As três armas de Mérlim




Chegaram na Ala hospitalar, que só não estava vazia por que um rapaz ruivo estava deitado na maca, e uma Madame Pomfrey cuidando dele.
 -Hmm... oi? - disse Hermione.
 Madame Pomfrey se virou.
 -Ah, são vocês. Minerva avisou que viriam. Deitem-se, por favor.
 Eles obedeceram. Rony olhou para o rosto machucado do amigo, depois para Gina e Hermione. Ele estava apavorado.
 -O que é que aconteceu? - perguntou, sem voz.
 -Te conto mais tarde - disse Harry.
 -Weasley - continuou Madame Pomfrey. - Você precisará descansar um pouco. Tome essa poção - Concluiu tirando um frasco prateado do bolso das vestes.
 Harry olhou para Hermione, que também estava levemente ferida.
 -Potter - chamou Madame Pomfrey. - Ah, Potter. Sempre se metendo em confusão.
 A freira chegou mais perto e examinou o rosto machucado de Harry.
 -Ah não, vai ficar uma cicatriz aqui - disse, levando a varinha próxima à um lugar na nuca.
 -Ah, era tudo o que eu precisava, de uma cicatriz na nuca para combinar com a da testa.
 -Ela ficará escondida pelos cabelos.
 Madame Pomfrey foi até sua sala, e logo voltou trazendo uma caixa. De lá, ela tirou algumas fitas e gases, e fui colocando no rosto de Harry. Ele não ficou propriamente com a cabeça enfaixada, mas foi quase.
 -Essas fitas vão fechar os cortes pequenos.
 -Certo - disse Harry.
 -E agora você, Granger - se aproximou a freira. - Hm... cortes no braço e no rosto, também... sente dor em algum lugar?
 Hermione colocou a mão sobre o calcanhar.
 -Sinto uma dor aqui - disse ela. - Acho que foi por que pulei de uma altura alta, sabe.
 Madame Pomfrey esticou a varinha e passou pelo calcanhar de Hermione, como se fosse um Raio-X.
 -Sim, você fraturou o calcanhar. Isso é mais fácil. Remendous!
 Uma luz fraca e arroxeada saiu da varinha de Madame Pomfrey, e sse enrolou no calcanhar de Hermione. Ficou ali poucos segundos e desapareceu.
 -Parou de doer? - perguntou.
 -Sim, parou - respondeu Mione.
 -E você, Ginevra?
 -Eu não tenho nada.
 -Tem certeza?
 -Claro, olhe para mim!
 Madame Pomfrey encarou Gina, coomo se a avaliasse.
 A curandeira saiu para sua sala, deixando Harry, Rony, Hermione e Gina sozinhos.
 -Onde é que vocês se meteram? - perguntou Rony.
 -Você não vai acreditar, Ron - disse Hermione.
 Rony se sentou.
 -É claro que eu vou acreditar. Então, onde é que vocês estavam?
 -É o seguinte - começou Harry. - Gina estava em Azkaban.
 A taça que Rony usara pra beber a poção caiu no chão, se quebrando. A boca de Rony se escancarou.
 -Eu não acredito!
 -Eu falei - lembrou Hermione.
 -Em... Azk... não pode ser, eu não ouvi direito!
 Harry olhou para Hermione, pedindo ajuda.
 -Vocês querem me fazer de bobo, é isso - disse Rony, um sorriso froxo no rosto. - Se Gina estivesse em Azkaban, eu saberia. Aliás, todo mundo na escola saberia. Em todo o caso, Gina estava com a gente quando veio pra Hogwarts!
 -A Gina que estava com vocês não era eu - disse Gina.
 -Como disse?
 -Os sequestradores me pegaram quando fui me trocar no Expresso de Hogwarts. Um deles estava com uma poção, que eu presumi que era a poção polissuco. Eles arrancaram uma mecha do meu cabelo e colocaram na poção.
 -Como eles entraram no trem? - perguntou Hermione.
 -Não faço idéia. Eu não os vi entrar.
 Rony escutava abobado a conversa.
 -E então, papai e mamão já sabem?
 -Com certeza devem ter visto no Profeta - disse Harry.
 ''Aliás, Hermione'' - emendou Harry - ''O que você queria me dizer sobre a espada?''
 -Que espada? - perguntou Rony.
 -Encontramos uma espada na caverna. - disse Hermione.
 -Caverna?
 Rony suspirou. Era melhor começar do início.
 -Certo, Rony. Tudo começou depois que eu o visitei aqui, de manhã. Eu voltei para a Sala Comunal avisar Hermione que você ficaria bem.
 ''Quando eu cheguei lá, senti falta de Gina. Me lembrei que não a via desde o dia anterior.''
 Rony escutava com atenção.
 -Então eu resolvi pegar o Mapa do Maroto, e procurar Gina lá.
 -E onde ela estava?
 -Ela não estava. Não a encontrei em lugar algum, então supus que ela estivesse na Sala Precisa. Mas quando eu estava indo para lá, escutei uma conversa estranha...
 -Que tipo de conversa? - indagou Rony, com interesse.
 -A Profª McGonagall estava conversando com o Prof. Flitwick, sobre um ataque à trouxas, e que Gina foi vista na cena do crime.
 ''McGonagall disse que Gina estava em Azkaban, então eu não hesitei, corri para a Sala Comunal, avisei Hermione e peguei a capa.''
 ''Então, perguntei à Hermione onde ficava Azkaban.''
 -E onde é que fica? - perguntou Rony.
 -Próximo à África. - repetiu Hermione.
 Rony boquiabriu-se mais ainda.
 -Vocês... não... vocês estiveram na África?
 -Não exatamente na África. Estivemos no litoral, em um deserto. Nós voamos por esse deserto até encontrarmos a passagem bloquada por uma montanha monstruosa. Não era uma montanha normal, situada no meio do deserto, e daquele tamanho! Então eu vi uma fresta no rochedo, aí eu já sabia o que fazer.
 ''Nós entramos por essa fresta e caímos na pedra, dentro de uma caverna. Lá era tudo escuro, não tinha sequer nenhuma luz. Então, um fogaréu iluminou o lugar, e você não vai acreditar no que é que tinha lá.''
 -O que é que tinha?
 -Um dragão.
 Rony se espantou, se isso era possível, mais ainda. Suas orelhas ficaram vermelhas com o esforço involuntário de abrir a boca e os olhos.
 -Então Harry conjurou um feitiço que iluminou a câmara - começou Hermione -, e o dragão ficou visível. A gente fugiu enquanto pode, então entramos embaixo da capa, lançamos um feitiço ''Abaffiato'', e o dragão não podia nos ver nem ouvir.
 -Foi aí que Hermione e eu nos aproximamos, e lançamos um feitiço Conjutivictus no dragão. Como era de se esperar, ele levantou vôo, lançando fogo para todo lado. Nós corremos até um lago próximo, dentro da própria câmara, e mergulhamos.
 -Harry tinha visto um brilho dourado depois do lago, então disse que era pra gente ir lá. - disse Mione
 -E depois que vocês pularam, o que aconteceu? O dragão parou? Vocês acharam a saída? O que era esse brilho dourado, a espada?
 -Sim, era a espada. Nós pulamos na água e atravessamos o lago. Harry pegou a espada e no mesmo instante apareceu uma porta de saída.
 -Então, o dragão me atacou... aí aconteceu uma coisa engraçada... - disse Harry.
 -É claro, pois essa espada, Harry, é...
 -Depois você fala, Hermione - disse Rony. - Agora quero saber o que aconteceu. Continua, Harry!
 -Então... No reflexo, eu brandei a vassoura e golpeei o fogo.
 -Você golpeou o fogo com uma espada?
 -Já disse, fiz no reflexo. O que mais você faria, se uma labareda viesse diretamente para você, e nas mãos você tivesse somente uma espada?
 -O.k., O.k. Mas não muda de assunto, o que a espada fez?
 Harry hesitou, procurando a melhor maneira de explicar.
 -Bem... A espada serviu como escudo. Refletiu o fogo.
 -Entendi... E depois, vocês conseguiram fugir?
 -Sim, eu e Mione corremos e saímos pela porta. Você já pode adivinhar onde saímos...
 -E vocês já estavam em Azkaban?
 -Não exatamente - disse Hermione. - Nós saímos numa espécie de túnel. Logo depois do túnel, encontramos o mar, um mar muito escuro, acho que é daquele jeito porque está rodeado de dementadores. Rony, você não acreditaria, centenas de dementadores!
 -Como vocês fugiram, então, se eram tantos dementadores? Só com Patronos?
 -Sim, só com Patronos - disse Harry.
 -Harry - continuou Rony. - Como conseguiu essa nova... cicatriz?
 -Ah, sim. Nós voamos em direção à uma ilha, onde ficava a prisão. Então entramos....
 -E como vocês entraram? 
 -Pela porta - disse Hermione.
 -Pela porta? - Riu-se Rony. - Quanta hospitalidade!
 Harry se sentiu feliz por estar ali com o amigo. Uma hora estava à beira da morte em Azkaban, agora estava rindo da situação.
 -Nós entramos - disse Hermione -, e na parede estava gravada a lista de andares. Encontramos o andar onde Gina estava, mas..
 -Mas o quê?
 -Mas... - Hermione continuou. - Apareceu um homem. Um segurança. Ele desarmou Harry, e eu ainda estava escondida pela capa. Foi aí que Harry conseguiu a cicatriz...
 -O que esse homem fez? - perguntou Rony, se assustando.
 -Ele atacou Harry com um feitiço. Deve ser um feitiço das Trevas, por que eu nunca ouvi falar.
 -Que feitiço? - perguntou Rony.
 -Não me lembro...
 Rony mecheu nos cabelos.
 -Então foi assim que Harry ganhou a cicatriz. Como conseguiram fugir?
 -Hermione - disse Harry.
 -O que ela fez?
 -Bem, esse homem tentou me torturar. Então Hermione projetou um feitiço escudo, exatamente como eu fiz quando o Lestrange tentou te torturar.
 ''E isso mudou muita coisa.'' - Harry continuou. ''A maldição acertou no teto, aí você já pode imaginar o que aconteceu.''
 -Então o teto caiu?
 -Sim. Mas não caiu na hora, se tivesse caído estavamos mortos. - disse Hermione.
 -Mas antes - continuou Harry -, aconteceu outra coisa engraçada. Eu estava desarmado, e então o homem tentou matar Mione.
 -Ele o quê?
 Rony parecia ter perdido a linha. Agarrou o travesseiro com todo o ódio que conseguiu reunir.
 -Mas, é claro, ele não conseguiu. Mione escapou antes que ele conseguisse, então aconteceu outra coisa estranha...
 ''A espada de novo. Era como estar com a varinha de Fênix. Apontei a varinha para o homem e o primeiro feitiço que veio em minha mente se transformou propriamente em feitiço. Estuporei o homem com a espada.
 Rony soltou o travesseiro e franziu a testa.
 -Mas se o teto caiu... Como foi que vocês conseguiram subir para os andares de cima? Gina não estava no primeiro andar, não é?
 -Eu já disse - continuou Harry - , o teto não desmoronou na hora. Ainda deu tempo da gente correr pela escada, escondidos pela capa, enquanto mais uma tropa de seguranças desciam, guiados pelo barulho...
 ''Foi aí que me ocorreu.''
 ''Se eles usassem o feitiço Enervate nesse homem, acordá-lo, e então poderiam perguntar o que acontecera e nos seguir. Decidimos, então, estuporá-los antes de subir. Não foi muito difícil, pois tinhamos a capa.''
 -E nenhum deles resistiu? - perguntou Gina.
 -Resistiram, é claro. Usaram o feitiço Expulso, e a capa escapou. Mesmo assim, nós conseguimos estuporar o último homem que sobrara e subimos a segunda escada, chengando no terceiro andar.
 Harry se lembrou, com arrepios, do que acontecera à seguir. Não estava em condições de descrever, então deixou para Hermione.
 -Os dementadores conseguiram entrar, pela janela. Eram muitos, muitos mesmo. Eles me pegaram...
 Hermione olhou para o chão, aparentemente sem palavras.
 -... - ela continuou. - E então... Tentaram... tentaram me aplicar o beijo.
 -Em mim também - afirmou Harry.
 -Mas... não conseguiram, não é? Vocês ainda... ainda tem suas almas.
 -É óbvio, não é, Ronald.
 Rony e Gina estavam muito interessados na descrição. Olhando assim, parecia uma história fantástica.
 -Como escaparam?
 -Consegui produzir um Patrono - disse Hermione. - Ele agiu antes que os dementadores pudessem nos beijar. Ele espantou os dementadores que estavam próximos de mim, depois correu para os que atacavam Harry. Uma vez livre, Harry pode produzir o seu Patrono, não um, na verdade produziu dois, e o meu desapareceu. Os Patronos de Harry espantaram os dementadores, que fugiram, pela porta e pela janela. Para que não pudessem voltar, Harry deixou um Patrono na porta, e outro na janela.
 ''Então encontramos outro obstáculo. Onde estavamos, só haviam portas e mais portas. Milhares de portas, muitas mesmo.''
 -Não podiamos soltar todos os prisioneiros - disse Harry - , ainda mais sem ter as chaves. Mas de algum modo, precisavamos saber em qual das portas Gina estava presa.
 -Então Harry teve a idéia. Moody. - disse Mione.
 -Moody? - perguntaram Rony e Gina juntos.
 -Sim, Moody - disse Harry. - Rony, lembra do olho que encontrei no Ministério?
 -O olho de Moody - disse Rony, dando um soco na mão.
 -Usei o olho para ver através das portas. Não foi tão fácil assim. As imagens ficam meio embaçadas, mas era o único modo. Demorei alguns minutos, mas enfim encontrei a cela onde Gina estava.
 ''Enfim, sabiamos onde ela estava, mas não podiamos chegar à ela.''
 -Harry convocou as chaves. - disse Hermione. - Ali provavelmente tinha as chaves de Azkaban toda, e olha que eram mais de cinqüenta andares!
 -Vocês foram tentando uma por uma? - perguntou Gina.
 -O pior não foi isso - disse Hermione. - A cada tentativa errada, a chave produzia um choque.
 -Nem me fale em choque... - disse Rony.
 -E o choque aumentava a cada chave. - interrompeu Harry. - No começo, passava despercebido. Mas minutos de tentativas depois, começou à dar um choque de verdade, até se tornar insuportável.
 -Quanto tempo você demorou para encontrar a chave certa, Harry?
 -Pelo menos umas quatro horas. Quando comecei à tentar, já tinha anoitecido.
 -Foi assim que conseguiu essa queimadura? - disse Rony, apontando para a mão tostada de Harry.
 -Já vou chegar lá - disse Harry.
 ''Enfim'' - concluiu Harry - '', quando não estava mais aguentando testas as chaves, Hermione se dispôs à ajudar. E, mlagrosamente, na primeira tentativa, ela conseguiu.''
 -Sim, mas garanto, fui pura sorte. - disse Hermione, corando.
 -E foi só - disse Harry. - Abrimos a porta, tiramos Gina, saímos... e pela porta! - disse Harry, rindo.
 ''Mas tivemos que voltar, não é mesmo? E adivinha por onde?
 -Pela caverna? - perguntou Rony.
 -É. Quando eu atravessei o lago, o dragãoo acordou.
 -Achamos que tem algo na água ligado ao dragão. Quando alguém entra no lago, o dragão acorda. Pra não deixar ninguém entrar ou sair vivos.
 -Mas nós ainda conseguimos sair. Era óbvio que não poderiamos aparatar ali dentro, então nem tentamos. Enfim, saímos pela fresta na parede e desaparatamos.
 -Vocês desaparataram aqui em Hogwarts? - Rony perguntou para Hermione.
 Hermione ficou vermelha como um pimentão, parecia que ia dar um soco na cara de Rony.
 -Pela Milionésima quinquagésima décima quinta vez - disse Mione, soando estranhamente calma. - Não se pode aparatar nos terrenos de Hogwarts.
 -Que seja - disse Rony. - Vocês aparataram no portão, então.
 -Sim - disse Harry.
 -Então Hermione mandou um Patrono falante para Hagrid. - disse Gina.
 -E? - perguntou Rony.
 -Hagrid veio... mas estava acompanhado - disse Hermione.
 Rony franziu a testa.
 -Acompanhado? Hagrid por acaso tem uma namorada?
 Harry, Hermione e Gina riram, mas Rony parecia não entender, só ficou lá, olhando com cara de bobo para os três.
 -É claro que não! Estava acompanhado por Minerva McGonagall! À não ser que tenha teorias sobre Hagrid e Minerva tiverem um caso!
 -Ah, não, eu entendi errado, só isso. Enfim... o que McGonagall disse? VocÊs receberam detenções?
 -Achei que seriamos expulsos - disse Harry. - Mas não recebemos sequer uma detenção. Aliás, tivemos uma conversa muito rápida com McGonagall. Poderia jurar que levariamos um sermão, mas só conversamos cinco minutos. Acho que ela estava ocupada demais... Fiquei imaginando por que não nos levou para o diretor Richard.
 -Por falar em diretor - disse Rony, estalando os dedos para eles. - Ouvi madame Pomfrey comentar com Argo Filch que ele passou o dia todo fora. Um pouco anormal, não? Para quem acabou de começar?
 -Sim, Rony, mas não é um pouco anormal. É muito anormal. - disse Hermione.
 -Você gostou dele, Mione? - perguntou Rony.
 -Não sei... É um pouco estranho, não? Excêntrico... não sei...
 -Para quem estudou seis anos com Alvo Dumbledore, achar esse tal Richard's excêntrico é um insulto para a memória dele.
 Juntos, eles riram mais uma vez. A dor em seu peito se esvaziou com aquela conversa, e se um dementador aparecesse agora Harry jurava que poderia produzir um Patrono excelente sem esforço.
 Harry se virou para Hermione.
 -A espada.
 -O que tem a espada? - perguntou a amiga.
 -Você não ia explicar o que era a espada?
 -Ah, sim. A espada.
 Hermione pergou a arma de cima da cama, colocando-a cuidadosamente sobre o colo.
 -Essa não é uma espada comum, Harry. Ela é especial.
 -Como, especial? - perguntou Rony.
 -Essa espada pertenceu à Mérlim.
 Harry e Rony fizeram cara de puro espanto. Gina somente franziu a testa.
 -Essa espada - continuou Hermione, vendo o vácuo. - era a mais preciosa arma de Mérlim, milhares e milhares de anos atrás. Ele tinha três armas: A espada - Hermione mostrou novamente a arma reluzente. -, o medalhão e a luva. Ambos feitos de ouro maciço.
 ''Dizem que Mérlim foi o bruxo mais poderoso de todos os tempos. Dizem que mais poderoso que o próprio Dumbledore. Cada uma das armas, o medalhão, a luva e a espada, tem uma propriedade mágica. O medalhão, trazia proteção eterna. Os feitiços lançados à ele eram repelidos automaticamente. A luva produzia o toque de ouro, tudo que ele relava se transformava em ouro. A espada... O poder da batalha. Uma lâmina afiadíssima, capaz de matar com um simples arranhão.''
 Hermione colocou a espada novamente na cama, ao seu lado.
 -Acontece - ela continuou. - que as propriedades da espada não estavam só no corte. Como você pode perceber - disse, olhando para Harry. -, ela funciona como uma varinha, se você estiver desarmado. É como se tivesse duas varinhas.
 -Quer dizer - disse Rony. - que essa coisa aí é capaz de produzir feitiços?
 -Não são exatamente feitiços. Funciona como a Sala Precisa. Digamos que você esteja em um deserto, e sem água. Tudo o que você tem é a espada, não tem varinha, não tem mais forças para andar. A própria espada produzirá água boa para se beber. Como aconteceu duas vezes conosco, hoje.
 -Quando Harry se protegeu do dragão, e... quando atacou o homem em Azkaban! - entendeu Rony.
 -Exato. - disse Hermione. - Quando vi Harry nos protegendo do dragão, já soube o que seria.
 -Então, Hermione - perguntou Harry -, se essa espada corta alguém, ela emite algum tipo de veneno?
 -Exatamente - disse a amiga. - Ela produz um veneno tão poderoso que é capaz de derrubar um trasgo na hora.
 -E onde podem estar as outras armas?
 -Não se sabe - disse a amiga. - Não é vista... desde...
 Hermione parou de repente. Boquiabriu-se. Olhou para Harry e Rony, o terror estampado no rosto.
 -desde 1265...
 Foi aí que Harry compreendeu.
 -A época em que Colapogge viveu! - disseram Rony e Harry, juntos.

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