CAPÍTULO VINTE E SETE: O ESCON

CAPÍTULO VINTE E SETE: O ESCON



— Quem quer ler? — Perguntou Dino.


— Eu vou. — Falou Vic.


Teddy pegou o livro com Dino e passou para esposa.


— O esconderijo Definitivo. — Leu Vic.


— Vamos ver que esconderijo é dessa vez. — Falou Molly.


 


Não havia como conduzir o dragão; o animal não via aonde estava indo, e Harry sabia que, se ele desse uma guinada ou virasse de barriga para cima em pleno vôo, eles não poderiam se agarrar às suas costas largas. Apesar disso, à medida que ganhavam altitude, e Londres se desdobrava abaixo como um mapa verde e cinzento, Harry sentia um avassalador sentimento de gratidão por uma fuga que parecera inviável. Deitado sobre o pescoço da fera, ele se aferrava com toda força às escamas metálicas, e o vento fresco acalmava a ardência e as bolhas em sua pele, as asas do dragão abanavam o ar como as pás de um moinho. As suas costas, fosse por prazer ou medo, Harry não saberia dizer, Rony não parava de xingar, aos brados, e Hermione parecia chorar.


 


— Eu não gosto de altura, devo estar quase morrendo de medo. — Falou Hermione.


 


Passados uns cinco minutos, Harry perdeu um pouco do medo imediato de que o dragão fosse se desvencilhar deles, porque, aparentemente, sua única intenção era se distanciar o máximo de sua prisão subterrânea. Porém, a questão de como ou quando iriam desmontar continuava a apavorá-lo. Ele não fazia idéia de qual era a autonomia dos dragões para voar sem precisar pousar, nem de que modo este espécime, que mal enxergava, localizaria um bom lugar para o pouso. Harry olhava constantemente para os lados, imaginando que sentiria a cicatriz formigar...


Quanto tempo levaria para Voldemort saber que tinham arrombado o cofre da família Lestrange? Quando os duendes de Gringotes avisariam Belatriz? Com que rapidez perceberiam o que fora roubado? E quando dessem por falta da taça de ouro? Voldemort saberia, finalmente, que eles estavam caçando Horcruxes...


 


— E também ele irá ir verificar todos os outros lugares que ele escondeu as outras Horcrux. — Falou Remo.


— O que significa que vocês tem pouco tempo para achar as ultimas. — Falou Teddy.


 


O dragão parecia ansiar por ar mais frio e fresco: gradualmente ganhou altitude até voarem entre fiapos gelados de nuvens e Harry já não poder distinguir os pontinhos coloridos que eram os carros, entrando e saindo da capital. Continuaram a sobrevoar os campos divididos em retalhos de verde e marrom, estradas e rios que serpeavam pela paisagem como pedaços de fita fosca e acetinada.


— Que acham que ele está procurando? — berrou Rony, ao ver que rumavam sempre para o norte.


 


— Quem vai saber? — Perguntou Hermione.


 


— Não faço idéia — gritou Harry, em resposta. Suas mãos estavam dormentes e frias, mas ele não se atrevia a tentar mudar de posição. Havia algum tempo que estava imaginando o que fariam se vissem o litoral passando abaixo, se o dragão fosse paralto-mar: sentia frio, dormência, isso para não mencionar a fome e a sede desesperadas. Quando, pensou ele, a fera teria comido pela última vez? Com certeza, não iria demorar muito a precisar de alimento. E se, nessa altura, percebesse que tinha três humanos muito apetitosos montados em suas costas?


O sol começou a baixar e o céu foi se tornando azul-anil, e o dragão continuava a voar, cidades grandes e pequenas abaixo desaparecendo de vista, sua enorme sombra deslizando sobre a terra como uma grande nuvem escura. Todo o corpo de Harry doía com o esforço de se segurar no dorso do animal.


 


— Será que alguém já o viu? — Perguntou Elliz.


 


— É minha imaginação — gritou Rony, depois de muito tempo de silêncio — ou estamos perdendo altitude?


Harry olhou para baixo e viu montanhas e lagos verde-escuros acobreando-se ao pôr-do-sol. A paisagem parecia se tornar mais graúda e mais detalhada enquanto espiava pelo flanco do dragão, e ele se perguntou se o animal teria pressentido a presença de água fresca pelos reflexos repentinos de sol.


Descendo gradualmente, o dragão descrevia grandes círculos espiralados, visando, aparentemente, um dos lagos de menor tamanho.


— Vamos saltar quando ele baixar o suficiente! — gritou Harry para os dois atrás. — Direto para dentro da água, antes que ele perceba que estamos aqui!


Eles concordaram, Hermione com a voz fraca: e agora Harry pôde ver a barriga larga e amarela do dragão, ondulando a superfície da água.


— AGORA!


 


— Ainda bem que tem a água para vocês caírem, porque se não, cair no chão com o corpo com varias queimaduras e bolhas seria horrível. — Falou Lily.


 


Harry escorregou por um lado do dragão e se atirou, de pé, na superfície do lago; a queda foi maior do que estimara, e ele bateu com violência na água, submergindo como um pedregulho em um mundo gelado e verde, repleto de colmos. Bateu os pés em direção à superfície e emergiu sem fôlego. Viu, então, as marolas que se propagavam em círculos, onde Rony e Hermione tinham caído. O dragão não pareceu ter notado nada: já estava a uns quinze metros de distância, dando rápidos mergulhos sobre o lago para apanhar água com o focinho cheio de cortes. Quando Rony e Hermione subiram das profundezas do lago, cuspindo e tossindo, o animal já ia longe, as asas batendo com força para, por fim, pousar em uma margem distante.


Harry, Rony e Hermione nadaram para o lado oposto. O lago não parecia ser fundo: precisaram apenas abrir caminho entre os colmos e a lama em vez de nadar e, finalmente, chapinharam, encharcados, ofegantes e exaustos, no capim escorregadio.


 


— Imagine o cansaço. — Falou Miguel.


 


Hermione desmontou, tossindo e tremendo. Embora Harry pudesse ter deitado e dormido feliz, levantou-se cambaleando, sacou a varinha e começou a lançar feitiços protetores ao redor dos três.


Quando terminou, juntou-se aos amigos. Era a primeira vez que os via realmente, depois de terem escapado do cofre. Ambos tinham queimaduras feias nos rostos e braços, e a roupa chamuscada e rota aqui e ali. Faziam caretas ao aplicar essência de ditamno em seus muitos ferimentos. Hermione passou o frasco a Harry, depois tirou da bolsinha três garrafas de suco de abóbora que trouxera do Chalé das Conchas e vestes limpas e secas para todos. Eles se trocaram e, em seguida, beberam o suco, sedentos.


— Bem, pelo ângulo positivo — disse Rony, que observava a pele das mãos tornar a crescer —, conseguimos a Horcrux. Pelo negativo...


— ... neca de espada — completou Harry entre os dentes, enquanto aplicava as gotas de ditamno em uma feia queimadura, pelo buraco que o metal quente abrira em seu jeans.


 


— Olha o jeito que ele fala, neca de espada. — Falou Lily soltando uma risada.


— Qual o problema? — Pergunto Harry.


— Eu já ouvi varias coisas diferentes, mas neca eu nunca escutei, achei engraçado a palavra diferente usada. — Respondeu Lily dando de ombros.


 


— Neca de espada — repetiu Rony. — Aquele trairazinho safado...


Harry tirou a Horcrux do bolso do blusão molhado que acabara de despir e depositou-a no capim em frente. Refulgindo ao sol, prendia suas atenções enquanto bebiam o suco.


— Pelo menos esta não podemos usar, ia ficar meio esquisita pendurada no pescoço — comentou Rony, limpando a boca com o dorso da mão.


Hermione olhou para outra margem do lago, onde o dragão ainda bebia água.


— Que acham que vai acontecer com ele? — perguntou. — Será que vai ficar bem?


 


— Eu sim gostaria de poder encontrá-lo por ai. — Falou Hagrid.


— Ele ia aproveitar e comer você, isso sim. — Falou Rony.


 


— Você está parecendo o Hagrid — disse Rony. — É um dragão, Hermione, sabe se cuidar. É conosco que temos de nos preocupar.


— Como assim?


— Bem, não sei como lhe dar a notícia — continuou Rony —, mas acho que eles talvez tenham notado que arrombamos o Gringotes.


Os três caíram na gargalhada, e, uma vez que começaram a rir, foi difícil parar. As costelas de Harry doíam, ele se sentia tonto de fome, mas se deitou no capim sob o céu avermelhado e riu até sentir a garganta doer.


 


— Nossa, que engraçado ficar rindo por causa disso, vocês riem de cada coisa que não tem nada a ver. — Falou Fred II.


 


— Mas o que vamos fazer? — perguntou Hermione por fim, recuperando a seriedade depois dos soluços. — Ele vai saber, não vai? Você-Sabe-Quem vai saber que sabemos das Horcruxes dele!


— Talvez eles fiquem apavorados demais para lhe contar! — arriscou Rony, esperançoso. — Talvez escondam...


O céu, o cheiro da água do lago, o som da voz de Rony se extinguiram: a dor rachou a cabeça de Harry como um golpe de espada. Estava parado em um quarto mal iluminado, e um semicírculo de bruxos o encarava, e, no chão, a seus pés, ajoelhava-se um vulto pequeno e trêmulo.


— Que foi que você disse? — Sua voz estava aguda e fria, mas a fúria e o medo o queimavam por dentro. A única coisa que temia... mas não podia ser verdade, não podia entender como...


 


— Ele soube que vocês estão atrás das Horcrux. — Falou Dumbledore.


 


O duende tremia, incapaz de fixar os olhos vermelhos muito acima dos seus.


— Repita isso! — murmurou Voldemort. — Repita!


— M-meu Senhor — gaguejou o duende, seus olhos negros arregalados de terror —, m-meu Senhor... t-tentamos imped-dir... os imp-postores, meu Senhor... arrombaram... arrombaram... arrombaram o... o c-cofre da f-família Lestrange...


— Impostores? Que impostores? Pensei que o Gringotes tivesse meios para desmascarar impostores. Quem eram?


— Era o... era o... o garot-to P-Potter e d-dois cúmplices...


— E levaram? — perguntou ele, sua voz se elevando, um medo terrível se apoderando dele. — Diga-me! Que foi que levaram?


— U-uma p-pequena t-taça de ouro, m-meu Senhor...


 


— A coisa ficou feia para o lado dos duendes e dos bruxos que estavam no Gringotes. — Falou Sirius.


 


O grito de raiva, de negação, irrompeu dele como se fosse da boca de um estranho: ficou possesso, frenético, não podia ser verdade, era impossível, ninguém jamais soubera: como o garoto poderia ter descoberto o seu segredo?


A Varinha das Varinhas cortou o ar e o clarão verde explodiu pela sala, o duende ajoelhado rolou para o lado, morto, os bruxos que o observavam dispersaram-se à frente, aterrorizados: Belatriz e Lúcio Malfoy empurraram outros para trás ao dispararem para porta, e repetidamente a varinha baixou, e os retardatários foram mortos, todos, por lhe trazerem essa notícia, por terem ouvido falar na taça de ouro...


Sozinho entre os mortos, ele se movimentou furioso pela sala, e os viu passar diante dos seus olhos: seus tesouros, suas salvaguardas, suas âncoras na imortalidade: o diário destruído e a taça roubada; e se, e se, o garoto conhecesse as outras? Poderia saber, já teria agido, já encontrara outras? Dumbledore estaria na raiz disso tudo? Dumbledore, que sempre desconfiara dele, Dumbledore, morto por ordem sua, Dumbledore, cuja varinha agora lhe pertencia, e, ainda assim, estendia o braço da ignomínia da morte por intermédio do garoto, o garoto...


 


— É, o maior bruxos das trevas sendo derrotado por um garoto, irônico não acham? — Perguntou Sirius para todos.


 


Era certo, porém, que se o garoto tivesse destruído alguma de suas Horcruxes, ele, Lord Voldemort, teria sabido, teria sentido? Ele, o maior bruxo de todos, o mais poderoso, ele, o assassino de Dumbledore e de quantos outros homens insignificantes, desconhecidos: como poderia Lord Voldemort não ter sabido, se ele próprio, mais importante e precioso, tivesse sido atacado, mutilado?


Era verdade que não sentira quando o diário fora destruído, mas pensou que fosse porque não possuía um corpo para sentir, sendo menos que um fantasma... não, certamente o resto estava seguro... as outras Horcruxes deviam estar intactas...


Ele precisava saber, precisava ter certeza... Andou pela sala, chutou para o lado o corpo do duende ao passar, e as imagens ficaram borradas e queimaram em seu cérebro escaldante: o lago, o casebre, e Hogwarts...


 


— Uma delas está aqui, ele escondeu aqui no castelo. — Falou Hermione impressionada.


— Como? A ultima vez que o vi aqui ele veio pedir o emprego, e mesmo assim eu achei que veio pensando que conseguiria a espada de Godric, não vi nada na mão dele parecida com um Diadema. — Falou Dumbledore.


— Talvez ele não tenha encontrado o Diadema. — Falou Marietta.


— Tenho certeza que sim, não existe outro objeto tão valioso como aquele, seria uma gloria encontrar aquele objeto e o ter em seu poder, gloria essa que eu sei que qualquer um iria querer, especialmente ele. — Falou Dumbledore.


— Ele pode ter escondido antes de ir ao seu escritório. — Falou Rony.


— Mas onde ele esconderia? Com certeza ele escondeu em um lugar que na opinião dele, ele é o único a conhecer, a câmara secreta? — Perguntou Dumbledore a Harry.


— Não, aquele lugar estava muito sujo, acho que não seja um lugar que possa guardar um objeto tão especial como esse. — Falou Harry.


— É um esgoto, ele não guardaria lá, ainda mais por que lá tem ratos, esses bichos podem sumir com o que quiser. — Falou Gina.


— Onde mais? — Perguntou Dumbledore.


— Um minuto. — Falou James, o menino tirou de seu bolso o mapa do maroto e o abriu por inteiro em cima da mesa, Dumbledore chegou mais perto do mapa e assim começou a analisar.


— Nenhum lugar que seja seguro o bastante para o Diadema. — Falou Dumbledore.


— Então teremos que esperar que o livro nos diga onde achar. — Falou Tonks.


— Sim, é o único jeito, e ainda tenha que pensar em como enganar um duende para que assim ele me leve até o cofre de Belatriz, com certeza não poderei usar imperius já que tem a queda do ladrão e eles ficariam sabendo. — Falou Dumbledore.


— Já tentou falar com o dono de todos os bancos? — Perguntou Gui.


— O que? — Perguntou Dumbledore confuso.


— Tem um duende, foi ele que construiu o primeiro banco, ele é bem velho já, não sei onde mora, ninguém sabe, dizem que ele teme que o achem e o matem, ouvi uns duendes falando mal dele, dizendo que ele era tão tolo a ponto de ajudar um bruxo, dizer que ele não tem preconceito com nós. — Respondeu Gui.


— Você sabe onde foi criado o primeiro banco? — Perguntou Dumbledore.


— Acho que é áfrica, na época os bruxos iam muito para lá para procurarem ouro, e que achavam muito, criando suas riquezas com os ouros que achavam lá, o duende sabendo que os bruxos não teria um lugar para guardar o ouro quis construir o banco lá, dizem que demorou muito para ele conseguir a confiança dos bruxos. — Falou Gui.


— E como ele conseguiu? — Perguntou Rony.


— Ele colocou sua vida em risco, disse que se ele deixasse ao menos uma pedrinha de ouro ser roubada, poderiam o matar. — Respondeu Gui.


— Mas o Gringotes foi roubado, sabe, no livro fala. — Falou Hermione.


— É ai que você tem que perceber as idéias dos duendes, ele disse que com ele guardando o ouro dos bruxos, ele nunca deixariam o roubar, quem esta cuidando do cofre de Londres são outros duendes, e não ele, então praticamente quem esta cuidando do ouro dos bruxos são seus empregados, e seriam seus empregados a sofrer o prejuízo. — Explicou Gui.


— Porque ele colocaria em risco a vida de sua própria espécie? — Perguntou Gina.


— Gina, ele conseguiu subir na vida com a ajuda dos bruxos, enquanto os outros duendes ficam a baixo dele por que não teve a mesma idéia que ele, ou seja, ele acha que sua espécie perde muito tempo com as rivalidades. — Respondeu Gui.


— Achar esse duende não será fácil. — Falou Minerva.


— Eu do um jeito, tenho velhos amigos que se tornaram amigos de duendes, eu posso conseguir algumas informações. — Falou Dumbledore.


— E se ele te conhecer, saberia que você não é de perder tempo enganando as pessoas. — Falou Gui.


— Com certeza. — Concordou Dumbledore — Vamos voltar a ler. — Falou o diretor fazendo sinal para Vic que assentiu e voltou a ler.


James com um aceno de varinha fez com que o mapa voltasse ao normal e o guardou no bolso, enquanto os outros meninos olhavam para o mapa atento.


 


Um nada de calma atenuou agora a sua fúria: como o garoto poderia saber que ele escondera o anel no casebre de Gaunt? Ninguém jamais soubera que ele era parente dos Gaunt, escondera a ligação, as mortes nunca tinham sido atribuídas a ele: o anel certamente estava seguro.


E como poderia o garoto, ou qualquer outra pessoa, conhecer a caverna ou penetrar sua proteção? A idéia do medalhão ser roubado era absurda...


Quanto à escola: somente ele sabia onde, em Hogwarts, guardara a Horcrux, porque somente ele tinha explorado a fundo os segredos daquele lugar...


E ainda havia Nagini, que precisava ficar junto dele agora, sob sua proteção, e não mais ser enviada para cumprir tarefas...


 


— Para matar a cobre terão que achar Voldemort. — Falou Arthur.


 


Para ter certeza, entretanto, para ter absoluta certeza, ele precisava voltar a cada um dos esconderijos, precisava redobrar a proteção em torno de cada uma de suas Horcruxes... uma tarefa, como a busca da Varinha das Varinhas, que ele precisava empreender sozinho...


Qual deveria visitar primeiro, qual correria maior perigo? Uma velha inquietação ardeu em seu íntimo. Dumbledore conhecia o seu nome do meio... Dumbledore poderia tê-lo ligado aos Gaunt... sua casa abandonada era provavelmente o esconderijo menos seguro de todos, era lá que ele iria em primeiro lugar...


O lago, certamente impossível... embora houvesse uma possibilidade mínima de que Dumbledore tivesse sabido de alguns dos seus malfeitos passados, no orfanato.


E Hogwarts... mas ele sabia que a sua Horcrux ali estava segura, seria impossível Potter entrar em Hogsmeade sem ser detido, e, mais ainda, na escola. Contudo, seria prudente alertar Snape de que o garoto talvez tentasse entrar no castelo... contar a Snape por que o garoto faria isso seria uma tolice, é claro; fora um grave erro confiar em Belatriz e Malfoy: a burrice e o desleixo deles não comprovavam que era uma imprudência confiar em quem fosse?


 


— Malfoy? — Perguntou Lino.


— Há sim, ele deixou o diário que também era uma Horcrux com Malfoy, por isso que o diário estava com ele antes de colocar em meio as coisas da Srta. Weasley. — Falou Dumbledore fazendo Gina tremer ao lembrar de seu primeiro ano.


 


Ele visitaria o casebre de Gaunt primeiro, então, e levaria Nagini: não se separaria mais da cobra... E ele saiu da sala, atravessou o hall e se dirigiu ao jardim escuro onde jorrava a fonte; em ofidioglossia, chamou a cobra, que foi se juntar a ele como uma comprida sombra...


Os olhos de Harry se abriram subitamente quando voltou ao presente: ele estava deitado na margem do lago ao sol poente, e Rony e Hermione o observavam. A julgar por suas expressões preocupadas, e o latejamento contínuo de sua cicatriz, sua rápida excursão à mente de Voldemort não passara despercebida. Ele fez força para se levantar, tremendo, vagamente surpreso que ainda estivesse molhado até os ossos, e viu a taça inocentemente pousada no capim à sua frente, e o lago azul-escuro pontilhado de dourado ao sol que se punha.


— Ele sabe. — Sua própria voz pareceu estranha e grave depois dos gritos agudos de Voldemort. — Ele sabe e vai verificar as outras Horcruxes, e a última — ele já se pusera de pé — está em Hogwarts. Eu sabia. Eu sabia.


 


— No momento é até perigoso vocês tentarem entrar lá. — Falou Lysa.


 


— Quê?


Rony olhava-o boquiaberto; Hermione se ergueu nos joelhos, preocupada.


— Mas que foi que você viu? Como sabe?


— Eu o vi descobrir o que aconteceu com a taça, eu... eu estava na cabeça dele, ele está — Harry lembrou-se da matança — está enfurecido ao extremo, e amedrontado também, não consegue entender como soubemos, e agora vai checar se as outras estão seguras, o anel primeiro. Ele acha que a Horcrux em Hogwarts está a salvo, porque Snape está lá, e será dificílimo entrar na escola sem ser visto, acho que vai verificar essa por último, ainda assim, estaria lá em poucas horas...


— Você viu onde, em Hogwarts? — perguntou Rony, agora se levantando também.


— Não, ele estava se concentrando em avisar Snape... não pensou no lugar exato em que está...


— Espere, espere! — gritou Hermione, quando Rony recolheu a Horcrux e Harry tornou a apanhar a Capa da Invisibilidade. — Não podemos simplesmente ir, nem temos um plano, precisamos...


 


— Porque será que seus planos nunca dão certo, sempre falham antes mesmo de chegar no que precisam pegar? — Perguntou Fred.


— Já até estamos acostumados com isso. — Falou Rony.


 


— Precisamos ir andando — disse Harry, com firmeza. Tinha tido a esperança de dormir, a expectativa de entrar na barraca nova, mas isso agora era impossível. — Vocês podem imaginar o que ele vai fazer quando descobrir que o anel e o medalhão desapareceram? E se mudar o esconderijo da Horcrux de Hogwarts, resolver que não está bastante segura?


— Mas como vamos entrar?


— Bem, vamos a Hogsmeade — disse Harry —, e tentar pensar em alguma coisa depois de vermos qual é a proteção em torno da escola. Entre embaixo da capa, Hermione, quero todos juntos desta vez.


— Mas não cabemos realmente...


— Estará escuro, ninguém vai reparar nos nossos pés.


O ruído de enormes asas batendo ecoou pelas águas escuras do lago: o dragão saciara a sede e levantara vôo. Os garotos pararam os preparativos para observá-lo subir sempre mais alto, agora uma mancha negra no céu que escurecia rapidamente e, por fim, sumindo atrás de uma montanha próxima. Então, Hermione se adiantou e se encaixou entre os dois. Harry puxou a capa para baixo até onde foi possível, e juntos rodopiaram e penetraram na escuridão esmagadora.


 


— Acabou. — Falou Vic.


— Nossa, esse capitulo foi bem curto. — Falou Teddy.


— Com certeza. — Falou Vic.


— Bom, já esta na hora de dormirmos, amanhã continuaremos a leitura. — Falou Dumbledore — Mas antes de irem, quero comunicar que amanhã os alunos do terceiro ano a cima irão ter aulas para aprenderem a conjurar um patrono, ou ao menos, conseguir fazer um escudo para se protegerem dessas criaturas horríveis, as aulas amanhã será aqui no grande salão, todas as casas juntas, com a ajuda dos professores Remo e Teddy Lupin, e também dos alunos que já sabem fazer o feitiço, boa noite. — Falou Dumbledore.


Vic se levantou e foi entregar o livro para Dumbledore que o fechou.


 


(Autora aqui: Bom, primeiramente peço desculpas pela demora, eu queria ter postado quarta feira, mas não deu certo, então postei hoje, espero que gostem, espero que lembrem que em um dos capítulos extras, Lily entrega uma carta a Snape, uma carta escrita por Lily Evans (Na época Lily Potter), essa carta confesso que não foi eu que a escrevi, foi uma leitora da fic, o nome dela é Carolina Beluzzo, queria agradecer a ela por essa grande ajuda, já agradeci faz um tempo, mas não faz mal agradecer de novo né kkk’, outra coisa, a ideia de existir um dono do Gringotes, eu não sei se isso é verdade, mas quem sabe né kkk’, mais uma vez agradeço a vocês pela participação, que mesmo não não ajudando a escrever, estão me ajudando a ter inspiração para continuar a fic kkk’)


(Autora novamente: Desculpem pelo capitulo curto, mas eu prometo, que quarta feira eu posto mais um capitulo em kkk’)

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Comentários (1)

  • Victórie Weasley Lupin

    Está curto, mas, esta muito bom, não importa se o capitulo estiver pequeno ou grande, com você escrevendo ele estará ótimo.Bjss e abraços,Vicky. 

    2013-06-14
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