A GRANDE NAÇÃO DO SUL

A GRANDE NAÇÃO DO SUL



Quando o time dos Cannons se materializou na Estação Internacional de Portais, nas imediações da cidade de Brasília, capital da imensa nação do sul, foram praticamente ofuscados por um intenso clarão verde e amarelo, que os envolveu de uma maneira devastadora. As cores ofuscantes vinham dos uniformes de quadribol usados pelos torcedores e das camisas brilhantes dos membros da escola de samba bruxa que os recepcionava. Uma grande ovação irrompeu no saguão lotado, enquanto o som dos instrumentos de percussão parecia explodir ao redor.

Gritos histéricos podiam ser ouvidos e felizmente Goyle estava novamente junto com o time para salvar os seus integrantes, pois duas garotas praticamente despidas lançaram-se sobre um assustado Harry Potter, que olhou desesperado para os lados, onde seus amigos esforçavam-se muito para segurar o riso, enquanto Gina tratava de agarrar o namorado, amaldiçoando “essas mulheres latinas atiradas”.

Todos vestiam suas elegantes roupas laranjas sociais. Ternos para os rapazes. Costumes para as moças (que também estariam à venda nas boas casas do ramo a partir daquela semana) e pareciam realmente surpresos com a recepção calorosa (e escandalosa, na opinião de Gina) dos brasileiros.

Um grupo de aurores do governo bruxo do país teve grande dificuldade em fazer com que os jogadores passassem pela multidão, que incluía a escola de samba bruxa, com músicos que eram capazes de tocar vários (e ensurdecedores) instrumentos ao mesmo tempo com habilidosos meneios de varinhas. Rony acenava feliz para o público, assim como M’Bea e Andy Lopes, cujo nome era gritado pela garotas histéricas (“Andinho! Andinho! Andinho!”) e com pouquíssimas roupas. Algumas eram passistas da escola de samba, outras estavam apenas se exibindo, com seus sumaríssimos trajes verde-amarelos ou versões hiper reduzidas do uniforme laranja dos Cannons.

Numa área reservada, os jogadores, bem como Vera e Malfoy, dariam uma entrevista coletiva. Amanda, namorada do batedor brasileiro seria improvisada como intérprete.

- O que aquelas duas assanhadas falaram para o Harry? – perguntou Gina para a garota brasileira enquanto o grupo se dirigia aos atropelos até a área da entrevista.

- É melhor você não saber – disse Amanda – De qualquer maneira, eu não sei se teria coragem de repetir...

- Tão obsceno assim? – espantou-se a ruiva.

- Alguma coisa envolvendo lambidas numa goiabada – esclareceu Andy, as bochechas se mexendo nervosamente, numa tentativa desesperada de segurar uma gargalhada.

- O que é uma “goiabada”? – questionou Rony, pronunciando o nome da iguaria de maneira penosa.

- Um doce – explicou Amanda – Aposto que você não gostaria de saber como o Harry e a goiabada se encaixam na história.

- Aquelas vadias! – indignou-se Gina
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- Como se sente tendo derrubado o ministério do seu país, Sr. Weasley? – perguntou um jornalista brasileiro, num inglês razoável.

Além dos óbvios interesses por Harry e Andy Lopes, Rony estava em evidência. O “jovem que abalara uma nação”. Harry se divertia, apreciando o amigo desfrutar da glória.

- Na verdade eu me sinto muito bem – respondeu o goleiro dos Cannons, provocando risos nos jornalistas brasileiros e ingleses – E acho que a maioria dos ingleses também se sente.

- Como você se sente sendo quase cunhado de Harry Potter? – perguntou uma jornalista, agora em português, sendo traduzida por Amanda.

- Bem. Harry sempre foi o meu melhor amigo. Fico feliz que ele e minha irmãzinha tenham finalmente se acertado. Afinal, ele sempre fez parte da família mesmo.

- Eu ainda não acredito que esse trasgo fale tão bem com a imprensa – disse baixinho Gina para Harry.

Ambos esperavam a vez de serem bombardeados pelos repórteres numa sala anexa a aquela onde Rony, Toni, Draco e Vera atendiam aos jornalistas. Depois chegaria a vez deles. Assistiam num telão mágico a performance de Rony junto à mídia.

- Ele é muito bom, não é mesmo? – concordou Harry, vendo o amigo tão a vontade e de bom humor.

- Senhor M’Bea, o senhor acha que o Andinho pode ser um batedor tão bom quanto o senhor? – perguntou um jornalista em português, para Toni, que o entendeu perfeitamente, pois conhecia um pouco o idioma, além de ser totalmente fluente em espanhol.

- Acho sinceramente que o nosso amigo Andy pode perfeitamente ser melhor do que eu – respondeu em espanhol o africano – Duvido apenas que ele seja tão grande e tão bonito – acrescentou com um sorriso maroto que provocou mais risadas.

E assim foi o tom da entrevista. Os brasileiros ficaram muito satisfeitos com o bom humor e as tiradas engraçadas dos jogadores. Draco Malfoy fez o maior sucesso, prometendo que não processaria ninguém, se algumas daquelas passistas das escolas de samba bruxa fizessem um espetáculo privado para ele. Teve que acrescentar rapidamente que era brincadeira, pois havia várias voluntárias dispostas a acalmar a fúria jurídica do jovem presidente dos Cannons.

Vera Ivanova, então, arrancou não apenas risadas, mas também aplausos, principalmente das jornalistas, pois reclamou em nome dos direitos iguais, do fato de haver tantas mulatas seminuas, mas nenhum jovem mulato em trajes tão reveladores.

- Vocês, garotas brasileiras, deveriam fazer valer os seus direitos – disse marotamente – Nudez para todos! – bradou em espanhol, recebendo uma pequena ovação da platéia feminina.

Um ano atrás os Duendes, time de Baby Jane O’Neal, havia realizado uma excursão pela América Latina. O talento de time realmente despertou muita admiração, mas, principalmente os brasileiros acharam os atletas um bando de metidos. A simpatia e o bom humor dos Cannons era uma surpresa realmente agradável.
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- Na verdade eu não me considero excepcional em nada – respondeu Harry aos jornalistas brasileiros – Quando eu olho no espelho a única coisa que eu vejo é um cara de vinte e um anos, que quer jogar quadribol e aproveitar a vida. Acreditem, eu sou o sujeito mais comum do mundo.

Havia um silêncio quase religioso enquanto Harry Potter respondia as perguntas dos jornalistas, que Amanda traduzia no seu inglês perfeito. Na verdade as pessoas estavam deslumbradas com a modéstia e a simplicidade do rapaz. Ele respondia calma e pacientemente à imprensa, visivelmente sentindo-se desconfortável quando as pessoas o idolatravam ou o colocavam numa espécie de pedestal.

- Você não se considera nem excepcionalmente bonito? – perguntou com um grande sorriso sedutor uma bonita jornalista de uma revista brasileira de futilidades.

- Seguramente não – respondeu o artilheiro dos Cannons, levemente ruborizado.

- Eu o considero, moça – intrometeu-se Gina. O tempo todo a garota segurava na mão de Harry. Ela sabia que aquele tipo de conversa o deixava desconfortável – Pode acrescentar também, gostoso – disse a ruiva de maneira maliciosa, obtendo ahs! e ohs! entusiasmados dos presentes, além de olhares cobiçosos das mulheres em direção a Harry.

Amanda riu tanto que quase não conseguiu traduzir para aqueles que não falavam inglês as observações da artilheira. Harry atingiu vários tons de vermelho.

- Era realmente necessário dizer isso? – cochichou para a namorada.

- Digamos que foi para colocar algumas coisas no devido lugar – respondeu a ruiva, em seguida sorrindo de maneira falsamente meiga para jornalista brasileira.
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Do livro “Hábitos dos Bruxos do Novo Mundo”, de Charlotte Mannings, capítulo sobre o Brasil:

A comunidade bruxa brasileira foi constituída a partir do final do século XVI, quando alguns bruxos portugueses estabeleceram-se no país com a autorização das autoridades trouxas. Como ali já existiam grupos indígenas onde a magia era amplamente conhecida, bruxos europeus e os nativos estabeleceram uma convivência relativamente pacífica. Mais tarde, alguns bruxos de origem africana, que estavam entre os escravos enviados ao Brasil, juntaram-se a essa comunidade, que, entretanto, até o século XIX não possuía um governo próprio, diferentemente do que ocorria em outros lugares da América.

(...) A maioria das famílias bruxas mais antigas do Brasil tem essa tripla descendência: ameríndia, européia e africana. Outros bruxos posteriormente se juntaram à comunidade original, destacando-se um importante agrupamento de origem alemã, que se estabeleceu no sul do país a partir da segunda metade do século XIX, época em que os bruxos brasileiros, que já eram numerosos, organizaram um governo mágico, constituindo-se um presidente bruxo, modelo importado dos Estados Unidos, eleito a cada quatro anos, filiando-se o país à Federação Internacional dos Bruxos em 1.892.

(...) Não se verifica nesse país o preconceito contra trouxas ou contra bruxos nascidos de famílias trouxas, como ocorre, por exemplo, na Europa. A comunidade bruxa brasileira é considerada a mais liberal do mundo, e mesmo habitando um país com grandes desigualdades sociais nos meios trouxas, os bruxos conseguiram um razoável padrão de vida, que se é inferior ao das comunidades mágicas de outros países, é muito melhor do que os de seus compatriotas trouxas. A tolerância dos bruxos para com trouxas, nascidos trouxas e mestiços é uma das razões da falta absoluta de adeptos de “você-sabe-quem” no Brasil, não passando o país pela mesma crise que passaram recentemente o Peru e outros países do continente americano.

(...) Há hoje no Brasil várias cidades habitadas exclusivamente por bruxos, fato que é facilitado pela dimensão continental do país, o que dá bastante espaço para áreas isoladas dos trouxas. Isso não quer dizer que os bruxos vivam necessariamente isolados. Eles interagem freqüentemente com os trouxas e casamentos mistos são constantes.


- Você não deveria acreditar em tudo o que está escrito nesse livro – comentou Amanda para Hermione, enquanto a jovem medibruxa repousava o pesado volume em seu colo e olhava surpresa para a namorada de Andy Lopes, tirando os óculos de leitura.

Após tomarem outra chave de portal, os Cannons e seus acompanhantes foram conduzidos até o luxuoso hotel “Braziliam Magic”, próximo de uma praia bruxa exclusivíssima, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O clima era agradabilíssimo e a maioria dos jogadores foi apreciar o pôr do sol na praia, enquanto a jovem curandeira procurava inteirar-se mais sobre o país em que estavam.

- O que há de errado com o livro? – perguntou Hermione desconfiada. Ela considerava uma ofensa pessoal alguém duvidar de um livro de Madame Mannings, uma de suas autoras favoritas, e que diziam, já havia viajado pelo mundo todo.

- Nós brasileiros não somos tão tolerantes quanto ela diz. Infelizmente – acrescentou a morena com pesar, ocupando uma espreguiçadeira ao lado da medibruxa.

Como Hermione ainda olhava a jovem brasileira com ar intrigado, Amanda prosseguiu:

- Algumas famílias bruxas se acham melhores do que outras. Existem os metidos a superior. Embora não haja exatamente bruxos miseráveis no Brasil, algumas famílias ricas se julgam melhores do que outras por possuir mais dinheiro, status e poder.

- Bom, eu suponho que haja problemas em qualquer comunidade bruxa – disse Hermione – Mas aqui nesse país pelo menos as pessoas não são tão obcecadas com esse negócio de pureza do sangue.

- Não a ponto de aderir a um lunático como Voldemort – explicou Amanda – Mas, algumas famílias, notadamente as com dinheiro, se julgam realmente melhores. O governo bruxo dá grandes contribuições ao governo trouxa, sem, aliás, fiscalizar como eles usam o dinheiro, apenas para comprar a nossa independência. Isso permite que algumas famílias ricas, que custeiam a nossa autonomia, se eternizem no poder.

- Você parece conhecer bem o assunto – disse Hermione, impressionada.

- Eu tenho que conhecer. Afinal minha família é uma delas. Repare no final desse capítulo. Há uma lista dos bruxos brasileiros mais influentes dos últimos duzentos anos. Você vai ver que o sobrenome Trindade aparece constantemente. O atual presidente se chama Vicente Trindade.

- Todos seus parentes? – perguntou Hermione, mais impressionada ainda.

- Todos eles – confirmou a jovem, com uma expressão não muito feliz. Ela não parecia muito entusiasmada com a sua origem ilustre – Eles adoram o poder. E, embora não saiam por aí pregando a morte de “sangues-ruins” e trouxas, acreditam realmente que alguns bruxos são melhores do que outros. Meus pais, felizmente, são o que eu chamo a “parte boa” da família. Mas, o meu tio, o “ilustre presidente” é realmente um pé no saco, se é que você quer saber. Você poderá verificar isso amanhã.

Amanda estava se referindo ao jantar em que compareceriam na noite seguinte, onde o presidente e as autoridades do governo mágico brasileiro estariam presentes para recepcionar os visitantes ilustres.

- Meu tio tentou me convencer a não namorar o Andy – disse a garota, visivelmente tentando conter a irritação – Embora a família do Andinho seja uma antiga família bruxa, com descendência de negros, índios e portugueses, para pessoas como o meu tio eles não são “bons o bastante”, ou seja, não são ricos e importantes o suficiente. Lógico que agora ele mudou de idéia – acrescentou irritada – Afinal, ninguém pode implicar com o companheiro de time do Eleito.

Hermione, pensativa, lembrou-se de uma vez, quando ainda era criança, em Hogwarts, de contar maravilhada para Rony e Harry as informações que adquirira sobre o mundo bruxo, lendo livros na biblioteca. Naquela época, um Rony de doze anos, disse para a amiga que nem tudo que acontecia no mundo mágico estava nos livros. Hermione, é claro, ficou indignada com a constatação do ruivo, que ela julgava fruto da sua aversão à leitura. Mas, agora, quase dez anos depois, ela tinha que admitir que ele estava certo. Havia sutilezas nessa vida que às vezes nem os eruditos mais doutos como Madame Mannings conseguiam perceber o suficiente para colocar nos pergaminhos.
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- Quer dizer que o presidente bruxo do país não liberou uma verba que ele tinha para montar um centro de treinamento para jovens? – perguntou Harry para Andy enquanto caminhavam pela praia.

- E o motivo foi totalmente pessoal – respondeu o batedor brasileiro – Só porque fui eu quem propôs o projeto e pretendia coordená-lo.

Turistas, felizmente poucos a àquela hora, tiravam fotos de longe, pois alguns seguranças privados (sem falar de Goyle), garantiam um mínimo de privacidade aos jogadores e a Draco Malfoy, que discutia algo aparentemente muito sério com Gui Weasley. O mais velho dos Weasleys estava no Brasil para tratar de assuntos do Banco Gringotes, que iria inaugurar uma filial no país.

Nos últimos anos, Gui havia galgado várias posições na empresa dos duendes. De desfazedor de feitiços, passara após a guerra a administrador de fundos, trabalhando diretamente com os bruxos ricos e bem sucedidos, tais como jogadores de quadribol, artistas e corredores de vassouras. Harry estranhava as suas conversas particularmente longas com Draco.

- Por que ele teria problemas pessoais com você? – perguntou Gina, que andava entre os dois rapazes de braços dados com eles.

- Por que ele não achava que eu fosse “bom o bastante” para a sobrinha dele – respondeu Andy. E contou ao casal as mesmas mesquinharias da comunidade bruxa brasileira que Amanda havia contado a Hermione.

- Que canalha! – indignou-se Gina.

- Você terá o seu campo de treinamento, meu amigo – disse Harry muito sério.

Andy parou de repente, assustando o casal. Olhou para o colega de time durante alguns segundos e depois, com aquela mesma voz firme, que já tinha usado uma vez na Inglaterra, para explicar a Harry que não era um “rival”, disse estranhamente num inglês sem sotaque:

- Os maus se assustam com o seu poder e os bons se surpreendem com a sua bondade, Harry Potter.

Gina e Harry olharam-se confusos. O brasileiro, entretanto, parecia ter voltado ao normal e tinha um sorriso tranqüilo nos lábios.

- Desculpe se assustei vocês – disse, de novo com seu sotaque carregado – A “voz” às vezes se manifesta em momentos de euforia.

- Você é um sensitivo, não é mesmo? – perguntou a ruiva.

- Sou, mas nunca trabalhei as habilidades – explicou o jovem – Às vezes elas aparecem na presença de um bruxo de grandes poderes. Ou próximo de duas pessoas com uma ligação afetiva muito forte.

- Eu e Harry? – perguntou a ruiva surpresa.

- Quem mais? Eu nunca senti nada tão forte durante a minha vida – respondeu o brasileiro, abraçando os amigos.
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- Eu gostaria de falar com você na frente das pessoas aqui que são a sua família, Potter. E na frente de Vitor e Toni, que são sócios -proprietários do time - disse Draco Malfoy de maneira mais séria do que o usual, apontando os Weasleys e Hermione, além de Vitor Krum e Toni M’Bea.

Eram quase dez da noite e Vera impusera onze horas como horário máximo para o recolhimento dos jogadores aos seus aposentos. “Ainda que acompanhados”, disse a búlgara maliciosamente para Harry, Rony e Andy. A treinadora no momento flertava descaradamente com dois turistas argentinos, enquanto, duas mesas ao lado, Apollo Cole contava vantagens para uma deslumbrada turista americana.

Toledo e Tess haviam subido para o quarto que dividiam, assim como Andy e Amanda. E os três jovens reservas do time estavam no salão de jogos, às voltas com uma máquina mágica de videogame. Goyle, parado como um trasgo amestrado à porta do salão de reuniões do hotel, mantinha jornalistas e turistas longe de Harry, Draco e dos demais que ocupavam o recinto.

- Recebi uma mensagem de Severo hoje à tarde – continuou o loiro – O ministério nos cedeu o antigo terreno dos Cannons em Chudley. Parece que o time vai voltar a ter o nome original. Eles nos darão o terreno se o Potter perdoar uma parte da dívida que o ministério tem com ele. Poderemos construir um bom estádio onde estão as ruínas do antigo, além de um belo campo de treinamento.

- Sem problemas – disse o ex-grifinório.

- Mas o estádio é seu – afirmou Draco de forma surpreendente.

- Não é do time?

- Também.

- Olha aqui, Draco, você poderia deixar de joguinhos?

- Em que você aplica o seu dinheiro, Potter? – perguntou o loiro, aparentemente sem motivo algum.

- O que isso interessa a você? – exaltou-se Gina, sempre pronta a defender Harry.

- É. O que interessa? – apressou-se a dizer Rony

- Eu explico – disse de maneira apaziguadora Gui Weasley – Uma das minha obrigações no Banco Gringotes é zelar pelos investimentos dos nosso clientes. Há tempos eu venho aconselhando o Harry a investir o seu dinheiro em algum negócio concreto e seguro. Ele tem alguns imóveis alugados no mundo bruxo, herdado de Sirius Black, mas tem muito dinheiro parado, o que não é aconselhável. No nosso mundo, dinheiro parado não rende dividendos muito bons – explicou o mais velho dos Weasleys com a eficiência de um homem de negócios.

- E onde o Malfoy entra nisso? – quis saber Rony.

- Eu me tornei dono dos Cannons, me uni às Gemialidades Weasleys nas filiais que estão para ser abertas nos Estados Unidos e em breve na América Latina, o que me torna sócio dos seus irmãos. Há um imenso negócio em potencial de venda de uniformes, bonés e tudo o que vocês podem imaginar associado aos Cannons. Seu irmão aqui estava me indicando as pessoas certas para uma sociedade com esse objetivo. Eu pretendo ainda lançar na Inglaterra uma edição local do Wizzard Sports.

- Ou seja, você vai ser dono do time, vai comercializar roupas, ser dono de revista, sócio dos gêmeos – disse Rony de maneira sarcástica – Não acha que é muita coisa para um cara só?

- Ah, eu realmente acho, Weasley – concordou Draco – Por isso o Banco Gringotes me emprestou o seu irmão mais velho por uns tempos, já que os duendes também estarão envolvidos. Olívio será o meu consultor jurídico em tempo integral. Seu amigo Dino Thomas vai desenhar os uniformes e roupas que serão comercializados com a marca dos Cannons. Aquele irlandês amigo do Thomas...

- Simas Finningan? – perguntou Harry.

- Esse mesmo. Ele poderá produzir uma parte das vestes sociais, já que a sua família é do ramo. Como vocês podem ver, estarei dando trabalho para todos o seus amigos grifinórios...

- Ainda não entendi onde meu dinheiro entra nisso...

- Eu acho que você deveria investir em alguma coisa. Multiplicar o dinheiro – disse Gui.

- Não é a primeira vez que o governo tenta se apoderar do dinheiro de bruxos ricos no Gringotes – explicou Malfoy – Em caso de emergência no mundo mágico eles até poderiam fazer isso legalmente.

- Você quer que eu invista nos seus negócios? – perguntou Harry, ligeiramente espantado.

Draco riu daquela sua maneira peculiar, que no passado tanto havia irritado os grifinórios.

- Potter, você é lento mesmo. Eu quero que você seja meu sócio. Os Cannons e todos os outros empreendimentos farão parte de uma organização empresarial poucas vezes vista no mundo mágico. As ORGANIZAÇÕES POTTER-MALFOY! Gostou do nome?

- Você só pode estar brincando – falou Rony. Com exceção de Gui, os demais pareciam surpresos demais para dizer qualquer coisa.
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MUITO BEM: APOSTO QUE VOCÊS VÃO RECLAMAR QUE O CAPÍTULO NÃO TEVE AÇÃO! MAS, NO PRÓXIMO CAPÍTULO:
-MAIS GOIABADA (HEHEHEHE!).
-RONY TEM UMA CONVERSA SÉRIA COM HERMIONE
-DRACO TEM UMA CONVERSA SÉRIA COM HERMIONE (QUE ESTRANHO...).
-QUADRIBOL E COMIDA NOS TRÓPICOS.
-A VOLTA TRIUNFAL DE... ADIVINHA!
-HARRY ACEITA A SOCIEDADE?
-POLÍTICO É TUDO IGUAL!
-MANDEM REVIEWS, ORA!








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