CAPÍTULO TRINTA: A DEMISSÃO DE

CAPÍTULO TRINTA: A DEMISSÃO DE



CAPÍTULO TRINTA


A DEMISSÃO DE SEVERO SNAPE


— Como é o nome do próximo capitulo? — Perguntou Elliz.


— A demissão de Severo Snape. — Respondeu Fred II.


Todos ao ouvirem o que Fred II disse ficaram surpresos, então seria naquele capitulo em que Snape deixaria de fazer suas maldades contra a escola e os alunos.


— Eu quero ler, por favor deixa eu ler. — Falou Sirius.


O animago estava parecendo uma criança que acabara de ver um doce na mãos dos pais.


— Não Sirius, você já leu. — Falou Remo para desapontamento de Sirius.


— Qual seria o problema de eu ler novamente? — Perguntou Sirius dando de ombros.


— Não Sirius, você já leu, e outros tem que ler também. — Falou Tonks.


Sirius deu de ombros vencido.


— Eu leio então. — Falou Dominique pegando o livro das mãos de Fred II.


— Eu queria ler. — Falou Sirius igual uma criança birrenta.


— Então comece logo querida, pelo que percebemos a comensal viu o Harry, quero saber que eles irão conseguir fugir e se salvar. — Falou Molly para a neta que assentiu e começou a ler.


 


No momento em que o dedo de Aleto tocou a Marca, a cicatriz de Harry queimou violentamente, a sala estrelada sumiu de vista, ele se viu parado em um afloramento rochoso sob um penhasco, o mar quebrava em ondas ao seu redor e havia triunfo em seu coração: eles pegaram o garoto.


 


— Droga, já o chamaram. — Falou Gui.


— Não fale assim Gui Weasley. — Falou Molly repreendendo o filho pelas palavras que acabara de usar.


— Desculpe mãe. — Falou Gui com a voz meia que entediada, Molly depois de tanto tempo ainda o tratava como se fosse uma criança que não podia fazer nada sem estar sendo observado pelos pais.


 


Um forte estampido trouxe-o de volta à sala: desorientado, ele ergueu a varinha, mas a bruxa já estava caindo para frente; bateu no chão com tanta força que o vidro nas portas das estantes retiniu.


 


— O que aconteceu? — Perguntou Roxanne confusa.


— Ela foi atingida. — Respondeu Fred II como se fosse obvio, fazendo a irmã revirar os olhos de tédio.


— Não isso idiota, quero saber quem a atingiu. — Explicou Roxanne.


— Deve ter sido a Luna. — Falou Rose.


 


— Nunca estuporei ninguém exceto nas aulas da Armada de Dumbledore — comentou Luna, em tom levemente interessado. — Fez mais barulho do que imaginei que faria.


E sem dúvida, o teto começara a estremecer. O eco de passos correndo se tornou mais ruidoso por trás da porta que conduzia aos dormitórios: o feitiço de Luna acordara os alunos que dormiam no andar acima.


 


— Provavelmente o feitiço chamou a atenção de todos que estavam fazendo ronda pelo castelo, incluindo o outro Carrow. — Falou Lysa.


— Mas ele saberia que viram o Harry de qualquer jeito, quando sentiu sua irmã chamar Voldemort usando a marca. — Falou Jorge.


— Vocês tem que sair daí rapidamente. — Falou Arthur.


 


— Luna, onde você está? Preciso vestir a capa!


Os pés de Luna apareceram do nada; Harry correu para o seu lado e deixou a Capa cair sobre eles no momento em que a porta abriu e uma torrente de alunos da Corvinal, todos em roupas de dormir, inundou a sala comunal. Ouviram-se exclamações e gritinhos de surpresa quando viram Aleto caída no chão, inconsciente. Lentamente, eles a rodearam, uma fera selvagem que poderia despertar a qualquer momento e atacá-los. Então, um corajoso garoto do primeiro ano se aproximou ligeiro e cutucou o traseiro dela com o dedão do pé.


 


— Poderia ter cutucado em um lugar mais higiênico. — Falou Sirius com cara de nojo.


 


— Vai ver ela está morta! — exclamou, encantado.


— Ah, olhe — sussurrou Luna, feliz, quando os colegas se amontoaram em volta de Aleto. — Eles estão satisfeitos!


— É... ótimo...


Harry fechou os olhos, e, quando sua cicatriz tornou a latejar, ele resolveu submergir mais uma vez na mente de Voldemort... estava caminhando ao longo do túnel na primeira caverna... decidira verificar o medalhão antes de vir... mas isso não levaria muito tempo...


 


— Você tem que parar de ficar entrando na mente dele e sair correndo daí, não será fácil achar o Diadema depois dessa bagunça toda. — Falou Al.


— Mas você acredita mesmo que possa ser o Diadema? — Perguntou Cho que não acreditava que Harry fosse encontrar o Diadema, uma coisa que esta sumida a tanto tempo, e que até pessoas que rodaram o mundo não acharam o objeto valioso.


— Eu acho que sim, também parece que não irá demorar para ele encontrar no livro. — Respondeu Al dando de ombros.


— Eu acho que não, nunca que Voldemort iria conseguir um objeto tão valioso assim, ainda mais pertencendo a Corvinal. — Falou Cho sempre com seu sorriso vitorioso.


— Qual o problema dele achar? Se ele conseguiu da Lufa-Lufa e da Sonserina. — Falou Gina dando de ombros.


— É diferente, esses pertences que ele achou foram dados de pai para filho, sabe, passando de família em família pelas gerações, o Diadema não, ele foi sumido junto com a filha de Rowena que também morreu. — Falou Cho.


— Mas a filha de Rowena voltou ao castelo como um fantasma, ela poderia muito bem ter dito a alguém sobre onde deixou o Diadema. — Constatou Gina.


— Ela não é burra, é filha de Rowena, não se enganaria com algumas perguntas bobas de pessoas por ai, se ela não contou nem mesmo para pessoas que trabalham aqui no castelo, porque contaria a uma pessoa qualquer? Ainda mais a Voldemort. — Falou Cho dando de ombros.


— Voldemort sabe ser uma das pessoas mais simpáticas quando quer, ele pode ficar um bom tempo ouvindo asneiras só porque no final ele irá conseguir o que quer, ele poderia muito bem ter feito isso com ela, e é claro ela acabou por acreditar nas palavras dele. — Falou Gina que uma vez já havia sido enganada por Voldemort pelo diário.


— Como eu disse antes Weasley, ela não é burra por se enganar com uma pessoa qualquer. — Falou Cho.


— Voldemort é uma pessoa qualquer para você? Você fala isso agora né? Mas quando é para enfrentá-lo ele já não é uma pessoa qualquer, não chame uma pessoa de qualquer pelas costas Chang, pode acabar por se arrepender depois. — Falou Elliz para Cho que assim que ouviu o que ela disse desfez o sorriso que enfeitava seu rosto — Bom, vamos deixar isso para lá, se o Diadema é ou não uma Horcrux iremos descobrir rapidamente, o livro parece estar quase no final mesmo, volte a ler Dominique. — Falou Elliz para a prima que assentiu e voltou a ler.


 


Houve uma batida na porta da sala comunal e todos os alunos da Casa pararam. Do lado de fora, Harry ouviu a suave voz musical que saía da aldraba em forma de águia: "Para onde vão os objetos desaparecidos?"


— Sei lá, sei? Cala a boca! — rosnou uma voz grosseira que Harry identificou como a do irmão Carrow, Amico. — Aleto? Aleto? Você está aí? Agarrou-o? Abra a porta!


 


— Ele nunca irá conseguir entrar desse jeito. — Falou Dumbledore.


 


Os alunos da Corvinal cochicharam entre si, aterrorizados. Então, sem aviso, ouviram uma série de fortes estampidos como se alguém estivesse atirando na porta com uma arma.


ALETO! Se ele vier e não tivermos agarrado o Potter... você quer acabar do mesmo jeito que os Malfoy? ME RESPONDA! — Amico berrou, sacudindo a porta com toda a força, mas, ainda assim, ela não abriu. Os alunos estavam todos recuando, e os mais apavorados começaram a subir rapidamente a escada para suas camas. Então, no momento em que Harry se perguntava se não seria melhor explodir a porta e estuporar Amico antes que o Comensal da Morte pudesse fazer mais alguma coisa, uma segunda voz, muito conhecida, ecoou do outro lado da porta.


 


Todos olharam em volta a procura de Draco ao ouvirem o sobrenome do loiro ser mencionado, mas não o acharam, Scorpius achou aquilo muito estranho, rezava para que o loiro não estivesse sido preso por ter ajudado Umbridge, ele parecia estar muito estranho ao sair perguntando sobre Cath.


— Quem será que esta do outro lado da porta em? — Perguntou Fred.


— Deve ser um dos professores que estavam fazendo a ronda no momento em que ouviram o barulho vindo do salão comunal da Corvinal. — Respondeu Simas.


 


— Posso lhe perguntar o que está fazendo, professor Carrow?


— Tentando... passar... por essa maldita... porta! — gritou Amico. — Vá buscar Flitwick! Faça-o abrir esta porta, já!


— Mas sua irmã não está aí dentro? — perguntou a professora McGonagall. — O professor Flitwick não a deixou entrar mais cedo esta noite, a seu pedido urgente? Quem sabe ela mesma possa abrir a porta para o senhor? Assim, não precisará acordar metade do castelo.


 


Todos ficaram surpresos ao escutar as palavras de Minerva, dessa vez ela se superara nas palavras, já Minerva não pode deixar de sorrir minimamente ao ouvir o que ela acabara de dizer.


 


— Ela não está respondendo, sua trapeira velha! Abra você então! Pô! Abra, já!


— Certamente, se o senhor quiser — respondeu a professora McGonagall, com terrível frieza. Ouviu-se uma delicada batida na aldraba e a voz musical perguntou mais uma vez: "Para onde vão os objetos desaparecidos?"


— Para o não-ser, ou seja, o todo — respondeu a professora McGonagall.


 


— Não entendi nada. — Falou Rony confuso.


 


— Bem fraseado — replicou a aldraba, e a porta se abriu.


Os poucos alunos da Corvinal que ainda restavam na sala correram para a escada quando Amico arremessou-se pelo portal brandindo a varinha. Curvado como a irmã, tinha uma cara pálida e flácida e olhos miúdos, que recaíram imediatamente sobre Aleto, esparramada e imóvel no chão. Ele soltou um berro de fúria e medo.


— Que foi que eles fizeram, esses pestinhas? — gritou.


 


— Mais respeito com as crianças. — Falou Molly.


— Mãe, todo mundo chama as crianças de pestinha. — Falou Gui revirando os olhos.


Molly deu de ombros a afirmação do filho e Dominique voltou a ler.


 


— Vou torturar todos até denunciarem quem fez isso... e o que vai dizer o Lorde das Trevas? — guinchou ele, em pé junto à irmã, socando a testa com o punho. — Não agarramos ele, e ainda por cima a mataram!


— Ela está apenas estuporada — disse, impaciente, a professora McGonagall, que se abaixara para examinar Aleto. — Ficará perfeitamente bem.


— Uma ova que ficará! — berrou Amico. — Não depois que o Lorde das Trevas a pegar! Ela o chamou, senti a minha marca queimar, e ele acha que agarramos Potter!


— Agarrou Potter? — perguntou a professora McGonagall com rispidez. — Como assim "agarrou Potter"?


 


— Meio obvio o que ele quis dizer né. — Falou James recebendo um olhar reprovador de Molly e um olhar severo de Minerva, o menino não temia mais aqueles olhares, já estava acostumado.


 


— Ele disse que Potter podia tentar entrar na Torre da Corvinal e que queria ser avisado se a gente o pegasse.


— E por que Potter tentaria entrar na Torre da Corvinal? Potter pertence à minha Casa!


Por baixo da incredulidade e raiva, Harry percebeu um quê de orgulho na voz da professora, e a afeição por Minerva McGonagall jorrou em seu íntimo.


— Nos informaram que ele poderia vir aqui! — respondeu Carrow. — Não sei por quê, sei?


 


— Sinceramente em, que comensais burros são esses, dizer suas ordens para mim, sabendo que não estou a favor de Voldemort. — Falou Minerva soltando uma fraca risada.


— São idiotas, se deixar até mesmo o James derruba eles em um duelo. — Falou Teddy para provocar James.


— Isso é ver... Ei, você é muito engraçadinho Teddy, só porque esta aprendendo com meu pai, não quer dizer que pode ficar se achando o melhor, afinal o meu pai com certeza um dia vai me ensinar mais coisas que ensinou para você. — Falou James fazendo bico.


— Todo mundo sabe que o Teddy é o preferido do tio Harry. — Falou Vic para provocar o primo que fez cara feia ao ouvir a afirmação dela, o menino olhou diretamente para ela com raiva nos olhos.


— O Teddy? Preferido? Me poupe disso né Vic, nunca que isso vai acontecer. — Falou James rindo e com os braços cruzados a frente do peito.


— E você acha que quem seria o preferido? — Perguntou Vic se divertindo com as atitudes infantis do primo.


— Eu é claro, sou o filho mais velho, o mais bonito o favorito e outras coisinhas. — Falou James fazendo cara de pouco caso.


— Nossa, como você é humilde. — Falou Lysa para James que acabou por rir.


Vic e Teddy riam também, e não demorou muito e os familiares começou a rir também, era divertido como as vezes James parecia ser uma criança com ciúmes dos pais, James estava rindo tanto que até mesmo esqueceu a pequena rivalidade com Teddy, e Dominique depois de perceber o silencio voltar, voltou a ler.


 


A professora McGonagall se levantou e seus olhos pequenos e brilhantes esquadrinharam a sala. Duas vezes passaram pelo lugar onde estavam Harry e Luna.


— Podemos lançar a culpa nos garotos — disse Amico, seu rosto porcino repentinamente ardiloso. — É, é o que vamos fazer. Diremos que Aleto caiu em uma armadilha preparada pelos garotos, os garotos aí em cima — ele olhou para o teto estrelado em direção aos dormitórios —, e diremos que eles a obrigaram a apertar a Marca e foi por isso que ele recebeu um falso alarme... ele pode puni-los. Meia dúzia de garotos a mais ou a menos, que diferença faz?


 


— Como ele pode fazer isso? São crianças, e nunca que Voldemort iria acreditar nisso, crianças obrigando um adulto a fazer essas coisas, Voldemort com certeza acharia que só tem idiotas como comensais. — Falou Lorcan.


— Esses comensais não pensam, não sei como alguns deles conseguiram terminar a escola. — Falou Simas.


— E eu achando que eu era burro. — Falou Rony divertido.


Você não é burro Rony. — Sussurrou Hermione apenas para o namorado escutar, o ruivo assentiu a afirmação da namorada.


 


— Apenas a diferença entre a verdade e a mentira, a coragem e a covardia — disse a professora McGonagall, empalidecendo — em suma, uma diferença que você e sua irmã parecem incapazes de apreciar. Mas me permita deixar uma coisa bem clara. Você não vai culpar os alunos de Hogwarts por sua inépcia. Eu não permitirei.


— Desculpe?


Amico se adiantou até ficar ofensivamente perto da professora, seu rosto a centímetros do dela. McGonagall não recuou, olhou-o com superioridade, como se ele fosse uma coisa nojenta que ela encontrara grudada na tampa do vaso sanitário.


 


— Você é muito bom em comparação. — Falou Sirius rindo.


 


— Não entra em questão se você permitirá, Minerva McGonagall. Seu tempo acabou. Nós é que mandamos aqui agora, e ou você confirma o que eu disser, ou irá me pagar.


E ele cuspiu na cara de Minerva.


Harry arrancou a capa, ergueu a varinha e disse:


 


A maioria das pessoas arregalaram os olhos ao ouvir o fato de que um homem acabara de cuspir na cara de Minerva, ninguém ali um dia permitiria aquilo.


— Como ele ousa fazer isso com você, ora as vezes eu tenho vontade de pegar essas pessoas pelo pescoço e torcer, até implorar para parar, mas ai eu iria torcer outra coisa. — Falou Sirius gesticulando com as mãos.


— Não exagere Sirius. — Falou Minerva.


— Nada de exagero, pessoas assim tem que sofrer mesmo, como podem fazer isso, que falta de educação. — Falou Sirius com raiva.


— E eu achava que meus tios eram mal educados. — Falou Harry — Por falar nele, como será que eles estão? — Perguntou Harry que mesmo não gostando dos tios, ficava preocupado, não podia nem ao menos imaginar alguém fazendo mal a eles por sua culpa.


— Devem estar bem, se não os comensais já estariam usando eles como isca, e para isso teriam que avisar a você que estão com eles, e como não disseram nada até agora. — Falou Remo.


 


— Você não devia ter feito isso.


E quando Amico se virou, o garoto gritou:


Crucio!


O Comensal da Morte foi erguido do chão. Contorceu-se no ar como um homem se afogando, debatendo-se e uivando de dor e então, com um baque e o ruído de vidro estilhaçando, bateu contra as portas da estante e desmontou, sem sentidos, no chão.


— Entendi o que Belatriz quis dizer — disse Harry, o sangue ribombando em seu cérebro —, "é preciso querer usá-la".


— Potter! — sussurrou a professora McGonagall, levando a mão ao peito. — Potter... você está aqui! Quê...? Como...? — Ela fez força para se controlar. — Potter, que tolice!


 


— De nada. — Falou Harry irônico.


Minerva deu uma leve risada ao ver o que o aluno acabara de fazer.


 


— Ele cuspiu na senhora.


— Potter, eu... isso foi muito... muito galante de sua parte... mas você não percebe...?


— Percebo, sim — Harry lhe assegurou. De alguma forma, o medo dela o tranqüilizou. — Professora McGonagall, Voldemort está a caminho.


 


— Já podem dizer o nome dele? — Perguntou Gina confusa.


— Com certeza Voldemort já sabe onde eu estou. — Respondeu Harry dando de ombros.


 


— Ah, já podemos dizer o nome dele? — perguntou Luna com ar interessado, despindo a Capa da Invisibilidade. A aparição de um segundo proscrito pareceu transtornar a professora, que recuou, vacilante, e caiu em uma cadeira próxima, segurando a gola de seu velho robe de tecido escocês.


— Acho que não faz a menor diferença o nome que o chamarmos — disse Harry a Luna —, ele já sabe onde estou.


Em uma parte distante do cérebro de Harry, a parte ligada à cicatriz que ardia furiosamente, ele viu Voldemort navegando veloz sobre o lago escuro no fantasmagórico barco verde... estava quase chegando à ilha onde se achava a bacia de pedra...


 


— Até que esse negocio de chegar a ilha esta demorando. — Falou Tonks.


— Que bom né. — Falou Roxanne.


 


— Você tem que fugir — sussurrou a professora McGonagall — Agora, Potter, o mais rápido que puder!


— Não posso. Tem uma coisa que preciso fazer. Professora, a senhora sabe onde está o diadema de Rowena Ravenclaw?


— O d-diadema de Ravenclaw? Claro que não... não está perdido há séculos? — Ela se empertigou na poltrona. — Potter, foi loucura, absoluta loucura, entrar no castelo...


 


— Não esta ajudando ficar repetindo que eu não devia entrar. — Falou Harry para a professora.


— Quem sabe depois de ouvir tantas vezes você percebe a tolice que fez. — Falou Minerva a Harry que riu e deu de ombros.


 


— Fui obrigado. Professora, há uma coisa escondida aqui que tenho de encontrar, e poderia ser o diadema... preciso... se eu pudesse ao menos falar com o professor Flitwick...


Ouviram, então, um movimento de vidro tilintando: Amico estava voltando a si. Antes que Harry e Luna pudessem agir, a professora se pôs de pé, apontou a varinha para o Comensal da Morte estonteado e ordenou:


— Império!


 


Os alunos arregalaram os olhos ao saber que Minerva acabara de usar uma maldição imperdoável contra alguém, achavam incapaz que isso acontecesse algum dia, com qualquer pessoa.


 


Amico se levantou, foi até onde estava a irmã, apanhou sua varinha, voltou em direção à professora e, obediente, lhe entregou as duas varinhas: a sua e a dela. Depois se deitou no chão ao lado de Aleto. McGonagall fez outro gesto com a varinha, e apareceu no ar um pedaço de corda tremeluzente, que espiralou em torno dos Carrow, amarrando-os, juntos, com firmeza.


— Potter — disse a professora, virando-se para ele com soberba indiferença ao problema dos dois irmãos —, se Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado tiver certeza que você está aqui...


 


— Ele não precisa saber, já sabe mesmo. — Falou Harry dando de ombros.


 


Quando McGonagall disse isso, uma cólera que semelhava a uma dor física perpassou Harry, ateando fogo à sua cicatriz, e, por um segundo, ele contemplou a bacia cuja poção se tornara transparente e viu que não havia medalhão algum guardado sob sua superfície...


— Potter, você está bem? — disse uma voz, e Harry voltou: estava segurando o ombro de Luna para não cair.


 


— Se ele tivesse segurado em mim, seria capaz de eu cair no chão junto dele. — Falou Roxanne rindo.


— Há você é muito mole Roxanne, todo mundo sabe disso. — Falou Fred II zoando com a irmã que fez cara feia para ele, Dominique riu um pouco e voltou a ler.


 


— O tempo está se esgotando, Voldemort está se aproximando. Professora, estou cumprindo ordens de Dumbledore, preciso encontrar o que ele queria que eu encontrasse! Mas temos que fazer os alunos saírem enquanto estivermos vasculhando o castelo: sou eu que Voldemort quer, mas tanto faz para ele matar mais ou menos gente, não agora... — Não agora que ele sabe que estou atacando Horcruxes, Harry completou a frase mentalmente


— Você está cumprindo ordens de Dumbledore? — indagou ela com uma expressão de crescente assombro. Então aprumou-se ao máximo. — Vamos proteger a escola contra Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado enquanto você procura esse... esse objeto.


 


— Já deve ser obvio que esse objeto é o Diadema, já que a primeiro coisa que ele perguntou foi pelo Diadema a Minerva. — Falou Dino.


 


— É possível?


— Acho que sim — disse ela, secamente. — Nós, professores, somos muito bons em magia, sabe. Tenho certeza de que poderemos mantê-lo a distância por algum tempo, se empenharmos nisso os nossos melhores esforços. Naturalmente, teremos que fazer alguma coisa a respeito do professor Snape...


— Me deixe...


— ... e se Hogwarts está prestes a ser sitiada, com o Lorde das Trevas às portas, seria de fato aconselhável tirar do caminho o maior número possível de pessoas inocentes. Com a Rede de Flu sob vigilância e a impossibilidade de aparatar...


— Tem um jeito — disse Harry depressa, e explicou sobre a passagem que levava ao Cabeça de Javali.


 


— Ele vai ficar uma fera quando souber que a casa dele virou lugar de passagens de mais de cem pessoas. — Falou Dumbledore que conhecia muito bem seu próprio irmão.


— Se ele já ficou bravo ao saber que duas pessoas iriam aparatar na casa dele, imagine mais de cem e a maioria crianças. — Falou Remo.


 


— Potter, estamos falando de centenas de alunos...


— Eu sei, professora, mas se Voldemort e os Comensais da Morte estiverem se concentrando nas divisas da escola, não irão se interessar por gente desaparatando no Cabeça de Javali.


— Você não deixa de ter razão — concordou McGonagall. Ela apontou a varinha para os Carrow e sobre seus corpos amarrados caiu uma rede prateada que se fechou em torno deles e os ergueu no ar, onde ficaram balançando sob o teto azul e ouro, como dois grandes e feios animais marinhos.


— Venha. Temos que alertar os outros diretores de Casas. É melhor vestir a capa.


 


— Tenho impressão que as coisas não vão acabar boas. — Falou Parvati.


— Mas temos que torcer para que tudo fique bem. — Falou Molly preocupada.


 


Ela saiu em direção à porta ao mesmo tempo que erguia a varinha. Da ponta, irromperam gatos prateados com marcas de óculos em torno dos olhos. Os Patronos correram graciosamente à sua frente, enchendo a escada em espiral de luzes prateadas, quando a professora, Harry e Luna desceram apressados.


Eles se precipitaram ao longo dos corredores, e, um a um, os Patronos foram abandonando-os; o robe de tecido escocês da professora McGonagall farfalhava arrastando pelo chão, e Harry e Luna a seguiam, correndo, cobertos pela capa.


Tinham descido mais dois andares quando passos abafados se juntaram aos deles. Harry, cuja cicatriz continuava a formigar, ouviu-os primeiro: apalpou a bolsa pendurada ao pescoço à procura do mapa do maroto, mas, antes que pudesse tirá-lo, McGonagall também pareceu tomar consciência do acompanhante. Ela parou, ergueu a varinha, preparando-se para duelar e perguntou:


 


— Nunca vi ela duelar, deve ser legal. — Falou James imaginando como seria ver Minerva duelando com alguém.


 


— Quem está aí?


— Sou eu — disse uma voz baixa.


De trás de uma armadura, saiu Severo Snape.


O ódio ferveu no peito de Harry ao vê-lo: tinha esquecido os detalhes da aparência de Snape diante da magnitude dos seus crimes, esquecido como seus cabelos negros e oleosos caíam como cortinas dos lados do seu rosto magro, como seus olhos negros tinham uma expressão fria e sem vida. Não estava de roupas de dormir, vestia a capa preta de sempre e também empunhava a varinha, pronto para lutar.


 


Minerva olhou friamente para Snape que nem se importou com o olhar da diretora da Grifinória.


— Olha quem apareceu, é outro que eu queria torcer o pescoço. — Falou Sirius com raiva — E por acaso você acha que essa coisa dorme? Ele com certeza fica andando pela escola atrás de pessoas inocentes. — Falou Sirius olhando feio para Snape que revirava os olhos de tédio.


 


— Onde estão os Carrow? — perguntou, em voz baixa.


— Onde você os mandou ir, imagino, Severo — respondeu a professora McGonagall.


Snape se aproximou e seus olhos passaram rapidamente por ela e o ar ao seu redor, como se soubesse que Harry estava ali. O garoto também erguera a varinha, pronto para lutar.


— Tive a impressão — disse Snape — de que Aleto prendeu um intruso.


— Sério? E o que lhe deu essa impressão?


Snape ergueu levemente o braço esquerdo onde a Marca Negra estava gravada em sua pele.


 


— Naquela época ele não tinha vergonha de mostrar a marca né, mas pelo que eu me lembre na época de escola, ele andava todo medroso quando alguém tocava ou tentava destampar seu braço. — Falou Sirius olhando para Snape.


— Cuida da sua vida Black. — Falou Snape que já não agüentava ficar escutando tudo o que diziam ao respeito dele, sem nem ao menos saberem a verdade.


— Olha quem resolveu se manifestar. — Falou Sirius ironicamente.


— Sirius, já chega, Dominique volte a ler. — Falou Remo para a menina que rapidamente voltou a ler.


 


— Ah, sim, naturalmente. Esqueci que vocês Comensais da Morte têm um meio particular de comunicação.


Snape fingiu não tê-la ouvido. Seus olhos continuavam a sondar o ar ao seu redor e ele foi gradualmente se aproximando com uma expressão de quem não tem consciência do que está fazendo.


— Eu não sabia que era a sua noite de patrulhar os corredores, Minerva.


— Alguma objeção?


— Não imagino o que teria tirado você da cama tão tarde da noite.


— Pensei ter ouvido um barulho — respondeu a professora.


— Verdade? Mas tudo me parece calmo. Snape encarou-a nos olhos.


— Você viu Harry Potter, Minerva? Porque se viu, devo insistir...


 


— Vai insistir o que? — Perguntou James.


Dominique riu e voltou a ler.


 


A professora McGonagall se mexeu mais rápido do que o garoto teria acreditado: sua mão cortou o ar e, por uma fração de segundo, Harry pensou que Snape fosse desmontar inconsciente, mas a rapidez do Feitiço Escudo que o professor lançou foi de tal ordem que McGonagall se desequilibrou. Ela brandiu a varinha para um archote e o objeto saiu voando do suporte na parede: Harry, que ia lançar um feitiço contra Snape, foi forçado a puxar Luna do caminho das labaredas que desceram e formaram um círculo de fogo que encheu o corredor e deslizou pelo ar como um laço contra Snape...


 


— Eu faria de tudo para ver esse duelo, sério mesmo. — Falou Sirius.


Se Lily estivesse aqui, ela não iria gostar nada nada do que estão falando aqui. Pensou James que conhecia muito bem a própria irmã.


 


No momento seguinte não era mais fogo, mas uma grande cobra preta que McGonagall explodiu em fumaça, e tornou a se juntar e solidificar em segundos, transformando-se em um enxame de adagas que perseguiram Snape; ele só conseguiu evitá-las empurrando uma armadura à sua frente e, reunindo sonoramente, as adagas afundaram uma a uma no peito de metal...


— Minerva! — chamou uma voz fina e, ao olhar para trás, ainda protegendo Luna dos feitiços que voavam, Harry viu os professores Flitwick e Sprout em roupas de dormir, correndo pela passagem ao encontro deles, com o enorme professor Slughorn ofegando em seu encalço.


 


— Tinha que estar ofegante mesmo, correndo com toda aquela banha. — Falou Sirius fazendo Teddy rir.


 


— Não! — guinchou Flitwick, erguendo a varinha. — Você não vai matar mais ninguém em Hogwarts!


O feitiço de Flitwick atingiu a armadura atrás da qual Snape se abrigara: com estrépito, ela ganhou vida. Snape desvencilhou-se dos braços da armadura que o esmagavam e arremessou-a contra os seus atacantes. Harry e Luna precisaram mergulhar de lado para evitar a armadura, que colidiu com a parede e se espatifou. Quando Harry tornou a erguer os olhos, Snape fugia embalado, McGonagall, Flitwick e Sprout perseguiam-no em tropel: Snape se precipitou pela porta de uma sala de aula e, momentos depois, Harry ouviu McGonagall gritar:


— Covarde! COVARDE!


 


— Eu não acredito, não vimos a melhor parte. — Falou Sirius desapontado.


— Sirius, da para parar com essa birra, ta parecendo uma criança. — Falou Al revirando os olhos.


— Ele não parece, ele é uma criança. — Falou Remo recebendo um olhar feio do melhor amigo que não estava gostando nada do que estavam falando sobre ele.


— Eu vou perguntar para seu pai porque ele colocou o nome daquele nojento em você. — Falou Sirius apondo para Al.


— Ele não vai te responder, e outra coisa, duvido que você o encontre acordado. — Falou Al dando de ombros.


— Ele não pode dormir assim tão cedo. — Falou Sirius debochado.


 


 


— Normalmente ele e mamãe só vai pro quarto depois que todos nós formos. — Falou James confuso com o que acabara de constatar — Porque será? — Perguntou James ainda estando confuso.


— James, você é um idiota ou só se faz de um? — Perguntou Al — Agora que eu entendi, pensar no que mamãe faz seria um crime para você, papai teria sido preso em Azkaban por fazer tal ato criminoso. — Falou Al sarcasticamente.


Teddy que havia entendido começou a rir.


— Não estou entendendo nada. — Falou James.


— É a segunda vez que seu irmão fala sobre isso desde que chegamos aqui James, não entendeu mesmo? — Perguntou Teddy sorrindo malicioso para James.


O menino rapidamente entendeu o que o irmão e Teddy queriam dizer.


— Não precisa explicar. — Falou James passando a mão nos cabelos.


As pessoas olhavam umas para as outras, para que assim pudessem entender do que eles estavam falando, eram pouco os que haviam entendido a conversa.


James ainda costuma ter ciúmes da mãe dele? — Perguntou Vic para Teddy que ainda sorria maliciosamente.


— Sim. — Respondeu Teddy fazendo a esposa rir.


Vendo que ninguém falaria mais alguma coisa, Dominique voltou a ler.


 


— Que aconteceu, que aconteceu? — perguntou Luna.


Harry ajudou-a a se levantar e os dois dispararam pelo corredor, arrastando a Capa da Invisibilidade atrás deles, e entraram em uma sala de aula vazia onde os professores McGonagall, Flitwick e Sprout estavam parados perto de uma janela quebrada.


— Ele saltou — disse a professora McGonagall, quando Harry e Luna entraram.


 


— Então Snape esta morto? Demorou para isso acontecer. — Falou Sirius sorrindo.


— Se Lily estivesse aqui, daria uma bronca em você por estar feliz pela morte de alguém. — Falou Hugo para Sirius que deu de ombros.


— Se fosse uma pessoa boa eu até ficaria triste, mas é o Snape, o homem que sempre esta querendo acabar com vidas de pessoas inocentes, o homem que tem a marca no braço, lembram? — Perguntou Sirius.


— Você nem ao menos o conhece direito. — Falou Al dando de ombros.


— Eu não conheço? Eu convivi com esse homem na escola, quer dizer, com essa coisa ai e você olha pra minha cara e diz que eu não o conheço, me poupe né. — Falou Sirius.


— Só porque você conviveu com ele não quer dizer que você o conheça. — Falou Elliz dando de ombros.


— Vocês por acaso estão querendo dizer algo quanto ao caráter de Snape? Porque eu não estou entendendo o porque de vocês estarem protegendo ele. — Falou Sirius.


— Não estamos protegendo ninguém, estamos apenas dizendo que é horrível o fato de você estar desejando a morte de alguém. — Falou Elliz.


— Mas para mim parece que vocês estão protegendo ele. — Falou Sirius dando de ombros.


— É apenas a nossa opinião, é que as vezes nos enganamos quando dissemos algo sobre uma pessoa, e depois é tarde demais para pedir desculpas. — Falou Al.


— Eu pedir desculpas a ele? Já basta o meu momento carinhoso com o Monstro. — Falou Sirius dando de ombros.


— Depois que se arrepender não venha dizer que não avisamos. — Falou Dominique antes de voltar a ler.


 


— A senhora quer dizer que ele está morto? — Harry correu à janela, sem dar atenção aos berros assustados de Flitwick e Sprout ao verem-no subitamente aparecer.


— Não, ele não está morto — lamentou McGonagall. — Ao contrário de Dumbledore, ele ainda tinha a varinha na mão... e, pelo jeito, aprendeu alguns truques com o seu mestre.


 


— Estão vendo, ele aprendeu truques com Voldemort, o que com certeza é magia das trevas e vocês ai protegendo ele. — Falou Sirius.


— Já dissemos que não estávamos protegendo. — Falou Al.


Ainda bem que ele não morreu nesse momento, se não seria capaz de Voldemort estar vivo no futuro, já que foi graças ao Snape que padrinho descobriu que ele era uma Horcrux e descobriu a verdadeira lealdade de Snape. Pensou Teddy.


 


Com um arrepio de horror, Harry viu ao longe o vulto enorme de um morcego voando na escuridão, em direção aos muros que circundavam a escola.


Ouviram passos pesados às costas e alguém bufando: Slughorn acabara de alcançá-los.


— Harry! — ofegou ele, massageando o vasto peito sob o pijama de seda verde-esmeralda. — Meu caro rapaz... que surpresa... Minerva, por favor me explique... Severo... o quê...?


 


— Eu não gosto desse professor, para ele pode estar acontecendo a coisa mais errada do mundo, mas se for para ele continuar vivo ele não faz nada quanto as coisas ruins que estão acontecendo. — Falou Sirius.


— Não fale assim dele, Sirius. — Falou Dumbledore ao animago.


— Mas é verdade, na época em que pedimos para ele ajudar a Ordem, ele disse não e começou a fugir, sabendo que Voldemort estava atrás dele, e depois disso ele não deu mais as caras, tenho certeza que ele continua fugindo agora que Voldemort voltou de novo. — Falou Sirius.


— Sim, ele esta fugindo, a cada semana esta em um lugar diferente. — Falou Dumbledore.


— Eu sabia, nem ao funeral da Lily ele foi, e olha que ela era a aluna preferida dele. — Falou Sirius.


— Porque Voldemort esta sempre atrás dele? Achei que Voldemort só esta atrás de pessoas que possa ameaçá-lo, e Slughorn é inofensivo, ele só reage quando alguém da uma dura nele. — Falou Remo.


— Acredito que Slughorn sabia de um segredo de Voldemort, e vocês já sabem que segredo é esse, Slughorn já imaginava que Voldemort faria Horcrux, foi por isso que ele saiu da escola, tinha vergonha de ter dado as informações a Voldemort, começou a fugir mais ainda quando soube que eu estava interessado nessas informações. — Falou Dumbledore.


— Mas como você soube das informações? — Perguntou Tonks.


— Slughorn foi o professor em que Voldemort mais se apegou aqui na escola, e é claro como sabem nosso querido professor de poções não é muito bom de guardar segredos, antes de ir embora eu consegui pegar uma lembrança com Slughorn, mas a lembrança estava danificada, ele modificou a lembrança na melhor parte, mostrando ele negando dizer algo de que Voldemort queria saber, mas sabemos que na verdade ele tirou todas as duvidas de Voldemort e isso causou das site Horcrux. — Falou Dumbledore.


— Vou voltar a ler. — Falou Dominique depois de perceber que ninguém mais falaria algo, depois da explicação de Dumbledore.


 


— O nosso diretor vai tirar umas breves férias — disse a professora, apontando para o buraco com os seus contornos, que Snape deixara na janela.


— Professora! — Harry gritou, as mãos na cabeça. Via o lago pululante de Inferi deslizar sob ele, e sentiu o fantasmagórico barco verde bater na margem e Voldemort saltar dele com uma fúria homicida... — Professora, temos que barricar a escola, ele já está vindo!


— Muito bem. Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado está a caminho — informou ela aos outros professores. Sprout e Flitwick ofegaram; Slughorn soltou um gemido. — Potter tem uma tarefa a cumprir no castelo por ordem de Dumbledore. Precisamos lançar sobre este lugar todo tipo de proteção de que formos capazes, enquanto Potter faz o que precisa.


 


— Terá pouco tempo para achar o objeto, já que Voldemort com a varinha das varinhas destruiria os feitiços de proteção rapidinho. — Falou Rony.


— Ele poderia ir falar com a dama cinzenta, quem sabe ela se abrisse com ele, Harry tem um talento para deixar as pessoas a vontade e assim poder falar. — Falou Luna.


Harry não pode deixar de sorrir para a amiga em agradecimento.


 


— Naturalmente, você sabe que nada manterá Você-Sabe-Quem fora por tempo indefinido, não? — chiou Flitwick.


— Mas podemos retardá-lo — disse a professora Sprout.


— Obrigada, Pomona — disse McGonagall, e as duas bruxas trocaram olhares de sombria compreensão. — Sugiro que estabeleçamos uma proteção básica em torno da escola, depois reunamos os alunos e nos encontremos no Salão Principal. A maioria precisa ser evacuada, embora, se algum for maior de idade e quiser ficar e lutar, deveríamos lhe dar essa oportunidade.


 


— Não estou gostando nada dessa ideia, ainda mais com Gina estando no castelo. — Falou Molly fazendo Harry sentir seu coração parar por alguns instantes em pensar na namorada no meio de uma grande batalha.


— Gina ainda é menor de idade mamãe, ela não pode sair duelando por vontade própria. — Falou Gui que também estava preocupado com a irmã.


— Isso não é justo. — Falou Gina antes de Dominique voltar a ler.


 


— De acordo. — E a professora Sprout dirigiu-se, apressada, para a porta. — Encontro vocês no Salão Principal dentro de vinte minutos, com os alunos da minha Casa.


E enquanto a bruxa corria e desaparecia de vista, eles a ouviam murmurar:


— Tentácula. Visgo-do-diabo. E vagens de Arapucosos... sim, gostaria de ver os Comensais da Morte enfrentando esses.


— Posso agir daqui mesmo — disse Flitwick e, embora mal conseguisse enxergar o exterior do castelo, apontou a varinha pela janela quebrada e começou a murmurar encantamentos de grande complexidade. Harry ouviu um zunido esquisito, como se Flitwick tivesse desencadeado a força do vento nos terrenos da escola.


 


— Hora perfeita para você perguntar sobre algum objeto da Corvinal. — Falou Lysa.


 


— Professor — disse Harry, aproximando-se do bruxo miúdo que ensinava Feitiços —, professor, peço desculpas por interrompê-lo, mas é importante. O senhor tem idéia de onde está o diadema de Ravenclaw?


— ... Protego horribilis... o diadema de Ravenclaw? — chiou Flitwick. — Um pouco mais de sabedoria nunca se perde, Potter, mas não consigo imaginar como poderia lhe ser útil na presente situação!


— O que quis dizer foi... o senhor sabe onde está? Algum dia o senhor o viu?


— Viu? Não se tem memória de alguém que o tenha visto. Há muito desapareceu, menino!


Harry sentiu uma mistura de agudo desapontamento e pânico. Que seria, então, a Horcrux?


— Encontraremos você e os alunos da sua Casa no Salão Principal, Filio! — disse a professora McGonagall, fazendo sinal a Harry e Luna para acompanhá-la.


 


— Podemos saber agora que não é o Diadema, eu disse que Voldemort nunca conseguiria algo desse porte. — Falou Cho sorrindo mais uma vez vitoriosa.


— Pois eu acho sim que possa ser o Diadema. — Falou Gina contrariando a japonesa.


 


Tinham acabado de chegar à porta quando Slughorn recuperou a voz.


— Puxa — bufou, pálido e suarento, sua bigodeira de leão-marinho sacudindo. — Que confusão! Não tenho muita certeza se o que está fazendo é sensato, Minerva. Ele acabará encontrando um modo de entrar, sabe, e qualquer um que tenha tentado atrasá-lo correrá um perigo atroz...


— Esperarei você e os alunos da Sonserina também no Salão Principal dentro de vinte minutos — disse a professora McGonagall. — Se quiser se retirar com eles, não iremos impedi-lo. Mas se algum de vocês tentar sabotar a nossa resistência, ou pegar em armas contra nós dentro deste castelo, então, Horácio, duelaremos até a morte.


 


— Esta ai a dura que ele estava precisando receber. — Falou Dumbledore sorrindo calmamente para Minerva que retribuiu o sorriso.


— Vamos ver qual será a decisão dele né. — Falou Arthur.


 


— Minerva! — exclamou ele, horrorizado.


— Chegou o momento da Sonserina decidir a quem é leal — interrompeu-o a professora. — Vá acordar os seus alunos, Horácio.


Harry não esperou para ver Slughorn tartamudeando; ele e Luna correram atrás da professora McGonagall, que tomara posição de varinha erguida no meio do corredor.


Piertotum... ah, pelo amor de Deus, Filch, agora não.


O zelador idoso acabara de surgir, mancando e aos gritos:


— Os alunos se levantaram! Os alunos estão nos corredores!


 


— Eu não acredito que estão perdendo tempo com o Filch. — Falou Felipe.


— Filch só aparece na hora errada, da uma raiva disso. — Falou Fernando recebendo a concordância do irmão gêmeo.


 


— É onde deveriam estar, seu rematado idiota! — gritou McGonagall. — Agora vá se ocupar com alguma coisa construtiva! Procure o Pirraça!


— P-Pirraça? — gaguejou Filch, como se nunca tivesse ouvido esse nome.


Pirraça, sim, seu parvo, Pirraça! Você não se queixa dele há um quarto de século? Vá buscá-lo, imediatamente!


Filch evidentemente achou que a professora McGonagall tivesse perdido o juízo, mas afastou-se mancando, os ombros curvados, resmungando com seus botões.


 


— Ele não deve ter gostado nada dessa história de procurar o pirraça. — Falou Fred II.


— Ele nunca gostou daquela coisa mesmo, e por acaso existe alguém que ligue para o que o Filch gosta ou deixa de gostar? — Perguntou Roxanne dando de ombros.


— Eles nem são sinceros né. — Falou Sirius ironicamente.


 


— E agora: Piertotum locomotor! — exclamou ela.


E por todo o corredor, as estátuas e armaduras saltaram dos seus pedestais, e, pelo eco fragoroso nos andares abaixo e acima, Harry percebeu que as suas companheiras em todo o castelo tinham feito o mesmo.


 


— Eu sempre quis executar esse feitiço. — Falou Minerva sorrindo.


— Mas você não o executou no tabuleiro de xadrez no primeiro ano? — Perguntou Hermione.


— Sim, foi eu que fiz aquilo, mas era uma situação completamente diferente né, uma coisa simples como os fazer jogar xadrez, assim não tem graça. — Falou Minerva.


Nunca vi a Minerva assim. — Sussurrou Sirius para Remo que assentiu.


Ta parecendo uma criança que nunca fez um objeto flutuar. — Sussurrou Remo para Sirius que assentiu em concordância.


 


— Hogwarts está ameaçada! — bradou a professora McGonagall. —Guarneçam os muros, nos protejam, cumpram o seu dever para com a nossa escola!


Com estrépitos e berros, a horda de estátuas em movimento passou por Harry como um estouro de boiada; algumas pequenas, outras enormes. Havia animais também, e as armaduras chocalhando brandiam espadas e manguais.


— Agora, Potter — disse McGonagall —, é melhor você e a srta. Lovegood voltarem para os seus amigos e trazê-los para o Salão Principal; vou acordar os outros alunos da Grifinória.


 


— Provavelmente todos ficarão surpresos ao saber que Snape sumiu e que uma batalha irá começar, e que talvez eles possam participar. — Falou Vic.


— O castelo com certeza irá ficar todo destruído. — Falou Minerva com a voz baixa, a professora não gostava de pensar como o lugar que ela considerava sua casa ficaria depois de uma batalha que seria tão grande, com tantos bruxos sendo do mal ou do bem.


— Mas depois é só reconstruir. — Falou James dando de ombros.


 


Eles se separaram no alto da escada seguinte: Harry e Luna correram de volta à entrada oculta da Sala Precisa. No trajeto, encontraram grandes grupos de alunos, a maioria usando capas de viagem por cima dos pijamas, escoltados por professores e monitores para o Salão Principal.


— Aquele era o Potter!


— Harry Potter!


— Era ele, juro, acabei de ver o Harry!


 


— Grandes coisa, o vejo todo dia com cara de sono para piorar. — Falou Al dando de ombros e com um olhar que dava para ver desinteresse.


— O ver com cara de sono é a mesma coisa que você acabar de acordar e se ver no espelho Al. — Falou Elliz rindo.


— O que eu posso fazer, sou um pouco parecido com ele, não posso mudar isso. — Falou Al dando de ombros novamente.


— Um pouco? — Perguntou Molly sorrindo gentil.


— É, só um pouquinho. — Respondeu Al gesticulando com as mãos a palavra pouquinho, aproximando o dedão e o dedo indicador.


 


Harry, porém, não olhou para trás e, por fim, chegaram à entrada da Sala Precisa. O garoto se encostou na parede encantada que se abriu para admiti-los, e ele e Luna desceram correndo a escada íngreme.


— Qu...?


Quando avistaram a sala, Harry escorregou alguns degraus, assustado. Estava cheia, muito mais cheia de gente do que da última vez que tinha estado ali. Kingsley e Lupin olhavam para ele, e igualmente Olívio Wood, Cátia Bell, Angelina Johnson e Alicia Spinnet, Gui e Fleur, e o sr. e a sra. Weasley.


 


— Em tão pouco tempo apareceu tanta gente. — Falou Minerva.


— Varias pessoas do time de Quadribol. — Falou Jorge.


— Olívio faz falta, até mesmo aquelas broncas dele. — Falou Angelina que sempre estava em silencio durante a leitura — O que me lembra que faz um bom tempo que não temos um treino. — Falou Angelina olhando para Fred, Jorge, Harry e os outros do time da Grifinória.


Harry pensou nas varias vezes que perdeu o treino por causa de Umbridge, confessava que até mesmo esqueceu de Quadribol depois que começou a namorar e é claro depois que a leitura começara.


 


— Harry, que está acontecendo? — perguntou Lupin, indo ao seu encontro no pé da escada.


— Voldemort está a caminho, estão barricando a escola... Snape fugiu... que estão fazendo aqui? Como souberam?


— Enviamos mensagens a todo o resto da Armada de Dumbledore — explicou Fred. — Você não esperava que o pessoal fosse perder a festa, Harry, e a Armada de Dumbledore avisou a Ordem da Fênix, e a coisa virou uma bola de neve.


— Que vai ser primeiro, Harry? — perguntou Jorge. — Que está acontecendo?


— Estão evacuando os alunos menores, e todos vão se encontrar no Salão Principal para nos organizarmos — disse Harry. — Vamos lutar.


Ergueu-se um forte brado e uma onda de pessoas avançou para a escada; Harry foi empurrado contra a parede quando elas passaram apressadas, uma mistura de membros da Ordem da Fênix, da Armada de Dumbledore e da antiga equipe de Quadribol de Harry, todas empunhando varinhas, em direção ao interior do castelo.


 


— Como eles podem ficar felizes sabendo que podem acabar se machucando em uma guerra, e se machucando bem feio em. — Falou Arthur.


— Provavelmente estarão vingando o que fizeram com eles e com as pessoas inocentes no castelo, vocês sabem, tortura e todo o resto. — Falou Felipe.


 


— Vamos, Luna — chamou Dino ao passar, estendendo-lhe a mão livre; ela segurou-a e acompanhou o amigo escada acima.


A multidão foi rareando: apenas um grupinho de pessoas permaneceu na Sala Precisa, e Harry se reuniu a elas. A sra. Weasley debatia-se com Gina. Em torno das duas, Lupin, Fred e Jorge, Gui e Fleur.


 


— Provavelmente Gina esta querendo participar da Guerra e mamãe não irá querer deixar. — Falou Jorge.


— Mas não tem que deixar mesmo, Gina é menor de idade, portanto ainda podemos dizer o que ela pode ou não fazer. — Falou Arthur recebendo a concordância da esposa.


— Odeio isso. — Falou Gina cruzando os braços e fazendo bico.


 


— Você é menor de idade! — gritava a sra. Weasley para a filha quando Harry se aproximou. — Não vou permitir! Os rapazes, sim, mas você tem que voltar para casa.


— Não vou voltar.


Os cabelos de Gina esvoaçavam enquanto ela tentava soltar o braço do aperto da mãe.


— Estou na Armada de Dumbledore...


—... Um bando de adolescentes!


— Um bando de adolescentes que está disposto a enfrentar ele, o que mais ninguém se atreveu a fazer! — replicou Fred.


 


— É por isso que eu amo meu irmão. — Falou Gina olhando para Fred.


— Agora você me ama né, mas eu apenas disse aquilo a favor da Armada, quanto a você, concordo que não deve ir para a Guerra. — Falou Fred para a irmã que perdeu o sorriso na hora.


— O amor dura pouco. — Falou Gina fazendo cara de brava.


Espero que esteja dizendo isso apenas ao amor que você sente pelo seus irmãos. — Sussurrou Harry apenas para Gina ouvir, a menina ao ouvir aquilo não agüentou e voltou a sorrir largamente.


É claro é Harry, meu amor por você não vai acabar, não depois de estarmos juntos. — Sussurrou Gina em resposta para Harry, que sorriu para a namorada.


 


— Ela tem dezesseis anos! — gritou a Sra. Weasley. — Não tem idade suficiente! Que é que vocês dois tinham na cabeça quando a trouxeram junto...


Fred e Jorge pareceram um pouco envergonhados.


— Mamãe tem razão, Gina — disse Gui, delicadamente. — Você não pode lutar. Todos os menores de idade terão de se retirar, é o certo.


— Não posso ir para casa! — gritou Gina, lágrimas de raiva brilhando em seus olhos. — Toda a minha família está aqui, eu não suportaria ficar lá sozinha, esperando sem saber e...


Seus olhos encontraram os de Harry pela primeira vez. Ela o olhou suplicante, mas ele sacudiu a cabeça e a garota lhe deu as costas amargurada.


 


— Era só o que me faltava, já não basta meus irmãos Harry, você também? — Perguntou Gina brava para Harry, o menino apenas sorriu e deu de ombros.


— É por isso que gostamos do Harry. — Falou Jorge rindo.


— Sua mãe continua assim? Digo, sabe ter a mesma reação no livro. — Perguntou Gui para Al e James.


Os dois se olharam e pensaram na mesma resposta.


— É claro que não. — Responderam os dois juntos.


 


— Ótimo — disse, com os olhos na entrada do túnel para o Cabeça de Javali. — Vou dizer adeus então e...


Ouviram alguma coisa raspando e um forte baque: alguém mais saíra do túnel, desequilibrara-se um pouco e caíra. O homem se guindou para a cadeira mais próxima, olhou ao redor através dos óculos tortos e perguntou:


— Cheguei tarde demais? Já começou? Acabei de saber, então eu... eu...


Percy embatucou e se calou. Evidentemente, não tinha esperado topar com quase toda a família. Houve um longo momento de espanto, rompido por Fleur que se virou para Lupin e falou, em uma tentativa muito transparente de quebrar a tensão:


— Entam... come vai o pequene Tedí?


 


— Só Fleur mesmo para dizer uma coisa dessas em um momento desses. — Falou Teddy rindo — Ela pode até ser meia chata as vezes, com aquelas frescuras, mas é divertida. — Falou Teddy dando de ombros.


— Ela esta esperando um neto. — Falou Dominique rindo.


— O QUE? — Gritaram Teddy e Vic ao mesmo tempo.


— O que foi? Vocês estão juntos a quanto tempo? Ela sente falta de uma criança em casa ué. — Falou Dominique dando de ombros.


— Sua mãe ainda ta inteira, ela pode ter outro filho. — Falou Teddy, na opinião dele, ele não estava apito o suficiente para ser pai.


— Minha mãe não é a única que quer uma criança na família Teddy, tia Gina também quer, tio Harry não porque para ele Lily ainda é criança, tia Hermione também não conta por causa do Hugo o mesmo para tia Helena. — Falou Dominique.


— Casamos a pouco tempo Dominique, e ter uma criança precisa de uma boa quantia de dinheiro guardado e grande responsabilidade. — Falou Vic que também não sabia se estava pronta para ser mãe.


— Procurem outra desculpa né, responsabilidade é o que vocês mais tem e dinheiro também. — Falou James.


— Vovó Molly também esta esperando um bisneto. — Falou Fred II.


— Já chega dessa história, volte a ler por favor. — Falou Vic fazendo sinal para que a irmã voltasse a ler.


A loira não deixou de pensar nessa história de filho, o marido estava do mesmo jeito, ficavam em duvida se o parceiro queria ou não, ou se estavam pronto o bastante para serem pais.


— Volte  ler logo quero saber o motivo da aparição de Percy. — Falou Molly vendo que Dominique estava meia distraída olhando para o cunhado e a irmã.


 


Lupin piscou os olhos, espantado. O silêncio entre os Weasley pareceu se solidificar, como gelo.


— Eu... ah, sim... está ótimo! — respondeu Lupin em voz alta. — É, a Tonks está com ele... na casa da mãe.


Percy e os outros Weasley continuavam a se encarar, paralisados.


— Olhe, tenho uma foto! — gritou Lupin, puxando uma foto do bolso interno do blusão e mostrando-a a Fleur e Harry, um bebezinho com um tufo de cabelos turquesa-berrante, acenando os punhos gorduchos para a máquina fotográfica.


 


— Que bonitinho. — Falou Tonks com os olhos brilhando.


Teddy não pode deixar de ficar envergonhado.


 


— Fui um tolo! — bradou Percy, tão alto que Lupin quase deixou cair a foto. — Fui um idiota, um covarde pomposo, fui um... um...


— Cego pelo Ministério, um renegador da família, um debilóide sedento de poder — concluiu Fred.


Percy engoliu em seco.


— Fui tudo isso!


— Bem, você não poderia falar com maior justeza — disse Fred, estendendo a mão ao irmão.


 


Mesmo com poucas palavras dos filhos, Molly já estava com os olhos transbordando de lagrimas, ela nem ao menos se importava em secar as lagrimas que molhavam suas bochechas.


 


A Sra. Weasley caiu no choro. Avançou correndo, empurrou Fred para o lado e puxou Percy para um abraço de sufocar, enquanto ele retribuía com palmadinhas em suas costas, com os olhos no pai.


 


— Nossa, não precisava do empurrão sabia? Poderia ter sido mais delicada. — Falou Fred fazendo a mãe rir.


 


— Desculpe, papai — pediu Percy.


O sr. Weasley piscou rapidamente, então, ele também apressou-se a abraçar o filho.


— Que o fez tomar juízo, Percy? — perguntou Jorge.


— Eu já vinha tomando há algum tempo — respondeu ele, enxugando os olhos por baixo dos óculos com uma ponta da capa de viagem. — Mas precisava encontrar um modo de sair e não é fácil, no Ministério não param de prender traidores. Consegui fazer contato com Aberforth e ele me avisou faz dez minutos que Hogwarts ia resistir, então vim.


 


— A família volta a se reunir. — Falou Arthur baixinho e sorrindo gentilmente.


 


— Bem, esperamos que os nossos monitores assumam a liderança em momentos como esses — disse Jorge, em uma boa imitação do tom mais pomposo de Percy. — Agora vamos subir e lutar, ou não sobrará bons Comensais da Morte para nós.


— Então, você agora é minha cunhada? — perguntou Percy, apertando a mão de Fleur enquanto se apressavam a subir as escadas com Gui, Fred e Jorge.


— Gina! — bradou a sra. Weasley.


A garota estava tentando, sob o disfarce da reconciliação, subir furtivamente.


 


James riu.


— Sabemos de quem você puxou. — Falou Al para o irmão que assentiu.


 


— Molly, vou dar uma sugestão — disse Lupin. — Por que Gina não fica aqui, pelo menos permanecerá no castelo e saberá o que está acontecendo, mas não estará no meio da batalha?


— Eu...


— É uma boa idéia — disse o sr. Weasley, com firmeza. — Gina, você fica aqui nesta sala, ouviu?


Gina não pareceu gostar muito da idéia, mas sob o olhar raramente severo do pai concordou. O sr. e a sra. Weasley e Lupin se encaminharam também para a escada.


 


— Eu sou o único que esta sentindo falta do Rony e da Hermione? — Perguntou Harry confuso.


— Eu também notei o fato deles não estarem na sala. — Falou Gina.


 


— Onde está Rony? — perguntou Harry. — Onde está Hermione?


— Já devem ter subido para o Salão Principal — falou o sr. Weasley por cima do ombro.


— Não os vi passar — respondeu Harry.


— Eles disseram alguma coisa sobre um banheiro — disse Gina —pouco depois de você sair.


— Um banheiro?


 


— Banheiro? Foram fazer o que no banheiro? — Perguntou Lila confusa.


— Ainda mais juntos. — Falou Molly.


— Mãe, estão no meio de uma guerra e você faz uma pergunta dessas como se estivesse um duplo sentido? — Perguntou Gui para a mãe que ficou com as bochechas levemente avermelhadas.


Rony e Hermione que haviam entendido o que Gui queria dizer também ficaram envergonhados.


 


Harry atravessou a sala a passos largos em direção a uma porta que abria para fora da Sala Precisa e verificou o banheiro além. Estava vazio.


— Você tem certeza de que eles disseram banh...?


Nesse momento, sua cicatriz queimou e a Sala Precisa desapareceu: ele estava olhando pelas grades dos portões ladeados por pilares com javalis alados, olhando para os terrenos escuros na direção do castelo inteiramente iluminado. Nagini estava deitada sobre seus ombros. Apossou-se dele aquele senso de propósito frio e cruel que antecedia o homicídio.


 


— Ele já chegou na escola. — Falou Minerva.


— Acabou o capitulo. — Falou Dominique — Quem vai ler? — Perguntou a mesma olhando em volta a espera da resposta de alguém.


 


(Autora aqui: Bom, espero que tenham percebido que eu tentei colocar o máximo de detalhes possíveis de todos os personagens, espero que gostem e espero as criticas e idéias pelos comentários em kkk’, até a próxima... :D :D)

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Comentários (3)

  • Victórie Weasley Lupin

    Que idiotice desse Amíco, cuspir na cara da McGonagall, depois dizem que os comensais não são idiotas.Enfim... Muito bom o capitulo ainda estou morrendo de rirAh e me desculpe por não ter comentado no capitulo anterior.Xoxo,Vicky. 

    2013-06-15
  • Clenery Aingremont

    Ótimo como sempre, estou muuuito ansiosa e tensa para a continuação... Mal posso esperar! Não poste nenhum aviso, porfavor, não quero ficar toda animada e ver que não é um capítulo!

    2013-05-23
  • AnnyChase

    Uou, amo esse capitulo, rsrsrs... Ficou demais! 

    2013-05-23
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