CANTANDO PRA VOCÊ DORMIR

CANTANDO PRA VOCÊ DORMIR



- Olha essa foto – dizia uma quase chorosa Jane O’Neal a sua secretária e confidente Teresa Smith.

No “Profeta Esportivo” estava a foto de Harry e Gina que Colin havia tirado. Ambos sorrindo um tanto tímidos e se abraçando.

- Eles parecem tão bonitos e felizes que até me dá náuseas! - exclamou a contrariada jogadora da Irlanda. Depois, num outro tom, tentando fingir que a foto não a afetava muito, disse para Tess: - Querida, você pode mandar uma carta para Draco Malfoy nos Estados Unidos?

- Claro – concordou a jovem – Eu ia mesmo mandar uma coruja expressa para a América.

- Estados Unidos, você quer dizer? – perguntou Jane desconfiada – Você anda escrevendo muitas cartas, não é mesmo?

- Bem... É – confirmou a amiga.

- E eu poderia saber com quem você vai se corresponder nos Estados Unidos?

- Você não conhece muito bem. É só uma amiga... – tentou desconversar a outra.

- Não seria uma jogadora de quadribol, não é mesmo?

- Jogadora de quadribol? – atrapalhou-se Tess

- Sua pequena traidora! – disse Jane, mais divertida do que propriamente contrariada – Você não anda se encontrando e se correspondendo com uma certa artilheira peruana, não é mesmo?

Tess ficou tão vermelha quanto as antigas vestes da Grifinória. Finalmente a garota admitiu:

- Eu e Cris Toledo estamos juntas a aproximadamente um mês – seu rosto agora atingia um tom quase arroxeado.

- Por isso você sabia que Harry Potter amava Gina Weasley! Aquela garota praticamente não desgruda do Harry. Mas – quis saber Jane curiosa – Você não teve namorados? Não achava o Harry bonito?

- Bem, eu não tenho muitos preconceitos, sabe? – falou Tess, muito constrangida – Eu e Cris nos demos muito bem depois que nos reencontramos há algum tempo. A gente já se conhecia em Hogwarts.

- E por que você não me contou, Tess? Sobre você e a garota peruana, quero dizer. Você acha que eu deixaria de ser sua amiga por causa disso? Que eu a demitiria ou algo assim?

- Bem, é que você sempre foi tão...

- Heterossexual? – brincou Jane – Escute, Tess, eu posso ser uma sonserina individualista e um pouco convencida, mas felizmente não tenho esses preconceitos bobos.

- Desculpe, Jane. Eu realmente deveria ter confiado em você.

- Tudo bem, amiga. É justo que pelo menos uma de nós se dê bem em relacionamentos – concluiu Jane lançando mais um olhar contrariado sobre a foto onde Harry e Gina sorriam abraçados. “Que roupa mais sem graça a dessa ruiva!”, pensou despeitada.
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- Muito bem, crianças – dizia uma jovial Vera Ivanova para o time dos Cannons. Os jogadores estavam sentados no chão, em volta dela no campo de quadribol da propriedade. – Eu estou realmente feliz por trabalhar com vocês. Todos são importantes para o time, devo dizer, inclusive aqueles que não forem escalados para as partidas – falou, lançando um olhar compreensivo para os três jovens que viajaram como reservas – Mas eu prometo dar chances para todo mundo. Gina e Rony Weasley, Toledo, Toni, Vitor, Andy e Harry serão os titulares por enquanto. Talvez Harry não jogue no primeiro jogo contra as Harpias. Cole joga de artilheiro.

- Yes! – comemorou o jamaicano.

- Eu ouço a opinião de todo mundo. Se alguém tiver alguma coisa pra me dizer sobre tática ou posicionamento, pode me dizer. Só que no final, EU tomo as decisões – continuou Vera com seu sotaque búlgaro – Outra pessoa que vocês vão obedecer, até mais do que eu, é Hermione Granger. Vocês vão comer o que ela mandar e na quantidade que ela quiser, vão tomar as poções que ela der e ninguém joga se ela não permitir. O que foi, Cole? – perguntou a treinadora, vendo a expressão de desdém do jamaicano.

- Por que essa garota vai mandar em mim agora?

- Porque ela é inteligente e você é um idiota. Ela sabe das coisas e você não sabe. Eu gosto dela e não gosto de você. Mais alguma dúvida de sua parte, brother ?

Toni abafou o riso com muito custo. Rony parecia estar soluçando silenciosamente, o rosto tão vermelho quanto os cabelos, também segurando uma gargalhada.

- E “algumas” pessoas vão poder ficar se agarrando por aí? – perguntou o jamaicano de maneira desagradável, olhando cinicamente para Gina, que estava sentada de costas para Harry recostada no garoto, que tinha os braços em volta dela.

- Se eles não ficarem se agarrando na hora do treino, eu não vejo problema nenhum – respondeu friamente a treinadora – Tem mais uma coisa, Cole: Diferentemente daquele irlandês idiota que me precedeu, eu não gosto de jogadores “polivalentes”. Simplesmente não acredito nisso. A menos que você seja genial como o Harry, o que eu duvido. Você só não está fora desse time porque Harry e Toni me pediram pra você ficar. Você é uma bosta como batedor, mas eles dizem que você leva jeito como artilheiro. Vamos ver. Mas acho melhor você ficar de boca fechada ou eu vou azarar o seu bastão de uma maneira que... Bem, digamos que você vai ter que mudar de time , se é que você me entende.

Minutos de gargalhadas explodiram entre os atletas antes que Vera continuasse a sua preleção. Apenas Cole continuou sério e praguejando em pensamento.
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Caro Malfoy:

Um americano desagradável chamado Norman Benton andou me aporrinhando aqui no Banco Gringotes. Usando a boa e velha “diplomacia Weasley”, mandei-o para alguns lugares distantes, no que fui apoiado pelos duendes, meus patrões, que também não gostaram muito do sujeito. Dizem que o cara é definitivamente do mal.

Falam por aí (mas nunca provaram) que durante a guerra ele administrava fundos muitos suspeitos que pertenciam a pessoas muito próximas de “você-sabe-quem”. O cara tem atualmente muito cartaz no mundo mágico por ter alavancado as vendas das Vassouras Nimbus, que patrocina vários times de quadribol na Europa no momento. Soube que as vassouras estão, junto com o Gringotes, bancando a excursão dos Cannons. Até aí tudo bem. Acontece que o cara gosta de dar palpite em tudo e se intrometer nos times que as vassouras patrocinam.

Ele tem algum daqueles cargos indefiníveis, mas que dão a quem exerce um poder muito grande. O motivo dessa carta é que ele andou por aqui fazendo perguntas sobre Harry e sobre as suas finanças. Soube (por ele mesmo) que estava voltando para o seu país e queria muito se reunir com o presidente dos Cannons para “assessorar o garoto”, foram suas palavras literais.

Como você tem sido decente com os meus irmãos e com o Harry (que é praticamente meu irmão também), achei melhor alertá-lo.

Atenciosamente

Gui Weasley



Querido Draco:

Um americano muito metido andou me procurando por aqui, fazendo perguntas desagradáveis sobre você e seu amigo Harry. Já conhecia o sujeito, pois ele tem algum cargo importante nas Vassouras Nimbus, que patrocinam vários times de quadribol. Um ano atrás ele me procurou para “gerenciar” (palavras dele) a minha carreira. Como o achei extremamente pedante, mandei-o plantar batatas.

Soube que ele tem a péssima mania de dar palpites nos times patrocinados pelas vassouras. Os Tornados, inclusive, romperam o contrato com a firma por causa da tentativa do sujeito de mandar em tudo. Ele me disse que vai procurá-lo aí nos Estados Unidos. Estou te prevenindo.

Um beijo

Jane O’Neal

P.S. : “Ele” está com a ruiva, não é mesmo? Odeio admitir que você e Tess tinham razão.
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- Eu não estou agüentando esses dois! – exclamou Rony, vendo Gina dar comida na boca de Harry na hora do almoço, enquanto os dois trocavam olhares apaixonados.

- Pensei que você ia ficar contente de ver os dois se acertarem – disse Helga, tendo a concordância de Toni.

- Eu estou contente, é claro! – retrucou Rony – Mas, ver a minha irmãzinha e meu melhor amigo se agarrando toda hora é meio constrangedor...

- Ela não é mais a “sua irmãzinha”, Weasley – intrometeu-se Vera – Ela é uma grande jogadora de quadribol e é uma bela moça. E está perdidamente apaixonada pelo moreno ali – apontou a treinadora o outro lado da mesa.

Rony teve a impressão de que se a irmã não desse comida para o amigo, ele não encontraria a própria boca, tão fascinado que estava com a proximidade da ruiva.

- Eles não são lindos? – perguntou Hermione, com um sorriso radiante.

- Argh! – exclamou Miriam – aposto que eles vão ficar fazendo aquele negócio nojento com a língua!

- Miriam! – ralhou Helga. Mas as outras crianças concordaram com a garota mais velha.

- O Harry tem que ser mesmo corajoso pra ficar se abraçando com uma garota bonita como a Gina – refletiu o pequeno Dylan depois de algum tempo – Como todos o olharam surpresos, o garoto explicou: - É que as garotas bonitas costumam ser assustadoras.

- HUMPF! – resmungou Apolo Cole, que andava muito quieto depois da bronca da treinadora e de ter descoberto que poderia ser mandado embora do time – Vou ter que ensinar algumas coisas pro meu sobrinho!

- Levando em conta o seu sucesso recente com as garotas, vai ser um ensinamento muito breve! – zombou Toni, fazendo cócegas no sobrinho do jamaicano – Mas não tenha medo, garoto – disse para Dylan – As garotas só são assustadoras quando estão bravas ou quando estão apaixonadas.

- Eca! Eu não quero ver eles se beijando – disse Miriam contrariada.
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Seboso era a maneira que os grifinórios se referiam ao seu antigo professor e atual amigo Severo Snape. Mas Draco imaginava que o adjetivo cabia muito bem ao Sr. Norman Benton, o “grande cara” das Vassouras Nimbus, pois ninguém era capaz realmente de dar nome à função que o sujeito exercia na companhia. Parecia um trouxa americano saído de um filme. Bem vestido, de terno escuro, grande e robusto, loiro, cabelos cortados bem curtos. Era exatamente como as pessoas imaginavam um americano responsável de meia idade.

Ele não era seboso porque tinha o cabelo oleoso como o antigo professor, refletiu Draco. O sujeito era seboso nas idéias. Cinco minutos de conversa e o loiro já queria imitar o irmão mais velho de Rony e mandá-lo para alguns lugares distantes. O cara tinha sorte de não estar conversando com Harry ou os Weasleys, ou ele seria no momento um sapo seboso. Ou algum outro animal fácil de ser esmagado com os pés. Não que o imbecil não merecesse. Draco mesmo estava prestes a providenciar isso.

- Não sei se você ouviu falar da minha discordância com o dono dos Tornados – disse o americano.

- Mais ou menos – respondeu o loiro. Estava ficando cada vez mais lacônico na esperança que o homem percebesse que não estava agradando.

- Muito bem – continuou o homem mais velho, sem perceber a impaciência de Draco – Eu sugeri a eles que colocassem Daves como capitão do time. Daria uma impressão melhor ao público.

- O que há de errado com a Johnson? – perguntou Malfoy, percebendo que não iria gostar da resposta.

- Ah, nada demais, meu jovem – começou a explicar o americano de maneira cordial, aparentemente muito satisfeito por expor o seu ponto de vista – Se fosse na América, realmente não haveria problemas. Angelina Johnson é uma ótima jogadora, muito bonita também, líder sindical. Mas, você sabe, a Inglaterra é diferente. E os Tornados são um time muito tradicional, com uma torcida tradicional. E aquela moça não é exatamente o que bruxos tradicionais aprovariam, se é que você me entende – finalizou dando uma piscadela cheia de significados.

O que ele queria dizer era muito simples: Angelina não era a capitã ideal para o time, pois era negra e nascida trouxa. E líder da categoria também. Para alguns bruxos conservadores ela reunia muitas qualidades negativas. A piscadela de cumplicidade do homem, como se Draco partilhasse daquelas idiotices, fez o loiro ter vontade de transformá-lo num verme ou algo menor e mais nojento.

Na verdade o mundo empresarial bruxo estava cheio de Normans Bentons. Todos arrogantes e preocupados em ganhar dinheiro, alimentando velhos preconceitos trouxas e bruxos em nome de um suposto “mercado” ou do “gosto do cliente”. Draco refletiu se esses sujeitos não eram piores do que os antigos comparsas do Lorde das Trevas. Pelo menos o preconceito daqueles era apenas contra os nascidos trouxas. Eram seres cruéis e desprezíveis, mas não se importavam com a cor da pele dos bruxos. O preconceito deles era horrível, mas não era motivado pela sede insaciável de dinheiro. Draco tinha certeza que esse individuo a sua frente estaria dando conselhos financeiros à “você-sabe-quem” se o resultado da guerra fosse outro. Nessas horas ele realmente ficava feliz de Harry Potter ter mandado o bruxo das trevas para o inferno. Era para esse lugar que estava prestes a mandar o americano sem escrúpulos.

- Mas Tiberius Richmond não quis me ouvir, aquele velho idiota. Ele poderia estar ganhando muito mais dinheiro do que já está – concluiu o implacável homem de negócios.

Tiberius Richmond era o dono dos Tornados, como antes dele todos os seus antepassados o foram. Os Richmonds seriam no mundo bruxo a antítese dos Malfoys. Enquanto a família de Draco sempre preservou a pureza do sangue, casando os seus membros só entre pessoas nascidas de famílias bruxas, os homens da família Richmond pareciam sentir uma atração muito grande por mulheres trouxas. Eram os bruxos ricos e tradicionais mais politicamente corretos que existiam. Ricos à beça, mas bastante tolerantes e opostos a preconceitos contra nascidos trouxas e mestiços. Haviam sido, inclusive, de grande valia na guerra, pois foram uma das poucas famílias tradicionais do mundo mágico a prestar apoio incondicional à Ordem da Fênix.

Ele imaginava o velho Tiberius ouvindo conselhos sobre quem deveria ser nomeado capitão do time. Certamente o ancião ficara possesso e rasgara em pedacinhos os pergaminhos do contrato com as Vassouras Nimbus, pouco se importando em pagar uma multa ou responder a um processo.

- Erro que eu espero que você não cometa, meu caro Draco – disse de repente o Sr. Benton, tirando o jovem presidente dos Cannons dos seus devaneios.

- O senhor vai me dar alguns conselhos, eu suponho – concluiu Draco friamente.

- Exatamente! Por exemplo, eu não estou muito contente com a treinadora que você contratou.

- Sério?

- Sim, ela não tem uma conduta muito recomendável, sabe? Atirada e desbocada demais para os padrões morais do quadribol inglês.

- É mesmo? – indagou o loiro, fingindo interesse.

- Sim, e aquela artilheira peruana então? É verdade o que dizem sobre ela?

- E o que dizem sobre ela? – perguntou Draco de maneira inocente.

- Que ela não é uma garota normal.

- Chega, Sr Benton – disse Draco calmamente, mas estava explodindo de ódio – Podem entrar, amigos – falou, virando-se para uma estante que se abriu, revelando cinco jogadores do time dos Cannons, a treinadora Ivanova e Amanda Trindade, namorada do batedor brasileiro Andy Lopes.

- Eles estavam ouvindo a nossa conversa! – exclamou o norte-americano – Isso é um acinte!

- É mesmo? – perguntou a jovem brasileira – Nós testemunhamos o senhor manifestar preconceito de raça, de origem e de orientação sexual. O senhor estaria ligeiramente encrencado pelas Leis Internacionais de Magia, que regem o mundo bruxo, se nós resolvêssemos divulgar o conteúdo do seu discurso. Ainda mais nos Estados Unidos, país do “politicamente correto”.

- E atirada é a... – ia dizendo Vera Ivanova.

- Calma, Vera – tranqüilizou-a Draco – Eu tenho certeza que o Sr. Benton já estava de saída, mas antes ele iria preencher a transferência dos galeões de patrocínio para conta do time, não é mesmo?

- Você não vai me chantagear, seu moleque idiota! – vociferou o bruxo mais velho – Você acha que alguém vai acreditar no que foi dito nessa sala?

- “Alguém vai acreditar” – retrucou Draco tranqüilamente – Há uma ótima invenção trouxa chamada gravador. Outra invenção muito boa é gravação em vídeo. Principalmente quando a gente pode enfeitiçar o aparelho para reproduzir a conversa num certo escritório em Londres.

Nesse momento ouviu-se um barulho estridente. Era o celular de Draco, que calmamente atendeu-o e passou o aparelho para o americano. Com um gesto de sua varinha, a conversa foi ampliada e ouvida por todos na sala.

- Muito prazer, Sr. Benton – disse a voz no aparelho – Meu nome é Olívio Wood, sou advogado do Sr. Malfoy e dos jogadores dos Cannons. Tenho aqui uma fita com toda a sua conversa. Espero que não tenha que mostrar para ninguém. O Sr. Malfoy espera que o senhor faça imediatamente a transferência do dinheiro do patrocínio que foi acertado em contrato. Tenha um bom dia.
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- Eu me sinto tão bem, sendo mal, sabem? – dizia Draco Malfoy para o resto do time dos Cannons – É que quando eu sou mal é que eu sou realmente bom. Vocês conseguem entender?

- Acho que você bebeu demais – Respondeu Rony.

- Eu posso, Weasley – retrucou Draco – Eu não vou acordar cedo amanhã para treinar. A propósito, eu acho que vou até Boston e cair na farra. Dizem que as trouxas americanas se amarram num sotaque britânico. Pena que vocês precisam dormir cedo – desdenhou.

- Sabe, Draco, acho você deliciosamente maldoso – disse Vera – A maneira como você desmontou aquele americano metido...

- Eu gostaria de mostrar pra aquele sujeito quem não é normal – falou Toledo contrariada.

- Você não deve ligar pra esse idiota – consolou-a Harry.

- É – concordou Gina – O sujeito é um cretino completo. Falar mal da Angelina...

- Sempre pensei que bruxos não fossem racistas – disse Helga – Sempre pensei que a cor de uma pessoa não importasse no mundo mágico.

- O problema é que com o fim da guerra os bruxos incorporaram muita coisa do mundo dos trouxas – ponderou Hermione – E nem todas boas, infelizmente.

- Bom, eu vou indo. Durmam cedo, crianças – zombou novamente Draco – Mas... A Granger não precisa levantar cedo amanhã. Não quer ir comigo a Boston? Brincadeirinha, Weasley! – acrescentou rapidamente, vendo o olhar homicida de Rony.
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- Você está bem, Harry? – perguntou Gina para o namorado na porta do quarto deste.

- Com você por perto, é claro – respondeu o rapaz, abraçando a ruiva.

- E se eu ficasse por perto a noite toda? – perguntou a jovem de maneira sedutora – Sabe como é, velando seu sono, cantando pra você dormir.

- Acho que eu não dormiria – respondeu Harry. Estranhamente começou a sentir que a temperatura aumentava.

- Para mim está bom – foi a resposta de Gina antes de beijar o garoto que amava.

As coisas ficaram um tanto confusas a partir daí. A porta havia se fechado e de repente eles estavam do lado de dentro do quarto. A cama era bastante espaçosa, mas eles se deixaram cair no carpete macio. As roupas deixadas pelo caminho.

Antes que um turbilhão de cores a envolvesse, Gina viu apenas um par de olhos verdes que brilhavam na escuridão suave. Ela se perdeu nesse verde antes que várias outras cores brilhassem estranhamente no aposento. Harry acariciou os cabelos vermelhos da garota que amava antes de se sentir irremediavelmente perdido. E no entanto nunca se sentira tão suavemente em paz, tão próximo de casa.

- Eu te amo – ele disse. Ou foi Gina quem disse.

É possível que ambos tenham dito, ou apenas sentiram que se amavam e precisavam um do outro. Mais do que qualquer outra coisa que já tenham precisado nesse mundo. E não haveria, após aquela noite, uma única manhã em que deixariam de lembrar disso.
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OK. AGUARDO COMENTÁRIOS. ESSE CAPÍTULO FOI UM PRESENTE ESPECIAL PARA OS H/G, QUE ESPERARAM PACIENTEMENTE (OU NEM TANTO) POR ESSE MOMENTO.
NO PRÓXIMO, A MANHÃ SEGUINTE E O JOGO!!! COM A PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE VAMP SHAPIRO, É CLARO.










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