EXTRA



EXTRA


— Tio Jorge contou a você, não é? — Perguntou Teddy para Fred que assentiu.


— Porque não me contou? — Perguntou Jorge.


Fora a primeira vez que Fred olhou para o irmão gêmeo depois de todos saberem que ele morreria na guerra, e se surpreendeu ao ver o irmão gêmeo com os olhos cheio de lagrimas, era visível a tristeza dele.


— Ele... quer dizer... Você... Há sei lá, o pai dele pediu para eu não contar. — Falou Fred já ficando confuso ao falar do Jorge do futuro, a única maneira de explicar foi mencionar que era o pai de Fred II.


— Bom, acredito que esse seja um assunto de família, já lemos demais por hoje, vamos dormir e tenho certeza que alguns de vocês vão ir visitar seus parentes. — Falou Dumbledore pegando o livro após Minerva o fechar.


Todos se levantaram e seguiram para fora do salão, Molly pensando na vida sem o filho saiu abraçado junto a ele e ao marido, Harry ficou preocupado ao ver que Gina não se levantava, a menina estava paralisada pela noticia.


— Vamos Gina, vem. — Falou Harry a pegando na mão dela e a puxando, sentiu seu coração se apertar ao ver os olhos dela banhados de lagrimas.


Após a ruiva já estar levantada Harry secou o rosto dela que estava molhado por causa das lagrimas e a abraçando saiu do salão junto a ela, seguindo os Weasley que iam direto para a sala precisa, para assim saberem noticias de Lily, Hugo, Miguel e Cath.


Olhou para Rony e Hermione e não sabia quem estava tentando conforta quem, os dois andavam abraçados e Hermione as vezes o abraçava, escondendo o rosto no peito do namorado que fazia carinho em seus cabelos.


— Vem, depois vamos para lá. — Falou Harry puxando Gina para dentro de uma sala vazia, após ela ter entrado ele fechou a porta e iluminou a sala, a levou até uma mesa, a colocando sentada na mesa a fazendo ficar na sua altura, se colocou de frente para ela e acariciou seu rosto — Ei, não precisa ficar assim, aquilo não vai acontecer, prometo para você. — Falou Harry acariciando as bochechas da ruiva que continuava em estado de choque.


— Eu sei, mas é que... é meu irmão... minha família. — Falou Gina, a ruiva de começo não entendeu o porque de Harry ter paralisado, mas depois percebeu o que acabara de dizer, ela acabara de dizer da possível perda do irmão, uma pessoa que fazia parte da família dela, fora perceber apenas depois que Harry também passou a maior parte da vida sem os pais, sem ter irmãos, sem ter tido a alegria que ela teve na infância — Desculpa... Eu me esqueci... Dos seus pais... — Falou Gina com a voz embargada.


— Não tem problema. — Falou Harry voltando a acariciar.


Gina não se agüentou e separou os joelhos, antes que Harry pudesse pensar ela enlaçou sua cintura com as pernas e seu pescoço com os braços, o puxando para um forte abraço, ele mesmo pensando na situação em que estava não deixou de retribuir o abraço, já que o que mais que ela precisava era do conforto de alguém, e ele não iria negar esse conforto.


— Você é um menino de ouro, Harry... quer dizer... quase um homem. — Falou Gina soltando um fraco sorriso.


— Digo o mesmo de você. — Falou Harry sorrindo


Gina se separou dela e beijou Harry calmamente, ele logo correspondeu, não era um beijo como os outros, porque na verdade os beijos dos dois nunca eram iguais, eram sempre com surpresas, com diferenças que faziam os sentimentos de cada um explodir a cada movimento de lábios, a cada sensação que sentiam ao sentir as línguas juntas.


A ruiva se sentia mais apaixonada cada vez mais ao sentir os toques carinhosos, calmos e gentis de Harry ao abraçá-la durante o beijo, não souberam quanto tempo ficaram ali, mas sentiam que precisavam se separar para respirarem, e foram o que fizeram, deixando apenas suas testas grudadas.


— Precisamos ir, antes que eles venham atrás de nós. — Falou Harry com a voz rouca — Principalmente seus irmãos. — Falou o moreno fazendo a ruiva rir verdadeiramente depois de saber que seu irmão iria morrer em uma guerra.


— Só você pra me fazer rir em Harry. — Falou Gina descendo de cima da mesa.


— Fico lisonjeado por saber que eu tenho esse dom. — Falou Harry rindo e dando um leve selinho nela — Agora vamos mocinha. — Falou Harry saindo da sala abraçado a ela.


— Vamos que eu estou curiosa para saber como a Lily esta. — Falou Gina andando cada vez mais rápido, Harry riu ao ver tamanha preocupação que Gina estava com Lily.


 


 


ALGUNS MINUTOS ANTES


 


Enquanto Harry e Gina iam para uma sala qualquer, os outros seguiram em direção da sala precisa, Felipe queria cada vez mais querer ver Cath, estava mais que preocupado com ela, precisava vê-la, nem que ela estivesse dormindo e tivesse que velar o sono dela.


— Felipe, vai mais devagar. — Falou Fernando que tentava acompanhar o irmão com Dominique do lado.


— Preciso ver ela, vou ir na frente. — Falou Felipe começando a correr antes que Fernando pudesse dizer alguma coisa.


— O que deu nele? Parece mais preocupado do que o Sr. e a Sra. Malfoy, ou ele esta preocupado com outra pessoa. — Falou Dominique confusa.


— É com ela mesmo, eu desconfio que ele goste dela, mas não sei se eles estão juntos ou não, na nossa frente parece apenas amigos. — Explicou Fernando para Dominique que ouvia atentamente.


— Então, o que vamos fazer hoje? — Perguntou Dominique sorrindo largamente, antes de falar ela olhou em volta, vendo se alguém não estivesse perto o suficiente para ouvi-la.


Podemos sumir por algumas horas antes de irmos dormir. — Sussurrou Fernando para Dominique que ficou com os olhos brilhando — Você aceita minha companhia? — Perguntou Fernando ainda sussurrando para a namorada.


É claro que eu aceito, não precisa nem pedir. — Sussurrou Dominique em resposta.


Então depois sumimos. — Falou Fernando por fim.


Dominique não se agüentou e começou a rir, chamando a atenção de todos.


— Esta rindo do que sua louca? — Perguntou Lysa rindo.


— Nada, Fernando fazendo graça aqui, esse idiota. — Falou Dominique ainda rindo, a menina para acabar deu um tapa no braço dele voltando a rir novamente.


— Vocês são loucos. — Falou Lysa rindo antes de voltar junto dos outros, não demorou muito e já estavam todos na sala precisa, entrando no local encontraram todos os mais velhos, menos Draco e Astória (adultos) e Gina (adulta).


— E então, cadê eles? — Perguntou James.


— Sua mãe esta com Lily no quarto, Malfoy acabou de sair e a esposa dele esta dormindo, Hugo acabou de dormir e Miguel esta capotado roncando lá. — Respondeu Rony (adulto).


— É a cara dele. — Falou Elliz rindo.


Antes que alguém pudesse dizer algo, Gina (adulta) desceu as escadas que levava ao corredor de quartos, sem dizer nada sentou no colo do marido que estava sentado em uma poltrona fofa perto da lareira.


— Ela dormiu, finalmente. — Falou Gina (adulto) se aconchegando ao colo do marido, aconchegando as costas no peito do marido, enquanto ele passava os braços em volta da cintura dela.


— Mãe, precisava ficar assim? — Perguntou James indignado.


— Não enche o saco James, não estou de bom humor hoje. — Falou Gina (adulta) soltando um longo suspiro de cansaço.


Mas não precisava ficar assim. — Sussurrou James ainda estando indignada.


— Concordo. — Falou Al.


— Não comecem. — Falou Gina (adulto) para os filhos que deram de ombros e se sentaram no chão.


— O Felipe não deveria estar aqui? — Perguntou Fernando.


— E ele estava, mas aproveitou que o Malfoy saiu para poder ver a Cath. — Respondeu Hermione (adulto).


— Menino safado. — Falou Harry (adulto) atrás da esposa, ele escondeu o rosto atrás dos cabelos da ruiva ao ver o olhar feio de Helena que estava sentado no sofá ao lado de Carlinhos.


— Safado é você, Harry. — Falou Helena em defesa do filho.


— Mentira. — Falou Harry (adulto).


— Verdade, e não começa porque eu sei que é verdade. — Falou Helena.


— Eu não sou o Carlinhos mesmo. — Falou Harry (adulto) se escondendo atrás da esposa novamente ao ver que Carlinhos jogaria uma almofada nele.


Antes que alguém pudesse dizer algo, Harry e Gina (adolescentes) chegaram de mãos dadas e se sentaram perto de James e Al que deram espaço no sofá.


— Preciso de crianças. — Falou Gina (adulta) de repente.


O susto foi tão grande que Harry (adulto) jogou Gina (adulta) no chão, olhou de olhos arregalados para ela, enquanto a mesma tinha o olhar confuso, os outros olhava da mesma forma para ela.


— Mãe para que você quer mais filho? Já não basta três? — Perguntou Al.


— Eu não pedi filho, eu apenas disse que queria crianças, não precisa ser minhas crianças, eu em. — Falou Gina (adulta) se levantando e olhando feio para o marido pelo tombo.


— Pra que você quer crianças? — Perguntou Teddy.


— Pra trabalhar ué. — Falou Gina (adulta) dando de ombros e voltando a ficar sentada no colo do marido que voltou a enlaçar os braços em volta da cintura dela.


— Mas você já tem um emprego. — Falou Rose confusa.


— Eu sai do profeta, já estou cansada de ficar naquele escritório, quero um pouco de ar, um trabalho mais livre, e um trabalho apenas meu. — Explicou Gina (adulta).


— Então, se você saiu do profeta, quer dizer que não teremos mais ingressos grátis para os jogos de Quadribol? — Perguntou James triste.


— James, eu não trabalhava lá só por que queria ingressos de graça, trabalhava porque eu queria, mas eu me cansei disso. — Falou Gina (adulta) dando de ombros.


— Vai mudar de emprego de novo para ser o que dessa vez? — Perguntou Harry (adulto) que estava atrás dela.


— Quero ser professora, de Quadribol ou de vôo, é a mesma coisa pra mim. — Falou Gina (adulta).


— Vai dar aula onde? Em Hogwarts? — Perguntou Vic.


— Não, como eu disse quero dar aulas para crianças, o que quer dizer crianças com menos de 11 anos, vou dar aula lá em casa. — Falou Gina (adulta) assustando Harry (adulto) novamente junto de Al e James.


— Crianças? Em casa? Onde vai colocar um bando de crianças Gina? — Perguntou Harry (adulto).


— Harry, em casa tem um campo de Quadribol, só tenho que pedir para você colocar uma barreira em volta do campo, para não deixar que os trouxas vejam as crianças voando, preciso colocar feitiços de amortecimento no chão caso alguma criança caia da vassoura quando estiver no alto e preciso também colocar um limite, sabe, preciso de um feitiço que faça a vassoura voltar para o meio do campo caso a criança vá até a borda da barreira, para não ir até os trouxas. — Falou Gina (adulta).


— Nossa, você precisa de tão pouca coisa. — Falou Harry (adulto) ironicamente.


— E também preciso de ajudantes, para poder ficar olhando, sou apenas uma para cuidar de um monte de criança. — Falou Gina (adulta).


— Mãe porque parou de jogar Quadribol? — Perguntou James curioso.


— James, não se pode jogar Quadribol estando grávida. — Falou Gina (adulta) sem pensar na reação do filho ao ouvir aquilo.


James se sentiu triste com si mesmo ao pensar que por culpa dele sua mãe parara de jogar Quadribol, um sonho dela, em pensar que por culpa dele, ela deixara seu sonho de lado.


Ele vai pensar que você parou de jogar por culpa dele, por ter engravidado. — Sussurrou Harry (adulto) no ouvido da esposa que logo percebeu do porque do filho ter ficado estranho.


— Quer dizer, eu já estava desistindo do Quadribol, nem estava grávida na época, mas é que eu estava cansada já, queria ter outras experiências, uma que não precisasse que eu ficasse viajando o tempo todo, então eu sai do Quadribol e decidi trabalhar no Ministério, já que eu entendia bastante de Quadribol pensei em trabalhar como colunista do Quadribol, e consegui o emprego, quanto tempo depois eu fiquei grávida mesmo, Harry? — Perguntou Gina (adulta) para o marido que parou para pensar.


— Descobriu que estava grávida três semanas depois de ter começado a trabalhar, estava de duas semanas já. — Respondeu Harry (adulto).


— É, ai eu pensei que não seria má ideia eu ter um filho, eu podia trabalhar em casa mesmo, e ao mesmo tempo teria companhia, ai veio você, eu costumava ter desejos quando estava escrevendo. — Falou Gina (adulta) rindo.


— É, e quem sofria para achar aqueles negócios nojentos era eu. — Falou Harry (adulto) fazendo todos rirem.


James ainda pensava na ideia dele ter acabado com o sonho de sua mãe, mas deixou essa ideia de lado, e Gina percebeu que o menino ainda estava meio que triste.


— Então, quem vai contar a ideia do rastreador? — Perguntou Teddy que sabia que o padrinho estava rezando para que ele não precisasse contar a história.


— Teddy. — Chamou Harry (adulto) de trás da esposa.


— Sim. — Falou Teddy.


— Você adora me irritar, né? — Perguntou Harry (adulto).


— É claro que sim. — Respondeu Teddy largamente.


De onde tirou essa ideia de rastrear eu e as crianças? — Perguntou Gina (adulta) sussurrando para o marido.


Foi por causa daquela vez que invadiram a casa. — Sussurrou Harry (adulto) em resposta — Tá eu conto, Lily ainda não era nascida, só o James e o Al, o James tinha 2 anos e o Al tinha um, era um pouco antes do final do ano, Lily nasceu no ano seguinte. — Falou Harry (adulto).


 


FLASHBACK ON


 


Harry estava mais um dia em seu escritório, a espera da hora de sua saída, a muito tempo estava querendo ir para casa, ficar com sua esposa e seus dois filhos, mesmo podendo sair a qualquer hora por ser o chefe da seção de Aurores ele não gostava de fazer isso por que não queria que as pessoas pensassem que ele fosse mais importante que os outros, já lera e relera vários relatórios que havia recebido aquele dia, assinara e já mandara para o Ministro que também os analisaria.


— Vamos? — Perguntou Rony que acabara de abrir a  porta do escritório, para chamá-lo para irem embora, era sempre assim, eles junto de Hermione iam junto até a saído do Ministério.


— Vamos. — Falou Harry se levantando o mais rápido possível, acompanhou o amigo até a o escritório de Hermione e depois saíram os três juntos.


— Cadê Rose? — Perguntou Harry a Hermione.


— Esta na casa da minha mãe. — Respondeu Hermione.


— Hermione, você esta grávida e mesmo assim esta vindo trabalhar? Precisa ficar de repouso. — Falou Harry podendo notar o pequeno volume do ventre de Hermione.


— Esse foi meu ultimo dia Harry, e já basta o Rony me dizer isso todos os dias. — Falou Hermione passando a mão carinhosamente na barriga.


— Então amanhã você já não vem, Rony? — Perguntou Harry ao amigo que negou com a cabeça.


— Não Harry, tenho que ficar em casa de olho nessa aqui e na Rose, Rose não é grande o bastante para poder ir comprar o que a Hermione desejar. — Falou Rony fazendo Hermione olhar feio para ele.


— Então é por isso que vai ficar em casa, achei que fosse para acompanhar o crescimento do bebe. — Falou Hermione para o marido que não se agüentou e começou a rir.


— Era apenas brincadeira Hermione. — Falou Rony rindo e abraçando a esposa por trás, por ela estar usando salto ela ficava quase que na altura dele — E que eu saiba, mulher grávida não pode usar salto. — Falou Rony.


— E não podem depois de um tempo, eu ainda posso e será a ultima vez, já que em casa eu não preciso de salto. — Falou Hermione, a mulher logo percebeu o silencio de Harry e achou aquilo estranho — Harry, você esta bem? — Perguntou Hermione preocupada.


— Só estou com um mal pressentimento, eu vou indo na frente. — Falou Harry indo na frente correndo, sentia um forte aperto no coração e queria ter certeza logo que Gina estava bem junto das crianças.


No caminho para o lado de fora do Ministério esbarrou em alguém, mas não se esqueceu de pedir desculpas a todos, ao chegar ao lado de fora do Ministério procurou logo um lugar vazio, um beco que ninguém entrasse para poder desaparatar, logo que encontrou no beco e em segundos já havia aparatado para a frente de sua casa, estranhou o fato da porta estar aberta e entrou, dando de ombros por aquilo, ao ver a cena pensou que aquilo fosse um pesadelo, viu Gina caída no chão, ela tentava se levantar, mas não conseguia, correu para ajudá-la e para saber o que havia acontecido.


— Ei, o que aconteceu? — Perguntou Harry a pegando no colo e a colocando sentada no sofá, ela passou a mão na cabeça e fez uma careta de dor.


— Entraram aqui e me atingiram pelas costas, Harry o James e o Al estão lá em cima, acabaram de subir, tira os meninos daqui. — Falou Gina com os olhos cheios de lagrimas — Eu posso esperar aqui, vai lá. — Falou Harry quando percebeu que Harry diria alguma coisa.


O moreno pegou a segunda varinha que sempre carregava com ele e entregou na mão da ruiva.


— Se alguém tentar ir para cima de você, aparate para a casa dos seus pais, me entendeu? — Perguntou Harry para a ruiva que arregalou os olhos.


— Mas e você e os meninos? — Perguntou Gina.


— Não se preocupe, se alguém aparecer aqui aparate para a casa dos seus pais ou para a casa de algum de seus irmãos, se não descer ninguém me espera aqui que eu vou pegar os menino para a gente sair daqui. — Falou Harry para a esposa que assentiu, rapidamente ele deu um selinho nela e começou a subir pelas escadas da humilde casa de dois andares, onde ficava os dois quartos, o dele e o dos meninos que dividiam.


Já no quinto degrau ouviu um choro alto de criança, e pode identificar o choro de Al que era o mais novo, correu o mais rápido possível e ao chegar no quarto dos meninos pode ver Al chorando no berço e James chutando um homem que os pegava a força, provavelmente as crianças havia estranhado o homem e se assustado.


— Solta eles. — Falou Harry com a varinha apontada para o homem, o homem encapuzado com uma das conhecidas mascaras de comensais olhou para ele e logo sacou a varinha.


— Se tentar me evitar de sair, eu mato seu filho, Potter. — Falou o homem para Harry, ele deixou de tentar pegar Al e segurou James de forma que ele não pudesse chutá-lo.


— Deixa eles ai e pode ir embora, não seja covarde o bastante para usar uma criança para me atingir. — Falou Harry para o homem que riu.


— Com certeza, devia ter pegado sua mulher, ela até que é bonitinha, quem sabe eu poderia me divertir com ela. — Falou o homem causando uma raiva alucinante em Harry.


Harry não sabendo se iria funcionar convocou seu patrono em forma de tigre, já fazia um tempo em que conseguir conjurar dois patronos de forma diferente, o tigre rugiu atrás do homem e antes que o homem pudesse olhar para trás, o tigre avançou o derrubando no chão, rapidamente Harry conseguiu fazer seu filho flutuar no ar, o homem olhou horrorizado para o tigre que logo sumiu, ele levantou e tentou pegar a varinha que havia caído longe, mas antes de ter conseguido, Harry o atingiu com um feitiço estuporante, o fazendo ser jogado para a parede e desmaiar, o moreno foi logo até James que ainda flutuava e ria ao mesmo tempo.


— Você foi muito corajoso, vamos ver a mamãe? — Perguntou Harry pegando James no colo que assentiu e o abraçou.


Harry foi até Al que estava no berço encolhido e o cutucou, o menino levou um susto e pensando ser o homem estranho correu para a borda contraria no berço.


— Ei, é o papai, vem comigo vem. — Falou Harry fazendo carinho nos cabelos do menininho que olhou para ele com os olhos verdes brilhando, ele logo se levantou se desequilibrado no colchão e correu para a mão do pai, que com um pouco de dificuldade o pegou no colo, segurando cada um com um dos braços, os dois seguravam no pescoço dele — Vamos ver a mamãe. — Falou Harry para os dois que assentiram, antes de sair do quarto foi até o homem que ainda estava desmaiado e com um aceno de varinha ele foi enrolado por varias cordas, pelo corpo todo, com um aceno de varinha a varinha do homem foi para seu bolso, vendo que não podia fazer mais nada, voltou para a saída do quarto.


Harry desceu para o primeiro andar e pode ver a mulher em pé, com um pouco de dificuldade, um filete de sangue descia dos meios de seus cabelos para a testa, ela segurava a varinha na altura dos seios, quando Harry desceu o ultimo degrau ela foi correndo até ele e beijou cada um dos filhos, que riu por causa do beijo.


— Vocês estão bem? — Perguntou Gina para os meninos que assentiram, não se esquecendo do marido também deu um beijo leve nos lábios dele.


— Estão ótimo, foi apenas um que você viu entrar aqui? — Perguntou Harry a esposa.


— Sim, foi só um, o que fazemos? — Perguntou Gina pegando James no colo, ele estendia os braços para ela, já que sempre foi mais chegado a ela do que ao pai.


— Vamos sair dessa casa, fica aqui em baixo que eu vou pegar nossas roupas e as coisas deles, depois voltamos para pegar o resto. — Falou Harry indo até o sofá, Gina se sentou com James no colo e deixando um espaço Harry colocou Al no colo dela — Fica de olho em, qualquer coisa grita. — Falou Harry para a ruiva que assentiu e voltou a segurar a varinha em punho, Harry dando uma ultima olhada nela foi para seu quarto, pegando uma mochila antiga dele e com um aceno de varinha todas as roupas dele que estavam no guarda roupa voou para a mochila junto dos sapatos, que estava com um feitiço de extensão.


Em seguida foi até o quarto dos filhos e pegou as mochilinhas que eles usavam quando iam para a escolinha, adicionou o feitiço de extensão nas mochilas e com um aceno de varinha, as roupas e sapatos das crianças foram para as mochilas de acordo com cada um, as roupas do James foram para a mochilinha dele, enquanto o resto da roupa ia para a mochila do Al.


Sabendo que seus filhos sentiriam saudades dos brinquedos, pegou uma outra mochila e com mais um aceno de varinha os brinquedos que estavam espalhados pelo quarto foram para a mochila que também tinha o feitiço de extensão, logo desceu para a sala onde encontrou Gina olhando em volta, principalmente para a porta que continuava aberta.


— Vamos logo. — Falou Harry pegando Al no colo.


— Para onde vamos? — Perguntou Gina se levantando, os dois foram até o carro dos dois que estavam na garagem e Harry colocou cada um dos filhos nas cadeirinhas, entrando no lugar do motorista, enquanto Gina ia no lugar do passageiro, entregou as mochilas para ela e começou a dirigir para a estrada — Godric’s Hollow não é muito longe daqui, ou é? — Perguntou Harry para a esposa.


— Tem uma entrada na esquerda que leva para lá, deve dar quase uma hora de viagem até lá, mas porque? Para onde iremos? — Perguntou Gina limpando o sangue que ainda escorria por sua testa.


— Esta doendo? — Perguntou Harry a esposa.


— Não, não esta doendo, me responde Harry. — Falou Gina.


— Vamos para a casa dos meus avós, quer dizer, aquilo é uma mansão, mas será um ótimo lugar para se ficar, já faz um tempo que recebi vários pergaminhos com propriedades dos meus avôs, como apartamentos em Londres, nos pergaminhos dizem os feitiços que guardam a casa, e são bem fortes, lá ninguém vai tentar atacar você, podemos ficar lá até conseguirmos outro lugar para ficar. — Falou Harry.


— Mas o que vamos fazer com a outra casa? — Perguntou Gina.


— Podemos doar ela ou sei lá, irei reforçar a segurança em volta dela e dar a alguém, Helena nos disse que o antigo orfanato estava querendo comprar uma casa, podemos dar a eles, mas terei que colocar alguém sempre para ficar de olho, para não tentarem atacar a casa pensando que estamos lá, posso aumentar os cômodos com alguns feitiços e será ótimo. — Falou Harry para a esposa.


— E o que tem nessas mochilas? — Perguntou Gina.


— Roupas nossas e das crianças, as coisinhas dos meninos, digo brinquedos, fraldas e todo o resto, não peguei a mamadeira, chegar lá você vai tomar um banho e vamos para o St. Mungus. — Falou Harry.


— Fazer o que lá? — Perguntou Gina confusa.


— Precisamos ter certeza que você esta bem, agora descansa que eu vou pedir para alguém ir pegar aquele homem lá em casa, antes que ele fuja ou que algum parceiro dele o tire de lá, amanhã vou interrogá-lo. — Falou Harry para a ruiva.


— Mas eu não quero ir no St. Mungus, sabe que eu não gosto de ir lá. — Falou Gina fazendo manha.


— Deixa de ser teimosa, não vai demorar lá, é só para eles olharem você rapidinho, e tem esses seus enjôos estranhos, já faz um tempo que eu percebo que você levanta quase todas as noites para vomitar. — Falou Harry.


— Você percebeu? — Perguntou Gina.


— É claro ué, agora descansa. — Falou Harry para a esposa que assentiu e se acomodou no banco e fechou os olhos, ficando em silencio, não demorou muito e sua respiração ficou leve e ela dormiu, com um aceno de varinha seu patrono em forma de cervo apareceu e sumiu logo em seguida, pela escuridão do céu.


 


Não demorou muito e ele chegou na vila em que morou com os pais por apenas um ano, seguiu para onde sabia ser a mansão de seus avós, que era um pouco depois da vila, chegou aos grandes portões e saiu do carro, ao tocar no portão um clarão aconteceu em volta do que parecia ser um feitiço protetor em volta da casa, abriu os grande portões e voltou para o carro, adentrando ao terreno da grande casa, para não precisar sair novamente usar apenas um aceno de varinha para que os portões voltassem a se fechar, se surpreendeu ao ver uma garagem, não sabia se seus avós dirigiam ou não, ao abrir a garagem se surpreendeu ao ver dois carros antigos que sabia valer uma fortuna, estacionou seu carro ao lado dos outros dois carros e com um aceno de varinha a garagem de iluminou, e quando já estava iluminada fechou a garagem, acordou Gina e com a ajuda dela entrou na casa dela portinha que tinha na garagem que com certeza levaria a casa, se depararam com um pequeno corredor e seguiram, Harry sempre com a varinha em punho, logo em seguida se viram em uma cozinha impecável.


— Essa casa esta muito limpara para estar vazia. — Falou Gina estranhando.


Antes que Harry pudesse dizer algo, um elfo domestico entrou na cozinha.


— Quem é você? — Perguntou Harry.


— Sou Annie, sou a elfa que cuida da casa dos senhores Potter’s, para terem entrado aqui, imagino que algum dos dois sejam parentes deles. — Falou a Annie.


Harry e Gina estranharam o fato dela falar tão natural, não como Monstro e Dobby, falava normalmente sem se dirigir a si próprio na terceira pessoa.


— Sim, sou Harry Potter, filho de James e Lily Potter. — Falou Harry.


— Ó, desculpe-me não ter tido uma atitude mais educada quanto ao senhor meu Mestre, mas é que tanto tempo estando sozinha aqui. — Falou Annie.


— Porque esta aqui? — Perguntou Gina.


— Minha mãe trabalhou para os antigos Senhores Potter’s,  eu estaria encarregada de cuidar do Sr. James Potter, mas ele disse que não precisaria de meus serviços, então voltei para cá, o mestre de minha mãe disse que eu poderia viver aqui depois da morte deles, e disse que algum dia algum Potter voltaria aqui, e assim eu poderia cuidar deles. — Respondeu Annie.


— Porque disse que para entrar aqui precisa ser um Potter? — Perguntou Gina.


— Os antigos moradores da casa colocaram um feitiço ao redor dela, já imaginavam que iriam morrer, e não queria que estranhos e pessoas do mal entrasse aqui, por isso colocaram um feitiço em volta da casa para que apenas um Potter entrasse, imagino que devem ter visto algo acontecer ao tocarem os portões. — Falou Annie.


— Sim/Não. — Falaram os dois — Você não viu porque estava dormindo. — Falou Harry a esposa.


— Sim, o feitiço sentiu a sua presença e percebeu que era um verdadeiro Potter, se não os portões nunca teriam sido abertos. — Falou Annie — Precisam de algo? Meus mestres. — Perguntou Annie fazendo uma leve reverencia.


— Sim, só precisamos que nos mostre onde fica os quartos, poderia fazer isso? — Perguntou Harry a Annie que assentiu.


— É claro, me sigam. — Falou Annie para os dois que a seguiu — Podem deixar as mochilas ai, eu levarei a vocês depois. — Falou Annie vendo que os dois estavam tendo dificuldades em levar os meninos e as mochilas.


Harry colocou as mochilas que ele e Gina seguravam em cima da mesa, logo em seguida voltou a seguir Annie, ficou impressionado com o tamanho da casa, só de ver o tamanho da escada que levaria ao segundo andar já dava preguiça, mas do mesmo jeito voltou a segui-la que começou a subir as escadas, no andar de cima seguiram para o corredor a direita que dava para um outro corredor, que tinha varias portas.


— Aqui fica o corredor dos quartos e banheiros, no outro corredor fica a biblioteca, os dois escritórios e uma sala que o Sr. Potter usava como lugar de treinamento em duelos, um lugar adaptado para que agüente vários feitiços de potencias altas. — Falou Annie.


— Para que ele iria querer um cômodo desse? — Perguntou Gina impressionada.


— Minha mãe dizia que ele trazia pessoas de confianças para fazer treinamentos avançados aqui. — Respondeu Annie.


— Como assim treinamentos avançados? — Perguntou Harry confuso.


— O Sr. e a Sra. Potter criaram vários feitiços, mas nunca publicaram eles, na biblioteca tem vários livros que foram eles mesmo que escreveram deixando anotado para os futuros Potter’s. — Falou Annie — Aquele primeiro quarto é o quarto em que os senhores Potter’s usavam, vocês podem usar qualquer um que quiserem, qualquer coisa me chamem. — Falou Annie voltando de onde acabaram de passar.


— Vamos logo, você precisa de um banho, vai logo que vamos no St. Mungus rapidinho e depois voltamos, pedirei para a Annie começar a fazer o jantar para estar pronto até voltarmos. — Falou Harry abrindo a primeira porta que viu, entrou e colocou Al que estava no seu colo na grande cama.


— Harry, precisamos mesmo ir até o St. Mungus? Eu não quero ir lá. — Falou Gina colocando James na cama.


— Onde vamos, mamãe? — Perguntou James pulando na cama macia.


— No St. Mungus, e vai logo tomar o banho, a noite esta fria, vou colocar uma roupa mais quente nos meninos, vai logo mocinha. — Falou Harry segurando Gina pela cintura e a levando até uma porta no quarto que supôs ser o banheiro, e acertou ao abrir a porta.


— Se tem banheiro nos quartos, porque também tem banheiro no corredor? — Perguntou Gina olhando os detalhes do banheiro.


— Não sei, agora vai logo. — Falou Harry voltando para perto dos meninos — Hora de trocar de roupa meninos. — Falou Harry para os dois que olharam atentos para ele.


James foi logo tirando a calça, Al tentou fazer o mesmo, só que com a blusa, acabou por não conseguir, levantou os braços para cima esperando que o pai levantasse a blusa de frio simples e a tirasse.


— Papai. — Chamou Al esperando que o pai tirasse a blusa de frio dele.


— Tô indo. — Falou Harry indo tirar a blusa dele — Não precisava tirar a calça James, mas não tem problema, coloca ela de novo. — Falou Harry para James que assentiu e voltou a colocar a calça.


Antes que Harry pudesse perceber Annie entrou no quarto com as bolsas junto a si.


— Sr. Potter, aqui estão as bolsas. — Falou Annie.


— Obrigado Annie, pode me chamar de Harry, esses são James e Al, a moça que veio comigo se chama Gina, minha esposa, ela também prefere ser chamada pelo primeiro nome, não gostamos muito de formalidade. — Falou Harry abrindo as duas mochilas dos meninos.


— James e Al são lindos, e desculpe se desapontei você ao tratar vocês com tanta formalidade. — Falou Annie fazendo uma reverencia.


— Não, não tem problema, e outra coisa Annie, eu já conheci vários elfos, e não quero que você fique se punindo ou se machucando, não gosto disso. — Falou Harry.


— Sim Harry, me dê licença. — Falou Annie saindo do quarto.


— É claro. — Falou Harry tirando algumas roupas de uma mochila e outras de outra mochila, vestiu os dois a tempo de Gina sair do banheiro enrolada em uma toalha.


— Harry, onde esta minhas roupas? — Perguntou Gina da porta do banheiro.


— Aqui. — Falou Harry pegando a mochila e entregando a Gina que voltou para o banheiro para se vestir, não demorou muito e ela já tinha saído do banheiro completamente vestida e agasalhada — Vamos indo. — Falou Harry.


— Você não vai colocar ao menos uma jaqueta mais quente? — Perguntou Gina.


— Não, estou bem. — Falou Harry.


— Nem vem com essa, fez eu me agasalhar toda e você vai assim, nem pensar, vou pegar uma jaqueta para você. — Falou Gina pegando a mochila onde estava as roupas dele e dela e tirando varias roupas até achar uma jaqueta dele — Coloca essa. — Falou Gina jogando a jaqueta para Harry que a colocou rapidamente.


— Vem, com certeza aqui tem uma rede de flu. — Falou Harry depois de pegar Al enquanto Gina pegava James — Annie deve estar na cozinha. — Falou Harry seguindo para a cozinha, logo encontrou a elfa sentada comportada em uma cadeira.


— Annie, vamos sair e você poderia fazer o jantar para nós? Não precisa ser muita coisa, um jantar simples apenas para nós aqui, pode deixar tudo na mesa e depois ir dormir, eu cuido do resto. — Falou Gina para a elfa que se levantou e assentiu.


— Desejam algo em especial para a comida ou sobremesa? — Perguntou Annie educadamente.


— Não, faça o que você achar melhor, como eu disse, você pode ir dormir depois do jantar estar pronto, mas se quiser pode nos esperar para chegar e jantar com nós na mesa. — Falou Gina para a elfa que parou para pensar.


— Eu posso esperar vocês chegarem. — Falou a elfa.


— Tudo bem, Annie aqui tem uma rede de flu ativa? — Perguntou Harry a elfa.


— Sim Harry, levarei vocês até lá. — Falou Annie indo na frente enquanto Harry e Gina a acompanhavam atrás, subiram as escadas novamente e dessa vez Annie seguiu para o corredor esquerdo, onde ela havia dito estar o escritório a biblioteca e a tal sala de treinamento, ela entrou na segunda porta revelando um grande escritório, com uma grande lareira na parede esquerda — O pó esta acima da lareira, posso ajudá-los em mais alguma coisa? — Perguntou Annie para os dois que negaram com as cabeças.


Os dois seguiram para a lareira e um de cada vez usou a lareira, Harry foi a frente com Al, dizendo que esperaria Gina ir depois, não demorou muito e os dois já estavam na recepção do St. Mungus.


— Em que posso ajuda-los? — Perguntou a secretaria não deixando de olhar intensamente para Harry, o que não passou despercebido por Gina que começou a ficar impaciente ao ver que a secretaria estava enrolando apenas para bater papo com Harry — Pra quem é a consulta? — Perguntou a moça sorrindo largamente para Harry.


— Para mim, pode nos ajudar com mais rapidez, não posso ficar esperando a noite toda aqui, sabe eu e o Harry temos filhos para dar comida e para fazer dormir hoje ainda. — Falou Gina fazendo o sorriso da moça sumir completamente.


— Desculpe a demora, vocês serão atendidos no quarto andar, a doutora já espera por vocês. — Falou a secretaria voltando a ficar seria.


O casal assentiu e seguiu para o quarto andar, Harry ria ao ouvir as reclamações de Gina quanto a secretaria, dizendo que era por isso que não gostava de ir em locais que não precisava, por que alem de não precisar as mulheres sempre se esqueciam que ela estava por perto e que ficavam sempre dando em cima dele.


— Não precisa ficar assim Gina, sabe que não te trocaria por ninguém, deixa de ser ciumenta. — Falou Harry olhando para as placas que estavam em cima das portas indicando o nome dos doutores.


— Eu ciumenta, não fui eu que dei um soco a uns tempos atrás no Dino só porque ele estava falando comigo. — Falou Gina irritando Harry que parou de olhar para as placas para olhar para ela.


— É diferente. — Falou Harry dando de ombros.


— E você pode me dizer essa grande diferença? — Perguntou Gina rindo.


— Sim, eu não fiquei olhando intensamente para o corpo da moça, diferente do que ele estava fazendo com você. — Falou Harry parando em frente a uma porta, Gina ficou assustada ao ouvir aquilo, nem percebera isso, percebeu porque Harry ficava bravo quando se tocava no assunto Dino, antes que ela pudesse dizer algo, ele falou — É esse a sala de consulta. — Avisou Harry.


— Quem é a medica? — Perguntou Gina.


— Astória Malfoy. — Respondeu Harry estranhando o nome — Deve ser esposa do Malfoy, tomara que seja uma pessoa completamente diferente dele. — Falou Gina — Fico surpresa dele ter se casado com alguém. — Falou Gina rindo baixinho.


— Pare de rir. — Falou Harry para Gina que riu mais um pouco e parou.


Harry bateu na porta e esperou pela autorização para entrar, depois de ouvir um baixo entre, Harry abriu a porta e junto de Gina entrou na sala de consulta, se depararam com uma sala toda pintada de branco, uma cama ao lado onde provavelmente colocavam as pessoas que faziam consultas mais precisas.


— Podem entrar, fiquem a vontade. — Falou Astória, uma moça de cabelos escuros e olhos claros, tinha uma afeição gentil e calma — A consulta é para você? — Perguntou Astória olhando para Gina.


— Sim. — Respondeu Gina.


— Tudo bem, me dizem o que aconteceu, senti alguma dor? — Perguntou Astória com um pergaminho em mãos, onde escrevia varias coisas depois de Gina ter entregado vários documentos de si próprio.


— Bom, fomos eu fui atacada hoje, na minha opinião eu não precisava vir aqui, mas Harry insistiu, bom como fui atacada por trás acabei caindo e batendo a cabeça, o que resultou em um machucado, e também tem alguns enjôos que eu sinto a algum tempo já. — Falou Gina enquanto Astória continuava a escrever.


— Enjôos? A quanto tempo? — Perguntou Astória olhando para Gina.


— Quanto tempo? — Perguntou Gina a Harry.


— Há, faz quase três semanas eu acho, no mínimo duas semanas. — Respondeu Harry dando de ombros.


— Espera um minuto, quem esta tendo enjôos? — Perguntou Astória divertida.


— Ela. — Falou Harry apontando para Gina.


— Desculpem, fiquei meia confusa, sabem, ela estar sentindo enjôos e você saber a quanto tempo, bom eu posso fazer alguns exames simples que pode nos dar a resposta para seus enjôos, quanto ao ser atacada, deite ali na maca que eu vou fazer um curativo na sua cabeça e fazer um exame simples pelo corpo, para ter certeza que não sofreu nenhuma lesão. — Falou Astória — Sr. Potter alguns exames eu prefiro fazer com apenas Gina, você poderia sair e esperar fora do consultório, como sei que esta uma bagunça lá fora, você pode deixar as crianças aqui, se quiser é claro. — Falou Astória a Harry que assentiu.


— Tudo bem, mas quanto tempo vai demorar para sair o resultado desses exames? — Perguntou Harry se levantando com Al nos braços.


— Não vai demorar, em alguns minutos os resultados já estarão prontos, você pode sair, por favor? — Perguntou Astória a Harry que assentiu.


— Você vai ficar, James? Quer ficar com a mamãe? — Perguntou Harry para James que abraçou a mãe e assentiu — Você vai com o papai? — Perguntou Harry para Al que assentiu e deu tchau para Gina que fez o mesmo para ele.


— Então, vamos começar? — Perguntou Astória para Gina que assentiu.


— Fica quietinho, nada de fazer bagunça e nada de mexer nas coisas, fica sentadinho aqui enquanto eu fico ali. — Falou Gina para James que olhava para ela atentamente.


— Mas mamãe... — Falou James.


— Nada de mais, fica quietinho aqui. — Falou Gina colocando James sentado na cadeira, ele ficou sentado enquanto ela ia até a maca.


— Tire a blusa, por favor, passarei uma poção em suas costas, caso tenha algum hematoma irá sumir até amanhã, se sentir alguma dor me avise. — Falou Astória enquanto ia até um armário o abrindo e tirando um pote de dentro.


Gina se despiu da roupas de cima, ficando apenas de sutiã e se deitou na maca, de barriga para baixo olhando para James que olhava para ela atentamente, viu ele observar Astória passar a tal poção nas costas de Gina.


— Pelo jeito não tem nenhum hematoma, suponho que caiu de costas no chão? — Perguntou Astória enquanto terminava de passar a poção nas costas de Gina.


— Sim, mas não senti nenhuma dor, só bati a cabeça apenas. — Falou Gina.


— Tudo bem, levante e pode se vestir, irei fazer um curativo na sua cabeça, como esta a sua mestruação? Normal? — Perguntou Astória enquanto limpava as mãos em um pano.


— Mestruação? Esta atrasada faz um tempo já, porque? — Perguntou Gina confusa.


— Preciso que faça um teste de gravidez, é normal pedir esse tipo de teste quando se há enjôos e mestruação atrasada, se conseguir urinar agora será mais fácil que eu já faço a mistura com a poção e já teremos certeza. — Falou Astória.


— Bom, tudo bem então. — Falou Gina dando de ombros.


— Aqui esta o recipiente onde pode colocar a urina, pode usar meu banheiro mesmo. — Falou Astória tirando o recipiente e dando a Gina que foi até o banheiro — E então, como seu nome? — Perguntou Astória a James que olhava para ela sorrindo.


— James, e o seu? — Perguntou o menininho.


— O meu é Astória. — Respondeu Astória.


— Seu nome é História? — Perguntou James confuso fazendo Astória gargalhar.


— Não, o meu nome é Astória, mas você é um menininho lindo em, cabelo bonito. — Falou Astória passando a mão nos cabelos lisos dele, o menino riu pelo carinho.


Não demorou muito e Gina já estava saindo do banheiro, com o recipiente cheio de um liquido amarelo, ela olhou James rir e acabou por rir também.


— Aqui Astória. — Falou Gina entregando o recipiente a Astória que assentiu, ela foi até um canto e fez algo que Gina não pode ver.


— Bom, por enquanto que não sai o resultado, vamos fazer esse curativo, caso doa alguma coisa, me avise. — Falou Astória ficando ao lado de Gina, tirando os fios de cabelos de cima do machucado, em alguns minutos o curativo já estava feito — Vamos ver se já deu o resultado. — Falou Astória indo até onde havia colocado a urina misturada com uma poção, ao ver a cor vermelha teve certeza — Bom, uma boa noticia, você esta grávida, e como não houve sangramento, não houve nenhum aborto, peço para que venha aqui amanhã, para fazermos exames mais intensos para sabermos o estado do bebe. — Falou Astória.


Gina não soube explicar o que sentiu no momento, toda vez que recebia a noticia de que estava grávida sentia uma felicidade inexplicável, nem percebera que seus olhos estavam cheios de lagrimas.


— E então, você que um irmãozinho ou irmãzinha? — Perguntou Gina para James olhava para ela confusa.


— Irmãzinha. — Respondeu James batendo as mãos.


— Chamarei seu marido. — Falou Astória indo até a porta.


Gina nem ao menos percebera a hora em que Harry havia entrado no escritório e já estava ao lado dela, olhando-a confusa, provavelmente por não saber o motivo das lagrimas e do sorriso.


— Deixarei vocês a sós, vocês tem 10 minutos em, com licença. — Falou Astória saindo do escritório os deixando a sós junto das crianças.


— O que aconteceu? Você esta bem? — Perguntou Harry confuso.


— Coloca ele no chão. — Falou Gina apontando para Al.


Harry assentiu e colocou Al no chão, que ficou em pé, olhando para cima para assim ficar olhando para o rosto dos pais.


— Estou grávida. — Falou Gina de uma vez.


— O que? — Perguntou Harry assustado e ao mesmo tempo surpreso.


— Estou grávida, você será pai novamente. — Falou Gina sorrindo largamente.


Harry ao entender o que a esposa falava, abriu um largo sorriso para ela, que logo se jogou em seus braços, enlaçando seu pescoço com os braços e o abraçando forte, o moreno logo correspondeu e com cuidado para que não batesse em Al a girou no ar, a abraçando tão forte que os pés dela deixaram o chão.


— Vamos ser pais novamente. — Falou Gina gargalhando.


— Papai. — Chamou Al o pai que parou de girar a esposa e a colocou no chão, se abaixando para ficar na altura do menino mais novo.


— Oi meu amor. — Falou Harry pegando Al no colo.


Gina se abaixou também e pegou James que sorria largamente.


— Vamos para casa? Já esta ficando tarde. — Falou Gina olhando para os menininhos que batiam as mãos.


De repente a porta foi aberta com brusquidão e por ela entrou algumas pessoas carregando uma maca e Astória desesperada em seguida, os olhos dela estavam cheios de lagrimas.


— Desculpem interromper, mas é que é urgente. — Falou Astória indo até a maca que continha uma pessoa em cima.


— Quem é? — Perguntou Harry confuso.


— É o Draco, ele chegou aqui nesse estado com meus filhos, não sei o que aconteceu. — Falou Astória usando vários feitiços em Draco que estava deitado na maca desacordado.


— E as crianças estão bem? — Perguntou Gina.


Antes que Astória pudesse dizer algo, entrou duas crianças pela porta acompanhados por uma mulher de cabelos loiros, a tal mulher estava ofegante e parecia estar assustada.


— O que aconteceu? — Perguntou Harry a moça.


— Hoje era dia de eu ficar com eles, de uma hora para a outra Draco apareceu na minha casa todo machucado, pedindo para trazer as crianças aqui, ele chegou aqui desacordado, não agüentou a aparatação. — Falou a moça para Harry.


— Ele esta bem, só esta exausto e os machucados não fizeram bem junto com a aparatação, provavelmente vai ficar em observação, cuidarei dele aqui, eles vão ficar comigo. — Falou Astória apontando para as duas crianças que tinha os olhares assustados — Vocês estão bem? — Perguntou Astória chamando os dois para perto de si.


— Mamãe. — Falaram os dois indo para junto dela.


— Esses são meus filhos, Cath e Scorpius. — Falou Astória para Harry e Gina.


— São lindos, mas precisamos ir, já esta na hora de irmos e esta ficando tarde, sem contar que amanhã teremos que dar um jeito naquele outro assunto. — Falou Gina para Harry.


— Sim, Astória avise-me quando Draco ficar melhor, preciso conversar melhor com ele sobre esse ataque ou o que aconteceu com ele. — Falou Harry a Astória que assentiu.


— Aviso sim, boa noite e fico feliz pela gravidez. — Falou Astória.


Harry e Gina se despediram e juntos voltaram para casa, a ruiva já pensava em que nome dar para o bebê, se fosse menino ou menina, já pensava em decorar o quarto e todo o resto.


— Você nem esta empolgada né? — Perguntou Harry rindo dela.


— Mas é claro, grávida mais uma vez. — Respondeu Gina rindo.


— É, eu tendo que ir comprar as coisas que você desejar, ter que agüentar seus puns fedidos, o seu mau humor vindo e indo. — Falou Harry rindo e fazendo a esposa olhar feio para ela.


— Engraçado, mas poderemos ouvir o coraçãozinho do bebê, sentir os chutes e todo o resto que com certeza sempre traz alegria. — Falou Gina rindo.


— Ele é um pouco mais novo que o da Hermione, vai nascer quase que junto se deixar. — Falou Harry.


— Seria legal, olha esse cheirinho, vamos Annie já deve ter terminado o jantar. — Falou Gina indo para a cozinha junto do marido e dos filhos, ao chegarem de depararam já com a mesa feita.


— Harry, já estou terminando de fazer o suco, se quiserem podem começar a jantar, já sirvo o suco a vocês. — Falou Annie indicando a jarra de suco pela metade.


— Vamos começar a dando comida para os meninos. — Falou Gina para Harry que assentiu.


Os dois se sentaram a mesa, cada um dos dois com um filho do lado, para darem comida separadamente, os meninos comiam e depois de terem terminado de comer tiveram que dar suco que já estava terminado em copos, já que haviam deixado as mamadeiras na antiga casa.


— Ainda bem que eles não é de mamarem muito a noite, se não estaríamos ferrados hoje. — Falou Gina colocando os dois copos e pratos na pia — Vamos comer Annie? — Perguntou Gina a elfa.


— É claro, não se incomodam mesmo de eu sentar-me a mesa? — Perguntou Annie.


— É claro que não, vamos só colocar as crianças na cama, já estão quase dormindo sentados, olha. — Falou Gina indicando os dois que bocejavam de sono.


— Vamos logo antes que eles caiam da cadeira de tanto sono. — Falou Harry pegando Al enquanto Gina pegava James novamente, os dois subiram para o quarto em que haviam entrado antes e colocaram as duas crianças no centro da cama, pegando os vários travesseiros na borda da cama.


Voltaram a descer para a cozinha para assim jantarem, apreciaram a comida da elfa que estava deliciosa e depois que Annie voltou para seu aposento Gina colocou as coisas da mesa na pia e juntos voltaram para o quarto, Gina colocou uma roupa para dormir enquanto Harry ia tomar banho, após sair do banheiro e se vestir Harry achou estranho não ver a esposa já deitada, mas se acalmou rapidamente ao vê-la na varanda apreciando as estrelas.


— Esta frio demais para uma mulher grávida ficar ai, no sereno. — Falou Harry passando uma coberta em volta de si e da ruiva.


— Soubemos a menos de 2 horas e você já esta todo preocupado. — Falou Gina rindo e ficando de frente para Harry que a puxou para mais perto de si.


— É claro ué, temos que dormir agora, vamos mimi um pouco mocinha. — Falou Harry indo até a cama ainda abraçado a ela.


— Nossa, já não basta meus irmãos me tratarem como criança tem você também, o que acha que vai ser? — Perguntou Gina sorrindo largamente.


Harry foi até a varanda e fechou a porta de vidro que levava até lá, impedindo que o vento gelado entrasse no quarto.


— Como assim? — Perguntou Harry confuso.


— O sexo do bebê Harry, acha que vai ser menino ou menina? — Perguntou Gina.


— Acho que de menino já esta bom, poderia ser uma menina, eu prefiro que seja uma menina, com os cabelinhos vermelhos, os olhos castanhos, se bem que se for castanhos iguais aos seus, é capaz de eu não conseguir mentir para ela. — Falou Harry rindo e indo até a ruiva, a beijando carinhosamente nos lábios — Agora vamos dormir porque teremos que dividir a cama com os outros dois grandões ai. — Falou Harry indicando James e Al que dormiam espaçosamente na grande cama.


— Vamos né. — Falou Gina se deitando, enquanto Harry jogava a coberta por cima deles e em seguida desligava as luzes do quarto, se deitando logo em seguida com cuidado para não machucar as crianças que estavam entre eles.


 


FLASHBACK OFF


 


— E foi assim que aconteceu. — Falou Harry por fim.


— Eu ainda não entendi, de onde saiu essa ideia de colocar rastreador? — Perguntou Hermione.


— Hermione, se você não se lembra, esse negocio aconteceu no mesmo dia em que chegamos em casa e estava tudo revirado. — Falou Rony (adulto) para a esposa.


— No dia seguinte, o Malfoy foi falar comigo, disse que ele foi visitar os pais dele e encontrou tudo revirado também, os pais dele estavam caídos no chão desmaiados, e depois ele foi atacado, por pouco ele conseguiu aparatar, já que foram muitos atrás deles, enquanto atrás de vocês foram apenas uma pessoa, por sorte. — Falou Harry (adulto) — Na manhã seguinte eu soube que as pessoas que atacaram a Gina eram pessoas que havia fugido de Azkaban naquela mesma noite, com a ajuda de algumas outras pessoas que conseguiram se livrar de Azkaban ao dizer que estavam sendo controlados pela maldição imperius. — Falou Harry (adulto).


— Foi então que veio a ideia de usar rastreadores, a maioria dos comensais são sangue puros ou mestiços, nunca iriam imaginar em idéias trouxas, teríamos apenas que colocar rastreadores em coisas que andassem sempre com aqueles que fossem seqüestrados para nos atingir. — Falou Draco aparecendo atrás deles sem ninguém perceber.


Sinistro ele em. — Sussurrou Rose para Al ao levar um susto por ver Draco aparecer de uma hora para a outra.


— E onde colocaram esses rastreadores? — Perguntou Helena.


— Aliança. — Responderam os homens mais velhos e do futuro.


Harry (adulto) sabendo que a mulher teria um ataque encostou a cabeça nas costas dela, para assim poder agüentar os gritos.


— O QUE? VOCÊ COLOCOU ISSO ONDE HARRY JAMES POTTER? NA MINHA ALIANÇA? — Gritou Gina (adulto) para Harry que apenas escutava.


— Quem comprou a aliança foi eu mesmo. — Falou Harry (adulto) dando de ombros.


— É, mas quem usa é eu, quem limpa sou eu, então é tecnicamente minha. — Falou Gina (adulta) para o marido que deu de ombros mais uma vez.


— E tem um na sua varinha também, diz ele que é por precaução. — Falou Draco rindo e subindo as escadas para o andar de cima, onde ficavam os quartos, Harry (adulto) o seguiu com os olhos transbordando raiva.


— O Malfoy, fica quieto que você ganha mais vai. — Falou Harry (adulto) para Draco que nem se preocupou em olhar para trás.


Você esta ferrado na minha mão Sr. Potter. — Sussurrou Gina (adulta) para Harry antes de se levantar e subir para o andar de cima.


Ótimo, isso era tudo o que eu precisava para essa noite. Pensou Harry (adulto) vendo sua esposa subir as escadas sem nem ao menos olhar para trás.


— Bom, eu vou dormir né. — Falou Harry (adulto) se levantando — Vai você também ou, já esta quase dormindo ai, sua mãe não te agüenta mais não e com certeza eu prefiro te deixar dormir ai do que ter que te levar até o seu dormitório. — Falou Harry (adulto) para James que já estava bocejando.


— Ótimo pai você é em. — Reclamou James.


— Eu estou mesmo pensando em ser um pai mais severo. — Falou Harry (adulto) se espreguiçando.


— O que tem em mente? — Perguntou James.


— Bom, posso colocar horário de recolher em casa, sabe, horário de dormir as 21:00, limite de tempo na internet, limite de créditos no celular, e da próxima vez que pegar detenção, quem sabe você fica sem dinheiro para o resto do ano. — Falou Harry (adulto) deixando James para trás com cara de assustado cada vez que ele falava mais alguma coisa.


— Não pode fazer isso. — Falou James para o pai.


— E porque eu não faria? — Perguntou Harry (adulto) já quase no ultimo degrau da escada — E é pra você ir dormir também Al, ou se não vai todo mundo para o salão comunal antes que fique mais tarde ainda. — Falou Harry sumindo da vista deles.


— Bom, vocês já conhecem o Harry do futuro, espero que tenham gostado do que minha irmã fez com ele. — Falou Rony (adulto) rindo e se levantando, indo pelo mesmo caminho que Harry (adulto) acabara de ir.


— Rony, você se acha o engraçadinho né? A Gina não fez nada com o Harry. — Falou Hermione (adulta) se levantando e seguindo o mesmo caminho que o do marido.


Vou te ensinar a identificar o que é brincadeira e o que é verdade, de um jeito mais divertido. — Falou Rony (adulto) esperando a esposa terminar de  subir as escadas — ROSE, HORA DE IR PARA O SALÃO COMUNAL EM. — Gritou Rony (adulto) para a filha que assentiu.


— Eu vou indo, antes que minha mãe volte e arranque alguma parte do meu corpo. — Falou James se levantando.


— Vai só porque não quer que sua mãe volte ou porque já esta quase caindo de sono ai? — Perguntou Teddy para James que olhou feio para ele — Afinal seu pai já avisou que não te levara no colo ou quer que ele troque sua fralda antes de ir dormir? — Perguntou Teddy rindo mais ainda.


— Cala a boca Teddy, não enche o saco. — Falou James saindo da sala precisa com o olhar de todos sobre si.


— Pelo que eu saiba, fomos trocados por mãos da mesma pessoa. — Falou Al se levantando junto de Elliz.


— Já vou pai, boa noite. — Falou Elliz para Carlinhos que assentiu.


Juntos saíram Al e Elliz pelo mesmo caminho que James.


— Alguém esqueceu o próprio filho em. — Falou Teddy rindo, olhou para Helena como se fosse um sinal de que ele falara para ela.


— Ai meu Merlin, cadê o Felipe? — Perguntou Helena se levantando e olhando em direção as escadas.


— Olhe pelo lado bom, o Malfoy ainda não jogou o Felipe de lá de cima. — Falou Carlinhos rindo até levar um forte beliscão de Helena que olhou com raiva para ele — Ai, se quer saber o que aconteceu, vai até lá. — Falou Carlinhos passando a mão onde acabara de ser beliscado.


— Você vai lá agora. — Falou Helena apontando em direção a escada.


— Não vou não. — Falou Carlinhos com cara de bravo.


— Vai sim. — Falou Helena meia que autoritária.


— Você escolhe, ou vai lá e continua casado ou você não vai e vira um homem divorciado e terá que arcar com um enterro de seu filho, o que significa que terá que gastar dinheiro com o divorcio e com o enterro. — Falou Helena ameaçadora.


— Mais alguma coisa? — Perguntou Carlinhos.


— Sim, saiba Carlinhos que se eu me separar de você, eu arranco o seu instrumento e o queimo, ou seja você será um homem divorciado e sem instrumento ou melhor um meio homem. — Falou Helena fazendo Carlinhos colocar as duas mãos em cima do centro das calças.


— Tá bom estou indo já. — Falou Carlinhos se levantando e passando o mais longe possível de Helena que ainda tinha o olhar ameaçador.


— Ela não herdou isso de mim não. — Falou Sirius depois que Helena subiu pelo mesmo caminho que Carlinhos.


— Deve ser da Lene, ela sempre quis arrancar seu instrumento mesmo. — Falou Remo para o amigo que olhou feio para ele.


— Aquilo que ela falava era só da boca pra fora. — Falou Sirius dando de ombros.


 


ALGUNS MINUTOS ANTES (DRACO MALFOY (ADULTO))


 


Depois de ver que Astória (adulta) já havia dormido ao lado de Cath, Draco saio da sala precisa indo em direção da ala hospitalar, estava preocupado com a Astória em fase adolescente depois de saber que ela fora torturada por Dafne, afinal com sua esposa aquilo não havia acontecido.


Antes de sair, encontrou Scorpius e pediu para que ele olhasse Cath e Astória que no momento dormiam na mesma cama, como em alguns outros momentos Astória cuidava de Cath como uma menininha que precisava da companhia da mãe para dormir, para assim que o bicho papão não a pegasse como Cath dizia quando pequena.


Depois de ter pedido o favor a Scorpius voltou a andar em direção da ala hospitalar, chegando ao local encontrou o lugar vazio, ao fundo pode ver que uma cortina fechava algo que estava no centro, se lembrou que costumavam fazer aquilo quando tinha alguém doente gravemente e precisavam ficar isolados.


Procurou pela enfermeira, mas não a achou, deu de ombros e entrou no local indo em direção a cortina, hesitou no começo em abrir a cortina, imaginando que a menina poderia estar em uma situação ruim, mas a preocupação era maior então abriu a cortina se deparando com uma Astória adolescente deitada na cama, após entrar no local fechou a cortina atrás de si e procurou por uma cadeira onde pudesse se sentar ao lado dela, e logo achou, se sentou ao lado da cama e pegou a mão da menina entre as suas.


Como sempre macia. Pensou Draco (adulto) ao sentir a maciez das mãos de Astória entre as suas, a pequena e delicada mão entre as suas.


— Como podem tentar fazer mal a algum anjo? Como podem cometer tal pecado contra você? — Perguntou Draco (adulto) passando a mão nas bochechas da morena em uma leve caricia — Porque fizeram isso com você? — Perguntou Draco fazendo o carinho novamente.


— O que faz aqui?


Draco (adulto) nem ao menos percebera que alguém acabara de entrar por entre as cortinas, olhou para a pessoa e achou estranho ver sua versão mais nova, com exatamente 15 anos, ele olhava de Astória, para as mãos que estavam juntas e em seguida para ele mesmo.


— Não vai me responder? — Perguntou Draco (adolescente).


— E porque responderia? — Perguntou Draco (adulto) soltando a mão de Astória delicadamente a depositando na cama macia de lençóis brancos.


— Você esta brincando comigo? Eu chego aqui e vejo você segurando a mão dela, não tem uma filha para cuidar não? — Perguntou Draco (adolescente) já se irritando.


— Tenho, tenho sim uma filha, eu já cuidei dela, se quiser pode ir ter certeza de que ela esta bem se esta tão preocupado com a Cath. — Falou Draco (adulto).


— Que mania é essa das pessoas ficarem dizendo que eu estou preocupada com ela? — Perguntou Draco (adolescente) mais para si mesmo do que para o homem loiro que estava a sua frente.


— Se alguém mais que eu disse isso é por que você esta aparentando estar preocupado. — Falou Draco (adulto) dando de ombros.


— Não tenta me fazer mudar de assunto, sua mulher não vai ficar com ciúmes por você estar aqui? Quer dizer, me disseram que Astória era amiga da sua família, e seria muito estranho esse tipo de amizade, onde você se preocupa com ela e todo o resto, ou você se preocupa tanto assim por ela e você são amantes? — Perguntou Draco (adolescente) apontando para Astória e depois para Draco (adulto).


Draco (adulto) teve vontade de rir do que acabara de ouvir.


— Não, eu e ela não somos amantes, mas já tivemos nossos vários momentos íntimos, quer dizer ainda temos. — Falou Draco (adulto) rindo ao ver a cara de espanto do mais jovem.


— Astória não é mulher para isso. — Falou Draco (adolescente).


— Eu sei disso. — Falou Draco (adulto) olhando brevemente para Astória que continuava dormindo — Por acaso, quem disse que Astória é uma amiga da família? — Perguntou Draco (adulto) confuso.


— Seus filhos. — Respondeu Draco (adolescente).


— Você é idiota ou apenas se faz de um? — Perguntou Draco (adulto) para o adolescente que fechou os punhos de raiva.


— Não sou nenhum dos dois, mas porque me acha burro? — Perguntou Draco (adolescente).


— Porque até agora você não percebeu que minha esposa e Astória são as mesmas pessoas. — Falou Draco (adulto) fazendo o mais jovem arregalar os olhos de susto.


— Isso não pode ser verdade, você esta apenas brincando comigo. — Falou Draco (adolescente) rindo seco.


— Tudo bem, você até pode não ser burro, mas confesse que é cego, nunca percebeu a semelhança entre Astória e Cath? — Perguntou Draco (adulto).


— Elas tem algumas semelhanças, mas... — Draco (adolescente) não sabia o que falar — Como isso aconteceu? — Perguntou Draco surpreso.


— Quer que eu te explique como fizemos a Cath e o Scorpius? — Perguntou Draco (adulto) divertido com a conversa e com a cara que sua versão mais nova fez ao ele dizer aquilo.


— Não, estou falando como aconteceu de vocês ficarem juntos. — Explicou Draco (adolescente).


— Bom, aconteceu e guerra e ela perdeu o pai, foi nesse momento que eu conheci ela, ela viu a morte do pai e antes dele falecer completamente ele pediu para eu cuidar dela, depois disso eu comecei a me aproximar mais dela, ficamos cada vez mais próximos e ai ela começou a me mudar, sabe, me fazer de uma pessoa melhor, então eu me apaixonei por ela e ela o mesmo e acabamos nos casando. — Explicou Draco (adulto).


— Astória é casca dura, quase me matou só porque eu a abracei. — Falou Draco (adolescente).


— Ela é assim mesmo, mas depois ela se acostuma a você, e as recaídas ajudaram bastante. — Falou Draco (adulto).


— Vocês também já tiveram recaídas? — Perguntou Draco (adolescente) sem perceber.


— Sim, demorou um bom tempo até ela acreditar em mim quando eu disse que a amava, porque vocês também já tiveram recaídas? — Perguntou Draco (adulto) curioso.


— Apenas algumas vezes. — Falou Draco (adolescente).


— Bom, eu vou indo, se deixar daqui a pouco Astória acorda e percebe que sai do quarto. — Falou Draco (adulto) indo até a cortina.


— Não, espera ai, foi você que deixou um recado de melhoras aqui para a Astória junto de uma flor? — Perguntou Draco (adolescente).


— Foi sim, porque? — Perguntou Draco (adulto) já com a mão na cortina.


— É que ela pensou que foi eu, então eu apenas estou tendo certeza que não é apenas uma brincadeira, e só para deixar claro quem fez isso com ela foi a Dafne, achando que assim a Astória se afastaria de mim ou vice versa. — Falou Draco (adolescente) para o outro que assentiu.


— Tudo bem, vou indo e cuida dela em. — Falou Draco (adulto) para o mais jovem que assentiu, saindo logo em seguida de dentro das cortinas, voltando para a sala precisa.


— Desculpe Asty, tive que ir tomar banho. — Falou Draco (adolescente) se sentando ao lado da morena e pegando a mão dela a colocando entre as suas — Voce esta assim a tão pouco tempo e já estou sentindo falta de você brigando comigo. — Falou Draco fazendo carinho nas mãos da morena que continuou serena.


Um pouco mais longe dali Draco (adulto) seguia para a sala precisa, imaginou que a leitura já havia acabado, já que pelo caminho viu varias pessoas que olhavam para ele e as vezes sussurravam com os amigos e apontando para ele.


Esse povo não tem o que fazer mesmo. — Sussurrou Draco (adulto) para si mesmo, não demorou muito e chegou na sala precisa, ao chegar lá encontrou varias pessoas na sala conversando sobre a ideia do rastreador, ele disse sobre de onde veio a ideia de colocar rastreador nelas e quanto ao fato de Harry (adulto) ter colocado também na varinha, subiu para o quarto onde estava Astória enquanto ainda podia ouvir Harry (adulto) gritar alguma coisa a ele, estranhou o fato de ver uma pessoa parada no batente da porta e ao se aproximar mais, percebeu ser Felipe.


— O que faz aqui? — Perguntou Draco fazendo o menino dar um pulo de susto.


— Eu... Eu... — Tentava falar Felipe sem gaguejar, mas o susto foi tão grande de ouvir a voz do pai de Cath que ficou até mesmo desconcertado.


— Não consegue responder? — Perguntou Draco para o menino que olhava para os lados, tentando juntar as palavras.


— Eu só vim ver ela. — Respondeu Felipe soltando um longo suspiro depois de ter conseguido responder, olhou brevemente para a menina que dormia na cama ao lado da mãe, Scorpius estava sentada na cama, olhando as duas.


— Eu posso conversar com você? Em particular. — Falou Draco para o menino que parou para pensar um momento e depois assentiu, Draco apontou para um canto mais longe da porta e Felipe entendeu, indo para mais longe da porta, antes de seguir o menino, Draco fechou a porta onde sua esposa e seus filhos estavam, quando já estava ao lado do menino logo começou a falar — O que tem com minha filha? — Perguntou ele direto, sem rodeios.


— Eu e ela somos amigos. — Respondeu Felipe rapidamente.


— Garoto, não tente ser mais esperto que eu, já notei a aproximação de vocês dois. — Falou Draco para o menino que pensou, olhou para os lados em busca de respostas.


— Bom, para sermos amigos precisamos ser próximos. — Falou Felipe sorrindo fracamente.


— Já pedi para não tentar ser mais esperto que eu, e se fosse teria uma resposta mais plausível do que essa, quando eu disse aproximação, disse um tipo de aproximação mais intima, entre homem e mulher, pode entender o que eu estou querendo dizer, só rezo para que essa aproximação não passou por entre as roupas. — Falou Draco torcendo para que ele afirmasse que o que ele acabara de dizer era verdade.


— Não. — Falou Felipe rapidamente.


— Não o que? — Perguntou Draco.


— Não chegamos a fazer isso, digo... Como pode estar perguntando para mim se eu fiz sexo com sua filha como se fosse a coisa mais normal do mundo? — Perguntou Felipe.


— Quero lembrar a você que eu já tive 16 anos, é essa sua idade? — Perguntou Draco a Felipe que assentiu — Bom, eu já tive essa idade, e sei como é difícil se segurar, só não quero que machuque minha filha, seja fisicamente ou emocionalmente. — Falou Draco.


— Bom, estamos ficando a um tempo, mas eu não sei se vai dar certo, eu não sei se ela esta gostando mesmo de mim, eu gosto dela e não é minha intenção fazer ela ficar triste. — Falou Felipe.


— Eu não entendo mais os jovens, vocês meninos parecem ser as pessoas mais corajosas do mundo, fazem o que quiser com algumas meninas, mas com outras não tem nem coragem de perguntar a ela se gosta mesmo de vocês? — Perguntou Draco.


— Uma coisa é você fazer coisas com uma menina que não gosta, afinal não irá afetar seu emocional, mas levar um fora da pessoa que ama é horrível, nunca pensou dessa maneira? — Perguntou Felipe.


Draco parou para pensar no que ele acabara de dizer, preferiu não admitir que já havia pensado daquela maneira e de que já havia usado aquele jeito de pensar quando queria alguma menina.


— Bom, amanhã você conversa com a Cath, já estou indo dormir e tenho que tirar a outra da cama da Cath se não é capaz dela dormir ali para sempre. — Falou Draco.


— Tá bom. — Falou Felipe.


— Se resolva logo com minha filha, se eu souber que minha filha esta triste, se prepare para correr ou fugir do país. — Falou Draco, antes que ele pudesse se virar, escutou uma voz masculina atrás dele.


— Espero que isso não seja uma ameaça contra meu filho, Malfoy. — Falou Carlinhos que havia escutado o final da conversa.


Draco se virou e se deparou com Carlinhos atrás de si e Helena atrás dele, ele olhou para os dois calmamente.


— Não, não é uma ameaça, é apenas uma demonstração do que eu faria caso ele magoasse minha filha, mas devo imaginar que a mãe dele não ensinou ele a magoar meninas direitas, não é? — Perguntou Draco normalmente para Helena.


— Eu nunca admitiria isso, Felipe vamos conversar. — Falou Helena para Felipe que assentiu.


— Com licença, tenho que cuidar de algumas pessoas. — Falou Draco voltando para o quarto em que estava sua família.


— O que ele falou? — Perguntou Carlinhos.


— Nada, apenas quis entender minhas intenções com a Cath. — Respondeu Felipe dando de ombros.


— Mas você e seu irmão só sabem arrumar confusão em. — Falou Carlinhos.


— O que o Fernando fez? — Perguntou Felipe confuso.


— Nada, chama o Scorpius para voltar para o salão comunal, já esta ficando tarde. — Falou Helena para o filho que assentiu e fez o que ela pedira.


— Não quero nem ver qual será a reação do Gui ao saber que a filha dele não é mais virgem. — Falou Carlinhos para a esposa — Pode se preparando, terá que  fazer de tudo para ele não avançar no Fernando. — Falou Carlinhos para a morena que soltou um longo suspiro.


— Sabe, vocês Weasley devem parar de pensar que as mulheres da sua família não sabe se defender, sabe, é igual a Gina, se deixar alguns dos seus irmãos podem pensar que sua irmã casou virgem. — Falou Helena.


— Ela não casou virgem? — Perguntou Carlinhos de olhos arregalados.


— Não, e pare de pensar que foi o Harry que forçou a barra, porque não foi não, pelo contrario, vocês deviam dar um troféu a ele por ter perdido a virgindade apenas com 18 anos, depois que Gina fez 17, e quer saber de outra coisa? — Perguntou Helena.


— Diga. — Respondeu Carlinhos.


— Harry e Gina nunca fizeram amor na casa de seus pais, Gina diz que Harry acha um desrespeito um homem fazer amor com a mulher na casa do pai dela. — Falou Helena.


— Também acho isso. — Falou Carlinhos.


— Carlinhos, a primeira vez que fizemos amor foi na casa do meu pai. — Falou Helena como se fosse obvio.


— Mentira, foi na casa da sua avó, a casa que seu pai mais odeia. — Falou Carlinhos indo para a porta onde ficava seu quarto e o da esposa.


— É o mesmo lugar. — Falou Helena também indo para o quarto, fechando a porta atrás de si.


— Nunca fizemos em Hogwarts. — Falou Carlinhos com as mãos na cintura dela, a puxando até a cama — Tomou a poção ontem? — Perguntou Carlinhos dando um leve selinho.


— Sim. — Respondeu Helena.


— Ótimo, fará efeito hoje, estamos velhos demais para ter filhos. — Falou Carlinhos rindo para a esposa que assentiu.


— Mas não estamos velhos para fazer isso né. — Falou Helena para o marido que riu e negou com a cabeça.


— Você tem energia o suficiente, espera ai. — Falou Carlinhos indo até a porta e a trancando, voltando para o lado da esposa na cama que sorriu largamente para ele.


Draco (adulto) depois que voltou para o quarto onde a esposa estava dormindo, teve que rir ao ver a situação em que as duas estavam, abraçadas como antigamente, quando Cath passava a maior parte da vida na França e depois quando voltava para a casa dos pais, gostava de ficar abraçada com a mãe durante a noite, contando as coisas que havia acontecido na escola até caírem no sono.


Ele se despediu do filho ao ver Felipe o chamando para ir para o salão comunal, e indo até o lado da esposa acariciou o rosto dela que se mexeu um pouco.


— Ei, esta na hora de irmos para nosso quarto, Asty. — Chamou Draco a morena que reclamou mais uma vez.


— Draco... só mais cinco minutos. — Falou Asty tentado afastar a mão do marido de seu rosto.


— Não vai ter jeito mesmo de você levantar. — Falou Draco a pegando no colo com cuidado, teve um pouco de dificuldades em tirar os braços dela de volta de Cath, foi com a morena no colo até o corredor e pediu um quarto, em minutos uma porta apareceu de frente para o quarto de Cath, abriu a porta e colocou Astória na cama macia que tinha no centro do quarto, a cobriu e voltou para o quarto da filha.


Foi até a menina e a arrumou direito na cama, já que ela estava desajeitada por ter dormido com a mãe abraçada a si, a cobriu e antes de sair deu um leve beijo na testa da menina.


— Te amo, papai. — Ouviu Cath falar sonolenta, olhou para ela e pode ver ela abrir um pouco os olhos sonolentos antes de dar um fraco sorriso.


— Também te amo. — Falou Draco percebendo que a menina já voltara a dormir, fechou a porta do quarto e seguiu para o que a esposa estava a encontrando do jeito em que havia deixado, fechou a porta do quarto e a trancou como de costume, tirou a varinha do bolso e deixou em cima de um criado mudo ao lado da cama, antes de se deitar, se lembrou que haviam dado a ele uma roupa mais confortável para dormir, se trocou e usando magia trocou Astória também, tirando a varinha dela do bolso e se deitando com ela deitada em seu peito.


— Boa noite, meu amor e obrigado por ter me trocado. — Falou Astória sonolenta.


— Boa noite, pelo jeito Scorpius não é o único bebê da família. — Falou Draco abraçando Astória com intensidade e dormindo logo em seguida.


Um por um, todos que estavam juntos na sala precisa subiam para seus quartos, até ficarem apenas Remo e Tonks, os dois se olharam.


— Ér, eu quero ir ver meus pais, faz tempo que não os vejo e eles nem conhecem o Teddy, poderíamos pedir autorização a Dumbledore para contar a eles sobre o futuro. — Falou Tonks.


— Seria uma boa ideia. — Falou Remo para Tonks.


— Você esta acostumado a conhecer os pais da mulher que esta namorando recentemente? — Perguntou Tonks para Remo que nem precisou parar pra pensar.


— Ér, eu não namoro a muito tempo, e não namorei muitas vezes, só uma vez quer dizer, então não, eu não sou acostumado com isso, porque? — Perguntou Remo confuso.


— Apenas por curiosidade. — Respondeu Tonks dando de ombros.


— E você, já namorou muitas vezes? — Perguntou Remo podendo perceber o pouco de ciúmes que sentiu ao dizer aquilo.


— Não, que menino ou homem iria querer uma pessoa desastrada como eu? Na minha época escolar, eu era apenas o motivo de risada entre a turma. — Falou Tonks cabisbaixa.


— Eu não acho você desastrada, você fica muito fofa quando sem querer quebra alguma coisa e fica toda corada de vergonha. — Falou Remo apertando a bochecha dela.


— Não faz isso, fica parecendo que eu sou uma simples criança. — Falou Tonks ficando envergonhada quando ouviu a risada dele.


— Tonks, só porque vocês tem essas características não quer dizer que você seja uma criança, olha eu que tenho medo até de ne aproximar de uma mulher. — Falou Remo.


— E eu acho que você fica muito fofo por estar sendo cantado por uma mulher. — Falou Tonks rindo.


— Eu não tenho um pingo de jeito com as mulheres, sério mesmo. — Falou Remo ficando também envergonhado.


— Bom, deixando esses assuntos que nos deixam envergonhados, vamos mesmo na casa dos meus pais amanha? — Perguntou Tonks.


— É claro, vamos dormir. — Falou Remo se levantando segurando na cintura dela e a levantando em seguida, abraçando-a por trás seguiu para a escada, assim que chegou no corredor de quartos, fechou os olhos e imaginou um quarto, e ao fundo apareceu uma porta — Vai dormir comigo ou em outro lugar? — Perguntou Remo para Tonks.


— Vou dormir com você. — Respondeu Tonks sorrindo para ele que retribuiu o sorriso.


— Ótimo. — Falou Remo entrando no quarto, assim que fechou a porta e a trancou virou Tonks de frente para si e a beijou com intensidade, a abraçou fortemente pela cintura enquanto ela o abraçava com os braços entrelaçados no pescoço, Remo durante o beijo ia em direção a cama e quando já estava lá, deitou a mulher que no momento estava com os cabelos mudando de rosa para loiro.


Já no salão comunal da Grifinória, estavam todos sentados juntos de frente para a lareira que os aqueciam.


— Eu vou dormir. — Falou Gina se levantando — Estar triste da uma vontade de dormir para sempre. — Falou Gina se espreguiçando.


— Vou até lá em cima com você. — Falou Harry subindo as escadas e indo em direção ao dormitório.


— Ele tem sorte que a escada não ta com aquele feitiço louco. — Falou Rose — Pior que eu nem vi o Hugo, uma hora dessas ele deve estar roncando. — Falou Rose rindo.


— Felipe, o que meu pai falou com você? — Perguntou Scorpius para Felipe que estava distraído, ele estava pensando no que Draco havia dito a ele.


— O que? — Perguntou Felipe.


— Aquela hora em que meu pai foi falar com você. — Explicou Scorpius.


— Bom, ele não falou nada de interessante. — Falou Felipe o mais convincente possível — Eu vou dormir. — Falou Felipe se levantando — Boa noite — Falou dando tchau e subindo pela escada do dormitório masculino.


— Ele esta estranho, não é? — Perguntou Lysa.


— Estava preocupado com Cath, foi lá falar com ela, mas ela já estava dormindo na hora em que ele chegou lá. — Falou Scorpius.


— Depois eu falo com ele. — Falou Fernando.


No andar de cima, mais especificamente em frente a porta do dormitório feminino estavam Harry e Gina, a ruiva ao se lembrar do que leram naquela noite já sentia seus olhos se enchendo de lagrimas, e isso não passava despercebido por Harry.


— Ei, esquece aquilo, por favor. — Pediu Harry a encostando na parede e limpando o rosto dela que já estava molhado de lagrimas.


— Eu não consigo. — Falou Gina baixinho.


— Consegue sim. — Falou Harry dando um leve selinho nela e a puxando para um abraço forte, ela retribuiu o abraço e encostou o rosto no peito dele, ainda chorando — Vamos, você precisa dormir. — Falou Harry abrindo a porta do dormitório e entrando com ela ainda abraçando ele.


— Vou me trocar. — Falou Gina terminando com o abraço e pegando seu pijama, Harry pensando que ela iria se trocar ali, se virou de costas para ela, com o rosto corado de vergonha — Harry, eu vou me trocar no banheiro, pode se virar, fica a vontade, só não meche nas coisas das meninas. — Falou Gina indo para a porta que seria o banheiro, com o pijama nas mãos.


Harry soltou um longo suspiro, pensou que em toda sua vida nunca ficaria envergonhado daquele jeito, se sentou na cama da menina e esperou que ela voltasse, não demorou muito e pode escutar a porta do banheiro ser aberto, e por ela sair Gina com um pijama de frio de cor  branca.


— Nunca te vi envergonhado assim. — Falou Gina rindo de Harry.


— Engraçadinha. — Falou Harry para a ruiva que sorriu.


Ele se levantou ao ver ela começar a arrumar a cama, e logo se deitar.


— Boa noite, amanhã vai estar melhor. — Falou Harry a beijando e logo desligando a luz do quarto, saindo e fechando a porta atrás de si, enquanto Gina continuava na cama, se acomodando melhor para conseguir dormir.


Harry desceu as escadas e depois de desejar boa noite a todos os que continuavam ali, foi para o seu próprio dormitório, encontrando Felipe já deitado na cama.


— Já vai dormir? — Perguntou Harry pegando seu pijama.


— Vou tentar. — Respondeu Felipe.


— Só dormindo mesmo para esquecer o que aconteceu hoje. — Falou Harry para o loiro que assentiu.


— Boa noite. — Falou Felipe virando para o lado contrario em que Harry estava, o moreno assentiu e deu de ombros, começando a se trocar ali mesmo indo dormir logo em seguida que já estava de pijama.


Já no andar de baixo, todos estavam em silencio, um de cada vez ia subindo para seus respectivos dormitórios, sobrando apenas Fred, Jorge, Rony e Hermione.


— Eu vou indo. — Falou Hermione.


— Vou até lá em cima com você. — Falou Rony vendo que os irmãos gêmeos precisariam de um momento a sós, Hermione assentiu e junto do namorado subiu para a escada do seu dormitório.


— E então. — Falou Jorge para o irmão que continuou a olhar para ele.


— Então o que? — Perguntou Fred.


— Você devia ter me contado Fred, somos irmãos. — Falou Jorge como se fosse obvio.


— Se eu falasse para você teria que falar para a mamãe e pro papai também, o que queria que eu fizesse, ele não me contou para eu poder reagir melhor, apenas me contou porque queria que eu passasse um pouco mais de tempo com Roxanne e o Fred II, porque os filhos dele nunca me conheceram. — Falou Fred.


— Sabe como é difícil saber como meu irmão vai morrer? — Perguntou Jorge sentindo seus olhos ficarem cheios de lagrimas, não demorou muito e a primeira lagrima escorreu por seu rosto.


— Eu entendo você, também não consigo imaginar minha vida sem algum dos meus irmãos, mas eu só posso pedir uma coisa pra você Jorge. — Falou Fred.


— E o que é? — Perguntou Jorge.


— Se caso eu morresse, eu nunca iria querer ver você caído, não queria que você ficasse sofrendo por tanto tempo, é claro a perda demora um tempo para passar, mas eu queria que você seguisse sua vida, que continuasse o que começamos, só porque eu morri não quer dizer que você não pudesse seguir o que fizemos sozinho. — Falou Fred.


— E você acha que seria fácil, a minha vida inteira eu tive sua ajuda, tudo o que eu fiz foi com a sua ajuda, eu provavelmente pensaria que sem a sua ajuda eu não conseguiria fazer uma coisa tão perfeita como fazemos juntos. — Falou Jorge.


— Jorge, eu posso te dar um soco? — Perguntou Fred.


— Porque quer me dar um soco? — Perguntou Jorge confuso.


— Pra ver se assim seu cérebro voltar a funcionar corretamente, tudo o que você falou até agora foi apenas idiotice, vamos deixar isso para lá, se deixar essa guerra nem vai acontecer. — Falou Fred.


— Tomara. — Falou Jorge limpando o rosto.


— Mudando de assunto, seu safado. — Falou Fred rindo.


— Porque safado? — Perguntou Jorge confuso.


— Você casou com a Angelina. — Respondeu Fred como se fosse obvio — A Roxanne é a cara da Angelina, ou você nem notou isso? — Perguntou Fred.


— Não notei. — Respondeu Jorge.


— Você é lerdo mesmo em. — Falou Fred.


— Você não se incomoda? — Perguntou Jorge confuso.


— Incomodar com o que? — Perguntou Fred estando tão confuso quanto o irmão.


— Por eu provavelmente ter me casado com a Angelina, afinal você foi com ela para o baile do ano passado. — Explicou Jorge como se fosse obvio.


— Não, eu não me incomodo. — Falou Fred — Vou dormir, a coisa deve estar boa lá em cima para o Rony, já que ele não voltou até agora. — Falou Fred rindo.


— Desse jeito seremos os únicos que não tem namorada na família. — Falou Jorge rindo.


— É mesmo, até a Gina esta namorando. — Falou Fred — Vamos dormir, amanhã será um longo dia. — Falou Fred para o irmão que assentiu.


Novamente de frente para o dormitório feminino, estavam mais um dos casais, dessa vez eram Rony e Hermione, a menina não sabia o que fazer para passar mais conforto para o namorado.


— Rony... — Tentou falar Hermione.


— Não precisa dizer nada. — Falou Rony colocando uma de suas mãos na cintura da namorada, a puxando para mais perto de si, enquanto ela enlaçava seu pescoço com os braços.


— Vai ficar bem? — Perguntou Hermione ainda abraçada a ele.


— Vou sim, nada dessas tragédias vai acontecer mesmo. — Respondeu Rony ainda abraçando ela.


— Tudo bem então, eu vou dormir, boa noite. — Falou Hermione o beijando e depois entrando para o próprio dormitório, enquanto Rony voltada para o salão comunal, para assim subir para seu próprio dormitório em seguida.


Ao chegar em seu próprio dormitório encontrou todos seus amigos deitados em suas respectivas camas, alguns já dormiam e outros ainda estavam acordados.


— Não consegue dormir, James? — Perguntou Rony a James enquanto se trocava.


— Não, estou sem sono no momento. — Respondeu James que estava com as mãos atrás da cabeça.


— Alguma coisa te preocupa? — Perguntou Rony mudando a camisa que usava pela do pijama.


— Não é nada. — Falou James se virando, ficando de costas para Rony que deu de ombros, terminando de se trocar e se deitando logo em seguida.


— Está bem então, boa noite. — Falou Rony desligando a luz e se acomodando, não demorou muito e ele já estava dormindo.


 


DUAS HORAS DEPOIS


Hermione tentava dormir de varias maneiras, acabara de acordar por ter tido um pesadelo em que via seu filho machucado e desmaiado em sua frente, e ao se lembrar disso pensava como ele teria ficado se não tivessem o achado a tempo, no momento ela estava deitada em sua cama ao lado do marido que dormia tranquilamente, estava deitada no peito musculoso dele enquanto fazia vários círculos imaginários no peito dele, se sentia tranqüila ali deitada ao lado de Rony, mas precisava a todo custo ver seu filho, se levantou com cuidado para não acorda o marido que se mexeu um pouco depois dela ter se levantado, colocou sua pantufa ao sentir o chão gelado em seus pés e em silencio saiu do quarto, indo até o quarto onde estava seu filho.


Chegando ao corredor dos quartos tentou não fazer barulho, para assim não acordar ninguém, chegando a porta do quarto de Hugo o abriu e se deparou com a cena que no mesmo instante acalmou seu coração, Hugo estava dormindo encolhido como se assim seu corpo se aquecesse mais rápido, sabia que seu filho se mexera tanto enquanto dormia que acabara por fazer a coberta se escorregar um pouco para o chão, fazendo a coberta deixar uma brecha para o frio chegar ao corpo do menino, sorriu e foi até ele, arrumando a coberta em cima dele que mexeu um pouco o corpo, se recompôs ficando em pé ao lado da cama, olhando o menino dormir calmamente.


Preocupada? — Sussurrou Rony ao abraçar a esposa por traz, a fazendo levar um leve susto.


Isso Sr. Weasley, me faça acordar ele, me dando um susto desses. — Sussurrou Hermione para o ruivo que a puxou mais forte, a puxando para mais perto de si, colocou uma de suas mãos por baixo da blusa dela e fez um leve carinho ali.


E então, esta preocupada ou esta apenas zelando o sono dele? — Perguntou Rony sussurrando novamente para ela.


Tive um pesadelo, precisava vir aqui ver ele. — Sussurrou Hermione em resposta.


Tudo bem então, vamos dormir logo, antes que acorde ele, e sabe que ele fica com raiva que o acorde de madrugada. — Sussurrou Rony para a esposa, ainda fazendo carinho na barriga dela que estava quente.


Tá bom. — Sussurrou Hermione se virando e indo até a porta com o marido atrás de si, fechou a porta do quarto do filho e voltou para seu quarto, apreciando o carinho que o ruivo ainda fazia em sua barriga — Faz muito tempo que você não faz isso. — Falou Hermione já chegando a seu quarto e entrando, ouvindo Rony fechar a porta do quarto deles.


— Como assim? — Perguntou Rony confuso.


— Esse carinho, você costumava fazer quando eu estava grávida, mais especificamente na gravidez do Hugo. — Respondeu Hermione para o marido que assentiu.


— Me lembro bem, ele costumava ficar chutando durante a madrugada, não deixando você dormir, só dormia quando eu fazia carinho. — Falou Rony continuando o carinho — Quando você não me acordava para comprar as coisas que desejava, me acordava por que não conseguia dormir. — Falou Rony — E sempre que você não dorme eu não consigo dormir. — Falou Rony virando o rosto de Hermione para si e a beijando — Agora mais dormir Sra. Weasley. — Falou Rony indo com ela até a cama, a deitando e se deitando ao lado dela.


— Não precisa ficar me chamando de senhora. — Falou Hermione emburrada — Pode deixar que o espelho me lembra que estou ficando velha. — Falou Hermione por fim.


— Eu não te olho como uma velha, deveria parar de confiar em um espelho e confiar mais em mim. — Falou Rony cobrindo os dois com o cobertor quente — Daqui a pouco eu vou começar a pensar que você se importa mais com um espelho do que em mim, e se você esta ficando velha eu também estou ficando velho. — Falou Rony.


— Mas você ainda tem um corpo de dar inveja em vários homens. — Falou Hermione passando a mão no peito do marido.


— E você também tem um corpo de dar inveja em varias mulheres, agora vamos dormir, pare de ficar pensando em si mesma como se só porque esta ficando mais velha esta deixando de ser mulher. — Falou Rony a puxando para cima de seu peito.


— Mesmo depois de tanto tempo de convivência, acho que não te conheço o suficiente para saber que você se torna um homem maduro a cada dia, mesmo já sendo maduro o suficiente para ser um ótimo pai. — Falou Hermione.


— Ter você perto de mim junto da Rose e do Hugo já é um bom motivo para sempre estar melhorando, para fazer vocês felizes ainda mais. — Falou Rony.


— Você já nos faz feliz. — Falou Hermione cochilando logo em seguida.


— Sua felicidade é minha felicidade meu amor. — Falou Rony puxando Hermione para mais perto de si, também dormindo logo em seguida.


MANHÃ SEGUINTE


Molly que fora a primeira pessoa a acordar naquela manhã, foi até a sala e pensou em ela mesma fazer o café para sua família e amigos, pensou em um lugar em que ela pudesse fazer um café e que pudesse caber varias pessoas, ao abrir os olhos percebeu que tinha uma porta estranha a direita, e foi até ela, encontrando um ótimo lugar para cozinhar com uma mesa enorme no centro, se lembrou que os ingredientes que usaria nunca iria aparecer de uma hora para a outra dentro dos armários, percebeu a porta ser aberta e olhou, querendo saber quem era, viu Gina (adulta) parada no batente da porta.


— Precisa de ajuda? — Perguntou Gina (adulta) indo até ela.


— Na verdade sim, preciso que vá até a cozinha e peça para um elfo alguns ingredientes para fazer um belo de um café da manhã, acho que ainda da tempo de fazer, vai demorar um tempinho ainda para mais alguém acordar. — Falou Molly.


— Tudo bem, já volto com os ingredientes. — Falou Gina (adulta) saindo da sala precisa, indo até a cozinha do castelo, pediria a Dobby e aproveitaria para matar a saudade dele.


— Enquanto isso eu vou arrumar a mesa. — Falou Molly pegando vários pratos, copos, talheres e guardanapos de frente para cada uma das cadeiras, não sabia se eram lugares demais ou poucos demais, mas se caso não tivesse lugares para todos, pediriam para a sala.


Não demorou muito e Gina (adulta) já havia voltado na companhia de Dobby, ele sorriu para Molly que retribuiu o sorriso.


— Bom, eu trouxe os ingrediente, trouxe um ajudante e também alguém para tomar café com a gente, mamãe esse é o Dobby, Dobby essa é minha mãe. — Falou Gina (adulta) colocando vários ingredientes em cima da mesa.


— Prazer Dobby. — Falou Molly apertando a mão de Dobby que sorriu.


— Prazer Sra. Weasley. — Falou Dobby retribuindo o aperto de mão.


— Pode me chamar de Dobby, agora vamos cozinhar antes que os outros acordem, Dobby você poderia fazer um suco? Quer dizer, fazer em varias quantidades já que são muitas pessoas que irão comer com a gente. — Falou Molly pegando uma cesta de ovos e indo até o fogão.


— Acho que da tempo de fazer bolo, vários bolos quer dizer. — Falou Gina (adulta) pegando vários ingredientes para os bolos que iria fazer.


Depois de um bom tempo, a mesa estava cheia e o cheiro do café estava chamando a atenção de varias pessoas que já iam acordando, principalmente Hugo que estava descendo as escadas.


— Café da manha da vovó, que delícia. — Falou Hugo tentando pegar um bolinho que estava em uma bandeja em cima da mesa, mas antes que pudesse pegar sentiu a mão da avó bater na sua — Ai vovó. — Falou Hugo reclamando.


— Espera os outros. — Falou Molly para o neto que fez bico.


Hugo vendo que sua avó havia se distraído, pegou um bolinho e antes que pudesse comer viu sua avó se virar para ele, e antes que ela pudesse pegar da mão dele, ele correu para o quarto com o bolinho na mão.


— Mamãe, olha pelo lado bom, ele voltou ao normal, brincando igual ao Rony como sempre. — Falou Gina (adulta) rindo — Melhor ver ele aprontando por causa de comida do que estando deprimido, não queira ver ele deprimido é de dar dó. — Continuou a dizer Gina (adulta) para a mãe — Vou ir ver a Lily. — Falou Gina (adulta) saindo da cozinha logo em seguida.


— Dobby, me espere aqui, irei chamar todos para o café, ai assim já iremos comer. — Falou Molly para Dobby que assentiu, ela saiu da cozinha e foi para a sala, encontrando varias pessoas espalhadas pela sala, sentadas em sofás e poltronas — Se vocês quiserem podem ir para a cozinha, o café esta pronto. — Falou Molly para todos que assentiram e foram para a cozinha, ficando apenas Astória.


— Molly, acho que Draco não vai descer, vou preparar um café para comermos lá em cima, me desculpe. — Falou Astória.


— Não, o convença a comer aqui com a gente, eu insisto, eu apenas peço isso Astória, o convença a vir comer com a gente, já esta na hora de parar de ficar isolado, venha vocês com a gente, prometo a você que todos nós iremos tratar vocês normalmente, sem diferenças. — Falou Molly.


— Tudo bem então, mas não prometo que ele venha. — Falou Astória para Molly que assentiu, antes que Astória pudesse dar dois passos, as portas da sala foi aberta, e por ela entrou todos que provavelmente estavam no salão comunal — Felipe, chame Cath pra tomar café pra mim? — Perguntou Astória para Felipe que assentiu em resposta e saiu correndo escada acima.


 


MOMENTO CATH E FELIPE


Cath foi acordada pelo pai que a informava que já era de manhã, foi ao banheiro que ficava no quarto e tomou um relaxante banho, não soube quanto tempo ficou ali, mas soube que foi o suficiente para enrugar seus dedos, saiu do quarto apenas de toalha e antes de começar a se trocar lembrou-se de trancar a porta do quarto, depois de a trancar se trocou e penteou os cabelos, fazendo uma trança, antes que pudesse colocar suas sapatilhas pretas ouviu batidas na porta, foi até a mesma e a abriu, se deparando com Felipe que ao olhar para ela sorriu largo, não se segurando Cath pegou na mão dele e o puxou para dentro do quarto, o loiro não perdeu tempo e a puxou para mais perto de si, a abraçando forte, enquanto que com o pé fechava a porta do quarto da menina.


— Você esta bem? — Perguntou Felipe a abraçando com mais força, ela assentiu minimamente em resposta a ele — Não devia ter deixado você sozinha. — Falou Felipe se distanciando minimamente e a beijando.


Ela deu passagem para que a língua dele entrasse na sua, não souberam quanto tempo ficaram ali, sentindo as línguas em uma dança calma, Felipe a puxava pela cintura enquanto ela o puxava pelo pescoço.


— Quer namorar comigo? — Perguntou Felipe logo em seguida que o beijo acabou, a menina sentiu seu coração parar ao ouvir aquelas palavras saírem da boca do loiro.


— Q-Que? — Perguntou Cath confusa.


— Namora comigo? — Perguntou Felipe novamente.


— É-É sério? — Perguntou Cath.


— É claro ué, seu pai já sabe de nós mesmo. — Respondeu Felipe dando de ombros.


— Meu pai sabe o que? — Perguntou Cath de olhos arregalados.


— Ele percebeu ué, eu não consegui negar ontem. — Respondeu Felipe dando de ombros novamente.


— Felipe, não precisa namorar comigo só por que tem medo do meu pai só por estar ficando comigo. — Falou Cath sorrindo gentilmente.


— Mas não é por causa do seu pai, Cath eu gosto de você, sério mesmo, ficar escondido com você já não é o bastante para mim, quero algo mais sério, algo que podemos ter sem que fiquemos precisando se esconder das pessoas, o pedido de namoro foi sério. — Falou Felipe.


— Sério mesmo? — Perguntou Cath abaixando o rosto ao sentir seu rosto queimar de vergonha, ela sentiu Felipe segurar seu rosto pelo queixo e o levantar.


— Sério, namora comigo? — Perguntou Felipe sorrindo ao ver ela corada.


— Sim... Sim... Sim... — Respondeu Cath beijando todo o rosto de Felipe que sorriu ao ver a reação dela.


— Precisamos descer antes que seu pai venha atrás de nós, ele é meio estranho as vezes. — Falou Felipe para Cath que riu.


— Eu sei. — Falou Cath rindo indo colocar a sapatilha e depois saindo do quarto com Felipe, desceram de mãos dadas e ao chegar na cozinha, perceberam os olhares de todo mundo, além dos sorrisos largos em seus rostos, sentaram um ao lado do outro.


Não demorou muito e desceram as ultimas pessoas, Draco e Astória, Molly assentiu para Astória que assentiu em concordância, depois de muito tempo tentando acalmar Dobby que ao ver Draco ficou desesperado e começou a fazer um escândalo, todos começaram a comer, junto do elfo que interagia normalmente ali em volta deles.


Alguns minutos depois Dumbledore apareceu na porta da cozinha e sorriu para eles.


— Quer comer Dumbledore, é só se servir. — Falou Molly para o diretor.


— Isso se o Hugo não comeu tudo. — Falou Rony (adulto) para o filho que mais uma vez estava tomando suco, o ruivo mais novo olhou feio para ele.


— Olha só quem fala. — Falou Hugo para o pai que deu de ombros rindo.


— Molly e Sirius, tem visita para vocês. — Falou Dumbledore — E sim Molly, aceito um copo de suco. — Falou Dumbledore acenando a varinha, fazendo aparecer uma cadeira onde ele mesmo se sentou.


Sirius e Molly se olharam e deram de ombros, os dois olharam para a porta onde apareceram Carlinhos (adolescente) e Helena (adolescente), a menina logo olhou para Sirius depois de dar um tchau para Harry (adolescente) e Gina (adolescente) que também comiam ali.


— Nossa, foi difícil te achar em, como conseguem estudar em um lugar tão grande sem se perder? — Perguntou Helena (adolescente) indo até o pai, o cumprimentando e depois se sentando ao lado dele depois de Dumbledore fazer aparecer uma cadeira — Obrigado. — Falou ela que nos últimos dias praticara muito bem seu inglês para quando pudesse rever seu pai — Uau, quem preparou esse belo café? — Perguntou Helena (adolescente) comendo um pedaço de bolo que seu pai acabara de servir para ela em seu próprio prato.


— Fui eu minha querida, sou Molly Weasley. — Falou Molly dando um beijo na bochecha de Helena (adolescente) que retribuiu com um sorriso gentil — Seus olhos são mesmo parecidos com o do seu pai. — Falou Molly olhando de Helena para Sirius.


— Você é mãe da Gina, não é? São bem parecidas. — Falou Helena (adolescente) olhando de Gina (adolescente) para Molly, de repente seus olhos caíram em Lily que sorriu — Sua filha também? Mas ela tem algo diferente, o sorriso, acho que é isso. — Falou Helena (adolescente) tomando um copo de suco.


— Carlinhos, vai ficar ai parado? — Perguntou Molly para o filho que ainda estava na porta, ele fez um aceno de espera para a mãe.


— Espera ai mãe, estou imaginando quanto tempo fiquei fora para não ter percebido que a família cresceu, temos até Malfoy a mesa, o que aconteceu aqui? Estou vendo três Harry, três Gina, três Hermione, três Rony, duas dessa Helena e mais um homem que esta tentando ser eu. — Falou Carlinhos (mais novo).


— Bom, esse pessoal é do futuro. — Respondeu Dumbledore — Já faz um tempo que eles começaram a nos visitar. — Tomando o suco que acabara de servir em seu próprio copo.


— Há legal. — Falou Carlinhos (mais novo) indo até Lily — Quem é você? — Perguntou Carlinhos (mais novo) olhando para Lily que sorriu para ele.


— Sou Lily Potter. — Respondeu Lily.


— Legal, eu por acaso, preciso mesmo perguntar quem é a mãe dela? — Perguntou Carlinhos (mais novo) olhando para Harry (adulto) que olhou para ele.


— Carlinhos, eu casei com uma mulher um ano mais jovem que eu, enquanto você seria considerado pedófilo por casar com uma mulher bem mais jovem. — Falou Harry (adulto) para Carlinhos (mais novo) que ao escutar que se casara arregalou os olhos.


— Eu me casando, com quem? — Perguntou Carlinhos (mais novo) rindo e bebendo um pouco do suco de Lily, que assentiu quando ele fez um gesto como se tivesse um pouco do suco.


— Com a Helena. — Falou Rony (adulto).


Ao ouvir aquilo, Carlinhos e Helena que no momento bebiam suco, começaram a cuspir o suco no mesmo momento, se engasgando e tossindo ao mesmo tempo.


— Nossa Rony, como você é ogro, não precisava dizer isso pra eles. — Falou Helena (adulta) para o cunhado que riu ao ver a cara feia que ela fez.


— Temos que ir embora, eu ainda tenho que ir no Ministério hoje, acho que amanhã voltamos. — Falou Gina (adulta) se levantando.


— Isso mesmo, Dominique e Fernando vocês irão juntos, temos que acertar aquele assunto com o Gui. — Falou Helena (adulta) para o filho que assentiu.


— O que tem eu? — Perguntou Gui (mais novo).


— Não é com você, espere no futuro e irá ficar sabendo. — Falou Helena (adulta) rindo da cara que Gui fez.


— Hoje você esta inspirada em, eu terei que agüentar isso pelo resto do dia? — Perguntou Carlinhos (mais velho) se levantando junto da esposa.


— Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe, não é isso? — Perguntou Helena (adulta) para o marido que assentiu.


— O padre devia ter colocado também, na zuação ao Carlinhos, até que a morte os separe, que tal no sofrimento, isso sim são palavras realistas que podem definir um casamento. — Falou Carlinhos (mais velho).


— Vamos logo então porque eu tenho vários papeis para assinar. — Falou Hermione (adulta) se levantando junto do marido que acabara de tomar café.


— Mãe, quando é que você não tem coisas para assinar? — Perguntou Rose para a mãe que olhou feio para ela.


— Isso é mentira, eu não trabalho tanto assim. — Falou Hermione (adulta).


— É verdade, se deixar você trabalha até o final de semana, só não trabalha porque nos finais de semana tem que ir na casa da vovó. — Falou Hugo dando de ombros.


Hermione (adulta) olhou para Rony (adulto) que deu de ombros.


— Você vê Molly, estão todos em complô contra mim, já não basta eu quase ser mais baixinha de casa? — Perguntou Hermione (adulta) indignada, Molly riu ao ouvir Hermione (adulta) dizendo aquilo.


— Crianças, vão dar uma volta, vão mostrar o castelo para a Helena, a apresentar a esse lugar maravilhoso. — Falou Molly para todos os adolescentes que assentiram e saíram.


— Depois eu vejo você. — Falou Sirius para Helena (adulta) que assentiu e saiu com os adolescentes, os do futuro não se esqueceram de se despedir dos mais velhos que voltariam para suas épocas.


— Vocês não, podem ficando ai, prometo a vocês que de noite vocês voltam. — Falou Helena (adulta) para Fernando e Dominique que tentaram fugir junto dos outros — Hoje será um dia muito longo. — Falou Helena (adulta) olhando para o filho que estava ao lado da namorada.


Harry, bem que poderíamos levar o Dobby com a gente, só por essa tarde, sinto saudades dele, por favor? — Sussurrou Gina (adulta) para o marido, ele não pode agüentar os olhinhos pidões dela.


Não faz isso. — Sussurrou Harry (adulto) para a esposa que riu — Tá bom, mas você fará o convite. — Falou Harry (adulto) a esposa que assentiu antes de sorrir largamente para ele.


Harry (adulto) saiu da cozinha, enquanto a esposa continuou ali, indo até o elfo e o chamando para passar o dia na sua casa, o elfo no começo achou que iria trabalhar lá, e ficou honrado, mas logo Gina (adulta) explicou que ele iria para lá como amigo, e passaria um dia com eles.


— Peço que esperem um pouco, sei que vocês terão que ir, mas a Sra. Malfoy e o Sr. Malfoy precisam conversar com alguém que não demorara a chegar. — Falou Dumbledore que continuava na cozinha.


— Quem? — Perguntou Astória confusa.


— Seu pai, ele virá aqui. — Respondeu Dumbledore.


— O que? Porque chamou ele? — Perguntou Astória.


— Não sei se você soube, mas hoje aconteceu um acidente com sua versão mais nova, ele veio aqui ver como ela esta sem contar é claro que eu tenho que deixar ele a par das situações. — Falou Dumbledore.


— Você por acaso, chamou a esposa dele? — Perguntou Draco (adulto).


— Não. — Respondeu Dumbledore.


— Mas é evidente que ela vai vir. — Falou Draco (adulto) fazendo uma careta.


— Olha só Draco, você vai conhecer meu pai, sempre esperei por esse dia. — Falou Astória se levantando rindo.


— Fala isso por felicidade de ver seu pai, ou para ver a minha cara quando estiver na frente dele? — Perguntou Draco para a esposa que parou para pensar.


— Um pouco dos dois, mas mais para a segunda opção. — Respondeu Astória rindo do marido — E então, onde ele esta? Ou onde ele vai procurar pelo senhor? — Perguntou Astória para Dumbledore.


— Vamos ao meu escritório, terão um momento a sós lá. — Falou Dumbledore se levantando — Vamos? — Perguntou Dumbledore para Astória que assentiu.


— Já estou indo, vai na frente. — Falou Draco para a esposa que assentiu.


— Não conheceu o seu sogro? — Perguntou Molly para Draco que negou.


— Não, ele morreu na guerra. — Respondeu Draco a Molly que se lembrou de Fred, e não pode esconder as lagrimas que apareceram em seu rosto — Há me desculpa eu não... — Draco não pode falar nada.


— Não tem problema, isso vai mudar, sei disso. Suponho que tenha sido difícil para sua esposa a perda do pai. — Falou Molly se sentando de frente para Draco que assentiu mais uma vez.


— Foi, ele era o único familiar, digo ela tinha a meia irmã e a madrasta, mas não se dava bem com elas, e depois da morte dele tudo piorou, o pai dela havia feito um feitiço de memória com a mãe dela, e depois que ele morreu, ela não pode retirar esse feitiço, então a mãe dela nunca a conheceu como filha, a única alternativa foi ficar ao lado dela como amiga. — Falou Draco pegando o prato que estava a sua frente na mesa e colocando na pia — Bom, tenho que ir antes que eles me deixem para fora do escritório de Dumbledore. — Falou Draco indo até a porta da cozinha, mas parou ao escutar Molly o chamar.


— Draco, sua mãe deve estar muito orgulhosa por saber que você cresceu tanto, mesmo que para isso tivesse que ter passado por dificuldades. — Falou Molly para Draco que assentiu.


— Seus filhos que devem sempre estar orgulhosos por ter uma mãe tão boa quanto você, Sra. Weasley. — Falou Draco para a mulher que sorriu para ele, o loiro logo saiu da cozinha e depois da sala precisa, tendo que correr para alcançar Astória e Dumbledore que já estavam quase que no escritório do diretor.


Seguiram em silencio até chegarem ao escritório, Dumbledore não se surpreendeu ao entrar no escritório e ver o casal Greengrass, os dois estavam sentados de costas, o homem se virou e arregalou os olhos ao ver Astória, a mulher que estava ao seu lado nem ao menos se importou em olhar para quem acabara de encontrar, junto do casal estava Minerva.


— Diretor, achei melhor os deixar aqui a sua espera. — Falou Minerva apontando para o casal.


— Fez bem Minerva, fez muito bem. — Falou Dumbledore para a professora que assentiu e saiu da sala, deixando os cinco na sala, Dumbledore foi se sentar na sua costumeira poltrona, enquanto Astória e Draco ficaram encostados na parede.


— Eu quero saber diretor, o porque de minha filha estar presa e correndo e perigo de ser proibida a usar magia, ela é uma sangue pura, não pode ser tratada como uma trouxa qualquer, eu quero explicações. — Falou Alyssa Greengrass.


— Bom, sua filha foi acusada de cometer vários crimes, sabemos que ela torturou a aluna Astória Greengrass em pleno banheiro e logo em seguida ajudou uma professora a seqüestrar vários outros alunos que não puderam fazer nada para se defender. — Falou Dumbledore.


— E você acreditou naquela mentirosinha? Aquela Astória, eu já avisei a você, Nicolas que ela estava virando uma perfeita mentirosa, igual a mãe dela. — Falou Alyssa para o homem que ainda olhava para Astória.


— Não ouse insultar minha filha na minha frente e nem pelas minhas costas Alyssa, se alguém que tem que dizer algo, sou eu por você ter educado sua filha daquela maneira. — Falou Nicolas para a esposa com a voz grossa e cheia de raiva.


— Minha filha? Nossa filha. — Corrigiu Alyssa o marido.


— Eu já avisei a você mil vezes, sobre o que essa menina poderia se transformar se você não começasse a educá-la corretamente, já cansei das vezes de saber dos trouxas que sua filha fica os ofendendo. — Falou Nicolas — Onde esta minha filha? — Perguntou Nicolas a Dumbledore que apenas ouvia a pequena discussão do casal.


— No momento ela esta na ala hospitalar, já recebi a informação de que ela esta melhor, a tortura não afeitou sua filha. — Falou Dumbledore para Nicolas que assentiu soltando um longo suspiro.


— Quero saber quando minha filha será solta. — Falou Alyssa a Dumbledore.


— Eu não sei, o caso dela não esta na minha responsabilidade, não posso fazer nada para ajudá-la. — Falou Dumbledore a mulher que se levantou indignada — Caso queira saber sobre isso, informo a você que vá falar com o Ministro. — Falou Dumbledore.


— Você não pode simplesmente dar as costas a minha filha, pelo que eu me lembre, você ajudou o garoto Potter no julgamento dele sendo que ele nem mesmo estava na escola quando usou magia imprópria, acho que todos já deveriam ter percebido que você, Dumbledore, tem um intimo pelo garoto Potter, tem algum interesse nele maior do que nos outros alunos, já que cuida do menino com prioridade maior que o resto da escola. — Falou Alyssa para Dumbledore que apenas ouviu mais uma vez.


— A acusação de sua filha e do Sr. Potter são diferentes, ele usou magia para se defender, enquanto sua filha usou magia para violentar a própria irmã, e devo lembrar a senhora que Astória Greengrass foi torturada pelo uso da maldição cruciatos, um feitiço que todos sabemos que é proibido. — Falou Dumbledore.


— Nicolas, não pode deixar que minha filha seja presa desse jeito, tem que fazer alguma coisa. — Falou Alyssa para o marido que ficou apenas olhando para ela.


— Não posso fazer nada Alyssa, você cuide da sua filha e eu terei que cuidar da minha filha. — Falou Nicolas para a mulher que ficou mais indignada ainda.


— Você não pode estar falando a verdade, é nossa filha. — Falou Alyssa.


— Alyssa, a Dafne é menor de idade, o que dignifica que ela não irá para Azkaban, o máximo que farão com ela é proibi-la de usar magia, fazendo-a viver como trouxa, ela continuara a viver com você. — Falou Nicolas se levantando.


— Minha filha não pode viver como um miserável trouxa, mas não pode mesmo, ela vai se casar e... — Falou Alyssa, mas antes que ela pudesse dizer algo Nicolas a interrompeu.


— Casar? Com quem? Nem ao menos soube que ela estava namorando. — Falou Nicolas.


— Ela vai se casar com Draco Malfoy, já me resolvi com Lucio. — Falou Alyssa.


— Há, mas ela não vai mesmo, não pode arranjar um casamento para a menina como se ela fosse apenas um premio em que ele iria mostrar para todos se gabando. — Falou Nicolas.


— Qual o problema, nos casamos assim e estamos até hoje. — Falou Alyssa.


— Deixarei vocês a sós. — Falou Dumbledore se levantando rapidamente ao ver que logo começaria uma briga e que no final acabaria como uma noticia inacreditável, não queria estar ali quando aquela noticia fosse dita.


— Me diga Nicolas, qual o problema? — Perguntou Alyssa mais uma vez ao marido.


— O problema é você querer que sua filha fique na mesma situação em que estamos nesse momento. — Falou Nicolas.


— E em que situação é essa? — Perguntou Alyssa sorrindo seca.


— Eu não te amo Alyssa, e você sabe muito bem disso, a muito tempo isso esta estampado na minha cara, estou cansada de ver minha filha chorando pelas coisas que você e sua filha fazem a ela, a humilhando. — Falou Nicolas.


— E quem você ama? Aquela trouxa nojenta que no momento dorme com outro na cama, a mãe da Astória? A me poupe né Nicolas, aquela não tem nem onde cair morta. — Falou Alyssa sorrindo novamente seca.


— Alyssa já chega, eu estou cansado de você, você e sua filha passaram do limite, eu gosto mesmo da Dafne, e farei o possível para que ela não fique na pior situação, mas se eu souber que ela esta aprontando de novo, eu desisto dela, deixarei ela nas suas mãos, e outra coisa, eu quero o divorcio. — Falou Nicolas para a mulher que no mesmo instante paralisou.


— Você não pode estar dizendo a verdade, isso é uma coisa do mundo dos trouxas. — Falou Alyssa para o marido.


— Ótimo, então eu farei do modo mais fácil, eu saio daquela casa e levarei Astória junto comigo, eu darei o dinheiro a você para ajudar a criar a Dafne, para alimentar e comprar as coisinhas dela, mas já avise a ela que o luxo acabou, as contas da casa agora quem paga é você, espero que você arrume um emprego ou arruma um outro homem para fazer de idiota. — Falou Nicolas tudo de uma vez.


Draco e Astória ouviam de olhos arregalados, Astória tinha um lindo sorriso no rosto enquanto o marido estava apenas surpreso por ver o sogro falando aquelas palavras sem nenhum pudor, sem nem se importar que alguém estivesse os escutando.


— Antes que um de vocês saiam do escritório, temos que conversar sobre outro assunto também. — Falou Dumbledore que acabara de entrar no escritório — Eu lhes apresento Draco e Astória do futuro. — Falou Dumbledore de uma vez, apontando para Draco e Astória que sorriram amarelo ao ver o casal olhar para eles.


— O QUE? — Gritaram Alyssa e Nicolas ao ouvir o que o diretor acabara de dizer.


— É isso mesmo que vocês ouviram, eles são do futuro, vieram nos visitar a alguns dias, e foi a filha deles que Dafne seqüestrou, já que ela também esta aqui a algum tempo. — Falou Dumbledore para os dois.


— Filho de quem? O que a filha de Draco tem haver com Astória? — Perguntou Alyssa.


— Eles são casados, ou seja a filha dele é a filha dela. — Respondeu Dumbledore como se fosse obvio.


— Isso não pode estar acontecendo, minha filha se casou com essa coisa. — Falou Nicolas fazendo Draco fechar a cara para ele — Ela com certeza é tão infeliz nesse casamento quanto eu, isso não pode estar acontecendo. — Falou Falava Nicolas mais uma vez.


— Eu que não posso aceitar que essa garota roubou o marido de minha filha, com certeza o embebedou, engravidou dele e ele teve que se casar com ela, isso é inveja. — Falou Alyssa fazendo Astória bufar de raiva.


— Dá pra vocês pararem com isso, eu não embebedei ninguém, não engravidei de propósito do Draco e muito menos sou infeliz, eu e Draco nos casamos por que nos amamos, e olha que demorou muito para ele me convencer a casar, digo, me convencer de que não me faria mal e que sempre me faria feliz. — Falou Astória.


— Dumbledore e Alyssa, nos deixe a sós. — Falou Nicolas ao diretor e a esposa que saíram, a mulher não deixou de olhar feio para Astória antes de sair do escritório, o diretor fechou a porta depois dele ter saído com a mulher.


Nicolas olhou para Astória que olhava para ele, reparou nas mãos dadas dele e começou a pensar a quanto tempo não ficava daquele jeito com a esposa, a muitos anos que não tinha um contato mais intimo com Alyssa, ainda mais porque já não a amava. Ele nem ao menos imaginou quanto tempo ficou ali, mas como se seus braços tivessem vida própria, os braços se abriu a espera de um abraço da morena que logo foi dado, ela correu para seus braços e deu o abraço mais forte que ele já dera em sua filha, parecia haver saudade no abraço, ele ficou feliz por ver um grande sorriso que enfeitava o rosto da filha e ficou feliz por saber que ela era feliz, e que ela se tornara uma linda mulher que parecia transmitir força e conforto apenas com um sorriso verdadeiro.


— Eu te amo, pai. — Falou Astória entre o abraço.


Nicolas levou sua mão para os cabelos dela, e apoiou a mão ali ao ver a menina encostar seu rosto no peito dele e chorar, ao ouvir os soluços dela, ele não pode fazer mais que apertá-la mais para perto de si.


— Eu também te amo, filha. — Falou Nicolas para a menina que assentiu.


Draco já iria sair do escritório, para assim deixar os dois a sós, mas antes que pudesse sair do escritório, ouviu Nicolas o chamar, esperou que ele falasse algo depois de ter se virado.


— Fique, ainda temos que conversar. — Falou Nicolas para Draco que assentiu e foi até uma das poltronas ali no escritório, se sentando esperando que pai e filha se separassem e assim eles conversariam.


O loiro não soube quanto tempo ficou ali, apenas observando os dois, começou a pensar se em algum dia de sua vida já tivera dado um abraço tão verdadeiro quanto eles estavam dando com seu pai ou sua mãe, se lembrou que com sua mãe sim, no dia em que ele tomara a decisão de ter uma vida independente, sem a ajuda do pai e da mão, saber o que era um pouco de dificuldade.


— Eu vou procurar Scorpius e Cath, para você conhecê-los. — Falou Astória depois do abraço ter terminado.


— Scorpius e Cath? Quem são esses? — Perguntou Nicolas confuso.


— São meus únicos filhos, gêmeos, irei chamar eles para você ver eles, já deixo claro a você que eles não são iguais ao Draco quando adolescente, quer dizer, Scorpius e bem parecido com ele, só que apenas na aparência física. — Falou Astória sorrindo e saindo do escritório, deixando os dois homens a sós, logo Nicolas se sentou ao lado de Draco, o olhando.


— E então, me explique como vocês se conheceram, ou melhor se tornaram íntimos. — Falou Nicolas para Draco que parou para pensar um pouco.


— Bom, não foi em um dos momentos mais felizes da Astória, isso eu tenho certeza. — Falou Draco.


— Como assim? — Perguntou Nicolas.


— Sinto muito em dizer, mas na minha época aconteceu uma guerra em 1998, e essa guerra aconteceu aqui em Hogwarts, você morreu nessa guerra tentando tirar a Astória do castelo, e eu vi tudo, antes de você morrer você me pediu para cuidar dela, foi então que consegui a tirar do castelo, eu havia perdido um amigo também, e o enterro foi no mesmo dia, de frente para sua lapide eu apenas vi Astória com uma mala na mão. — Falou Draco.


— Uma mala na mão? Pra que? — Perguntou Nicolas confuso.


— Depois que leram seu testamento, Alyssa mandou Astória ir embora, já que souberam que a maior parte do seu dinheiro ficou para ela, então ela saiu da sua casa, quer dizer, da casa da sua esposa, então eu me lembrei de seu pedido, para cuidar dela, eu sabia que ela não poderia mexer no dinheiro completo ainda sendo menor de idade, por isso eu ofereci um lugar para ela ficar, ao menos na época em que estava fora da escola, meu pai tinha um apartamento no Beco Diagonal, então emprestei a ela esse apartamento, e durante as férias e feriados dela eu fazia companhia para ela, e aos poucos sua filha foi me ajudando, me mudando aos poucos, então foi que ela terminou a escola e arranjou um curso em que ela aprenderia na pratica, ela queria trabalhar no St. Mungus, por isso precisou ir para a Rússia, para assim aprender ajudar as pessoas que aparecessem no St. Mungus depois de ter sofrido qualquer um acidente, seja lá qual for, e eu também tinha que ir para a Rússia, havia chamado para fazer um treinamento mais intensificado, então fomos nós dois, como lá era apartamento para cada duas pessoas decidimos ficar juntos, dividir o apartamento e cada um ficar no seu canto e espaço, e foi isso, até que eu percebi que gostava dela, então começamos a ter um relacionamento e depois de um tempo ela começou a confiar mais em mim, acabamos nos casando um tempo depois de termos voltado para a Inglaterra. — Explicou Draco para o sogro que assentiu depois de ter escutado toda a conversa.


— Então, seus filhos não me conhecem? — Perguntou Nicolas a Draco que negou com a cabeça.


— Não, eles nunca te conheceram, mas Astória costuma falar muito de você para eles. — Respondeu Draco.


— Astória chegou a conhecer a mãe dela? — Perguntou Nicolas.


— Como mãe, não. Ela não pode tirar o feitiço que você colocou nela, então só teve a alternativa de conhecer ela como amiga, se aproximou e se tornaram grandes amigas, mas ela nunca pode a chamar de mãe, ou ter alegria de ver o pai e a mãe juntas. — Respondeu Draco — Nicolas, irei pedir um favor a você, pelo amor de Merlin apague a memória da Alyssa, a faça esquecer que eu casei com a Astória, porque se não é capaz dela querer matar a Astória. — Falou Draco.


— Darei um jeito nisso, mas e essa história de casamento, você ficou sabendo que Alyssa estava querendo casar você com a Dafne? — Perguntou Nicolas a Draco que soltou um longo suspiro.


— Eu só soube disso bem depois da guerra, depois que Alyssa e Dafne ficaram pobres, ou seja sem o seu dinheiro, elas queriam juntar as famílias, para assim sobreviverem do dinheiro que eu herdaria do meu pai. — Respondeu Draco.


— Seu pai permitiu você se casar com uma mulher que você sabe ser mestiça? — Perguntou Nicolas.


— Ele tentou me fazer mudar de ideia e até me ameaçou deserdar da família, mais ai eu teria uma escolha, meu pai com aquelas paranóias dele ou a Astória, escolhi sua filha, só um ano depois que meu pai me pediu desculpas, mas eu já briguei varias vezes com ele por ele tentar falar mal da sua filha nas costas dela, cheguei a dar um soco nele coitado, já estava velho. — Falou Draco passando a mão na nuca.


— Então, você se tornou um verdadeiro homem. — Falou Nicolas.


— Depois de 18 anos né, estava demorando até demais. — Falou Draco ainda passando a mão na nuca, depois disso os dois não disseram mais nada, ficaram em silencio a espera de Astória junto de Cath e Scorpius, não souberam quanto tempo ficaram ali, apenas souberam que Astória havia chegado ao escutarem a porta do escritório ser aberta e por ela entrar a morena junto de Cath e Scorpius que conversavam alegremente.


— Dá pra vocês pararem, eu em, ninguém merece os dois estarem namorando e ficar falando disso toda hora, e dona Cath você por acaso conversou com seu pai? — Perguntou Astória para a filha que negou com a cabeça.


— Posso conversar com ele em outra hora, tenho a vida toda pra conversar com ele, tenho que aproveitar meu tempo com o Fernando, quando voltarmos cada um vai pra sua casa. — Falou Cath dando de ombros.


— É mais tem o final de semana, e vocês vão estudar juntos no próximo ano. — Falou Astória para a filha.


— Mas mãe, o fim de semana demora muito pra chegar. — Falou Cath olhando a mãe fechar a porta do escritório.


— Já estou sendo trocado? — Perguntou Draco para a filha que riu e foi até ele.


— Quem é ele? — Perguntou Cath — Tenho a impressão que já o vi em algum lugar. — Falou Cath olhando atentamente para Nicolas que sorria e conseguia identificar alguns pontos na aparência de Cath que lembrava Astória, como o sorriso por exemplo.


— É seu avô materno. — Respondeu Draco.


— Há ele é o vovô Nicolas, muito prazer. — Falou Cath indo até ele e dando um beijo em sua bochecha.


— E você deve ser Cath, esse é apelido ou nome? — Perguntou Nicolas a Cath que logo respondeu.


— É apelido, mas meu nome é Catherine, não gosto que me chamem assim, nome de velha, não acha? — Perguntou Cath a Nicolas que assentiu.


— E você não acha que Nicolas é nome para adolescente, coisa que eu já não sou. — Falou Nicolas sorrindo.


— Mas você não esta tão velho assim, esta com tudo em cima ainda, da até pra casar de novo, não acham? — Perguntou Cath para o pai que assentiu.


— Bom, meu primeiro casamento não foi tão animador assim, e ter passado por coisas assim podemos ficar até de mau humor pensando que pode acontecer o ruim de novo. — Falou Nicolas.


— Não custa nada tentar. — Falou Cath dando de ombros — E não se preocupe com meu irmão, ele é mudo assim mesmo. — Falou Cath rindo do irmão que olhou feio para ela.


— Engraçadinha, essa felicidade toda é porque esta namorando? Imagine se fosse casar. — Falou Scorpius para a irmã que ria — Prazer, sou Scorpius, e antes que você pergunte, meu nome é estranho assim mesmo, esse foi o resultado de ter deixado minha avó escolher meu nome. — Falou Scorpius rindo.


— Já ouvi falar que essas famílias dão nomes aos seus filhos de constelações e estrelas por causa de tradição. — Falou Nicolas apertando a mão de Scorpius.


— Pra você ver né, se eles escolhem nomes pelas constelações, eu me pergunto de onde veio o meu nome. — Falou Cath rindo.


— Lembro que você ficou dias pensando em um apelido para que as pessoas te chamassem, não gostava que todos te chamassem de Astória. — Falou Nicolas a Astória que assentiu.


— Qual o apelido? Asty? — Perguntou Draco a Astória que assentiu.


— Papai foi a primeira pessoa a me chamar assim. — Falou Astória apontando para o pai que assentiu e sorriu — Pai, eu e o Draco precisamos voltar para nossa época, mas o Scorpius e a Cath vão ficar aqui um tempo, se você quiser pode vir aqui ver eles um dia desses. — Falou Astória para o pai que assentiu.


— Tudo bem, mas você volta mais algum dia? — Perguntou Nicolas a Astória que parou para pensar um pouco, olhou para Draco como se pedisse a opinião dele.


— Acho que não faz mais diferença nós viermos para cá mais vezes na companhia dos Weasley depois daquele café com eles. — Falou Draco para a esposa que sorriu e assentiu.


— Vocês tem vindo com os Weasley? — Perguntou Nicolas.


— E com os Potter também. — Respondeu Astória.


— Então Potter sobreviveu mesmo a Voldemort na sua época, pelo jeito hoje eu ficarei o resto do dia de bom humor, pelas boas noticias que recebi. — Falou Nicolas olhando para todos que estavam ali — Virei ver vocês amanhã, pode ser? — Perguntou Nicolas aos netos que assentiram — Você me autoriza a levar eles a um lugar, sabe que nunca faria nada contra eles, e acho que eles irão gostar. — Falou Nicolas para Astória que primeiramente olhou para Draco.


— Não tem problema, fará bem para esses ai que só sabe ficar perto da namorada e perto do namorado. — Falou Draco — Espero que você saiba diferenciar muito bem o seu namorado do irmão gêmeo dele. — Falou Draco para a filha que riu e assentiu.


— Tudo bem pai, eu sei diferenciar eles dois, pode deixar. — Falou Cath para o pai que assentiu.


— Bom mesmo, vamos Astória, nos vemos outro dia Nicolas. — Falou Draco apertando a mão de Nicolas que assentiu e retribuiu o aperto de mão, os dois se levantaram logo em seguida.


— Eu também tenho que ir, vou ver a Astória na ala hospitalar e tenho que ver o que vai ser da Dafne, só posso dizer que as coisas não irão ser boas para ele. — Falou Nicolas imaginando como sua filha mais nova estaria.


— Tchau pai, olha os dois no momento esta dormindo no salão comunal da Grifinória, então se você vir procurar eles, os procure lá e não no salão comunal da Sonserina. — Falou Astória para o pai que assentiu.


— Bom, já vou. — Falou Nicolas abrindo a porta do escritório.


— Nós também, antes que nos deixem pra trás, e quero vocês de olhos abertos em, e mocinha não deixe de comer, ainda mais nessas épocas do mês. — Falou Draco para a filha que sorriu e assentiu novamente.


— O resultado de ontem foi tão feio que o Felipe agora só vive me perguntando se eu já comi ou não, ou se eu já estou com fome, daqui a pouco ele vai querer dar comida na minha boca. — Falou Cath rindo.


— Agora vamos. — Falou Astória.


— Sua esposa já foi para casa, ela pediu para eu avisar para que a encontre lá daqui no máximo uma hora. — Falou Dumbledore ao perceber que Nicolas olhava em volta a procura de Alyssa.


— Será melhor assim. — Falou Nicolas.


Depois disso os dois foram para o corredor que os separavam, Nicolas pegou o corredor direito que o levaria a ala hospitalar e Draco, Astória e os gêmeos foram pelo corredor esquerdo que os levaria a ala hospitalar.


MINUTOS ANTES


Harry (adulto) alguns minutos depois de Draco (adulto) ter saído da sala precisa se lembrou que precisava falar com Snape, achando que Draco (adulto) demoraria na sala do diretor ele resolveu ir falar com o antigo professor de poções.


— Eu vou ali e já volto. — Falou Harry (adulto) para Gina (adulta) que assentiu antes de voltar a falar com Dobby, Harry olhou pela ultima vez a esposa antes de sair da sala e foi em direção a sala do professor, no caminho encontrou algumas pessoas, e também ouviu a conversa de outras pessoas, como a de Cho que conversava com Marietta, provavelmente a japonesa não havia o visto ali, já que não parou de falar quando ele já estava perto o suficiente para ele ouvir.


— Umbridge até que poderia ter feito o favor de seqüestrar ou torturar a Weasley né, já não agüento mais aquela garota, darei o troco a ela, você vai ver, se alguma coisa tivesse acontecido a ela ninguém se importaria, afinal quem liga para a família dela, deixariam ela sendo seqüestrada, que morresse. — Falou Cho.


Harry (adulto) teve que se segurar para não pegar a varinha e atacar Cho, já não era a primeira vez que via a japonesa falar mal de sua esposa, até mesmo na época em que estava apenas namorando com a ruiva, Cho tentou o seduzir para Gina se separar dela, a japonesa tentara humilhar a ruiva que é claro nunca abaixou a pose de segura, a pose que mostrava que ela sabia o que estava fazendo e que ela arriscaria tudo para ficar com Harry (adulto).


— Sabe Cho, você não deveria dizer isso, porque se eu souber que fizeram algo com Gina, pode deixar que eu mesmo virei do futuro me encarregar do que acontecer com ela, afinal uma garota tão dedicada em fazer as outras pessoas felizes não pode ser deixada de lado. — Falou Harry (adulto) alto o suficiente para que ela ouvisse e se virasse para ele com aquela costumeira cara de santa, ela vendo que sua carinha de anjo não funcionaria sorriu maldoso.


— Sabe Harry, você já pensou em fazer um exame de DNA com a Lily, ou se não ter a prova que ela é sua filha mesmo, porque para mim ela não não nenhuma semelhança a você, vai saber se você não tem algo a mais na cabeça do que cabelo, talvez deveria procurar alguém que te satisfaça melhor. — Falou Cho com o mesmo sorriso.


Harry (adulto) sorriu e já sabia o que dizer, sorriu maldoso como ela e chegou mais perto dela, colocando sua mão no rosto dela que abriu mais ainda seu sorriso ao ver ele estar tão perto.


— Sabe Cho que você tem razão, eu sempre precisei de uma pessoa que me satisfizesse melhor. — Falou Harry (adulto).


— Esta vendo como eu estou certa. — Falou Cho convencida.


— Foi por isso que eu deixei você de lado, porque sua companhia não me satisfazia o suficiente como Gina me satisfaz com sua companhia, até mesmo quando ela esta brava comigo é o suficiente, e essa satisfação em ter ela do meu lado foi tão grande, que eu queria ter ela do meu lado pra sempre, coisa que eu seria idiota em fazer com você, e eu lhe digo, não existe mulher que me satisfaça mais do que ela, em nenhum aspecto. — Falou Harry (adulto) para a japonesa que já não sorria mais — E eu lhe digo, Lily é mesmo minha filha, o dia em que a fiz foi tão maravilhoso, e olha que foram apenas alguns minutos, que esse dia esta mais guardado na minha cabeça do que o dia em que eu lhe conheci, afinal é uma perca de espaço eu guardar memórias em que eu estive com você. — Falou Harry tirando a mão do rosto dela e voltando ao normal, nada de ficar sendo maldoso com ela.


— Eu fui a primeira que você amou Harry, e isso é uma coisa que eu sei que ela nunca esquecera. — Falou Cho com raiva.


— Sim, eu te amei, mas o meu amor por Gina foi tão grande que depois da guerra eu decretei uma coisa quanto a ela, quer saber o que foi? — Perguntou Harry a Cho que assentiu.


— Que ela seria a única mulher que teria todo espaço no meu coração, nos meus pensamentos, na minha casa e principalmente, seria a única que se deitaria comigo na minha cama, e esse decreto eu fiz de tudo para que acontecesse, e aconteceu mesmo, agora me dê licença que eu tenho coisas melhores para resolver do que ficar aqui com você. — Falou Harry (adulto) seguindo seu caminho para a sala de poções.


Não demorou muito e já estava lá, bateu na porta e pode ouvir alguém a abri-la, na hora em que Snape viu que era ele, tentou fechar a porta, mas Harry colocou seu pé na fresta da porta, impedindo que o professor fechasse a porta.


— Sei que não é covarde Snape, então deixe de parecer um só porque vim aqui falar com você, esta até mesmo parecendo Slughorn tentando me evitar. — Falou Harry se lembrando das vezes em que Slughorn tentara fugir dele em seu sexto ano, Harry assim que viu a porta se abrir completamente entrou na sala, já vendo Snape sentado em sua cadeira, atrás de sua mesa, olhava para um pergaminho que acabara de tirar de uma pilha de pergaminhos.


— O que quer Potter? — Perguntou Snape sem se importar em levantar o rosto.


— Quero saber se já esta tão próximo da minha filha, chegando a ir atrás dela quando ela foi seqüestrada. — Falou Harry a Snape que por um momento parou de escrever, mas logo voltou.


— Não sei do que você esta querendo insinuar, Potter. No momento estou muito ocupado, não posso ficar perdendo meu tempo conversando com você aqui. — Falou Snape.


— É claro que você sabe do que eu estou falando, você nos seguiu por entre a floresta proibida, sabendo que estávamos indo atrás de Lily, eu pude ver muite bem o seu patrono lá, a sua corça. — Falou Harry olhando para o homem a sua frente.


— Isso é uma pegadinha? Decidiu seguir o mesmo caminho que seu pai em ficar brincando com a minha cara? — Perguntou Snape rindo seco.


— Achei que achasse que eu tivesse seguido o mesmo caminho que ela a muito tempo, ou você finalmente notou que eu me pareço mais com a mulher que você ama do que com James Potter? — Perguntou Harry para a professor que voltou a escrever.


— Amar sua mãe, acha mesmo que eu amaria uma... — Snape em meio a frase parou de falar, e Harry sabia muito do porque, ele nunca mais em sua vida cometeria o pecado de chamá-la de sangue ruim.


— Eu sabia que você não falaria, nunca cometeria esse pecado novamente, que você faria tudo por minha mãe eu sei, mas porque foi atrás de minha filha, por acaso você a acha muito parecida com a Lily que um dia foi sua única amizade? — Perguntou Harry a Snape — Abaffiato. — Falou Harry segurando a varinha, por um instante Snape parou de escrever ao ouvir aquele feitiço, mas voltou ao normal, achando que aquele feitiço já não era novidade no futuro — Sim Snape, em meu sexto ano eu achei um livro de poções, com o nome de alguém que preferia ser conhecido como Príncipe Mestiço, tenho certeza que você o conhece. — Falou Harry indo até o armário onde ficava alguns livros antigos.


Snape levantou o rosto ao ver Harry se distanciar, Harry ficou um tempo ali, vendo livro por livro, até achar o que ele queria e voltar com ele na mão, para perto de Snape que dessa vez não abaixou o olhar.


— Esse livro, meu conselho é dizer a você que queime isso, já que por causa dele, Draco Malfoy tem varias cicatrizes no peito e na barriga, sim eu usei o Sectumsempra nele, mas não foi por maldade, eu não sabia o que o feitiço faria, ele tem as cicatrizes até hoje eu imagino, eu fiquei usando isso durante o ano inteiro, consegui chamar bastante atenção de Slughorn, você acredita que ele achou mesmo que eu fosse bom em poções. — Falou Harry a Snape que riu seco.


— Slughorn é tão idiota, como em algum momento alguém poderia achar que você seria? — Perguntou Snape a Harry que deu de ombros normalmente.


— Ele dizia que essa qualidade eu havia herdado de minha mãe, e porque não seria possível? Afinal temos provas que nem todos Sonserinos são ruins, bom já falamos demais sobre isso, quero saber o porque de ter feito aquilo pela minha filha, Snape seja sincero comigo, eu vou ser com você, minha filha é tão apegada a você, digo ao seu quadro que esta na sala de diretor em Hogwarts, que ela fez com que eu fizesse um outro quadro seu em minha casa, para que quando ela precisasse de você, ela poderia lhe chamar e você a ajudaria. — Falou Harry.


— Porque eu um dia iria ser amigo da filha de um Potter? — Perguntou Snape.


— Porque quando você a conheceu, não sabia que ela fosse minha filha, e quando você menos percebeu já estava tão próximo dela quanto era de minha mãe, sabe como eu soube desse seu amor por minha mãe? — Perguntou Harry a Snape que negou com a cabeça — Por incrível que pareça, foi você que me disse isso, foi você que me disse que sempre esteve de olho em mim no intuito de me proteger, como um favor a minha mãe. — Falou Harry a Snape que continuou parado — Porque acha que meu filho tem seu nome? — Perguntou Harry a Snape que deu de ombros.


— Como eu posso saber? O filho é seu. — Falou Snape em resposta.


— Olha Snape, tira essa mascara de mal, somos adultos, nós dois, eu não estou aqui para ficar tirando uma com a sua cara, estou tentando cooperar, mas você não esta ajudando. — Falou Harry a Snape que continuou apenas olhando — Porque estava naquela floresta? — Perguntou Harry novamente.


— Dumbledore me mandou ir até lá. — Respondeu Snape.


— Esta mentindo, Dumbledore nunca te mandaria até lá, já que éramos o suficiente para pegarmos as crianças, Lily veio falar com você? — Perguntou Harry — Entregou a carta que minha mãe escrevera para você? — Perguntou Harry a Snape que ficou apenas o olhando.


— Você disse que sua filha conversa com meu quadro no futuro, isso quer dizer que... — Snape não terminou de falar, esperava que Harry continuava.


— Sim, você morreu, Voldemort matou você achando que quem estava em posse da varinha das varinhas era você, então o matou, e eu estava por perto, você já esta acostumado em eu ter minha capa, sempre que eu estive com ela perto de você, você desconfiava, mesmo não podendo me ver sabia que eu estava por perto, e naquele momento foi a mesma coisa, você deve ter me percebido e eu fui até você, e então você me deu algumas memórias suas, pedindo que eu levasse na penseira de Dumbledore, e lá mostrava tudo, da sua infância, de que ficava observando minha mãe e já sabia que ela bruxa, de quando pediu para que ela pedisse ao chapéu seletor para ir para a Sonserina, de quando se encontrou com meu pai no expresso de Hogwarts, de como ficou triste quando ela não foi para a Sonserina, de quando estava com ela e de uma hora para a outra meu pai aparecia para fazer bagunça, de quando você a chamou de sangue...


Foi Harry que não pode terminar de dizer dessa vez, já que Snape o interrompeu, dizendo o que Harry esperava que ele dissesse.


— Não diga essa palavra, o que você quer? Quer jogar na minha cara que eu não gostava de seu pai porque ele tomou sua mãe de mim? É isso o que você quer? Quer que eu admita que eu passei boa parte da minha vinda observando você, seja no mundo bruxo como no mundo trouxa. — Falou Snape surpreendendo Harry, ele não sabia que o professor de poções já o encontrou no mundo trouxa.


— Mundo trouxa? Eu nunca lhe vi. — Falou Harry.


— Já viu sim, passei boa parte das minhas manhas tendo que te seguir até sua escola trouxa, não parecia ser muito bom ir para aquela escola, já vi você sendo humilhado varias vezes Potter, e você já me viu sim, varias e varias vezes, mas entendo que não se lembre, era bem pequeno. — Falou Snape dando de ombros.


Harry parou para pensar um pouco, tentando se lembrar se já em algum momento da sua infância vira o professor de poções, buscou la no fundo de sua mente, uma memória em que o mostrava, e se lembrou de uma das vezes que tomara uma surra de Duda, e antes de desmaiar caído no chão, vira sim uma pessoa ao longe, mais necessariamente um adulto, tentou se lembrar da fisionomia do rosto da pessoa, e pelos poucos detalhes que se lembrara constatou que poderia ter sido sim Snape, preferiu deixar isso para outra conversa.


— Não, eu não vim aqui encher o seu saco, só quero saber porque foi até onde minha filha estava, o que se passou na sua cabeça para decidir ir até lá. — Falou Harry ao homem a sua frente que parou para pensar um pouco.


— Sabe Potter, eu já vi muitas pessoas sofrerem por ser iscas para atrair outras pessoas, entendo que no começo eu até pensaria que ela não fosse sua filha, se eu não soubesse o sobrenome dela, eu diria que não imaginaria, sua mãe morreu por minha causa, porque foi eu que contei a Voldemort sobre a profecia, se você não sabe, sua filha me fez um favor, foi apenas uma forma de retribuir o favor, apenas isso. — Respondeu Snape.


— Tudo bem, agora eu tenho que ir. — Falou Harry se virando e saindo da sala, sem nem ao menos olhar para trás.


Snape ficou ali, pensando no que acabara de fazer, olhou para o livro que Harry havia deixado em cima da mesa e o pegou, colocando em sua mesa, se lembrou que Harry disse que por causa daquele livro, Draco tinha varias marcas pelo corpo, perguntaria a Draco outro dia para ter certeza de que aquilo era verdade.


Enquanto isso Harry voltava a sala precisa, e ao entrar lá encontrou todos, incluindo Draco e Astória.


— Vamos? — Perguntou Harry a todos que assentiram


Todos deram as mãos e com o costumeiro clarão sumiram dali.


 


FUTURO


Ao darem as mãos e depois sumirem, todos sentiram a mesma sensação de estar aparatando, e em segundos estavam na mansão dos Potter, depois de se despedirem cada um foi para sua casa.


— Quer que eu leve você, Dominique? — Perguntou Gina a Dominique que primeiramente olhou para Helena.


— Não precisa Gina, eu preciso falar com Gui, ai eu aproveito e levo ela. — Falou Helena para Gina que assentiu, Fernando estava quase que fazendo xixi nas calças ao imaginar qual seria a reação de Gui ao saber que ele estava namorando com Dominique, imagine ao saber o que eles fizeram no Largo Grimmauld — Vamos logo, Carlinhos se prepare para segurar seu irmão caso ele fique furioso. — Falou Helena ao marido que assentiu.


— Harry, nos empresta sua lareira? — Perguntou Carlinhos a Harry que assentiu.


— Já sabe onde ela fica, vem temos que passar alguma coisa nesse seu machucado. — Falou Harry a esposa, se referindo ao machucado que ela fez no braço ao cair da escada.


— Vamos logo senhores encrenqueiros, agora todos arrumaram a ideia de começarem a namorar com as pessoas inimagináveis possíveis. — Falou Carlinhos subindo a escada, indo até o escritório, onde ele sabia que ficaria a lareira.


— Miguel não esta namorando. — Falou Fernando dando de ombros.


— Enquanto você, Felipe e Elliz arrumaram namorados na mesma semana. — Falou Carlinhos.


— Eu estou com a Dominique já faz quase um ano, não uma semana. — Falou Fernando.


— Mas descobrimos a uma semana, então da no mesmo. — Falou Carlinhos dando de ombros.


Depois disso nenhum dos quatro disse mais nada, seguiram para o escritório e assim que chegaram lá usaram a lareira, logo aparecendo no chalé das conchas, depois de todos já estarem la, foram para a cozinha, encontrando Fleur, Gui e Louis tomando café.


— Nossa, chegaram cedo em. — Falou Fleur — Querem tomar café? — Perguntou a mesma novamente.


— Não precisa, viemos trazer a Dominique e também conversar com vocês, quer dizer, o Fernando veio conversar com o Gui enquanto eu e a Helena vamos apenas observar, por segurança. — Falou Carlinhos.


— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou Gui.


— Sim, mas nada de perigoso, é apenas uma conversa amigável. — Falou Helena — Já tomamos café, vamos esperar vocês na sala, tudo bem? — Perguntou Helena a Fleur e Gui que assentiram.


Depois de se acomodarem na sala, não demorou muito para Gui aparecer junto de Fleur e Louis.


— Louis e Dominique, vão dar uma volta na praia. — Falou Gui para os filhos, Louis assentiu enquanto Dominique não respondeu, mas logo saiu ao ver Fernando assentiu deixando apenas os mais velhos e Fernando ali — E então, pode começar Fernando. — Falou Gui para Fernando que olhou para os lados, a procura de uma resposta.


— Bom... eu quero... quero... — Tentava falar Fernando de todas as maneiras.


— Pode falar Fernando. — Falou Fleur.


— Ér, é que eu queria oficializar meu namoro com... sua filha. — Falou Fernando passando a mão nos cabelos, esperava o grito de Gui.


— O que, acho que não escutei direito, como assim oficializar o namoro? — Perguntou Fleur confusa.


— Oficializar, mostrar para todos, sabe, parar de esconder. — Falou Fernando gesticulando com as mãos.


— Parar de esconder? — Perguntou Gui — A quanto tempo estão juntos? — Perguntou Gui fechando os punhos de raiva, o que não passou despercebido por Helena e Carlinhos.


— Bom, a quase um ano. — Respondeu Fernando.


— O que? Um ano? Como pode fazer isso, ela é minha filha. — Falou Gui se levantando.


— Ér, Helena vamos dar uma volta, deixar o Gui pensar um pouco. — Falou Carlinhos se levantando — Você vem com a gente. — Falou Carlinhos para Fernando que assentiu e saiu da casa.


— Chamem Dominique para mim. — Falou Gui ainda estando dentro da casa.


Depois de andar um pouco pela praia, encontraram Dominique e Louis, avisaram a ela que Gui a chamava e depois dela voltar para a casa do pai junto do irmão, eles ficaram ali, admirando a linda paisagem.


Já dentro da casa, Gui olhava bravo para sua filha, ela a toda hora desviava o olhar do pai para a mãe, esperando que assim ela a ajudasse, mas ela apenas a olhou, não falou nada.


— Como pode fazer isso Dominique? — Perguntou Gui.


— Fiz o que? — Perguntou Dominique.


— Namorando escondido? O que você tinha na cabeça para fazer isso? — Perguntou Gui para a filha que deu de ombros.


— Eu queria ter certeza que daria certo, eu estava com medo da sua reação, da reação das pessoas ao saber que eu estava namorando um menino que até a alguns anos atrás era apenas meu primo, você acha que é fácil ter que ficar vendo um monte de menina dar em cima dele, na minha cara? — Perguntou Dominique ao pai.


— Isso não é justificativa, o que as pessoas vão pensar ao saber que você ficou um ano namorando escondido? Você é menina, tem que se valorizar, e é muito cedo para você namorar, muito nova. — Falou Gui a filha que ficou indignada ao ouvir aquilo.


— Nova? Pai eu tenho 17 anos, tenho idade o suficiente para decidir minhas próprias decisões, e eu já fiz uma de minhas decisões quanto ao Fernando e eu. — Falou Dominique determinada.


— O que esta querendo dizer? — Perguntou Gui torcendo para que ela não falasse o que ele estava pensando.


A menina parou por um momento, pensando em como daria aquela noticia, e por fim decidiu falar de uma vez.


— Eu já sou uma mulher por completo. — Falou Dominique sentindo suas bochechas arderem ao dizer aquilo na frente de seus pais e de seu irmão, viu os olhos de sua mãe se arregalarem e ela colocar as duas mãos em frente a boca.


— Dominique, vá para seu quarto agora, esta proibida de chegar perto do Fernando. — Falou Gui apontando para a escada, direção onde ficaria o quarto da menina.


— Mas pai... — Tentou falar Dominique.


— AGORA, SAIA DAQUI, EU VOU ACABAR COM AQUELE MOLEQUE. — Gritou Gui para a filha que ao ouvir o grito sentiu seus olhos se encherem de lagrimas.


— Não pode fazer isso, não pode me impedir de ser feliz. — Falou Dominique sentindo suas primeiras lagrimas molharem seu rosto.


— EU FALEI PARA SAIR DAQUI, VÁ PARA SEU QUARTO. — Gritou Gui para a filha que não tendo escolhas, subiu para seu quarto chorando, com as mãos no rosto — Chame os outros. — Falou Gui para a esposa que ficou paralisada — Vai logo Fleur.  — Falou ao ver que a esposa ainda estava em transe.


Em minutos Helena, Carlinhos e Fernando, Carlinhos assim que viu o rosto de Gui soube que ele não diria palavras adoráveis e calmas, viu Fui fechar os punhos e tentou ir para cima de Fernando, mas ele segurou o irmão antes que chegasse perto de seu filho.


— VOCÊ, NUNCA MAIS CHEGUE PERTO DE MINHA FILHA. — Gritou Gui ao ser jogado bruscamente para longe de Fernando, que o olhava de olhos arregalados.


— O que foi, o que aconteceu pra você ficar desse jeito? — Perguntou Carlinhos para o irmão que estava furioso.


— SEU FILHO, ABUSOU DE MINHA FILHA, TIROU A VIRGINDADE DELA. — Gritou Gui em resposta.


— Droga. — Falaram Carlinhos e Helena junto.


— Vocês já sabiam disso? Como pode esconder uma coisa dessas de mim Carlinhos, somos irmãos e ela é minha filha, você não tinha o direito de esconder isso de mim. — Falou Gui ao irmão que soltou um longo suspiro.


— Eu soube disso ontem Gui, foi ai que eles decidiram oficializar esse namoro, Gui não pode fazer isso com eles, estão juntos a tanto tempo. — Falou Carlinhos para o irmão que olhou com raiva a ele.


— Carlinhos, seu filho nunca chegara mais perto da minha filha, o fato dele estarem juntos não importa, e nem o fato deles se amarem por tanto tempo. — Falou Gui ao irmão que novamente soltou um longo suspiro.


— Vai afastar sua filha de quem ela ama, é isso? — Perguntou Carlinhos.


— Funcionou com você, não é? Foi para a Romenia porque queria esquecer você, pelo que eu me lembre esses dias você me disse que não queria ir para 95 por medo desse antigo amor voltar átona, afinal você com certeza encontraria... — Carlinhos interrompeu Gui.


— Não termine. — Falou Carlinhos ao irmão mais velho.


— A Tonks. — Terminou Gui.


A primeira reação de Carlinhos ao escutar a ultima parte, foi olhar para Helena que arregalou os olhos ao escutar aqui, ele tentou ir até ela, mas ela foi mais rápida e correu para fora da casa, Carlinhos se virou para seu irmão mais velho e olhou para ele do jeito mais frio possível.


— Esta feliz agora? Esta feliz por meu casamento poder se acabar a qualquer minuto só porque você não aceita que sua filha esta crescendo e tendo suas próprias decisões, só porque ela parou de seguir apenas as suas vontades e começou a seguir as delas? — Perguntou Carlinhos ao irmão que em primeiro momento ficou em silencio.


— Você é meu irmão, deveria ficar do meu lado. — Falou Gui.


— E ela é minha esposa, foi ela que me ajudou a ter uma família, porque se não fosse por ela eu seria o único Weasley que não sabe a felicidade de ter filhos. — Falou Carlinhos.


— Você não entende, Carlinhos. — Falou Gui.


— Não entendo o que? Se você não sabe, minha filha começou um relacionamento essa semana, e sei que um dia ela fará as mesmas coisas que sua filha fez, do mesmo jeito que você, do mesmo jeito que o Rony e do mesmo jeito que eu fiz, eu vejo que minha filha esta crescendo, que a qualquer hora ela pode se tornar mulher, sabe, você não muda mesmo, acha que esta em que época, na nossa época de adolescente? O mundo evoluiu Gui, e você tem o dever de evoluir com ele, mas uma coisa você tem que agradecer por sua filha ter achado alguém que um dia a respeitara, eu vou sair por aquela porta e meu filho ficara aqui, e se você tocar nele Gui, esqueça que um dia fomos irmãos. — Falou Carlinhos saindo pela porta atrás de Helena, deixando seu filho na casa de seu irmão.


— Louis fica aqui com seu primo, Gui sobe para nosso quarto que logo eu irei conversar com você, falarei com Dominique primeiro. — Falou Fleur para o marido que assentiu e foi para seu quarto.


Fleur foi para o quarto de sua filha do meio, e ao entrar a encontrou deitada na cama, chorando encolhida, foi até ela e fez um carinho em seus cabelos macios, minutos depois a menina virou seu rosto em sua direção.


— O meu amor, você não devia ter dito tudo aquilo ao seu pai. — Falou Fleur secando o rosto da menina.


— Porque não? Ele descobriria de qualquer jeito ou em algum dia mesmo, não poderia esconder isso por muito tempo. — Falou Dominique dando de ombros.


— A questão não é essa, mas é que você jogou tudo para fora, sabe que tem que ir com calma com seu pai, você é a ultima filha dele que ainda esta sob o mesmo teto que ele, tinha que ficar contando aos poucos. — Falou Fleur a filha.


— Estou cansada disso mãe, cansada de ser tratada como criança, o que vocês acham? Que só porque Vic não foi o que vocês esperavam eu tenho que ser? — Perguntou Dominique.


— Não é assim, não é fácil para um pai engolir o fato de que sua filha esta crescendo, você vai entender um dia, mas é que tudo é mais difícil para a mulher, ele sabe muito bem que para uma mulher entregar-se a um homem pela primeira vez com certeza teria que sentir dor, e isso não é uma coisa que o agrada, agora me responda uma coisa, quais proteções vocês usaram? — Perguntou Fleur fazendo a menina corar.


— Eu tomei a poção, e Fernando usou camisinha em algumas vezes. — Respondeu Dominique ainda estando corada.


— Camisinha? — Perguntou Fleur confusa.


— É mãe, sabe aquelas proteções trouxas. — Respondeu Dominique.


— Não é isso, é só que eu achei estranho, normalmente no mundo bruxo os homens não se protegem, eles só tem o dever de lembrar a mulher de tomar a poção. — Falou Fleur dando de ombros.


— Mas a poção previne pegar doenças sexualmente transmissíveis? — Perguntou Dominique confusa.


— Sim, ela previne a gravidez destruindo o espermatozóides antes de chegar ao ventre, e também destroem as células que transmitem doenças sexualmente transmissíveis, e quanto a poção, onde conseguiu? — Perguntou Fleur a filha que corou mais ainda.


— Eu peguei uma das poções da tia Hermione. — Respondeu Dominique — Mãe, não existe proteção bruxa para homem? — Perguntou Dominique.


— É claro que existe, ela é bem antiga mesmo, é como se fizesse com que uma camisinha aparecesse já em volta do homem, eu só conheço pessoas que fizeram amor com pessoas que amavam, e por isso elas decidiam não usar a proteção no homem, as vezes pensamos que é melhor quando sentimos o... la dentro, sabe, o liquido do homem. — Falou Fleur ficando envergonhada — E doeu? — Perguntou Fleur a filha.


— Um pouquinho, mas bem pouquinho mesmo, acho que não foi uma dor, acho que foi o desconforto, sabe da primeira vez de ter aquilo dentro. — Respondeu Dominique.


— Certo, e sua mestruação veio normalmente? — Perguntou Fleur para a filha que assentiu — Graças a Merlin, agradeço por Hermione ser boa em poções, e onde foi? Não foi no mato, né? — Perguntou Fleur.


— Não, imagine isso, não foi no mato mãe, pelo contrario, foi em um lugar macio macio. — Respondeu Dominique rapidamente.


— Tudo bem, agora preciso ir conversar com seu pai. — Falou Fleur se levantando e dando um beijo na testa da filha — Fica aqui, não é pra sair em. — Falou Fleur para a filha que assentiu.


Fleur seguiu para seu quarto e já iria começar a falar algo, mas parou ao ver que não tinha ninguém no quarto, ao ouvir o barulho do chuveiro no banheiro em que tinha em seu quarto soltou um longo suspiro, de certo Gui fora tomar um banho, para acalmar os nervos, ela fechou a porta e se sentou na cama, esperando que o marido saísse do banho, não demorou muito e ele havia saído já vestido, secava os cabelos com a toalha que tinha nas mãos.


— Mais calmo? — Perguntou Fleur ao marido que estendeu a toalha em uma cadeira que estava ali, antes de responder ela, ele se jogou no colchão, respirando fundo antes de responder.


— Não. — Respondeu Gui com a cabeça no travesseiro.


— Tenho boas noticias. — Falou Fleur acariciando os cabelos deles.


— O que? Houve uma chuva de maldições da morte e uma das maldições acertou ao Fernando e ao Teddy, por que se for isso, será uma boa noticia. — Falou Gui sem ergue a cabeça.


— Não fala assim né Gui, imagine o sofrimento duplo que Helena passaria, quer dizer, triplo porque você não deixou a vida de casado do seu irmão em boa condição né, o que você tinha na cabeça para dizer aquilo, com aquelas palavras você praticamente quebrou o coração de Helena em pedaços. — Falou Fleur ainda acariciando o cabelo dele.


— Eu falei sem pensar, eram essas as boas noticias? Que eu acabei com o coração da Helena e que eu acabei com o casamento do meu irmão? — Perguntou Gui se sentando e ficando de costas para ela.


— Não, a boa noticia é que a chance de nossa filha engravidar acabou, e você deveria ter agradecido pelo namorado que ela arranjou, porque o que eles fizeram foi uma coisa que nem ao menos nós fizemos. — Falou Fleur massageando os ombros dele que logo relaxou.


— Fleur, o que eles fizeram foi o mesmo que fizemos para fazer ela. — Falou Gui.


— Não falo disso, mas é que ele usou camisinha. — Explicou Fleur como se fosse obvio.


— Camisinha? Porque? Mesmo ela tendo tomado a poção ou ela não havia tomado? — Perguntou Gui olhando por cima do ombro.


— Sim, ela tomou a poção, e uma poção que podemos ter certeza que estava completamente correta, já que foi uma poção feita pela Hermione, e mesmo tendo tomado a poção ele usou camisinha, e você sabe que são raros os bruxos que usam camisinha, isso quer dizer que ele quer a proteger, o que significa que ele é a pessoa correta para namorar ela, você não acha? Como o Teddy? — Perguntou Fleur.


— Já basta o Teddy para ficar me enchendo o saco. — Falou Gui.


— Porque você tem essa implicância com o Teddy, ele é um homem de educação, é simpático e faz nossa filha feliz. — Falou Fleur.


— As vezes eu penso que um dia minhas filhas serão levadas completamente para longe de mim. — Falou Gui de repente, surpreendendo a esposa.


— Amor, não pense assim, olha o Louis, ele é menino e um dia fará com a filha de outros homens o que fizeram com a nossa, o pai da sortuda também pensara que ela será levada para longe dele, do mesmo jeito que meu pai pensou, eu nunca te contei, mas meu pai temeu por meu casamento, quer dizer, nosso casamento. — Falou Fleur fazendo o ruiva virar o rosto instantaneamente em direção a ela.


— Como assim? — Perguntou Gui confuso.


— Amor, você nunca parou para pensar do porque de minha família não vir morar na Inglaterra? — Perguntou Fleur a ele que negou com a cabeça — Sabe, quando você pensa em magia, você pensa em Inglaterra, pelo menos onde eu nasci era assim, então o centro da magia ficava aqui, na Inglaterra, e se o centro da magia estava na Inglaterra, seria o primeiro lugar em que um bruxo das trevas tentaria tomar, minha família prefere não pensar em ajudar esse bruxo do mal e nem se colocar contra, então eles ficam na sua, e então eu conheci você, e todo mundo sabe que sua família é uma das primeiras que se opõem contra o mal, e meu pai de primeira achou que se eu me casasse com você, tentariam me usar para atingir vocês e para assim chegar ao Harry, mas ai ele tentou arriscar, e estamos aqui, nada aconteceu comigo, se naquele tempo meu pai resolveu arriscar, com um homem que nem ao menos conhecia, porque você não, sendo que o menino é seu sobrinho. — Falou Fleur a Gui que parou para pensar um pouco.


— Com quantos anos a Vic perdeu a virgindade? — Perguntou Gui de repente.


— 17 anos, e olha pelo que eu ouvi, a Dominique não sentiu dor, fique tranqüilo e é melhor você autorizar esse namoro, porque eles namoraram escondidos durante um ano, se você não deixar não vai fazer diferença. — Falou Fleur ao marido que assentiu.


— Dê a noticia a Dominique e Fernando, que eles podem namorar, mas já fale as regras para o Fernando em, nada de sacanagem aqui na minha casa, tenho que encontrar Helena e Carlinhos. — Falou Gui aparatando para o lado de fora da casa.


 


MINUTOS ANTES (CARLINHOS E HELENA)


Carlinhos assim que saiu do chalé, olhou em volta a procura de alguma dica de onde poderia estar sua mulher, ele pode ver passos na areia e soube que seria ela, Helena tinha a mania de fazer coisas simples para assim poder pensar, ele seguiu os passos e ao longe a viu, sentada na areia, onde a água ainda chegava, conforme no mar criavam ondas que direcionavam água pela areia e depois molhava a areia onde Helena estava sentada, com os sapatos do lado e observando a linda paisagem.


— Ei, você esta bem? — Perguntou Carlinhos se sentando ao lado dela.


— Sim, como foi lá dentro? Digo, qual a resposta de Gui? — Perguntou Helena sem nem ao menos olhar para o marido.


— Eu não sei, sai antes que ele pudesse responder. — Respondeu Carlinhos dando de ombros.


— Me explica aquela história? Meu amor não foi o suficiente para substituir o de Tonks? — Perguntou Helena nem se importando com as lagrimas que desciam por seu rosto.


— Não é isso Helena, o amor de Tonks era o que eu mais queria na época da adolescência, mas seu amor era o que eu mais precisei na minha época adulta, como eu sou mais novo que Gui, ele foi o meu primeiro amigo quando entrei para a escola, além de ser meu irmão, e na época ele andava com a Tonks, já que ela era desajeitada e as pessoas só gostavam de rir dela, enquanto nós não, quer dizer, nós riamos dela, mas ela não se importava, varias e varias vezes eu já recebera convites de meninas para sair, mas elas eram todas iguais, e foi a época de eu começar a reparar mais nela, todas as vezes que ela dizia que me amava, deixava bem claro que era apenas como amigo, e foi ai que eu quis a deixar em paz, e achei que se fosse para a Romênia a esqueceria com mais facilidade, ai depois em certo dia ela me manda uma carta, eu ainda estava na Romênia, dizendo que estava apaixonada por um homem mais velho que preferia estar longe dela do que estar perto e a machucá-la, eu disse a ela para seguir em frente, seja persistindo na vida ao lado dele ou não, ela continuou persistindo né pelo jeito, depois disso não nos falamos mais, a ultima vez que a vi viva foi no casamento do Gui, ela estava muito feliz, e ai eu pensei, se ela esta feliz eu também estarei feliz por ela....


— Continue. — Pediu Helena.


— Depois eu conheci você, uma adolescente um pouco atrevida em, era diferente em aspectos comparado a Tonks, a Tonks tinha aquela mania de sempre estar rindo, ficando envergonhada por ter quebrado algo, enquanto você, gostava de me irritar, de tirar uma com a minha cara, também era engraçada, as suas zombarias não funcionavam comigo, no fundo eu sabia que era apenas sua personalidade brasileira, e foi quando você engravidou que tudo começou, nos aproximamos, e mesmo depois de tanto achando amar alguém, eu senti algo mais forte por você, Tonks foi minha amiga de escola, aquela que me deu alegria na escola, você não, me deu uma família, coisa que eu nunca pensei que teria, me deu um pouco mais de alegria, você era tão importante para mim que até os dragões eu esqueci, me ajudou a me tornar um homem com ainda mais responsabilidades, e muito mais alegrias a cada dia que passasse. — Falou Carlinhos por fim.


— E quanto aquela história de ter medo de reencontrar Tonks? — Perguntou Helena.


— Há aquilo nem mesmo eu sei explicar, acho que foi tanto tempo sem aquela amiga, que eu fiquei com medo, sabe, eu não quero me adaptar com as pessoas do passado, e digo a você que também não faça isso, sabe que depois que o livro acabar, iremos vir embora e não iremos mais voltar, e eu já estava acostumado com a Tonks morta, não é que eu fique feliz por ter acontecido isso com ela, mas é que faz tanto tempo. — Falou Carlinhos dando de ombros.


Carlinhos deitou por completo na areia, com os olhos fechados por causa da luz do sol que batia em seu rosto, pode ouvir Helena rir e depois a luz já não batia mais em seu rosto, Helena havia se abaixado e ficado a centímetros de distancia de seu rosto, ele abriu o rosto e sorriu para ela, que retribuiu o sorriso, direcionou a mão até o rosto dela e o puxou para mais perto de si, o beijando calmamente, como se aquele beijo comprovasse a sinceridade das palavras ditas por ele.


Os dois ao sentirem os lábios juntos se esqueceram do resto do mundo, Helena rapidamente se esqueceu que seu filho pudesse ser morto a qualquer momento por Gui, se esquecera do que Gui havia falado quanto a Carlinhos e Tonks, aproveitavam cada segundo que durava o enrolar de línguas, aproveitavam cada segundo que passavam ali, naquela praia que no momento estava deserta a não ser pela casa de Gui ao longe, se separaram vagarosamente.


— Por mim eu ficaria com você aqui até amanhã. — Falou Carlinhos depois de terem se separado.


— Eu também ficaria, mas lembre, a maré pode subir a qualquer momento, e acho que nem mesmo a água faria eu me separar de você tão fácil. — Falou Helena.


— Uau, fico lisonjeado por essa declaração de amor em. — Falou Carlinhos se sentando, fazendo a esposa ficar sentada em seu colo — A maré já subiu, estou todo molhado nas costas. — Falou Carlinhos rindo.


— A magia nos ajuda a nos secar. — Falou Helena se levantando e vendo o marido se levantar — A gente bem que podia ter a casa só pra nós essa noite né? — Perguntou Helena sorrindo largamente.


— Quem sabe, Fernando possa dormir na casa da Gina hoje, e teríamos a casa só para a gente, vai fazer uma semana que os meninos estão no passado. —         Falou Carlinhos.


— Vamos indo, se não nunca iremos chegar no chalé a tempo, ai teremos um filho a menos. — Falou Helena para o marido que assentiu, e juntos como na época em que Helena estava grávida, eles foram andando juntos e abraçados.


Depois de andarem muito chegaram ao chalé, e ao entrar encontraram Fernando e Louis sentados no sofá, Louis olhava para a todo momento para Fernando com os olhos cheios de raiva, enquanto Fernando tentava não retribuir o olhar.


— O que aconteceu? — Perguntou Helena.


— Minha irmã disse que já não é mais virgem. — Respondeu Louis olhando feio para Fernando que olhou suplicante para seus pais, a procura de ajuda.


— Mas a Dominique só piorou as coisas em, meu deus. — Falou Helena colocando a mão no rosto.


De repente Fleur desceu pelas escadas, ao ver Helena e Carlinhos arqueou as sobrancelhas.


— Ué, vocês não encontraram Gui? — Perguntou Fleur ao dois.


— Não, porque? — Perguntou Perguntou Carlinhos.


— Bom, ele disse que ia atrás de vocês. — Respondeu Fleur.


— Vamos dar uma volta atrás dele, Helena. — Falou Carlinhos voltando para fora da casa, juntos saíram da casa e foram atrás do irmão de Carlinhos.


— Bom, eu e o Gui conversamos e decidimos que você pode namorar a Dominique, mas temos condições, como vocês já fizeram mais do que deviam, por favor, não façam isso aqui em casa, nem na casa da Molly, tudo bem? Porque aquela é uma casa de respeito, outra coisa, fiquem muito atento com a proteção, e outra coisa Fernando, eu já aviso, sabe que o Gui é meio lobisomem, então tente não passar dos limites na lua cheia, é claro se vir aqui. — Falou Fleur.


— Então, eu posso ir com a Dominique em um parque ou em um Shopping hoje? — Perguntou Fernando logo se levantando de entusiasmos por agora poder namorar a menina sem ficar se escondendo.


— Pode, mas só depois do almoço, se quiser almoçar aqui pode almoçar, se quiser vir buscar ela mais tarde também pode, mas se ficar pode ir dar uma volta com ela pela praia. — Falou Fleur.


— Prefiro a ultima opção, posso ir lá chamá-la? — Perguntou Fernando.


— Pode, mas você já sabe o que não pode em. — Respondeu Fleur assim que viu ele subindo as escadas para ir ao quarto da menina, ele se virou para ela e assentiu antes de voltar a subir para o quarto.


— Mãe o que você e o papai tem na cabeça para deixá-la namorar? — Perguntou Louis.


— Deixa de ser chato Louis, agora venha me ajudar a desfazer a mesa do café. — Falou Fleur para o filho que assentiu e foi ajudá-la.


Já no andar de cima, Fernando bateu três vezes na porta, a espera de uma permissão para entrar, mas quando não escutou, decidiu abrir e entrar, e foi o que fez, encontrando Dominique deitada na cama, olhando pela janela, foi até ela e fez um leve carinho em seus cabelos, ela olhou para ele e logo seu sorriso cresceu, sem pensar ela o puxou, fazendo ele cair deitado na cama e pulou em cima dele, o abraçando e o beijando.


— Se seu pai me ver assim aqui no seu quarto, é capaz dele mudar de ideia em. — Falou Fernando no momento seguinte em que ela se separou dele.


— Ele deixou? — Perguntou Dominique.


— Achei que não fosse deixar depois do que você falou, mas sua mãe foi falar com ele ai ele deixou. — Falou Fernando para ela que sorriu mais uma vez e o abraçou — Vamos dar uma volta na praia? Sua mãe falou que poderíamos sair para dar uma volta em Londres só depois do almoço. — Falou Fernando.


— Então me espera lá em baixo, vou me trocar, lavar esse rosto e já vamos. — Falou Dominique se levantando e logo depois o levantando, o levando até a porta, antes que ele saísse, ele parou e se virou para ela.


— Antes de sair eu quero um beijo, só um vai. — Falou Fernando para ela que deu vários selinhos em seus lábios — Quando já estivermos na praia você vai me recompensar com um beijo completamente diferente em, sabe do que estou falando. — Falou Fernando dando um selinho nela e depois saindo, podendo ainda escutar a risada dela, ele desceu para a sala que encontrou vazia, foi até a cozinha e encontrou a sogra e o cunhado arrumando a mesa — Quer ajuda, Fleur? — Perguntou Fernando a ela que assentiu.


— Por favor querido, enxugue a louça que o Louis vai guardar, já que ele sabe os devidos lugar onde guardar, se não é capaz de você ficar bem confuso por essa cozinha em. — Falou Fleur para ele que assentiu.


— Já ia te buscar lá em Fernando, estava demorando demais já. — Falou Louis olhando feio para ele enquanto guardava vários pratos.


Fernando riu e começou a fazer o que Fleur havia pedido.


Bem longe dali, Gui andava pela praia a procura do irmão e da cunhada, andara tanto e não os achara, decidiu voltar para sua casa e seguir pelo outro caminho, já estava um pouco mais perto do chalé quando viu duas pessoas vindo em sua direção, quando já estavam perto percebeu que as pessoas eram as duas que ele procurava, pensava todas as maneiras de pedir desculpas, mas não sabia como dizer.


— E então, porque nos procura? — Perguntou Carlinhos para o irmão que parou para pensar.


— Eu só vim pedir... Desculpas pelo que eu disse mais cedo. — Respondeu Gui se sentindo mais envergonhado.


— Não tem problema, foi as noticias repentinas, mas Gui preste atenção, não tente tapar o sol com a peneira, Dominique esta crescendo, do mesmo jeito que o Louis, e é melhor você fazer diferente com o Louis, porque Louis pode fazer uma coisa errada que não tem volta, e se essa coisa errada envolver uma menina, o pai dela pode fazer uma coisa horrível com o Louis. — Falou Helena.


— Ainda mais que esse menino tem esse dom veela e fica atraindo as meninas, Gui já esta na hora de você ter uma conversa de homem para homem com ele, explicar que tudo tem limite, sei que você pode pensar que seu filho é grande, e sabe das coisas, mas sempre relembrar faz bem. — Falou Carlinhos para Gui que assentiu.


— Eu vou conversar com ele. — Falou Gui passando a mão no cabelo.


— Bom, você vai deixar ou não eles namorarem? — Perguntou Helena para o cunhado que olhou confuso para eles.


— Eu já havia deixado, quer dizer, pedi para Fleur dar a novidade enquanto eu vinha atrás de vocês. — Falou Gui se lembrando que havia pedido a esposa.


— Ela deve ter dito depois que saímos então, é que nós nem ao menos entramos na casa e já saímos. — Falou Helena dando de ombros — Vamos voltar? — Perguntou Helena para os dois homens que assentiram, depois disso voltaram para o chalé, onde encontraram Fleur, Fernando e Louis arrumando a cozinha.


— Pai, vamos dar uma volta na praia, ta bom? — Perguntou Dominique que acabara de aparecer na cozinha, pegando Fernando pela mão.


— Podem, mas voltem antes do almoço em. — Respondeu Gui para a filha que assentiu e saiu da cozinha junto do namorado.


— E então, vocês vão comer aqui com a gente? — Perguntou Fleur para Carlinhos e Helena que primeiramente se olharam.


— Não, vamos comer fora, já faz um tempo que não damos uma volta por Londres, não é Carlinhos? — Perguntou Helena ao marido que assentiu — Nunca faz mal ter um momento romântico, você não acha Fleur? Já que morava na França, a cidade da paixão. — Falou Helena para a cunhada que assentiu.


— Já faz um tempo que eu e o Gui não temos esses momentos românticos. — Falou Fleur de cabeça baixa.


— E porque não? Se eu fosse você, que morava em uma praia tão linda como essa, daria uma volta com o Carlinhos todos os dias, as vezes os melhores momentos acontecem nos lugares mais simples do mundo Fleur, tem que aproveitar a bela paisagem que se vê todo dia, como por exemplo o por do sol, e aqui tem um silencio tão agradável, não é como no Brasil que tem todo aquele barulho de cidade grande. — Falou Helena — Olha, eu acho que Carlinhos e eu vamos mandar o Fernando para 95 amanhã, se vocês quiserem, podemos levar Dominique e Louis, ai se vocês não quiserem deixar eles dormirem lá, podemos trazer eles de noite, então terão seus momentos as sós até o anoitecer. — Falou Fleur.


— Obrigado Helena, até amanha respondemos você. — Falou Fleur depois de terminar de lavar a louça.


 


PASSADO (1995)


Tonks ia junto de Remo para o jardim da escola, os dois procuravam por Teddy e Vic, para assim irem para a casa de Andrômeda e assim apresentarem Teddy aos avós, e explicarem o fato deles estarem lendo sobre o futuro, andaram muito e em meio ao caminho encontraram Carlinhos, andando meio que pensativo.


— Sabe Remo, alguém parece ter ficado rico, já que se esqueceu das antigas amigas da época da escola. — Falou Tonks olhando para Carlinhos que pareceu não ouvir — Ei, esta surdo? — Perguntou Tonks cutucando Carlinhos que pareceu acordar só depois de ser cutucado.


— Há, oi Tonks. — Falou Carlinhos olhando de Tonks e depois para Remo que olhava para os dois.


— Nossa como você esta desanimado hoje em, cumprimente uma antiga amiga mais educadamente, onde esta meu abraço? — Perguntou Tonks abrindo os braços.


Carlinhos sorriu e a abraçou forte, enquanto Remo apenas olhava, o lobisomem sabia que estava sentido um certo ciúmes dos dois amigos.


— Há você já deve ter conhecido o Remo Lupin, meu namorado. — Falou Tonks apontando para Remo que sorriu para Carlinhos.


— E então, finalmente conseguiu o que queria, não conseguiu resistir a essa grande pessoa? — Perguntou Carlinhos para Remo apontando para Tonks, o antigo professor de defesa riu.


— Meio difícil de resistir, principalmente quando esta envergonhada. — Falou Remo sorrindo.


— Sei como é, convivi por muito tempo com ela quebrando coisas e ficando envergonhada logo em seguida. — Falou Carlinhos sorrindo para Remo normalmente, o ruivo estava feliz por Tonks.


— E então, estava pensando no que? Nunca de vi desse jeito. — Falou Tonks para Carlinhos que demorou um pouco para responder.


— Só achei estranho aquela história de eu me casar. — Falou Carlinhos fazendo uma careta.


— Nunca pensou em casar? Ter filhos? Sei lá. — Falou Remo para Carlinhos — Se bem que eu não posso falar nada, também nunca me imaginei casando e tendo filhos. — Falou Remo.


— Por que nunca pensou, Remo? — Perguntou Carlinhos.


— Por causa de meu pequeno probleminha, bom quando digo pequeno estou sendo irônico até demais, mas você tem a vida inteira pela frente Carlinhos, deve pensar na ideia de construir uma família. — Falou Remo.


— Com uma menina que no momento tem quinze anos? — Perguntou Carlinhos.


— Não ué, é só você esperar que tudo aconteça, esqueça que soube que vai se casar, pense nela como amiga de sua irmã, apenas isso, e como amiga da sua irmã e filha do Sirius, qual seria o problema de você conversar com ela normalmente? — Perguntou Tonks.


— É, você tem razão, vou dar uma volta por ai. — Falou Carlinhos.


— Há Carlinhos, você viu o Teddy e a Vic por ai? — Perguntou Tonks ao amigo que parou para pensar um pouco.


— Se eu não me engano ele estava com os mais novos, eles devem estar lá no campo de Quadribol, iriam mostrar para Helena o campo. — Respondeu Carlinhos depois de voltar a andar.


— Vamos até lá. — Falou Remo para Tonks que assentiu, e juntos e de mãos dadas eles seguiram para o campo de Quadribol, encontravam vários grupos de pessoas sentadas no campo, e em meio a tanta gente encontraram o grupo que procuravam.


— Teddy, Vic venham aqui? — Perguntou Tonks aos dois que se olhara, assentiram e se levantaram, indo até onde eles estavam.


— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou Vic.


— Não, apenas queremos saber se podem ir com a gente até a casa dos pais da Tonks, vocês não foram até lá ainda, não é? — Perguntou Remo para os dois que negaram.


— Não tínhamos nada planejado mesmo, que horas vocês vão? — Perguntou Teddy.


— Iríamos agora, mas se quiserem podemos ir mais tarde. — Respondeu Tonks ao futuro filho.


— Não tem problema, podemos ir agora. — Falou Vic.


— Tudo bem, vamos sair dos limites do castelo e aparatamos. — Falou Remo.


Juntos os dois casais saíram andando, e assim que chegaram ao portão e o ultrapassaram aparataram juntos, estando em segundos na frente da casa de Andrômeda.


Ainda no castelo, mais necessariamente no  campo de Quadribol, Helena olhava para todos os lados, notando cada pequeno detalhe do castelo, o lugar chamava tanto sua atenção que ela nem ao menos ligava para as pessoas em volta que a olhavam e cochichavam com as pessoas em volta.


— Deve ser um sonho estudar aqui, como foi o primeiro dia de vocês aqui nesse lugar? — Perguntou Helena olhando para cada uma das pessoas que estavam ali, a sua volta.


— No primeiro dia de aula eu e o Harry já nos perdemos pelos corredores. — Falou Rony rindo.


— Também, acho que na hora em que vocês acordaram já não existia ninguém na sala comunal, os dois eram dorminhocos. — Falou Hermione rindo do namorado e do amigo.


— A qual é? Na minha casa eu era acostumado a acordar as 10:00 e não bem mais cedo. — Falou Rony dando de ombros.


— E você, Harry, também só acordava tarde? — Perguntou Gina ao namorado.


— Não, eu tinha que acordar cedo para servir o café deles e ainda por cima ir para a escola. — Respondeu Harry fazendo uma voz de quem não gostava nada daquilo.


— Não gosta de onde mora? — Perguntou Helena confusa.


— Eu moro com meus tios, eles não gostam de mim e por terem que me criar me fazem de empregado. — Respondeu Harry dando de ombros.


— E porque ainda mora com eles? — Perguntou Helena.


— Porque não tenho outro parente e por causa de outra coisinha, não posso fazer nada, espero que isso mude. — Falou Harry.


— Desejo boa sorte a você. — Falou Helena se levantando — Eu vou dar uma volta por ai em, qualquer coisa se eu demorar muito, me procurem. — Falou Helena saindo de perto do grupo.


ALA HOSPITALAR


Draco sentiu seu estomago roncar, estava ali a muito tempo esperando que Astória acordasse, e até aquele momento ela não acordara, ele já recusara varias vezes o pedido de Madame Pomfrey de ir tomar café e depois voltar, e mais uma vez a enfermeira foi até ele.


— Olha Malfoy, se você não for tomar café agora, eu proíbo a sua entrada aqui em. — Falou a enfermeira para ele que soltou um longo suspiro — E olha, o pai dela acabou de chegar, ele pode olhar ela enquanto você toma café, depois é só voltar. — Falou Pomfrey apontando para Nicolas que estava na porta.


— Tá bom. — Falou Draco se levantando e saindo da ala hospitalar.


O loiro seguiu para a cozinha, queria tomar café sem perturbações, sem que ninguém fique olhando ele e cochichando para os amigos que estavam do lado.


Já na ala hospitalar, Nicolas não pode segurar as lagrimas que apareceram em seus olhos ao ver a imagem de sua filha, em uma cama com alguns ferimentos no rosto, apenas uma menina que no momento estava machucada, uma criança.


— Como ela esta? — Perguntou Nicolas a enfermeira que olhou para ela antes de responder.


— Esta bem, mas acho que nos próximos dias ela pode ter medo de ficar sozinha, o Sr. Malfoy passou a noite aqui com ela, em meio a noite ela parecia ter medo de ficar sozinha, mesmo estando dormindo, e segurava na mão dele como forma de ter certeza que nada aconteceria com ela. — Falou a enfermeira para Nicolas que assentiu.


— Você por acaso sabe sobre essa intimidade que ela pode ter com esse Malfoy? — Perguntou Nicolas para a enfermeira.


— Não, mas sei que nos últimos dias ele esteve bem próximo dela, afinal foi ele que notou o sumiço, que a achou e na minha opinião, ela esta mudando ele completamente, para uma pessoa melhor. — Falou Pomfrey.


— Minha filha tem esse dom. — Falou Nicolas.


— Bom, já esta na hora dela acordar, será melhor a sua visita para ela. — Falou a enfermeira indo até Astória, passando a varinha em frente ao seu rosto dela, ela logo acordou, olhando em volta.


— Cadê ele? — Perguntou Astória.


— Ele precisava ir tomar café, por isso teve que sair, mas tenho certeza que você vai gostar dessa nova visita. — Falou a enfermeira apontando para Nicolas, assim que a menina viu o pai abriu um largo sorriso, tentou se levantar, mas a enfermeira a segurou, a fazendo ficar sentada.


— Pai. — Falou Astória o chamando.


Ele foi até lá e antes de qualquer coisa a abraçou forte, o abraço era tão forte que Astória saiu de cima da cama, ela retribuiu o forte abraço, ouvindo as palavras de consolo ditas pelo pai.


— O meu amor, você esta bem? Papai nunca mais vai deixar alguém tocar em você, tá bom? — Perguntou Nicolas a colocando de volta na cama, sentando-se depois de frente para ela — E então, você esta bem? — Perguntou Nicolas para a filha.


— Sim, agora estou bem melhor. — Respondeu Astória.


— Fico feliz, olha tenho uma noticia que acho que você vai gostar. — Falou Nicolas.


— Então diga. — Pediu Astória.


— Pelos meus cálculos, minhas próximas férias vão cair junto da suas férias da escola, então eu estava pensando, o que você acha de nós dois morarmos sozinhos? Em? Sem Alyssa e sem a Dafne? O que acha? — Perguntou Nicolas para a menina que tinha os olhos brilhantes.


— Eu vou amar pai, mas porque tomou essa decisão? — Perguntou Astória confusa.


— Já não agüentava você ser tratada mal lá, então tomei essa decisão, no momento eu tenho que acertar uma coisa no mundo trouxa, é outra surpresa para você, mas só saberá quando estiver tudo certo, e por ter que resolver esse negocio, não posso ficar muito tempo aqui com você, mas amanhã eu prometo que volto. — Falou Nicolas para ela.


— Tudo bem pai, eu já estou melhor, só preciso comer. — Falou Astória sorrindo.


— Eu já vou indo, tenho que resolver uma coisa no mundo trouxa, resolver uma coisa com sua madrasta, que é o divorcio e mesmo não gostando do que Dafne fez, tenho que ver o que vai ser dela. — Falou Nicolas acariciando o rosto da filha caçula.


— Tudo bem. — Falou Astória sorrindo mais uma vez.


— Vê se fica bem até amanha em, se não é capaz de eu ter um ataque cardíaco de algo acontecer com você mais uma vez. — Falou Nicolas dando um beijo na bochecha dela e depois saindo da ala hospitalar.


— Querida, tenho um uniforme aqui que acho que vai servir para você, quer colocar para poder ir comer e depois trocar de roupa? — Perguntou a enfermeira para Astória que assentiu.


— Obrigado. — Falou Astória depois de pegar a roupa.


— Ali tem um banheiro, se quiser tomar um banho, lá tem o sabonete e as toalhas que precisar, tem uma escova de dentes nova dentro do armário, esta embalado e todo o resto e também tem pasta de dentes, qualquer coisa me chame. — Falou a enfermeira para Astória que assentiu e foi até o banheiro onde ela havia apontado onde sendo o banheiro.


Depois de tomar um relaxante banho, vestir as roupas que ficaram muito bem dele junto dos sapatos, escovar os dentes com a escova de dente que a enfermeira havia dito, e penteado os cabelos com um pente que achara ali, ela saiu do banheiro se sentindo renovada.


— Pelo horário terei que ir na cozinha, será melhor do que ver as pessoas me olhando com cara de dó. — Falou Astória saindo da ala hospitalar e indo até a cozinha, por sorte não encontrou muitas pessoas pelos corredores, olhou em uma janela e viu que estava ensolarado lá fora, provavelmente todos estavam nos jardins da escola, ao ar livre.


Continuou a seguiu para a cozinha, e depois de achar, se surpreendeu ao ver Draco sentado em uma mesa ao lado direto da cozinha, foi até lá de vagarzinho, tentaria dar um susto nele, mas antes que pudesse fazer isso ele se virou para ela.


— Onde vai tão cheirosa assim? — Perguntou Draco bebendo um pouco de suco que tinha em seu copo.


— Cheirosa? Onde? — Perguntou Astória, ela nem ao menos havia percebido o cheiro que emanava de seu corpo.


— Esta cheirosa hoje, acabou de tomar banho? — Perguntou Draco cheirando o pescoço dela de repente, ela sentiu seu rosto esquentar de vergonha pelo ato do loiro.


— Sim, acabei de tomar banho. — Respondeu Astória se sentando ao lado dele.


— Por isso que esta cheirando a sabonete, e um bem cheiroso mesmo, e então? Como esta? Madame Pomfrey quase me expulsou da ala hospitalar para vir tomar café. — Falou Draco — Esta com fome? — Perguntou Draco para ela que assentiu — Peça um prato, talheres e copo para eles, eles fizeram comida pra dois pra mim. — Falou Draco indicando a jarra de suco, um prato com vários pedaços de bolo, um vasilha com vários pães, geléia, manteiga.


Astória pediu o que Draco havia dito e logo já estava tomando café com ela, depois de terem comido eles foram para o salão comunal, o lugar estava vazio.


— Eu vou trocar de roupa, não vou ser a única a ficar o dia inteiro de uniforme. — Falou Astória subindo pela escada do dormitório feminino, se virou assim que ouviu Draco a chamando.


— Me encontra lá no meu quarto, pode relaxar que nenhuma das meninas estará lá, e nenhum dos meninos. — Falou Draco para a morena que assentiu, ele foi para a escada que o levaria a seu dormitório, enquanto ela seguiu caminho para seu quarto.


Astória subiu para se dormitório e se trocou, colocando uma roupa que não desse tanto calor, colocando um short que ia um palmo acima da coxa, uma blusinha e uma sapatilha comum, depois de ter dobrado as roupas que havia pegado emprestada ela foi para o quarto do loiro, assim que bateu na porta e recebeu a permissão de entrada ela entrou e fechou a porta atrás de si, olhou em volta e viu que no dormitório só tinha as coisas de Draco, já não existiam mais malões e nem as camas dos companheiros de Draco estavam bagunçadas, o lugar parecia nunca ter tido ninguém além de Draco.


— Vai ficar olhando? Assim parece que você nunca entrou aqui. — Falou Draco sentado em sua cama, ele bateu em um espaço da cama onde ela poderia se sentar, ela logo foi até lá — E então, como foi a visita de seu pai? — Perguntou Draco a ela.


— Há foi bem, ele me deu uma boa noticia. — Falou Astória.


— Que boa noticia? — Perguntou Draco.


— Ele vai se separar de Alyssa, minha madrasta, disse que nas minhas próximas férias ele já estará morando em um lugar diferente, só comigo. — Falou Astória sorrindo largamente.


— Nem da para perceber tamanha alegria que você esta sentindo nesse momento. — Falou Draco sorrindo largamente.


— Também disse que tem outra surpresa para mim, e que por isso não pode ficar tanto tempo, mas disse que viria aqui amanhã. — Falou Astória sorrindo mais uma vez.


— Entendi. — Falou Draco.


— Você viu a Cath? — Perguntou Astória, a morena ainda não sabia o que dizer quanto ao fato dela se preocupar com Cath.


Draco ao ouvir o que ela havia perguntado se lembrou da conversa que teve com sua versão mais velha, que contou que Astória era a mãe de seus filhos, que era a mulher com quem ele se casaria.


— Draco, você me ouviu? — Perguntou Astória ao não ver Draco responder sua pergunta — Ei. — Chamou mais uma vez, chegando mais perto e o cutucando.


— Desculpa, eu estava distraído, o que você perguntou mesmo? — Perguntou Draco olhando para ela.


— Se você viu a Cath. — Falou Astória.


— Não, não a vi, e o foi mesmo o Draco do futuro que deixou aquela flor para você. — Falou Draco passando a mão no cabelo, ao imaginar que ele estava falando praticamente de si mesmo.


— Como sabe? — Perguntou Astória confusa.


— Ele foi ver você ontem. — Respondeu Draco.


— Foi? Ele já foi embora? — Perguntou Astória.


— Acho que sim, porque? — Perguntou Draco confuso, ele sentiu um certo ciúmes.


— Pra mim agradecer pela visita ué, e pela flor também, ainda não murchou, esta vivinha no meu quarto ainda. — Falou Astória sorrindo.


— Você guardou a flor? — Perguntou Draco.


— Sim ué. — Respondeu Astória dando de ombros.


Draco levantou e começou a andar pelo quarto, pensando em uma forma de dizer a ela que a mulher que é mãe de Scorpius na verdade é ela, imagine o susto que ela levaria, com certeza pensaria que seria uma brincadeira dele.


— Porque você esta assim? — Perguntou Astória confusa.


— Só estou pensando. — Respondeu Draco.


Astória deu de ombros e começou a reparar no malão de Draco, de repente viu uma coisa estranha, estava meia que tampada por uma camisa branca de Draco, ela como sempre estando curiosa foi até ali, e antes de tirar a camisa de cima da coisa olhou para o loiro para ter certeza de que ele estava distraído, ela logo que tirou a camisa percebeu que era uma caixa, não muito grande, a pegou e a abriu se deparando com varias fotografias.


— Que fofo. — Falou Astória ao ver uma foto de Draco quando pequeno, era apenas um bebê, usando apenas uma fralda descartável  e dando seus primeiros passinhos, ao cair chorava e a cena se repetia varias e varias vezes.


— Não, isso não. — Falou Draco tentando pegar a foto, mas Astória se levantou ficando bem longe dele, pode ver Draco estando envergonhado por ela estar vendo aquela foto.


— Você era tão lindinho, olha que fofo. — Falou Astória rindo, ela saiu correndo pelo quarto ao ver o loiro também correr atrás dela, e lá estavam eles mais uma vez, correndo um atrás do outro, não demorou muito e Draco a alcançou, a colocando contra uma parede, para que ela não fugisse, ele se colocou na frente dela, e Astória ao ver a situação em que estavam, sabia no que acabaria acontecendo.


— Você me beijou ontem a noite. — Falou Draco colocando a mão no rosto dela, a acariciando — Disse que não conseguia esquecer nosso beijo, pediu pra eu não deixar você, eu prometi que sempre cuidaria de você. — Falou Draco ainda acariciando o rosto dela que fechou os olhos, ele foi aproximando o rosto do dela da mesma forma que ela fizera na noite passada, encostou sua testa a dela, apenas apreciando a aproximação entre eles.


— Eu não consigo entender os meus sentimentos, meus pensamentos somem quando estamos assim. — Falou Astória se referindo a tamanha aproximação dos dois, o loiro sorriu ao ouvir aquela ultima parte da frase.


Draco já não se agüentando uniu completamente seus lábios em um só, abraçando a cintura dela para assim a trazer para mais perto de si, e ela fazia o mesmo o abraçando pelo pescoço, ele logo pediu passagem com o língua e ela logo concedeu, não demorou muito e suas línguas dançavam uma dança sensual que a cada segundo fazia eles quererem mais e mais, Draco ao ver que Astória estava bem baixa perto dele por causa da aproximação segurou na cintura dela com força e a levantou, ela ao pensar que a qualquer momento cairia enlaçou a as penas dela em volta da cintura dele, e assim continuaram, uma das mãos de Astória já estava nos cabelos de Draco, bagunçando os fios macios, enquanto a outra mão dela estava nas costas dele, o apertando como em um pedido que ele fosse para mais perto dele, Draco apenas fazia carinho na cintura dela, e de vez em quando descia uma de suas mãos por toda a extensão do corpo dela, ao sentir a falta de ar Astória se distanciou, acabando com o beijo, mas Draco direcionou seu rosto para o pescoço dela, dando beijos ali e subindo para a orelha onde deu uma leve mordida no lóbulo dela podendo a ouvir suspirar.


— Acho melhor pararmos. — Falou Astória percebendo que já estavam passando dos limites, Draco ao ouvir o que ela falara sentiu sua sanidade voltar, e concluiu para si mesmo que ela estava certa, ela era muito nova, apenas 13 anos, ele se separou dela e se deixou cair de joelhos no chão, ainda com ela grudado a cintura, seus joelhos estavam praticamente grudados a parede.


— Tem razão. — Falou Draco deitando seu rosto no ombro dela, em forma de esfriar a cabeça — Desculpe. — Pediu Draco por ter ido tão longe com ela.


— Não tem problema, entendo você. — Falou Astória acariciando os cabelos loiros dele, ela desenlaçou as pernas da cintura dele e ficou sentada nas coxas dele, esperando que os batimentos cardíacos voltassem ao normal — Porque se preocupou tanto comigo ontem? — Perguntou Astória sentindo ele ainda deitada com a cabeça em seu ombro, sentia a respiração quente dele em seu pescoço, batendo em sua pele.


— Você é especial Asty, uma pessoa única na minha vida, nunca conheci alguém que me ajudou tanto quanto você tem me ajudado nos últimos dias. — Respondeu Draco acariciando mais uma vez a cintura dela.


Astória sorriu e levantou o rosto dele de seu ombro, ele sorriu ao ver o sorriso que ela sustentava no rosto, um sorriso destinado a ele, um sorriso só dele, e sem pensar os dois foram fechando os olhos e logo uniram seus lábios mais uma vez, dessa vez o beijo não era tão intenso quanto o outro a segundos atrás, era mais calmo, mais proveitoso e mais apaixonado, um beijo lento, Astória começou a fazer carinho no rosto dele, enquanto ele continuava fazendo em sua cintura, o loiro já não sabia em que prestar mais atenção, se era nos lábios macios que estavam junto aos seus ou se era no carinho que estava recebendo por mãos tão macias, mas logo o beijo terminou e os dois ficaram ali, se olhando esperando que algum dos dois dissessem algo.


— Como eu havia dito mais cedo, esta muito cheirosa Asty. — Falou Draco cheirando o pescoço, depois o ombro e assim ia descendo.


— Ai não. — Falou Astória ao sentir que o nariz de Draco estava quase que na entrada da blusa que levaria ao busto da menina, já o loiro levou um susto pelo que ela havia dito, ele estava de olhos fechados e nem percebera onde cheirava, não fizera de propósito.


— Desculpa, eu não vi. — Falou Draco voltando a deitar no ombro dela, alguns minutos depois pode sentir um leve carinho nos cabelos e logo percebeu ser as mãos de Astória.


— Não tem problema. Seu cabelo é tão cheiroso e macio. — Falou Astória apreciando ter os fios loiros entre os dedos — Se eu tivesse te conhecido no seu primeiro ano, teria lhe dado um conselho. — Falou Astória.


— Que conselho? — Perguntou Draco.


— Que você deveria ter deixado seu cabelo assim, e não daquele jeito cheio de gel, parecia que a vaca tinha lambido, era feio. — Falou Astória fazendo ele rir.


— Como sabia que eu usava gel no cabelo? Você entrou na escola quando eu estava no terceiro ano e já não usava mais o cabelo daquele jeito. — Falou Draco.


— Dafne tem uma foto de você de cada ano escolar. — Explicou Astória dando de ombros — Não vai me magoar, não é Draco? — Perguntou Astória abaixando a cabeça.


— Não, não vou, prometo a você. — Respondeu Draco levantando a cabeça e dessa vez foi ele quem acariciou o rosto dela — Preciso te contar uma coisa, também é uma prova que eu não vou te magoar. — Falou Draco para ela que ficou confusa no começo.


— Conta então. — Falou Astória.


— Você já viu a mãe da Cath? — Perguntou Draco deixando a menina confusa.


— Sim, bonita ela né? — Perguntou Astória.


— Sim, muito linda. — Respondeu Draco sorrindo, levando um beliscão da menina no braço.


— Ei, você esta me beijando e me abraçando nesse momento, não precisa ficar elogiando ela na minha frente, dizendo que ela é bonita e todo o resto. — Falou Astória.


— Mas foi você me falou. — Falou Draco rindo.


— Mas eu posso ué, mulheres podem comentar da beleza de outra mulher. — Falou Astória dando de ombros.


— Continuando, você já se perguntou quem é a mão dela? — Perguntou Draco para Astória que fez cara que significava que ela estava confusa com tudo o que ele havia dito.


— Não, mas algo nela me faz lembrar de alguém, só não sei quem, você sabe quem é ela? — Perguntou Astória dando de ombros.


— Tudo bem, la vai a bomba, a mãe da Cath e do Scorpius é você. — Respondeu Draco fazendo a morena ficar paralisada.


— Esta brincando comigo, né? De onde você tirou essa ideia Draco? — Perguntou Astória.


— Foi o meu eu do futuro que disse, quando ele foi visitar você ontem disse que a esposa dele era você, me chamou até de idiota e cego por eu não ver a semelhança entre você e a Cath. — Respondeu Draco — Esta ai a prova que não a farei triste. — Falou Draco ainda estando com a cabeça deitada no ombro dela.


Agora sim que Astória sabia explicar do porque de sentir preocupação quanto a Cath e a Scorpius, ela era a mãe dele, no fundo ela sabia que tinha um parentesco com eles, mesmo que fosse mínimo, ela não se agüentando de felicidade se jogou no loiro, e o abraçou forte, por causa disso ele acabou por cair de costas no chão, e ficaram os dois ali, caídos no chão rindo.


— Então a Srta. não tem mais medo que eu a abrace? — Perguntou Draco rindo.


— Não, não, não, não. — Respondeu Astória beijando cada canto do rosto dele — Vamos ficar aqui? Em? — Pediu Astória se referindo ao dormitório do loiro.


— Porque? — Perguntou Draco confuso.


— Não quero ver as pessoas me olhando com dó, e será bem melhor ficar aqui com você, podemos ficar aqui? — Perguntou Astória mais uma vez para o loiro que assentiu, a morena levou um susto ao sentir ser mordida no queixo e logo que olhou para ele entendeu o que ele faria — Não faz isso Draco, mordida não. — Falou Astória se levantando rapidamente e saindo correndo pelo quarto, enquanto ele ia atrás dela — Nãão. — Falou Astória quando ele já havia pego ela — Na barriga não eu tenho cosquinha. — Falou Astória rindo ao sentir ele a pegar no colo e depois a jogar em cima de uma das camas, ele a mordeu mais uma vez na barriga e a beijou logo em seguida, ao sentirem seus lábios juntos os dois até mesmo esqueciam o que a segundos estavam fazendo.


— Você era bem fofo. — Falou Astória se levantando e pegando a foto que havia deixado cair no chão.


— Obrigado por ter falado que eu era, não sou mais. — Falou Draco sorrindo, dando espaço para que ela deitasse ao lado dele na cama, e foi o que ela fez.


— Há para de gracinha, olha as pernas gordinhas. — Falou Astória apontando para a foto.


— Engraçadinha. — Falou Draco pegando a foto e a guardando rapidamente, para logo em seguida esconder debaixo da cama, qualquer coisa se a menina tentasse pegar tentaria impedi-la


 


CASA DOS TONKS


Segundos depois de terem saído pelos portões de Hogwarts, Teddy, Vic, Remo e Tonks aparataram para a frente da casa de Andrômeda e de Ted, logo que foi ouvido o barulho de aparatação, Andrômeda que estava regando as poucas plantas que tinham ali se assustou e por isso já empunhou a varinha, Tonks riu da mãe que ao ver ela deixou a varinha cair no chão e correu para dar um forte abraço na filha que retribuiu o abraço com a mesma intensidade.


— Ninfadora Tonks, eu e seu pai estávamos quase morrendo de preocupação sem noticias suas, quer nos matar? Onde estava? O que estava fazendo para se esquecer dos pais? Em mocinha? — Perguntou Andrômeda fazendo os cabelos de Tonks mudarem para vermelhos, acabara de ser tratada como criança.


— Mãe, vamos entrar, tenho ótimas noticias para você, onde esta papai? — Perguntou Tonks enquanto entrava dentro da casa com a mãe, percebeu que os outros três a seguiam, Vic e Teddy entraram normalmente só Remo que ficou meio encabulado.


— Esta no seu quarto, tirando algumas bagunças de lá, se bem que esse trabalho é seu. — Falou Andrômeda para a filha que riu.


— Mãe, esses são Teddy, Vic e Remo. — Falou Tonks apontando para cada um deles.


— O Remo eu conheço, eu ainda estudava em Hogwarts quando ele entrou junto do Sirius, eram amigos, não eram? — Perguntou Andrômeda a Remo que assentiu — Também tinha o Potter, quer dizer, James. Você não se lembra da Ninfadora? Veio me fazer uma visita uma vez, ela já era até nascida. — Falou Andrômeda fazendo Remo lembrar que uma vez havia visto Tonks quando pequena, imaginar que aquele pequeno bebê se transformara em uma grande mulher deixava Remo impressionado.


— Há sim, ela era bem pequena. — Falou Remo sorrindo ao ver Tonks ficar envergonhada.


— E vocês meus amores, eu não me lembro de vocês, já nos vimos antes? — Perguntou Andrômeda para Teddy e Vic que negaram com a cabeça.


— Mamãe, vou chamar papai e assim eu explicarei para vocês, já volto. — Falou Tonks subindo as escadas para o andar acima.


— Sentem-se, querem comer alguma coisa? Beber alguma coisa? — Perguntou Andrômeda a todos que negaram com a cabeça.


— Tomamos café quase agora. — Falou Vic.


— Bom, então esta bem né, sentem-se, fiquem a vontade. Então me conte Remo, esta conseguindo conviver com aquele seu probleminha? — Perguntou Andrômeda a Remo que parou para pensar.


— É bem difícil Andrômeda, ainda mais que todo o mundo da magia sabe agora. — Respondeu Remo.


— Entendo, mas não esquenta, quando você menos esperar, algo bom irá acontecer em sua vida, como quando entrou na escola, sabe, fazendo amizades com Sirius e James. Remo me responde uma coisa, Sirius é mesmo um comensal da morte? Porque eu não entendo, nunca vi a marca no braço dele. — Falou Andrômeda a Remo que estranhou ela fazer aquela pergunta.


— A Tonks não contou a você? — Perguntou Remo confuso.


— Contou o que? — Perguntou Andrômeda também confusa.


— Que a Ordem esta de volta. — Respondeu Remo.


— Há sim, isso ela me contou, disse até que ela esta dentro do grupo. — Falou Andrômeda.


— Mas ela não contou quem são as outras pessoas que também estão na Ordem, ou ela contou? — Perguntou Remo.


— Há, ela disse alguns nomes, como os Weasley, Moody, Kingsley, Dumbledore é claro, Minerva e alguns outros. — Respondeu Andrômeda — Porque? Tem mais alguém que eu conheço que ela não disse? — Perguntou a mulher confusa.


— Tem, mas vamos esperar ela voltar. — Falou Remo.


Depois disso os quatro ficaram em silencio, Teddy olhava em volta a procura de semelhanças entre a casa em que ele morou na infância e a casa em que a mãe dele morou, tinha algumas diferenças é claro, mas o que mais chamava a atenção dele era que a casa estava arrumada, na época dele a casa nem sempre ficava daquele jeito, sempre tinha algum brinquedo no chão, ou algum enfeite que ele havia derrubado ou quebrado.


Não demorou muito e Tonks desceu junto de Ted, os dois riam.


— E então, qual o motivo dessa visita? — Perguntou Ted se sentando ao lado da esposa.


— É uma história bem longa em, deixa eu terminar que depois vocês podem perguntar algo. — Falou Tonks antes de começar a contar.


— Bom, a alguns dias recebemos um livro do futuro, e ai começamos a ler ele, o livro conta sobre o que aconteceu em 1997, nessa época Dumbledore tinha morrido, e Snape tinha se tornado o diretor da escola, Harry Potter não podia voltar pra escola, tinha que fazer uma coisa que ajudaria a destruir Voldemort, e foi o que ele fez, antes de começarmos a ler um clarão iluminou todo o salão de Hogwarts e segundos depois apareceram varias pessoas, entre essas pessoas estavam eles dois, eles eram do futuro, queriam mudar o que aconteceu com os amigos dele, e para isso que estávamos lendo, em meio a História o Ministério foi tomado por Voldemort, quer dizer, quase que o mundo todo né, e ai varias pessoas morreram, incluindo você papai, entre outras pessoas, e ai estamos destruindo Voldemort aos poucos, e nessa época eu me casei com o Remo, e engravidei, e tive o Teddy, esse menino ai. — Terminou Tonks.


— Então esse menino, quer dizer, homem é seu filho? — Perguntou Andrômeda para Tonks que assentiu, Ted não sabia onde olhar, se era para Teddy ou para Remo que estava envergonhado.


— Então você casou com ele? — Perguntou Ted apontando para Remo que estava envergonhado, ele tentava não olhar para Remo.


— No momento eu estou apenas namorando com ele. — Respondeu Tonks fazendo o pai arregalar os olhos.


— O que? Namorando? E porque só soubemos agora? — Perguntou Ted olhando para Remo que ainda estava envergonhado.


— Pai, só faz alguns dias, eu vim apresentar vocês ao Remo e ao Teddy, e essa é a Vic, a esposa dele, é que vieram outros do futuro, a maioria são parte da família Weasley.— Falou Tonks.


— Então, o nome dele foi escolhido em homenagem a... — Ted não conseguiu terminar.


— A você, mas meu nome é escrito diferente, o meu é T-E-D-D-Y, enquanto o seu é apenas T-E-D, mas continua sendo uma homenagem. — Falou Teddy dando de ombros.


— Vamos dar uma volta lá fora, e o Teddy pode me contar do futuro, da época escolar dele, da família dele ou sei lá. — Falou Andrômeda se levantando toda feliz.


— Você fica, quero conversar com você. — Falou Ted para Remo que ficou mais envergonhado ainda.


— Tudo bem. — Falou Remo dando de ombros, já pensava as respectivas perguntas que Ted faria, ele já até pensava nas resposta.


Todos se levantaram e quando Tonks olhou para trás Remo deu sinal para que ela seguisse para fora, como se dissesse que ele ficaria bem, observou todos saírem e logo que não dava para ver nenhum deles, olhou para Ted a espera das perguntas.


— Remo, você sabe que eu não tenho nada contra você, são apenas perguntas de rotina, eu estive falando com a Andrômeda ultimamente, e ela disse que Tonks estava apaixonada por alguém que não aceitava ter algo com ela, porque temia a machucar, essa pessoa é você? — Perguntou Ted.


— Sim, sou eu. — Respondeu Remo dando de ombros.


— Então me explica isso. — Pediu Ted.


— Sr. Tonks você sabe como Lobisomens são tratados no mundo bruxo, por toda minha vida eu me imaginava solitário, e ai veio sua filha, uma mulher completamente diferente que não liga para os meus pequenos problemas, que são a licantropia e a falta da dinheiro, e ela é bem mais jovem que eu, então eu imaginei que eu era muito pouco para uma moça que poderia ter um grande futuro, e saber que as pessoas poderiam a maltratar por estar casada comigo ou estar tendo algo comigo não me deixa feliz, mas ai esse negocio de ler o futuro veio, e Tonks ao saber que não teria problema a gente ficar junto me colocou contra a parede, e eu acabei aceitando. — Explicou Remo.


— Entendo, mas você ficou com ela por que ela te colocou contra a parede ou porque você gosta mesmo dela? — Perguntou Ted a Remo que logo começou a responder.


— Sua filha é uma ótima mulher Sr. Tonks, não tem como não gostar dela, eu já gostava dela, a única coisa que me impedia de ficar ao lado dela é o medo de machucá-la. — Respondeu Remo.


— Tudo bem então, espero que minha filha seja feliz. — Falou Ted se levantando e deixando Remo ali, incrédulo por ter que ter passado por um questionamento tão pequeno.


— Era só isso? Achei que tivesse alguma coisa mais. — Falou Remo seguindo Ted até o lado de fora da casa, ao ouvir a risada do sogro teve certeza de que ele havia ouvido, ao chegarem ao lado de fora da casa se depararam com Teddy em sua forma de lobo, dessa vez ele tinha todos os pêlos negros os olhos também estavam negros.


— Ele é animago? — Perguntou Ted apontando para o futuro neto.


— Não, pelo que ele explicou a minha licantropia passou para ele em partes, então ele só vira lobo, tem sua consciência intacta quando esta na forma de lobo, diferente dos lobisomens e pode se transformar quando quiser, mas as conseqüências é que na lua cheia ele sente dores de cabeça e costuma ficar de mal humor. — Respondeu Remo — Mas a ultima vez que o vi nessa forma os pêlos dele estavam castanhos. — Falou Remo confuso.


— Ele consegue mudar a cor dos pêlos e dos olhos, quando esta fazendo algum trabalho para o Ministério, sabe quando tem que seguir alguém no escuro ele usa essa cor, assim é difícil ver ele. — Falou Vic com uma camisa na mão, era de Teddy — A camisa dele rasga quando se transforma, até hoje só conseguiu colocar um feitiço na calça, sapatos, meias  e cuecas, para assim não rasgar, mas disse que esta perto para fazer um feitiço para a camisa, compramos camisas pra ele quase toda semana, pra mim não precisa, já que eu quase não me transformo, e ele não quer que eu me transforme por enquanto que não tiver o feitiço pra camisa. — Falou Vic.


— Você também se transforma? Porque não contou? — Perguntou Remo.


— Há, não é como se eu me transformasse todas as horas como ele. — Falou Vic dando de ombros.


— Seu pai também é lobisomem? — Perguntou Ted a ela.


— Não completamente, ele foi mordido em uma lua normal, sabe, sem lua cheia, mas continua tendo uma certa porcentagem de lobisomem, por isso quando estou em minha forma sou um pouco menor que Teddy, sem contar que sou mulher. — Respondeu Vic.


— E qual é a cor de seus pêlos? — Perguntou Andrômeda a Vic.


— Brancos. — Respondeu Vic olhando Teddy — Ele é tão grande que é capaz de carregar alguém, olha só. — Falou Vic apontando para Tonks que subiu em cima de Teddy.


— Se for criança ele pode carregar. — Falou Andrômeda.


— Ele costumava carregar Lily quando ela era pequena, quer dizer, é capaz de ainda conseguir carregar ela. — Falou Vic rindo.


— Quem é Lily? — Perguntou Andrômeda.


— Filha do padrinho do Teddy, Harry Potter. — Respondeu Vic.


— O padrinho dele é Harry Potter? — Perguntou Ted.


— É, Teddy foi o primeiro xodó do tio Harry. — Falou Vic.


— Espera, você é sobrinha de Harry Potter? Quem é seu pai? — Perguntou Ted confuso.


— Meu pai é Gui Weasley, Harry Potter se casou com Gina Weasley, foi assim que conheci o Teddy, ele sempre foi considerado parte da família Weasley, então eu sempre o via, acabamos gostando um do outro, namorando e depois casando. — Falou Vic sorrindo.


— Tonks, você não contou a sua mãe do Sirius? — Perguntou Remo a Tonks que foi até eles em cima de Teddy, Tonks parou para pensar e logo depois negou com a cabeça.


— Desculpe mãe, eu acabei me esquecendo, é que o Sirius foi inocentado entre nós da Ordem, descobrimos que na verdade quem traiu os Potter foi Pedro Pettigrew, e que ele esta vivo até hoje, depois que a leitura começou o Ministro aceitou que Sirius era inocente, só não espalhou ideia ainda porque quer que não quer que todos saibam sobre o que estamos descobrindo de Voldemort, tudo será revelado depois que Voldemort morrer, eu acho. — Falou Tonks.


— Ninfadora? Porque me escondeu isso a tanto tempo? Sabe que Sirius é meu primo. — Falou Andrômeda.


— Desculpe mãe, tem outra coisa, Sirius tem uma filha. — Falou Tonks fazendo a mãe arregalar os olhos.


— Tem? Desde quando? — Perguntou Ted.


— Ela tem quinze anos já, ele só soube esse ano, a mãe dela a mandou para o Brasil assim que nasceu, preferiu deixá-la longe por causa do que estava acontecendo naquela época, Voldemort atrás de Sirius e atrás dela, então a menina foi criada no Brasil, mas hoje ela esta em Hogwarts, fazendo visita ao Sirius, vai lá ver ela, ver o Sirius, todos da Ordem estão passando um tempo lá. — Falou Tonks a mãe que olhou para Ted.


— Poderíamos ir lá amanhã né? — Perguntou Andrômeda a Ted que assentiu.


— Não seria má ideia. — Falou Ted dando de ombros.


Os seis ficaram ali, na casa de Andrômeda e de Ted, os do futuro contavam como havia sido suas vidas escolares, Teddy até mesmo contara como foi difícil para ele concluir para si mesmo que estava amando a menina que um dia considerara apenas uma prima, Vic contou sobre seu casamento.


 


HOGWARTS


Helena andava pelos corredores da escola perdida, não sabia como voltar, já passara por vários tipos de corredores, alguns mais iluminados e outros menos iluminados, por varias estatuas diferentes, já estava ficando assustada, parecia filme de terror, em toda sua vida ela nunca ficara naquela situação, perdida em um lugar que poderia estar dando voltas e voltas, ela até mesmo sentia seus olhos se encherem de lagrimas, ao virar mais uma vez esbarrou em alguém que a segurou pelos ombros antes que ela pudesse cair.


— Ei, o que aconteceu? — Perguntou Carlinhos ao ver os olhos assustados dela.


— Há graças a Deus, eu me perdi. — Respondeu Helena sorrindo.


— E estava quase chorando por isso? — Perguntou Carlinhos sorrindo.


— O que foi? Eu me senti um passarinho preso em uma gaiola, não gosto de ficar em lugares que não consigo achar a saída, prefiro ficar ao ar livre. — Falou Helena sorrindo.


— Vem. — Falou Carlinhos a pegando pela mão e a levando para um lugar mais iluminado, foi até uma sala que tinha em um dos corredores, uma sala bem iluminada que ao fundo pudesse ser apreciado a bela vista que existia ao lado de fora do castelo — Uma ótima vista ajuda a acalmar, então fique a vontade. — Falou Carlinhos se sentando em uma cadeira.


— É uma linda vista mesmo, mas é que eu nunca estive em um lugar tão grande, sabe, minha escola é pequena, você deve saber, já esteve lá. — Falou Helena apreciando a vista.


— Já me viu antes? — Perguntou Carlinhos confuso.


— Nossa, fico até magoada por você ter se esquecido da bolada em que eu ti dei, você é Carlinhos Weasley, né? — Perguntou Helena apenas para ter certeza.


— Sim, mas ainda não me lembro de você. — Respondeu Carlinhos.


— Deixe que eu refresque sua memória, acho que a um ano e meio atrás você recebeu um pedido de uma escola do Brasil, para ir pegar um dragão que apareceu lá, e estava andando em meio terreno da escola quando foi atingido por uma bola na cabeça, foi eu que joguei a bola em você, sugiro que saiba a força que tenho quando saco. — Falou Helena sorrindo.


— Há é mesmo, agora me lembrei de você, mudou bastante desde aquela época, suas amigas quase fizeram xixi nas calças de tanto rir de mim, educada elas né, ao invés de perguntar se estou bem. — Falou Carlinhos sorrindo.


— Elas são assim mesmo, problemáticas. — Falou Helena sorrindo — Mas me responde uma coisa? — Perguntou Helena.


— É claro. — Respondeu Carlinhos dando de ombros.


— Como é trabalhar na Romênia? Ou melhor, como é trabalhar com dragões? É legal? — Perguntou Helena com os olhos brilhando.


— Uma pergunta de cada vez né, bom trabalhar na Romênia é legal, mas eu já não me impressiono tanto assim, já que estou lá a tanto tempo, trabalhar com dragões é legal, mas você tem muitas dores, sabe, quando é atingido pelas chamas que o dragão lança a você e sim, na minha opinião é legal trabalhar com essas criaturas. — Respondeu Carlinhos sorrindo.


— Minha mãe nunca deixaria eu trabalhar com dragões. — Falou Helena, o ruivo ao ouvir aquilo ficou confuso.


— Sua mãe? — Perguntou Carlinhos.


— Há é que eu costumo chamar a mulher que me criou assim, mas eu acho que não trabalharia com dragões, eu gosto de defesa, quero ser uma daquelas pessoas que treina Aurores, sabe? — Perguntou Helena a Carlinhos que assentiu.


— É quase o mesmo que ser professor, só que um tipo de professor mais avançado. — Falou Carlinhos para ela que assentiu.


— Como é ter vários irmãos? — Perguntou Helena.


— Como assim? — Perguntou Carlinhos ficando confuso.


— Eu não tenho irmãos, quer dizer, tenho apenas de considerações, e sua família é tão grande e pude ver que é bem feliz, então bateu a curiosidade. — Falou Helena se sentando ao lado de Carlinhos.


— Há eu não se explicar, nós nem sempre fomos felizes, acho que com essas visitas do futuro minha mãe esquece um pouco da tristeza que ela sentiu quanto ao meu irmão Percy. — Falou Carlinhos.


— O que aconteceu com seu irmão Percy? — Perguntou Helena.


— Percy é diferente, tem uma certa ganância, e é claro que é por dinheiro, sempre gosta de mandar nas pessoas, acredita muito em pessoas erradas, em poucas palavras ele é ingênuo, ano passado ele estava trabalhando com um homem que nem ao menos sabia pronunciar o nome dele, e mesmo assim ele faltava apenas beijar os pés desse homem, e tudo piorou esse ano, quando a Ordem, um grupo de pessoas que lutam contra Voldemort, essa Ordem voltou, as pessoas começaram a se reunir, e meus pais faz parte dessas pessoas, quando meu pai foi pedir para Percy se reunir ele simplesmente recusou dizendo que era uma perca de tempo se acreditar em Harry Potter, ele começou a acreditar em um jornal que a única coisa que faz é mentir, foi então que ele e meu pai começaram a se discutir, meu pai nunca é de discutir, pela primeira vez o vi alterado, e no final Percy acabou por sair de casa e dar as costas a família por fim. — Falou Carlinhos.


— Sinto muito. — Falou Helena de repente.


— Porque? — Perguntou Carlinhos.


— Por ter feito você me contar isso,  as vezes não é bom ficar relembrando as coisas ruins. — Falou Helena.


— E no Brasil? Como é estudar e morar lá? — Perguntou Carlinhos mudando de assunto, ela parou para pensar um pouco antes de responder.


— Há é normal, a escola é meio enrolado sabe, todos os anos entram em greve, não se pode confiar em todo mundo da escola, sabe em toda escola tem aqueles encrenqueiros, patricinhas. — Falou Helena dando de ombros.


— Há e você faz parte do grupo de patricinhas, né? — Perguntou Carlinhos rindo e levando um tapa do braço — Ué, mas você parece um pouco. — Falou o ruivo dando de ombros.


— Mas não sou eu, eu apenas gosto de cuidar da minha beleza ué, mas patricinha eu não sou, não sou igual elas que tem medo de tudo. — Falou Helena dando de ombros.


— E o que você mais gosta no Brasil? — Perguntou Carlinhos.


— Gosto de praia, juro mesmo, da beleza do mar, eu me sinto mais leve quando estou na praia, a brisa batendo em meu rosto, o espaço para fazer o que quiser, é um lugar livre pra se encontrar com os amigos. — Falou Helena sorrindo largamente.


— Já foi pra Londres? — Perguntou Carlinhos.


— Nunca, mas sempre tive vontade, já foi pra lá? — Perguntou Helena para ele que assentiu.


— Varias vezes, pede pro seu pai te levar pra dar uma volta por lá, tenho certeza que ele irá concordar em te levar, a quanto tempo você soube que ele é seu pai? — Perguntou Carlinhos.


— A menos de um mês, ele disse que quando terminar essa tal leitura vai me trazer para morar com ele, acha que consigo me acostumar com a Inglaterra? — Perguntou Helena.


— É mais fácil se acostumar com a Inglaterra do que com o Brasil, lá onde você mora o clima é muito quente, e pra quem sempre viveu no frio é meio que sufocante, já se acostumar com o frio é fácil, só ficar debaixo de cobertores e tomar um belo de um chocolate quente. — Falou Carlinhos rindo.


— Mas lembre de uma coisa, eu sempre vivi no Brasil, falei Português a vida inteira. — Falou Helena.


— Há mas se você viver aqui vai passar a maior parte do tempo na escola, e na escola não será tão corrido como no mundo la fora, ai você vai se acostumando, e o fato de você saber falar Português pode te ajudar muito no futuro. — Falou Carlinhos — Sua mãe falava inglês de origem? — Perguntou Carlinhos para ela que assentiu — Esta vendo, o idioma Português é um dos mais difíceis de aprender e você já sabe de origem, e Inglês você já fala muito bem. — Falou Carlinhos.


— Já pensou em aprender Português? — Perguntou Helena ao ruivo ao seu lado.


— Já, mas não tenho certeza se ne darei bem. — Respondeu Carlinhos.


— Eu vou te ensinar algumas palavras, você vai ver, agora vamos dar uma volta? Você será meu guia, ou melhor, meu escravo. — Falou Helena rindo ao ver a cara que ele fez.


— Escravo? — Perguntou Carlinhos sorrindo.


— É claro, nem adianta negar me mostrar o castelo, porque você sabe que eu tenho uma grande força no braço, e posso te bater, e você não pode bater em mim. — Falou Helena sorrindo.


— E porque eu não posso te bater? — Perguntou Carlinhos sorrindo.


— Porque você é homem e muito educado, sabe muito bem que não se deve bater em mulher, e se me bater eu conto pra sua mãe, eu percebi como ela é brava e justa. — Falou Helena saindo da sala.


— É capaz da minha mãe me pegar pela orelha, mesmo eu já sendo desse tamanho, e ainda por cima querer me colocar de castigo. — Falou Carlinhos fazendo a morena rir muito.


 


MUNDO TROUXA


Nicolas (pai de Astória) andava pelas ruas do mundo trouxa, pensando no que falaria para Layla, em primeiramente faria o reverso do feitiço da memória, a fazendo se lembrar dele, pensava em como explicaria o porque dele ter apagado a memória dela, se viu de frente para um hospital, lugar onde ela trabalhava, entrou e foi direto na recepcionista.


— Gostaria de falar com a doutora Layla. — Falou Nicolas.


— A Dra. Layla no momento esta almoçando na sala dela, você poderia esperar? — Perguntou a recepcionista.


— Tudo bem. — Pensou Nicolas.


Não daria ouvidos a recepcionista, falaria com ela naquele momento, confundindo a recepcionista ele seguiu para o elevador, e ao chegar lá apertou o botão do andar que ela trabalhava, assim que o elevador abriu Nicolas saiu e olhando as placas que tinham nas portas, indicando o nome das doutoras, chegando quase que no fim do corredor achou o escritório desejado e logo abriu a porta e entrou, fechando a porta atrás de si, ao entrar se deparou com Layla olhando para ele confuso, tinha um prato de comida em cima da mesa, a sua frente.


— Desculpe, mas não estou atendendo no momento, volte daqui 30 minutos. — Falou Layla.


— É importante, assunto pessoal. — Falou Nicolas.


— Não te conheço. — Falou Layla se levantando e indo para a parede oposta de Nicolas, ele entendeu que ela poderia estar com medo dele, afinal não é normal uma pessoa que você nunca viu na vida dizer que tem um assunto pessoal para falar com ela.


— Não precisa ter medo de mim. — Falou Nicolas.


No momento em que ela tentou pegar o telefone ele a petrificou, e logo em seguida começou a fazer o reverso do feitiço da memória, logo em seguida a trouxe ao normal, ela olhou para ele confusa.


— Nicolas? Porque a minutos atrás eu não conseguia me lembrar de você? Não vai me dizer que você... — Ela apontou para a varinha que tinha na mão dele e logo em seguida ficou furiosa, dando vários tapas no corpo dele, chegou até mesmo a dar um tapa no rosto dele — Eu não acredito que usou magia comigo, prometeu que nunca usaria. — Falou Layla indo para longe.


— Desculpa, eu não tive outra escolha. — Falou Nicolas.


— Não teve outra escolha? Essa é a desculpa mais esfarrapada que eu já escutei em minha vida. — Falou Layla.


— Você queria que eu fizesse o que? Já não dava mais, eu não queria que você ficasse conhecida apenas por ser minha amante, queria que tivesse uma vida melhor, e minha esposa estava grávida. — Falou Nicolas.


— Você acabou com minha vida, eu te amava, onde esta minha filha Nicolas? — Perguntou Layla ainda estando com raiva — Onde esta minha filha? — Perguntou Layla novamente.


— Ela esta bem, esta na escola no momento. — Respondeu Nicolas.


— Que escola? Quantos anos ela tem no momento? Como ela esta? — Perguntou Layla.


— Ela estuda em Hogwarts, é uma bruxa, esta com 13 anos no momento, e sim ela esta muito bem, só que tem vontade de conhecer a mãe. — Falou Nicolas.


— Ela é mesmo uma bruxa? — Perguntou Layla sorrindo.


— Sim, ela é. — Respondeu Nicolas — Como anda sua vida no mundo trouxa? — Perguntou Nicolas — Ouvi dizer que se casou a muito tempo. — Falou Nicolas.


— Sim, eu me casei, foi um amor que foi criado por sua culpa, se eu não tivesse perdido minha memória, quer dizer, se você não tivesse apagado minha memória eu ainda continuaria solteira, mas eu agradeço pelo que fez comigo. — Falou Layla.


— E porque me agradeceria? — Perguntou Nicolas.


— Tenho filhos que amo, dois na verdade. — Respondeu Layla.


— E seu casamento, como anda? — Perguntou Nicolas, ele não podia negar que ainda a amava.


— Pior do que nunca, posso confirmar que não conheço o Jason, quando o conheci era uma pessoa normal e calma. — Falou Layla.


— E o que mudou até hoje? — Perguntou Nicolas.


— Ele esta agressivo, estou pensando em me divorciar a muito tempo, mas tenho medo que com a separação eu não consiga criar meus filhos. — Falou Layla.


— A situação salarial aqui no hospital não tem sido fácil? — Perguntou Nicolas.


— Sabe que não, e você? Como anda a vida de casado? — Perguntou Layla.


— Irei me divorciar também, não sei ainda, a única coisa que posso afirmar é de que irei me divorciar e depois construir minha vida com a Astória, ela já não agüentava mais ficar no mesmo lugar que Alyssa e junto da meia irmã. — Falou Nicolas.


— Vou poder ver ela então? — Perguntou Layla.


— Sim, tem muito serviço para amanhã? — Perguntou Nicolas.


— Não, tenho apenas algumas consultas durante a manhã, traz ela no horário de almoço. — Falou Layla.


— Ér eu trarei mais algumas pessoas, pode ser? — Perguntou Nicolas.


— Quem? — Perguntou Layla.


— O mundo da magia esta recebendo visita de pessoas do futuro, e uma dessas pessoas são nossos netos, eles nunca a conheceram como avó, então quero saber se você quer conhecê-los. — Falou Nicolas.


— É claro, como eles são? — Perguntou Layla.


— Amanhã você vai ver eles, preciso ir agora, estou com problema com minha outra filha e preciso resolver isso. — Falou Nicolas indo até a porta, já estava saindo quando a ouviu chamar.


— Como chama nossa filha? — Perguntou Layla.


— Astória, o nome dela é Astória, você disse uma vez que gostava do nome. — Falou Nicolas para ela que sorriu.


— Ér, tudo bem então, amanhã vejo vocês. — Falou Layla sorrindo.


— Até amanhã Lay. — Falou Nicolas como a chamava antigamente.


— Até Nico. — Falou Layla sorrindo, ele sempre fazia careta quando a ouvia chamar daquele jeito — Espero você amanhã Astória. — Sussurrou para si mesma sorrindo largamente.


 


(Autora aqui: OIIIIIIEEE, então eu disse que postaria ontem, mas é que eu fiquei o DIA inteiro dentro de um ônibus, mais especificamente nove horas, e na casa do meu avô não tinha net, lembram então, e uma das leitoras, mais especificamente a Carol Ribeiro, veio jogando manha pelo face e eu disse que postaria hoje, antes das 18:00, mas não deu né, e queria comunicar que ficara um pouco difícil de eu postar ou de eu escrever em dia de quarta, já que eu me inscrevi em outro curso, ou seja, a minha rotina nas quartas feiras será, ir para a escola seguir para o curso de manutenção de computador que é das 16:00 as 18:00 e até eu chegar lá já é a hora de entrar na sala, terei que ter sorte em pegar o ônibus rapidinho para não chegar muito atrasada no outro curso que começa as 18:30 e termina as 20:30, só vai ter tempo de jantar e me ajeitar pra dormir, se não irei acordar cansada no dia seguinte e nos outros dias da semana, irei fazer o possível para escrever BASTANTE, espero que tenham gostado do capitulo e espero os comentários)

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Comentários (5)

  • Victórie Weasley Lupin

    Amei o capitulo, em outra fic que li o Carlinhos e a Tonks também tiveram um rolo lá mas, não durou muito então, sei lá... Mas de qualquer jeito eles nem ficaram. O capitulo está ótimo, sério mesmo, você tem talento pra isso, deveria fazer outras fics, sei lá quando essa acabar como vai ficar os outros.Xoxo,Vicky.

    2013-06-16
  • AnnyChase

    Deuses, simplesmente amei esse capitulo.

    2013-06-05
  • vitoria67

    querida foi incrivel este cap tantas historias...........dddd+++++++amei....estranhei um pouco a historia do carlinhos e a tonks ....mais va la e melhor do que aquelas fic em que ele e gey....kkkkkkk.mais esta otima continua ta....bjcs vitoria

    2013-06-05
  • amandaas2005

    Adoro sua fic, mais os extras são d+ muito muito bom!!!  :-)

    2013-06-04
  • MionGinnyLuna

    Um cap muito legal, amei mesmo,continua, vai? *°______°*

    2013-06-04
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