores; ele sentia sua frialdade, e não teve certeza se seria capaz de atravessá-la são e salvo. Não lhe restavam forças para conjurar um Patrono. Já não conseguia controlar os seus tremores. Afinal, não era tão fácil morrer. Cada segundo que respirava, o cheiro do capim, o ar fresco no rosto, tudo era muito precioso: pensar que as pessoas tinham anos a fio, tempo para desperdiçar, tanto tempo que se arrastava, e ele se apegando a cada segundo. Simultaneamente, ele pensou que não seria capaz de continuar, e sabia que devia. O demorado jogo terminara, o pomo de ouro fora capturado, era hora de sair do ar...


 


— E esse pomo, nunca vai ser aberto? — Perguntou Gina.


— Vamos ver se agora abre. — Respondeu Rony para a irmã que assentiu e voltou a ler.


O pomo. Seus dedos desvigorados apalparam por um momento a bolsa que trazia ao pescoço e puxaram a bolinha.


Abro no fecho.


Respirando forte e rápido, Harry o contemplou. Agora que queria que o tempo passasse o mais lentamente possível, este parecia ter acelerado, e a compreensão sobreveio tão rápido que pareceu prescindir do pensamento. Este era o fecho. Este era o momento.


Ele encostou o metal dourado nos lábios e sussurrou:


— Estou prestes a morrer.


A concha de metal se abriu. Ele baixou a mão trêmula, ergueu a varinha de Draco sob a capa e murmurou:


— Lumus!


 


— Ninguém merece ele com minha varinha. — Sussurrou Draco para si mesmo, mas Astória pode ouvir muito bem e acabou por rir fraco.


— Você sabe o que aconteceu na leitura ontem? — Perguntou Astória.


— Não, fiquei lá na ala hospitalar com você, lembra? — Perguntou Draco para Astória que sorriu e ficou corada de vergonha.


— Lembro. — Respondeu Astória ainda corada.


A pedra negra com a fenda irregular ao centro estava aninhada nas duas metades do pomo. A Pedra da Ressurreição cortava a linha vertical que representava a Varinha das Varinhas. O triângulo e o círculo representando a capa e a pedra ainda eram perceptíveis.


 


— Esta vendo Hermione, a pedra estava mesmo dentro do pomo. — Falou Rony para a namorada que olhou brava para ele e logo em seguida deu de ombros.


E novamente Harry compreendeu, sem precisar pensar. Não fazia diferença trazê-los de volta, porque estava prestes a se reunir a eles. Não ia realmente buscá-los: eles estavam vindo buscá-lo.


O garoto fechou os olhos, e virou a pedra na mão três vezes.


Soube que tinha acontecido, porque ouviu leves movimentos ao seu redor que sugeriam corpos frágeis pisando o chão terroso coberto de gravetos que marcava a orla externa da Floresta. Abriu os olhos e relanceou ao redor.


 


— Ele trouxe os pais a vida. — Falou Sirius.


— Acho que não só os pais. — Falou Harry sorrindo fraco.


Não eram fantasmas nem propriamente corpos, isto ele via. Lembravam mais o Riddle que escapara do diário, havia tanto tempo, e aquele fora uma lembrança quase sólida. Menos substancial do que corpos viventes, mas muito mais do que fantasmas, eles vieram ao seu encontro e em cada rosto havia o mesmo sorriso amoroso.


James tinha exatamente a mesma altura que Harry. Usava as roupas com que morrera, e seus cabelos estavam descuidados e arrepiados, e os óculos tortos como os do Sr. Weasley.


Sirius estava alto e bonito e muito mais jovem do que Harry o vira em vida. Andava com uma elegância natural, as mãos nos bolsos e um sorriso no rosto.


 


— Eu sou muito lindo. — Falou Sirius sorrindo e passando a mãos nos cabelos, Helena sorriu e mexeu os cabelos para os lados, sorrindo largamente e convencida, como o pai.


— Pois é né, agora eu sei de quem herdei tanta beleza. — Falou Helena divertida.


Varias pessoas ali em volta riram, percebendo que era apenas uma brincadeira, mas muitas também levaram a sério, achando que Helena era mesmo muito convencida.


Lupin estava mais jovem também, e muito menos desleixado, e seus cabelos eram mais bastos e mais escuros. Parecia feliz de voltar a este lugar familiar, cenário de tantas divagações na adolescência.


O sorriso de Lílian era o maior. Ela afastou os longos cabelos para as costas ao se aproximar, e seus olhos verdes, tão semelhantes aos dele, examinaram seu rosto vorazmente, como se nunca tivesse tido tempo de olhá-lo o suficiente.


— Você tem sido tão corajoso!


 


Gina sentiu uma lagrimas descer por seu rosto ao pensar como seu namorado poderia estar emocionado em ver sua mãe e os três marotos, como aquele momento poderia estar sendo especial para ele e que quem estava tendo o prazer de ler era ela.


Ele não pôde falar. Seus olhos se banquetearam nela, e lhe ocorreu que gostaria de ficar parado, contemplando-a para sempre, e que isto seria suficiente.


— Você está quase chegando — disse James. — Muito perto. Estamos... Tão orgulhosos de você.


— Dói?


A pergunta infantil escapara dos lábios de Harry antes que ele pudesse contê-la.


— Morrer? Nem um pouco — respondeu Sirius. — Mais rápido e mais fácil do que adormecer.


 


— Eu imagino você falando isso, meio que filosófico. — Falou Hermione sorrindo.


— E ele vai querer que seja rápido. Quer terminar logo — disse Lupin.


— Eu não queria que você tivesse morrido — disse Harry, as palavras saindo involuntariamente. — Nenhum de vocês. Sinto muito...


Ele se dirigia mais a Lupin do que a qualquer dos demais, súplice.


— ... Logo depois de ter tido um filho... Remo, sinto muito...


— Eu também sinto. Lamento que nunca chegarei a conhecê-lo... Mas ele saberá por que morri, e espero que entenda. Estive tentando construir um mundo em que ele pudesse viver uma vida mais feliz.


 


E conseguiu fazer. — Sussurrou Teddy com os olhos cheios de lagrimas, Vic ouviu o marido dizer aquilo e pode sorrir fraco pra ele.


Uma brisa gelada que parecia emanar do coração da Floresta ergueu os cabelos na testa de Harry. Sabia que eles não o mandariam ir embora, que isto seria uma decisão dele.


— Vocês ficarão comigo?


— Até o fim — respondeu James.


— Eles não poderão vê-los?


— Somos parte de você — disse Sirius. — Invisíveis a todos os outros.


Harry olhou para a mãe.


— Fique perto de mim — disse baixinho.


 


Dumbledore sentiu seus olhos se encherem de lagrimas, da mesma forma que varias meninas tinham os olhos cheios de lagrimas e algumas já choravam.


E ele começou a andar. O frio dos dementadores não o envolveu; atravessou-o com seus companheiros, e eles produziram o efeito de Patronos, e unidos marcharam entre as velhas árvores que cresciam muito juntas, seus ramos emaranhados, suas raízes repletas de nós e torcidas sob seus pés. Naquela escuridão, Harry segurou a capa bem junto do corpo, se embrenhando cada vez mais na Floresta, sem fazer idéia do lugar exato em que estava Voldemort, mas certo de que o encontraria. Ao seu lado, quase sem fazer ruído, caminhavam James, Sirius, Lupin e Lílian; a presença deles era sua coragem e a razão pela qual era capaz de pôr um pé à frente do outro.


 


Tem que ter muita coragem para caminhar até a morte sem pensar em uma forma de reverter aquela situação. Pensou Draco.


Sentia o corpo e a mente estranhamente desvinculados agora, suas pernas agiam sem comando consciente, como se ele fosse o passageiro, e não o motorista, do corpo que estava em vias de deixar. Os mortos que o escoltavam pela Floresta eram muito mais reais para ele do que os vivos que tinham ficado no castelo: Rony, Hermione, Gina, todos eles lhe pareciam fantasmas à medida que ele seguia tropeçando e escorregando em direção ao fim de sua vida, em direção a Voldemort...


Um baque e um sussurro: outra criatura vivente tinha se mexido ali perto. Harry parou sob a capa, espiou ao redor, atento, e sua mãe e seu pai, Lupin e Sirius pararam também.


— Alguém lá. — Ouviu-se a voz rouca muito próxima. — Está usando uma Capa da Invisibilidade. Seria...?


 


— Até os comensais da morte são inteligentes para pensar na possibilidade de que um Potter esta debaixo da capa, menos o povo de Hogwarts, eles podem pensar qualquer coisa, mas pensar que estamos debaixo da capa nunca. — Falou James.


— Você deveria rezar por isso né, quantas vezes você seria pego se alguém imaginasse que você estava debaixo da capa. — Falou Al para o irmão que assentiu e deu de ombros.


— Essa capa esta mais rodada do que um microondas. — Falou Teddy.


— Porque diz isso? — Perguntou Sirius confuso.


— Esta vendo esse monte de gente do futuro, todos eles já a usaram, é só pedir emprestado e eles emprestam. — Explicou Teddy apontando para os adolescentes que sorriram amarelo.


— Teddy, você invadiu Hogwarts no meu primeiro ano usando a capa e as passagens secretas. — Falou Al para o amigo que sorriu e mexeu nos cabelos, olhando para a esposa que sorriu também.


— Minerva não estava querendo me deixar entrar, então eu tive a ideia. — Falou Teddy dando de ombros.


— Tudo isso pra ver a namorada? — Perguntou Felipe rindo.


— Felipe, não fala nada não, porque sua namorada é dois anos mais nova, ou seja você sair de Hogwarts, vai começar a trabalhar e ela vai ficar lá, só vai poder vê-la nos finais de semana, e quando se começa a trabalhar e treinar, o final de semana se transforma em dia pra dormir até as 14:00 da tarde. — Falou Teddy para Felipe que imediatamente pensou que deveria aproveitar mais o tempo que estudaria com Cath — Já que, sabe, a pessoa que estava me treinando parecia que estava me torturando, aquele carrasco. — Falou Teddy fazendo cara de bravo.


— Meu pai. — Falou Lily rindo de Teddy que para ela não era primo, era irmão.


— Eu achando que seria moleza né, meu padrinho me treinando, mas não, ele estava me torturando, e essa tortura existe até hoje. — Falou Teddy fazendo uma careta.


— Credo, se ele é assim com você, imagine com as outras pessoas que ele treina. — Falou Remo.


— Não, o único que o tio Harry treina é ele, enquanto que meu pai e a tia Helena cuida dos outros povo. — Falou Rose rindo.


— Mas porque ele só treina ele? — Perguntou Tonks confusa.


— Porque ele não pode treinar muitas pessoas porque não tem muito tempo livre, então eu sou a vitima dele nas horas vagas. — Falou Teddy sorrindo.


— Mas esse treinamento é pra Auror? — Perguntou Molly para Teddy que assentiu.


— É que só tem três pessoas que treina Auror, quer dizer, dois né, tio Rony e Helena, e ele treina também, mas não tem tanto tempo que esta sempre lendo relatórios, analisando os treinamentos e o resto. — Falou Teddy.


Depois que todos entenderam e não tinham mais o que dizer, Gina voltou a ler.


Dois vultos emergiram de trás de uma árvore: as varinhas se iluminaram e Harry viu Yaxley e Dolohov examinando diretamente a escuridão que rodeava Harry, seus pais, Sirius e Lupin. Aparentemente não conseguiam ver nada.


— Decididamente, ouvi alguma coisa — disse Yaxley. — Animal, será?


— Aquele doidão do Hagrid guardava um monte de coisas aqui — comentou Dolohov, espiando por cima do ombro.


Yaxley consultou o relógio.


— O tempo está quase se esgotando. Potter já gastou a hora dele. Acho que não vem.


— E o lorde tinha certeza de que ele viria! Não vai ficar nada feliz.


 


— Ele nem deve imaginar o verdadeiro motivo de você ter ido até lá. — Falou Gina olhando para Harry que assentiu.


— Melhor voltar — sugeriu Yaxley. — Descobrir qual é o plano agora.


Ele e Dolohov deram meia-volta e se embrenharam na Floresta.


Harry seguiu-os, sabendo que o levariam exatamente aonde queria ir. Olhou para os lados, sua mãe lhe sorriu e seu pai acenou com a cabeça, encorajando-o.


Tinham andado apenas minutos quando Harry viu uma luz adiante, e Yaxley e Dolohov desembocaram em uma clareira que ele conhecera no passado como o hábitat da monstruosa Aragogue. Os restos de sua vasta teia ainda estavam ali, mas os descendentes que procriara tinham sido expulsos pelos Comensais da Morte, para defender sua causa.


 


— Covarde, usando pessoas e criaturas para se proteger e ainda por cima se acha o melhor. — Falou Sirius.


Havia uma fogueira no meio da clareira, e sua luz incerta iluminava uma multidão completamente silenciosa de vigilantes Comensais. Alguns deles ainda usavam máscaras e capuzes, outros mostravam o rosto. Dois gigantes estavam sentados na periferia do grupo, projetando imensas sombras sobre a cena, suas fisionomias cruéis, talhadas como pedras. Harry viu Greyback, sorrateiro, roendo as longas garras; Rowle, o grandalhão louro, enxugando o lábio sangrento. Viu Lúcio Malfoy, que transparecia derrota e terror, e Narcisa, cujos olhos estavam encovados e cheios de apreensão.


 


Draco sentiu um aperto no coração ao saber que sua mãe estava naquele lugar, junto daquelas pessoas, ela nunca fora disso, sempre que tinha que ir em lugares que estava tendo uma reunião ou convocação de comensais, ela sempre ia por que era obrigada por Lucio, com certeza com a derrota de seu pai, Voldemort agora mandava nos dois, como se os controlasse como uma marionete, e se mandava em Lucio também mandava em Narcisa, ela faria de tudo para proteger seu filho que mesmo tendo feito escolhas erradas continuava sendo seu filho.


Todos os olhares estavam fixos em Voldemort, em pé com a cabeça curvada, e as mãos brancas cruzadas sobre a Varinha das Varinhas, na frente do peito. Poderia estar rezando, ou então contando mentalmente, e Harry, ainda parado à margem da cena, pensou absurdamente em uma criança contando em uma brincadeira de esconde-esconde. Atrás de sua cabeça, ainda girando e se enrascando, a grande cobra Nagini flutuava na cintilante gaiola encantada como uma auréola monstruosa.


Quando Dolohov e Yaxley se reuniram ao círculo, Voldemort ergueu a cabeça.


— Não há sinal dele, milorde — informou Dolohov.


A expressão de Voldemort não se alterou. Os olhos vermelhos pareciam incandescentes à luz da fogueira. Lentamente, ele segurou a Varinha das Varinhas entre os longos dedos.


 


— Esse homem devia ganhar um premio por ser o homem mais feio do mundo. — Falou Fred rindo, recebendo logo em seguida um olhar feio de sua mãe.


— Milorde...


Belatriz falara: estava sentada mais próxima de Voldemort, desgrenhada, seu rosto um pouco manchado, mas, sob outros aspectos, intocado.


Voldemort ergueu a mão para silenciá-la, e ela nada mais disse, mas espreitou-o com fascinada adoração.


— Pensei que ele viria — comentou Voldemort em sua voz clara e aguda, seus olhos postos nas línguas de fogo. — Esperava que viesse.


Ninguém falou. Todos pareciam tão apavorados quanto Harry, cujo coração agora saltava contra as costelas como se tivesse decidido escapar do corpo que estava prestes a descartar. Suas mãos estavam suadas, e ele despiu a Capa da Invisibilidade e guardou-a, com a varinha, dentro das vestes. Não queria se sentir tentado a lutar.


 


— Só você que tem tanta coragem para fazer isso em Harry, ir a morte sem ao menos tentar lutar por sua própria vida. — Falou Dino para o amigo que deu de ombros.


— Aparentemente... Me enganei — disse Voldemort.


— Não se enganou.


Harry falou o mais alto que pôde, com toda a força que conseguiu reunir: não queria parecer amedrontado. A Pedra da Ressurreição escorregou dos seus dedos dormentes e, pelo canto dos olhos, ele viu seus pais, Sirius e Lupin desaparecerem quando ele avançou para a claridade. Naquele momento, sentiu que ninguém mais importava exceto Voldemort. Havia apenas os dois.


 


— Você jogou a pedra em meio a floresta? O que tem na cabeça? — Perguntou Rony para o amigo que deu de ombros.


— Não acha que essas relíquias já fez muita confusão? É melhor assim, e a varinha também é muito perigosa, tanta gente morrendo por causa desses negócios. — Falou Harry dando de ombros.


Rony concordou com ele.


A ilusão se desfez tão logo sobreveio. Os gigantes bradaram quando os Comensais da Morte se ergueram juntos, e ouviram-se muitos gritos, exclamações e até risadas. Voldemort se imobilizara onde estava, mas seus olhos vermelhos focalizaram Harry, e o observaram enquanto o garoto caminhava ao seu encontro, sem nada a separá-los a não ser a fogueira.


Então, uma voz berrou...


— HARRY! NÃO!


Ele se virou: Hagrid estava amarrado dobrado e preso a uma árvore próxima. Seu corpo maciço sacudiu os galhos no alto quando ele se debateu desesperado.


— NÃO! NÃO! HARRY, QUE É QUE VOCÊ...


— CALADO! — berrou Rowle, e, com um aceno de varinha, silenciou Hagrid.


 


Harry ao escutar o jeito que Rowle tratou Hagrid fechou os punhos de raiva.


Belatriz, que se pusera em pé de um salto, olhava ansiosa de Voldemort para Harry, o peito arfante. As únicas coisas que se moviam eram as chamas e a cobra, se enrolando e desenrolando na gaiola atrás da cabeça de Voldemort.


Harry sentia sua varinha junto ao peito, mas não fez tentativa alguma para sacá-la. Sabia que a cobra estava muito bem protegida, sabia que, se conseguisse apontar a varinha para Nagini, cinqüenta feitiços o atingiriam primeiro. E Voldemort e Harry continuaram a se encarar, e agora o lorde inclinou ligeiramente a cabeça para o lado, examinando o garoto parado à sua frente, e um sorriso singularmente sem alegria encrespou sua boca sem lábios.


— Harry Potter — disse ele, muito suavemente. Sua voz poderia fazer parte das fagulhas da fogueira. — O menino que sobreviveu.


 


— Grandes coisas. — Falou Harry dando de ombros.


Nenhum dos Comensais da Morte se moveu. Aguardavam: tudo aguardava. Hagrid se debatia, e Belatriz ofegava, e Harry inexplicavelmente pensou em Gina, em seu olhar radioso e na sensação dos seus lábios nos dele...


Voldemort erguera a varinha. Sua cabeça ainda estava inclinada para um lado, como a de uma criança curiosa, imaginando o que aconteceria se ele prosseguisse. Harry encarou os olhos vermelhos e desejou que acontecesse naquele instante, rapidamente, enquanto ele ainda se mantinha de pé, antes que se descontrolasse, antes que traísse o seu medo...


Ele viu a boca se mover e um clarão verde, e tudo desapareceu.


 


Ao escutar aquelas ultima frase sair de entre seus lábios, Gina sentiu uma lagrima descer por seu rosto e logo ao perceber que havia acabado, soltou um longo suspiro.


— Acabou. — Falou Gina.


— E agora, o que será que vai acontecer? — Perguntou Sirius.


— Provavelmente irá mostrar como irá terminar a guerra. — Falou Tonks.


(Autora aqui: Gente, estou com um pequeno probleminha, uma das leitoras deu a ideia de eu começar a colocar as mudanças depois da leitura em uma fanfic diferente, seria assim, quando eu postar o ultimo capitulo da fanfic Hogwarts lendo HP7 também postaria o primeiro capitulo da minha nova fic, que será a continuação dessa né isso é obvio, mas eu estou com o problema em escolher o nome da próxima fic, a sinopse é clara, acabei de ter uma ideia, que tal o nome da fanfic ser as mudanças que uma leitura pode causar, mas quero também a ideia de vocês para o nome da próxima fic, que tal também dar uma ideia para as fanfics de Helena e Carlinhos e de Astória e Draco, a do primeiro casal eu já comecei a escrever em partes, já a da Astória não em, mas estou querendo escrever, espero as opiniões de vocês)

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Comentários (5)

  • Clenery Aingremont

    Eu gostei do nome q vc sugeriu tanto quanto os nomes que 'Beatrice e Nina Potter' sugeriu. Sou que nem a Nina Lovegood, péssima para decidir nomes... Realmente, é melhor fazer outra fanfic para mostrar as mudanças que a leitura causou. Falta bem pouco agora para o fim dessa fanfic. Preciso dizer o quanto vc é boa para escrever os comentários e reações? Foi engraçado o momento da Helena com o pai.

    2013-06-23
  • Beatrice e Nina Potter

    Esse cap está perfeito, muito bom mesmo,. Agora o nome da fanfiction pode ser: Mudanças, Depois da Leitura, A Família Reunida. Bom essas são as minhas idéias, não sei se você vai gostar.

    2013-06-23
  • Beatrice e Nina Potter

    Esse cap está perfeito, muito bom mesmo,. Agora o nome da fanfiction pode ser: Mudanças, Depois da Leitura, A Família Reunida. Bom essas são as minhas idéias, não sei se você vai gostar.

    2013-06-23
  • Beatrice e Nina Potter

    Esse cap está perfeito, muito bom mesmo,. Agora o nome da fanfiction pode ser: Mudanças, Depois da Leitura, A Família Reunida. Bom essas são as minhas idéias, não sei se você vai gostar.

    2013-06-23
  • Nina Lovegood

    Amei o capitulo, quando vai postar mais? Achei otima a ideia de uma continuação, mas sou horrivel para decidir nomes e essas coisas, desculpa 

    2013-06-22
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