O Herdeiro de Hufflepuff



 Hogwarts estava demolida. Cerca de uma semana atrás, a maior de todas as guerras acontecera ali, naquela escola. Vários bruxos andavam de lá e pra ca, agora que os concertos haviam começado, murmurando feitiços, que na maioria das vezes era ''Reparo'', e ''Wingardium Leviosa''. Minerva McGonagall, que era temporariamente a diretora da escola após a morte de Severo Snape, estava transfigurando blocos de areia em tijolos. Em algum lugar ali por perto, cerca de 20 metros abaixo da terra, os corpos dos bruxos que morreram durante a guerra estavam em uma nova sessão da escola, um mini-cemitério, perto do local onde Alvo Dumbledore estava enterrado. Entre eles, Remo Lupin, Fred Weasley e Ninphadora Tonks. Flitwick andava pra lá e pra cá colocando sacos e pedras em várias pilhas, aos cantos. Minerva McGonagall, em uma passagem por um corredor no segundo andar, deparou com Pomona Sprout.
 -Ah, olá Minerva - disse a bruxa gorda, com um olhar preocupado - Venha, tem algo que... hm... acho que vai lhe interessar.
 McGonagall não respondeu. Olhou de esguelha para Sprout enquanto caminhavam, com um olhar desconfiado. Caminharam, em súbito silêncio, até as masmorras.
 Ao chegarem em uma das masmorras mais distantes, Sprout abriu uma pequena portinhola para Minerva, que estava com os lábios crispados.
 -Pomona,o qu...
 -Minerva, por favor, agora não! - sussurrou Sprout, tão baixo que Minerva teve de repassar várias vezes para compreender.
 Ao passarem pela portinhola, Sprout caminhou até um armário na parede lateral e vasculhou-o. Jogando vários objetos inúteis para trás, até encontrar, pelo que parecia à McGonagall, o que procurava.
 Sprout fechou o armário, trazendo em sua mão o que não tinha antes. No fundo da masmorra havia uma mesa e duas cadeiras, onde elas sentaram. Sprout enfiou a mão dentro do saquinho de pano em sua mão, e de lá retirou uma espécie de estátua dourada, que não passava de 20cm de comprimento. Mostrou-a à McGonagall.
-Percebe o quê é isso, Minerva? - Colocou a estátua tão perto do rosto de Minerva que ela teve que tirar a cabeça para trás, para poder enchergar.
A pequena estátua, se bem observada, percebia-se que era de uma bruxa. Alta e magra, com cabelos compridos encaracolados, com uma grande capa e segurando uma varinha, apontando para o alto. O chapéu pontudo da bruxa mostrava ser muito antigo. Ela estava parada em cima de um patamar, onde tinha uma escritura que dizia:

                         ''Helga Hufflepuff - 15/12/0968''

               ''É a fundadora da casa Hufflepuff ou Lufa-Lufa, que tem seu
             seu nome em homenagem a ela, da escola de Magia de Hogwarts
             Cerca de 1000 anos após sua existência, sua igual aparecerá para
             acabar com a criação de Salazar Slytherin. Sua família por gerações
                 Será intocada, até o dia em que o herdeiro resplandescer.''

 McGonagall leu intrigada. O Herdeiro de Slytherin, à pouco tempo, já surgira, e esse era o própro Voldemort. Era provável que o herdeiro de Gryffindor era Harry Potter, também. Portanto, provavelmente, herdeiros das outras casas ainda existam, por quê não? McGonagall encarou Sprout.
 -O quê deseja, me mostrando isso, Pomona? - disse a professora com aquele olhar severo que só ela sabe.
 -Miverva, avalie as consequências! Um Herdeiro de Hufflepuff, em nossa escola! Pelo que se diz a escritura, concerteza esse herdeiro está em Hogwarts, ou, provavelmente, ainda nem está. Os últimos herdeiros, que foram Voldemort e possivelmente Potter, fizeram grandes feitos dentro deste castelo. Será possivel, Pomona, que essa escritura relate a verdade?
 ''É claro que não'', pensou McGonagall. Porém, seus olhos diziam outra coisa. Olhando a pequena estátua de Helga Hufflepuff, naquela semi-escuridão e no silêncio súbito, Minerva voltou a cabeça ao tempo. Qual lufalufano, nesses anos todos em que Minerva esteve na escola, fizera algo grande? Teria feito algo esplêndido, algo digno de um Herdeiro de Helga Hufflepuff? Minerva tentou pensar, porém seu cérebro estava ocupado demais para isso. Imaginou os Lufalufanos no pátio... Relembrou os poderes mágicos que tinha Helga anos atrás... Qual? O quê ela sabia, é que Helga fora uma bruxa fabulosa e leal, com um imenso coração, e quê tinha uma característica distinta dos demais. Uma estranha, porém interessante, capacidade de mudar sua aparência, que se chamava metamorfomagismo. Quem, que no passado ou possivelmente no presente, tinha essas características? Minerva pôs sua cabeça para refletir... até que saltou-lhe a cabeça. Com um murro involuntariamente forte na mesa, na qual Minerva se arrependeu depois, percebeu a grande e óbvia verdade se clareando súbita na sua frente. Seria verdade? Será que ela, Minerva, depois de todos esses anos, não percebera algo tão infantil?
 A professora Sprout, vendo a cara de terror no rosto de McGonagall, se levantou, assustada?
 -Minerva? O quê houve?
 Na... nada, não Pomona... Hm... banheiro.
 E rapidamente se encaminhando para a portinhola que marcava a saída da Masmorra, McGonagall deixou uma Sprout estupefata sentada, imobilizada no banco. Ao invés de ir ao banheiro, Minerva subiu as escadas até se dar de cada com Pirraça, que estava pegando os tijolos usados para reconstruir Hogwarts e tentando acertar na cabeça de quem passava.
 Sem dar-lhe atenção, Minerva passou direto por Pirraça, que jogou-lhe um tijolo pelas costas, caçoando. Sem se dar o luxo de virar, caminhando cegamente ao norte, Minerva puxou a varinha para trás, quando o tijolo estava à centímetros de lhe acertar bem na cabeça, num silencioso ''Protego''.
 Minerva caminhou até a sua sala. Após a morte de Snape, ela era a nova diretora. Chegou na gárgula, em frente à porta.
 -Alvo!
 A gárgula se abriu, dando espaço à escada de caracol. Ela foi levada até o patamar mais alto, e chegando lá, olhou para Dumbledore, no momento, dormindo como todos os outros. Fazendo esforço para não acordar. Pegou dentro de suas vestes uma pena, e um pergaminho de dentro de uma gaveta na mesa do diretor. Em cima da mesa tinha um tinteiro, onde ela molhou sua pena, e se pôs à escrever, mas foi interrompida por uma coruja que se adentrou pela janela, e pousou bem em cima do pergaminho. Minerva não hesitou à retirar a carta, amarrada na penugem da da perna esquerda da coruja, enquanto tirava uma moeda dourada de 5 Galeões de dentro das vestes, e colocou numa bolsinha amarrada na perna direita da ave. Após o depósito do dinheiro, a coruja levantou vôo, bonita, pelos ares de Hogwarts. McGonagall, adivinhando o que diria a carta, se pôs, por alguns segundos, à observar a coruja sobrevoar às nuvens.
 Ao olhar diretamente e com atenção para a carta, viu que tinha um selo, onde foi confirmado os seus pensamentos. Abrindo a carta do Ministro da Magia, ela pode ler;

                                Srª. Minerva McGonagall

             Como a sra. já foi avisada anteriormente, o seu tempo no cargo de diretora de Hogwarts seria limitado, como assim quis. O seu substituto chegará em cerca de uma semana na escola. Adiantamos que é um homem de extrema competência, e que poderá tranquilamente cuidar dos assuntos administrativos de Hogwarts tão bem quanto qualquer um.

Atencisamente,

Jull Spellmann

Ministro.

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