O Chapéu Seletor



 Emfim, estavam novamente lá; Com uma enorme surpresa, Harry vislumbrou Hogwarts, de longe, viva e nova como nunca, como se acabasse de ser construída, o palácio reluzente à luz pálida do sol sorria para ele. Com enorme afeição, o garoto não segurou a alegria, e abriu um enorme sorriso; Os outros também.
 -Me lembro como se fosse ontem... quando chegamos à esse castelo pela primeira vez. - disse Harry inesperadamente. - Me lembro de Hagrid me buscando no casebre onde estava preso com os Dursleys.... A minha primeira visita ao Beco Diagonal... Me lembro da primeira vez em que vi o Expresso de Hogwarts, de como encontrei Rony nele... De como, à partir desta data, nos tornamos amigos inseparáveis...
 -Também me lembro - Hermione o interrompeu. - quando chegamos ao salão principal, e de como eu achava Rony um idiota, na época...
 -Você me achava um idiota? - Rony perguntou, pressuroso.
 -Não que ainda não ache - brincou Hermione.
 Mas a conversa foi interrompida por uma voz lenta e fina, vinda de alguns metros à frente.
 -Hey, vocês aí! - Luna Lovegood estava hoje vestida com um enorme chapéu pontudo cor-de-rosa enjoativo. Seus brincos de rabanete combinavam perfeitamente com os enormes óculos bregas e feios. Vários braceletes esquisitos nos punhos, no pescoço trajando um colar que sustentava algo parecido com uma roda da caminhão em miniatura. Ela estava sentada sozinha, na carruagem, que era levada por um belo testrálio.
 -Ah, oi Luna! - Gina balançou a mão freneticamente, quase correndo em direção à carruagem. - Como foram as férias?
 -Teriam sido boas, caso aqueles desgraçados Bufonídeos da Grécia Antiga não tivessem decididos à desarrumar meu malão sempre que virava as costas.
 Hermione fez um muxoxo de impaciência, que parecia ter passado despercebido por Luna. Rony virou a cara.
 -Olá, Harry, Rony, Hermione! - Luna parecia estar feliz em vê-los. - Não sabia que vocês iriam voltar! Eu também não iria, imaginei que seria um ano muito chato, agora que quase todos meus amigos foram embora...
 -Bom – Rony a interrompeu – Podemos subir?
 -Ah, claro! – Gina fez um gesto largo em direção à espaçosa carruagem. – Subam, eu estava me sentindo muito solitária, sentada aqui, sozinha com esse testrálio...
 Harry, Rony, Hermione e Gina subiram na carruagem; Silenciosos minutos depois, todos os testrálios partiram, calmamente, e Harry reparou como a vila de Hogsmeade fazia falta para ele.

 Finalmente, chegaram aos portões de Hogwarts; O castelo, agora muito mais próximo, estava bem iluminado, enorme, todas as torres pareciam estar novas.
 -Em fim, chegamos – disse Rony, com um suspiro.
 Todos desceram da carruagem; Ao andarem, viram um garoto com um olhar cansado e frio, vestes polidas e negras com o brasão Sonserina, cabelos longos e chapados que batiam nas costas. Ele andou até os garotos.
 -Ah – disse com despreso. – O garoto Potter. – cuspiu no chão. – Ah, eu deveria ter ficado em Durmstrang... Não imaginei que gente dessa laia voltaria para cá. Em especial a Sangue-Rui...
 Harry não teve tempo pra fazer nada; Rony já empunhara a varinha, e já tinha ela armada e apontada para o rosto do novo Sonserino.
 -RONY, NÃO! – Gritou Hermione, tarde de mais.
 -Everte Statum!
 O raio arroxeado que o feitiço criou acertou na cabeça do garoto; Rony parecia espumando de raiva e com um olhar de satisfação. O feitiço estourou, fazendo o garoto Sonserino se erguer à alguns metros em uma cambalhota e cair com um estrondo ressoante no chão. Felizmente, estavam à algum ponto-leste do castelo de Hogwarts, e passara despercebido pelos professores.
 O Sonserino rapidamente se pôs de pé, e voltou à apontar a varinha para Rony.
 -Crucio!
 -Protego! – Harry apontou a varinha entre os dois, bem em tempo, e o feitiço ricocheteou para o alto.
 -Quem é você? – Harry perguntou ao garoto, que agora estava com os olhos apertados, se concentrando em Rony, a varinha em punho. Hermione e Gina tentavam segurar Rony, e Luna parecia achar mais interessante o sapo que pulava, à alguns metros de distância.
 -Não é da sua conta, Potter! – disse ele, finalmente abaixando a varinha e dando as costas para ele. – Quanto á você, Weasley... Espere e verá.
 O garoto saiu, suas vestes limpando o chão, seus cabelos esvoaçantes com o vento.
 -Glanmore Lestrange – disse Hermione, preocupada. – Ouvi dizer que viria um aluno de  Durmstrang para Hogwarts esse ano.
 -Mesmo assim, como sabe o nome dele? – perguntou Harry.
 -Vi uma foto na casa de Sirius no ano passado, e tinha uma legenda com esse nome. Encontrei enquanto procurávamos o Medalhão de Slytherin.
 Em silêncio, subiram para o caminho que levava ao castelo; Vários calouros haviam acabado de chegar, e McGonagall passava o conhecido ‘’sermão’’ das regras de Hogwarts. Em fim, entraram no Salão Principal, mais lotado do que nunca. Harry imaginou que todos se sentiriam mais seguros de voltar agora que Voldemort se fora definitivamente.
 -Vamos – chamou Gina, fazendo gesto para que o acompanhassem para a mesa da Grifinória. – vamos logo, para pegarmos um bom lugar.
 -A gente se vê – Luna acenou com a mão, se despedindo.
 Sentaram-se, então, na mesa lotada de estudantes de vestes vermelhas, que conversavam, aos murmúrios, e quando Harry se sentou, percebeu que muitos alunos, não só da Grifinória mas de todas as casas, sussurravam e apontavam para ele.
 -É o Potter! – Ouviu um dizer.
 -Ah, ele está se achando! – Uma menina atrás dele, na mesa da Sonserina, disse suficientemente alto para que ele ouvisse. – Qualquer um poderia ter feito o que ele fez, simplesmente foi um erro de Você-Sabe-Quem...
 -Se o feitiço do Lorde das Trevas não tivesse se voltado, Potter estaria morto agora...
 Houveram, no geral, muitos murmúrios por todo o Salão. Alguns Sonserinos mostravam indiferença à atitude de Harry. Outros, Grifinórios, Lufalufanos e Cirvinos pareciam louvá-lo. Apesar de tudo, a fama não era bem o que queria. Sentia-se mal em saber que o Salão todo estava olhando para ele.
 Foi aí que um homem alto, que usava uma longa capa negra de aspecto antigo se levantou da mesa dos professores, cabelos grisalhos até os ombros. Suas pupilas eram tão brancas que ele poderia ser confundido com um testrálio. Segurava em sua mão direita um enorme cajado, e na esquerda uma varinha. Usava um chapéu pontudo Cor de Vinho, e mancava do pé direito. Dava a impressão de um homem que permanecera muito tempo parado, e resolvera em fim, se movimentar. Todos no salão murmuravam e apontavam, parecia que ninguém o conhecia, até o momento que ele ergueu, com muito esforço, os braços, e andou em direção à multidão de alunos que observava atenta e silenciosamente. Neste momento, Harry se lembrou terrivelmente do Inferi que enfrentara anos atrás.
 -Caros alunos! Bem-vindos de volta, e aos calouros, sintam-se em casa. Dado ao terrível falecimento do professor Severo Snape, aceitei a proposta de assumir o cargo de diretor da escola de Magia e bruxaria de Hogwarts! Meu nome é R...(neste momento ele pareceu gaguejar, e engoliu as próprias palavras)... Richard’s Ernest Yuri, para os mais chegados Richard ou Rick – disse com um sorriso não-convincente – Serei o novo diretor de vocês. Gostaria de lembrar também...
 Alguém quebrou o silêncio, longe da mesa da Grifinória. O que eram apenas murmúrios, se tornou conversas, aumentando o tom de voz cada vez mais, até que todo o Salão Principal estava aturdido em conversas do tipo:
 -Não gostei dele!
 -Que cara brega, imaginei um diretor decente...
 A mesa da Sonserina foi a que bradou mais alto:
 -Snape é o cara! Esse velho não chega aos pés dele!
 -Snape era insubstituível, esse velhote não agüenta com o peso dos próprios dentes...
Infelizmente o diretor pareceu escutar.
 -Você já deveria saber que ninguém é insubstituível – As palavras do diretor eram quase abafadas pela multidão de vozes. – Na verdade, o Senhor pode se retirar. Entre centenas de alunos, um que me julga um velhote que não tem capacidade suficiente para substituir Severo Snape na diretoria da escola não fará a mínima falta.
 O aluno da Sonserina se calou imediatamente.
 -Agora... Alguns avisos de início do ano letivo. Soube que os antigos diretores costumavam faze-los... Em fim... Todos os alunos estão expressamente proibidos de entrar na Floresta, à leste da escola. O lago negro é povoado por sereianos, que não hesitaram em espantar os intrusos de seu território. Pratica de magia nos corredores está proibida. Duelos entre alunos, somente na aula de Duelos. Todo aluno que não se atrasar nas aulas mais de dez minutos sem justificativa convincente está proibido de entrar para esta, e deverá ser retirados pontos da casa em questão. A quantidade de pontos será decidida pelo professor titular. Todos devem estar corretamente vestidos com as vestes de sua casa, somente as vestes da casa serão permitidas ao longo do ano. Todo estudante deverá estar no Salão Comunal de sua casa após as dezenove horas. Os testes de Quadribol acontecerão daqui a duas semanas, no campo oficial da escola. O querido zelador Argo Filch me pediu para avisá-los que logros estão proibidos dentro das salas de aula e nos corredores, além dos produtos Gemialidades Weasley e Bombas de Bosta. O banheiro do quarto andar está novamente aberto, e será permitido apenas para os Monitores e Monitores-Chefe. Gostaria de avisar, também, aos alunos do primeiro ano, entre os fantasmas, o Poltergeist Pirraça gosta de pregar peças aos estudante. Alguma pergunta?
 -Aparentemente, ninguém no Salão queria falar. O silêncio planou durante alguns tensos segundos, até o momento que a fila de pequenos alunos(todos encolhidos à um canto do Salão), seguidos pela professora McGonagall, se dirigiram ao conhecido Chapéu Seletor, que esperava em cima de um banquinho plano de madeira, até ser usado. O chapéu, mais velho e rasgado do que nunca, agora aparentava sinais de queimaduras.
 -Alunos do primeiro ano, sigam-me.
 McGonagall se dirigiu, com o corpo reto como uma varinha, em direção ao Chapéu. Os calouros seguiram-na, encolhidos, no encalço do andar da professora.
 -Como sabem – Começou a professora –, todos passarão por um teste, auxiliados por este chapéu, onde serão distinguidos a casa onde ficaram, desde agora até os sete anos que virão. Lembrem-se, a casa em que forem selecionados será como sua família durante o período em que estudarão. Agora, a canção do Chapéu.

‘’ Antigamente quando eu era novo
E Hogwarts apenas alvorecia
Os criadores de nossa nobre escola
Pensavam que jamais iriam se separar:
Unidos por um objetivo comum,
Acalentavam o mesmo desejo,
Ter a melhor escola de magia do mundo
E transmitir seus conhecimentos.
''Juntos construiremos e ensinaremos!''
Decidiram os quatro bons amigos
Jamais sonhando que chegasse um dia
Em que poderiam se separar,
Pois onde se encontrariam amigos iguais
A Salazar Slytherin e Godrico Gryffindor?
A não ser em outro par semelhante
Como Helga Hufflepuff e Rowena Ravenclaw?
Então como pôde malograr a idéia
E toda essa amizade fraquejar?
Ora estive presente e posso narrar
Uma história triste e deplorável.
Disse Slytherin: ''Ensinaremos só
Os das mais pura ancestralidade.''
Disse Ravenclaw: ''Ensinaremos os
De inegável inteligência.''
Disse Gryffindor: ''Ensinaremos os
De nomes ilustres por grandes feitos.''
Disse Hufflepuff: ''Ensinarei todos,
E os tratarei com igualdade.''
Diferenças que pouco pesaram
Quando no início vieram à luz,
Pois cada fundador ergueu para si
Uma casa em que podia admitir
Apenas os que quisesse, por isso
Slytherin, aceitou apenas os bruxos
De puro-sangue e grande astúcia,
Que a ele pudessem vir a igualar,
E somente os de mente mais aguda
Tornaram-se alunos de Ravenclaw,
Enquanto os mais corajosos e ousados
Foram para o destemido Gryffindor
A boa Hufflepuff recebeu os restantes
E lhes ensinou tudo que conhecia,
Assim casas e idealizadores
Mantiveram amizade firme e fiel.
Hogwarts trabalhou em paz e harmonia
Durante vários anos felizes,
Mas então a discórdia se insinuou
Nutrida por nossas falhas e medos.
As casas que, como quatro pilares,
Tinham sustentado o nosso ideal,
Voltaram-se umas contra as outras e
Divididas buscaram dominar.
Por um momento pareceu que a escola
Em breve encontraria um triste fim,
Os duelos e lutas constantes
Os embates de amigo contra amigo
E finalmente chegou uma manhã
Em que o velho Slytherin se retirou
E embora a briga tivesse cessado
Deixou-nos todos muito abatidos.
E nunca desde que reduzidos
A três seus quatro fundadores
As Casas retomaram a união
Que de início pretenderam manter.
E agora o Chapéu Seletor aqui está
E todos vocês sabem para quê:
Eu divido vocês entre as casas
Pois esta é a minha razão de ser
mas este ano farei mais do que escolher
Ouçam atentamente a minha canção:
Embora condenado a separá-los
Preocupa-me o erro de sempre assim agir
Preciso cumprir a obrigação, sei
Preciso quarteá-los a cada ano
Mas questiono se selecionar
Não poderá trazer o fim que receio.
Ah, conheço os perigos, os sinais
Mostra-nos a história que tudo lembra,
Pois nossa Hogwarts corre perigo
Que vem de inimigos externos, mortais
E precisamos nos unir em seu seio
Ou ruiremos de dentro pra fora
Avisei a todos, preveni a todos...
Daremos agora início à seleção.’’

 Uma multidão de aplausos varreu o Salão; Muitos dos calouros presentes olhavam à sua volta, assustados. Os veteranos aplaudiam de pé, o chapéu observava silenciosamente os novos alunos. A voz calma e ríspida de McGonagall, claramente ampliada por magia(ou fora isso que pareceu) rompeu os aplausos, segurando o pergaminho que Harry teve certeza que continha a lista dos alunos à serem selecionados.
 -Dawong, Julian.
 O primeiro aluno da fila se adiantou. Os aplausos cessaram, agora eram murmúrios, quase um silêncio. O pequeno aluno tinha cabelos muito curtos, e expressão assustada. Suas vestes pareciam maiores que ele próprio. O chapéu cobriu-lhe os olhos, mas a expressão de espanto ainda era facilmente percebida. A voz ressoante do chapéu informou, seguida dos aplausos da mesa ao lado:
 -Lufa, Lufa!
 O garoto, que agora parecia muito aliviado, levantou-se correndo para a mesa da casa em que fora selecionado. McGonagall teve que chamar sua atenção, pois esquecera tirar o chapéu. Pela primeira vez, com uma imensa surpresa, Harry viu o novo aluno, o qual Rony duelara.
 -Ele também fará o teste, mas isso é possível? – perguntou à Hermione. Harry ficou feliz em quebrar o irritante silêncio.
 -Sim. De acordo com Hogwarts: Uma história, alunos transferidos fazer a seleção normalmente, como se fossem calouros.
 -Malfoy não voltou – comentou Rony espiando a mesa da Sonserina por cima do ombro – Talvez esteja fugindo, agora que foi comprovado que é Comensal da Morte.
 -Foi – corrigiu Hermione. – Agora, com a morte de... Voldemort, não tem mais à quem ser fiel.
 -Talvez arrumem um substituto – disse Harry, relembrando que isso poderia realmente acontecer, mas ao mesmo tempo achando que não o fariam. – Quem sabe, alguns dos maiores Comensais ainda estão soltos. É possível que se unam, para se vingar ou coisa parecida.
 -É, talvez - concordou Hermione, sem realmente acreditar na hipótese.
 Enquanto conversavam, os alunos novos iam sendo selecionados. Como Hermione previra Glanmore Lestrange fora selecionado para Sonserina. Alunos como Corelio Shimpling e Mille Starkey foram selecionados para Grifinória.
 -Muldoon, Burdock!
 Esse foi o último; O chapéu demorou-se alguns segundos antes do rasgo, que na verdade era a boca, dizer:
 -Sonserina!
 O garoto arrancara o chapéu e colocara em cima do banquinho. Ele foi correndo em direção à mesa da Sonserina, onde a turma o esperava com aplausos e exclamações.
 -Em fim – O diretor se levantara da mesa, com um sorriso vacilante no rosto; Era óbvio que estava muito cansado. – A hora chegou. – Ele acenou com a varinha, e as mesas, que antes estavam cobertas com forros das respectivas casas, agora estavam repletas de comida. - Após terminarem suas refeições, gostaria que os monitores-chefe conduzissem os alunos novos até os dormitórios.
 E saiu, com pressa, do Salão.
 -Aonde é que ele vai? – perguntou Rony.
 -Nem imagino – respondeu Hermione. – Provavelmente mandar uma carta, ou qualquer coisa assim.
 Após a resposta de Hermione, Rony agarrou o seu prato e encheu de comida; Só restaram alguns pedaços do frango depois que Rony o atacara.
 O céu lá fora agora estava cinza-escuro, indicando que logo teriam de se deitar. O salão inteiro se silenciou, todos pararam de comer, os monitores-chefes tomaram a dianteira se conduziu a longa fila de alunos do primeiro ano. Hermione(que fora nomeada Monitora-Chefe da Grifinória) saiu no encalço dos outros monitores, fazendo gestos com os braços, para que os novos alunos a seguissem.
 -Não se esqueçam - disse -, as escadas mudam. Para entrar no dormitório é preciso dizer a senha para o quadro da mulher gorda, e por acaso a senha é ''herdeiro''. Se apressem...
 E saiu, subindo pelas escadas, deixando os alunos antigos para trás.
Harry foi subindo, olhando ao redor a onda de alunos eufóricos conversando, colocando as conversas em dia, comentando sobre o jantar e como se sairiam nos exames.

 Quando chegaram à porta do dormitório, viram o quadro da Mulher Gorda, conversando absorta com sua amiga Violeta. Hermione se adiantou, disse a senha e o quadro girou para o lado, deixando a mostra o Salão Comunal cuidadosamente limpo e iluminado. Era como estar voltando para casa após meses de saudades; Era ali, naquela sala, naquele castelo, o único lugar onde ele se sentia tão a vontade quanto poderia se sentir. Ele e Rony se dirigiram à costumeira poltrona junto da lareira e se despuseram à conversar. Rony examinava o novo horário.
 -Amanhã, nove horas, duelos... - disse a Harry - após o almoço Herbologia... Continuamos com Sonserina.
 -Não desanime, não teremos Malfoy para nos chatear.
 -Grande consolo.
 Hermione vinha andando na direção deles, o símbolo de Monitora-Chefe bem visível ao peito.
 -Harry, a Profª Minerva pediu para eu avisar que você continua a ser o capitão do time da Grifinória.
 A lembrança fluiu em sua mente - voltaria à jogar quadribol. Suas entranhas se reviraram, era inacreditável que ainda teria de esperar quase dois meses inteiros.
 -Certo.
 Ela se sentou com eles.
 -Estou tão nervosa - disse. - Os NIEM's estão se aproximando e no ano passado não tive tempo de estudar nada.
 -Não se preocupe, Hermione - disse Rony. -, faltam séculos para os exames. Você vai ter muito tempo para estudar.
 -Espero que sim... o novo diretor, o que acham dele?
 Harry não tinha certeza se gostou ou não do novo diretor. Resolveu deixar para Rony comentar.
 -É claro que não se compara ao Prof. Dumbledore - disse o amigo. - Mas me pareceu um bom diretor.
 O tempo passava enquanto conversavam. Ao crepúsculo, a chuva de verão começou a bater de leve nas janelas; À essa visão, Harry se lembrou de Gina. Olhou em volta pelo salão mas ela não estava lá. Onde estaria?

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