A fortaleza Impenetrável



 -Meu Deus, que brutalidade! E o que o Ministério fez à respeito, Filius?
 Harry apurou os sentidos; a voz de Minerva McGonagall parecia sair de muito perto. Se precisasse, iria rapidamente se virar e sair caminhando em direção à escada.
 -Bem, Minerva, nesse ponto, acredito que irá se impressionar, e não vai gostar nada.
 ''O fato ocorreu ontem à noite, eram quase meia-noite. Um bruxo e uma bruxa se encontravam na cena do crime, juntos à quatro trouxas, em Londres, num Beco abandonado e muito suspeito. Um dos bruxos, um desconhecido e mascarado, fugiu. A bruxa... bem... era aluna de Hogwarts.
 O silêncio pairou no ambiente por alguns segundos; Harry imaginou se Minerva estaria absorvendo a mensagem.
 -E quem era essa aluna?
 -Por incrível que pareça... Gina Weasley.
 O coração de Harry parou de repente; seus olhos sairam de foco e seu cérebro parou de trabalhar; seu corpo todo se arrepiou, seus músculos se contraíram; Poderia ter feito algum grunido que o trairia ao receber a dolorosa mensagem, mas jamais pode descobrir, pois o grito estrangulado de Minerva não o deixou escutar mais nada. Queria saber mais. O que acontecera com Gina? Seria por isso que não a vira nesses últimos dias? O que aconteceria com ele, Harry, se Gina estivesse onde ele imaginava que poderia estar? Harry viu a ilha, viu a fortaleza triangular se erguer para o céu negro e infinito, viu vultos encapuzados voando em sua volta... Não, deveria afastar a imagem... não podia estar acontecendo...
 -E a garota... ela não está...?
 -Infelizmente. Está em Azkaban.
 O coração de Harry parou pela segunda vez; o que receara se tornara realidade, e ele não iria permitir, iria tirar Gina de lá, não importava o que aconteceria com ele ao tentar, se seria beijado por dementadores e se sua vida acabasse... Ele não importava, tudo no mundo era Gina e ela estava naquele momento presa no pior lugar em que poderia existir no mundo bruxo.
 -Vamos pra lá - disse Hermione, apontando a mão trêmula para a direita e subindo na vassoura.
 Harry, mais confortavelmente do que imaginara, montou na sua nova vassoura e levantou vôo; em segundos os dois estavam voando diretamente para o leste, e Harry não pode apreciar o vôo; O terror, o aperto no peito não o deixava pensar, embaralhava sua mente e fazia doer sua alma. Em absoluto silêncio, viajavam sempre em frente, pareciam passar horas, talvez dias, e eles voando, Hermione constantemente lançando feitiços dos Quatro-Pontos para não se perderem, no caminho só encontraram alguns urubus, pequenos animais e plantas, e o fim do deserto não estava colaborando em se aproximar...
 Harry estava molhado de suor; Seus cabelos, mais despenteados do que nunca. Se um dia ele já precisou de coragem e audácia, o dia era esse. Rezando para que Gina não estivesse muito mal, Harry se abaixou ainda mais na vassoura e vôou à toda velocidade, deixando Hermione para trás.
 Por fim, Harry agradeceu à Deus por ver alguma coisa além da areia que salpicava seus rostos; Muito, mas muito distante, Harry viu alguns pedregulhos semi-escondidos pela neblina. Rezando para que não fosse uma miragem, eles se aproximaram cada vez mais.
 Logo chegaram ao que parecia ser uma montanha, fechando horizonte à horizonte, sem parecer ter fim. Existia uma apertada fresta entre os rochedos, de onde saia uma fraca luz.
 -Como passaremos? - Hermione perguntou.
 -Acho que estamos começando à penetrar nas defesas de Azkaban. Provavelmente precisamos entrar - respondeu Harry, apontando para a fresta no meio do rochedo.
 Harry espiou dentro da rocha, mas não pode ver nada. A escuridão era pura, nenhuma fonte de luz no que Harry imaginou ser uma caverna.
 Se espremeram, uma de cada vez, para entrar; Harry primeiro, sentiu que seu corpo batia no sujo chão áspero. Viu Hermone entrar atrás dele e imaginou onde era a saída se não viam nenhuma luz, e imaginou que poderiam ter se enganado,que aquilo não tinha nada à ver com Azkaban...
 Mas ele não se enganara; E percebera isso, no momento em que uma luz, alarmantemente quente, se projetou do nada, e o desespero tomou conta de seu corpo; A labareda de fogo partiu em direção a eles, Hermione berrou, Harry só teve tempo de agarrar em seu braço e saltar para o lado, fugindo por um triz da chama.
 A escuridão tornou à planar sobre eles à partir do momento em que a luz das chamas cessaram. Alguns segundos se passaram, e Harry pensou ter escutado uma respiração lenta, vindo de poucos passos à frente, movimentos, passos... Mas provavelmente era a respiração de Hermione ecoando na câmara escura. Os dois ficaram por um momento olhando para o que não podiam ver, tateando às cegas; Tinham, também, a varinha erguida. Harry sentia um mal pressentimento...
 -Harr...
 Hermione mal começara à falar, a labareda de fogo iluminou novamente o local; Desta vez, sentiram o calor ainda mais perto... Hermione voltou à berrar, o desespero tomou conta de Harry, e na fraca e rápida iluminação, Harry pode vislumbrar os contornos horripilantes de um dragão negro e feroz, a boca aberta, pronto para matá-los... Mal percebera isso, quando sentiu uma enorme pancada na cabeça e vôou, literalmente vôou, suas mãos se soltaram e Harry bateu de costas na enrustida parede húmida.
 Caiu no chão; A pancada doía demais, seu cérebro parecia ter sido arrancado de sua cabeça... Novamente a luz, mas Harry pode ver apenas de relance... Hermione berrava à algum lugar por perto, o som de asas batendo...
 Novamente, o calor; Harry sabia que tinha de fazer algo. Levantou-se e lançou o primeiro feitiço que veio em sua cabeça.
 -LUMUS SOLEM!
 A esfera iluminada explodiu da varinha de Harry e vôou em direção ao teto; Iluminou cada centímetro, o dragão investia contra Hermione, que se desviava com uma enorme dificuldade da cauda escamosa... Harry lembrou de Sirius, quatro anos atrás... Lembrou-se de contar à ele que tinha vencido o dragão no torneio tribruxo...
 -Conjutivictus!
 O feitiço investiu contra o dragão, mas era impossível acertá-lo; Ele voava muito alto, lançava chamas para todo o lado, o coração de Harry parecia que ia saltar pela boca. Hermione gritava de desespero, Harry não sabia o que fazer... Sentia o sangue escorrer pelos seus cabelos até seus ombros... Sentia a maior dor que já sentira, mas não era uma dor física, era a dor de imaginar que nunca chegassem à Gina e morressem na tentativa...
 Ele se pôs de pé e correu até Hermione. Viu ela agachada atrás de um pedregulho enorme, o fogo vôou diretamente para ele... Teria apenas alguns segundos.
 -Abaffiato!
 O dragão continuou impassível, mas Harry teve certeza que ele não poderia escutá-los. Hermione gritou!
 -Harry, rápido, venha para cá e vista a capa!
 Harry correu o mais rápido possível, viu o fogo voar em sua direção e pulou atrás do pedregulho, se protegendo das chamas. O dragão se movimentava, fazendo com que eles também se movimentassem, para que o pedra ficasse sempre entre eles e o dragão.
 Cobriram-se, então, com a capa; Harry sabia que o dragão não podia vê-los, sequer ouvi-los, pois ficava olhando de um lado para o outro, sem lançar chamas; Harry agora pode ver que estava amarrado aos pés com uma enorme corrente.
 -Hermione, precisamos ser rápidos - Harry cochichou no ouvido de Hermione. - Precisamos prendê-lo e dar um jeito de sair daqui...
 -T-Tudo bem...
 Se moveram, lentamente, em direção ao dragão, agora parado ao chão, virando a cabeça para todo o lado, procurando-os. Ainda escondidos sob a capa, com as varinhas erguidas... Logo seria o momento... teria de esperar...
 O dragão abaixou a cabeça e descançou-a no chão; Harry viu seus enormes olhos vermelhos passarem por eles e se desviarem, sem nada fazer...
 Tudo foi muito rápido. Harry despiu a capa da invisbilidade de cima deles, levantaram-se de um salto e juntos, como se tivessem ensaiado, como uma coreografia, ergueram as varinhas apontando para o rosto cheio de cicatrizes do dragão, que levantou novamente a cabeça. A fera rangiu os dentes, como uma cobra armando o ataque... Abriu as asas e, quando pareceu levantar vôo, Harry e Hermione gritaram em uníssono, tão alta e profundamente que feitiço nenhum impediria qualquer dragão de escutar:
 -CONJUTIVICTUS!
 A explosão vermelha causada pelo feitiço se sobrepôs à luz enfeitiçada no teto; Os olhos do dragão foram atacados pelo feitiço duplo, ele caiu, caiu com estrondo, no frio chão de pedra, a luz iluminou fracamente o seu rosto agora banhado de sangue, enquanto rugia de dor.
 -Hermione, é agora! - Harry gritou. - Vamos prendê-lo e fugir!
 -T-Tudo bem.
 Hermione ergueu a varinha:
 -Apoddium!
 O feitiço de Hermione - Um enorme círculo azul - vôou diretamente para o dragão: O círculo fechou-se sobre seu corpo, prendendo as asas da fera, e agora ele não poderia mais voar. Hermione repetiu o feitiço, que agora se prendeu sobre sua mandíbula. Essa era a hora.
 -VAMOS!
 Harry agarrou a capa da invisibilidade com uma mão e o braço de Hermione com a outra; A amiga só teve tempo da agarrar as vassouras e colocá-las embaixo do braço enquanto corriam, não sabiam para onde. A iluminação agora estava mais fraca, e logo o dragão se soltaria dos feitiços de Hermione...
 Então Harry viu: Dezenas de metros à frente, um buraco alagado no chão levava à crer que ali tinha um lago. Atrás desse lago, Harry percebeu uma outra vaga fonte de luz, que com certeza não era nenhum feitiço seu...
 Correram, o mais depressa que puderam, enquanto o dragão lutava com todas suas forças para escapar... Metros à frente, não tinham escolha, mergulharam no lago e, no mesmo instante, o corpo de Harry pareceu explodir: A água fria, o medo de perder Gina e o cansaço físico e mental o atacava...
 Nadaram, o dragão lá atrás fazia muito barulho... Um barulho de apavorar, rangia e emitia uma espécia de grito agourento. Se debatia, batia com o o corpo nas paredes tentando se livrar do feitiço e, Harry logo percebeu, ele estava conseguindo...
 Harry só tinha uma meta: A fonte de luz mais adiante. O lago, que à primeira vista parecia curto, se estendeu como um rio. Hermione nadava desesperada e ofegante ao seu lado.
 Segundos depois subiram à superfície e pela primeira vez Harry pode ver a misteriosa fonte de luz, quando a viu, sentiu-se fascinado: Uma espada, dourada e reluzente, tão brilhante que seus olhos ardiam. Trocou um olhar com Hermione e, por um mísero e confortável segundo, esqueceu-se de seus problemas e do dragão que em segundos escaparia e tentaria os matar com todas as suas forças.
 Então o clarão atrás deles fez Harry voltar ao presente. O dragão finalmente escapara, estava agora à poucos metros deles e Harry tinha que fazer alguma coisa. Hermione berrou e tentou repetir o feitiço, mas inutilmente: O dragão, agora atento, se desviou com facilidade pelos ares, enquanto Hermione desesperada se distanciava e investia...
 A única possibilidade de salvar à todos veio à tona. Aquela espada não estava ali por acaso, o dragão agora estava à menos de dez metros deles.
 Neste momento, Harry esticou as pontas dos dedos e tocou o ouro maciço e quente da arma, e sentiu-se no mesmo momento, mais corajoso e forte. No mesmo instante, uma porta de Carvalho enorme se materializou na pedra lisa atrás deles.
 -HERMIONE, SAIA AGORA - Harry gritou. - EU ME LIVRO DELE, AGORA ABRA A PORTA E SALVE GINA!
 Harry jogou a capa da invisibildade aos pés de Hermione, mas esta estava paralisada, seria de espanto ou porque não deixaria Harry ali.
 -HERMIONE, ANDA!
 O dragão agora estava investindo à cada centímetro da Câmara, tudo estava incendiado...
 Foi aí que o desespero chegou ao auge, no momento em que a rajada de fogo flamejante veio imediatamente na direção deles... No absoluto reflexo, Harry esticou a espada e atacou o fogo com ela, inutilmente, pensou, mas se enganou: A espada serviu de escudo, produziu uma barreira mágica e os protegeu do fogo... Harry se impressionou como ela era leve, sendo que era enorme; O dragão continuava a tentar matá-los, mas a espada os protegiam... Porém não tinham tempo à perder, correram em direção ao portal, Harry agarrou a capa e juntos eles fugiram da câmara.
 Harry se sentiu imediatamente aliviado quando caíram novamente na água, mas Harry sabia que não tinham voltado ao lago, pois esta água era quente e mais clara.
 -Coloportus Máxima! - Hermione bradou, apontando a varinha para a porta.
 ''Harry!'' Hermione veio em sua direção andando, e Harry pode concluir que o lago não era fundo. ''Você não vai acreditar quando eu lhe contar! Essa es...''
 -Agora não, Hermione, precisamos encontrar Gina!
 Correram pelo lago e logo sairam dele: Onde estariam agora era impossível dizer. Tudo ao seu redor eram paredes escuras, e não dava pra enchergar muito à frente.
 -Precisamos seguir por esse caminho, é o único e não vamos voltar. Mas cuidado, Hermione, provavelmente encotraremos armadilhas...
 Hermione concordou com a cabeça.
 O cérebro de Harry estava todo embaralhado: A cada segundo que passava ele parecia mais distante do alvo, mesmo sem saber onde encontrariam a prisão de Azkaban. Só aí ele pode perceber a idiotice de tentar entrar em Azkaban, ainda mais sem um plano formado. Mas sabia que era a coisa certa à se fazer.
 Minutos depois, que pareceram várias horas, encontraram novamente uma luz muito distante, era a saída do lugar. Imaginando o que encontrariam ao sair, Harry espiou para fora.
 Imediatamente, Harry teve a certeza que encontraram o lugar certo. Agora estavam à margem de um imenso oceano com águas muito negras e semi-congeladas, e centenas de metros à frente, uma pequena ilha, onde se erguia uma imensa fortaleza trangular. O frio penetrou em seus pulmões, foi aí que Harry entrou em Pânico: Cercando a fortaleza de Azkaban, vários vultos enormes, suas capas negras esvoaçantes, quase invisíveis naquela escuridão. Os dementadores ocupavam cada espaço no ar, centenas, talvez milhares, espalhando o terror e o medo aos prisioneiros...
 -Harry! - Hermione sussurrou. - E agora, o quê fazemos? Lançamos Patronos contra todos eles?
 -É a nossa única chance, não vamos voltar agora que chegamos aqui.
 Harry deu um passo à frente, o desespero tomando conta de seu corpo o fez caminhar, e Harry teve a sensação que ele fora descoberto. Os dementadores pararam no ar, e muito devagar, deslizavam em direção à água...
 Harry sacou a varinha imediatamente, e Hermione o imitou. Novamente gritaram juntos:
 -Expecto Patronum!
 O Cervo e a Lontra explodiram e atacaram os dementadores: Controlavam os patronos com as varinhas, e estes investiam diretamente às criaturas. Montaram nas vassouras e levantaram vôo, os Patronos sempre à frente espantando os dementadores... Hermione estava muito pálida, e em algum tempo chegaram à chão firme. Tinha uma porta... Os Patronos se dissiparam e Harry não teria força para produzir outro... Tinham que entrar na porta, ou seriam imediatamente beijados, porque os dementadores estavam cada vez mais próximos...
 Entraram na porta e se esconderam dos dementadores, e com um imenso alívio, perceberam que estava vazia.
 Estavam novamente em uma câmara vazia e mal iluminada. Tudo que podiam ver era uma escadaria que levava ao patamar acima.
 -Vamos subir - Harry disse à Hermione.
 Deram poucos passos quando uma escritura na parede chamou à atenção de Hermione.
 -Harry, venha ver isso.
 Harry se aproximou e começou à ler. A escritura dizia o seguinte:


    ▬ A Prizão de Azkaban ▬

  Ninguém sai, ninguém entra sem a
 permissão expressa do Ministro da
 Magia.

  Primeiro andar:
 Condenados por assassinatos;

  Segundo andar:
 Condenados por Furtos;

  Terceiro andar:
 Suspeitos;

  Quarto andar:
 Condenados por porte ilegal de varinha;

  Sexto andar:
 Cúmplices de Crimes;

  Sétimo andar:
 Condenados por desrespeito à autoridades;

  Oitavo andar:
 Condenados por usar Magia Negra;

  Nono ao vigésimo:
 Antigos seguidores do Lorde das Trevas;

  Vigésimo ao trigésimo andar:
 Condenados por usar Maldições Imperdoáveis;

  Trigésimo ao Quadrigésimo andar:
 Presos de Segurança Máxima.

  Quadrigésimo ao Quinquagésimo andar:
 Prisões Perpétuas.

 Terminaram de ler. Harry disse à Hermione:
 -Vamos logo, os dementadores à essa hora já devem ter avisado que estamos aqui! Apanhe a capa!
 Harry jogou a cada da invisibilidade para Hermione, que colocou e, neste exato momento, Harry tomou o maior susto de sua vida.
 -Expelliarmus!
 Harry sentiu sua varinha escapar por entre seus dedos...
 -Ora, ora, se não é o Harry Potter.
 Harry se virou instantaneamente, completamente paralisado. Era o fim, agora, estava encurralado. Provavelmente ficaria o resto de seus dias fazendo compania para Gina, naquele lugar horrível... Nunca vira um lugar tão ruim. Descia pela escada um homem que usava óculos, os cabelos lisos em um corte militar, farda preta e a varinha apontada diretamente para a cicatriz de Harry.
 -Fique embaixo da capa!
 Harry mal mechera os lábios para falar. Falou tão baixo para somente Hermione escutar.
 -O que disse, Potter?
 -Nada - mentiu.
 -É bom. - O homem caminhou por sua volta, o rodeando, a varinha apontada para ele. - Estavamos te esperando. A sua namoradinha está lá no terceiro andar, veio fazer uma visitinha, suponho?
 Harry não sabia o que dizer, portanto não disse nada. Permaneceu calado, olhando dentro dos olhos do homem, tentando não demonstrar o tamanho medo que sentia.
 -Fomos avisados que você tentaria entrar - O homem continuou. - É bom que saiba, ninguém entra em Azkaban e fica livre. Você nunca mais tentará entrar, suponho, agora que não irá mais sair.
 -Solte Gina. - Harry mandou.
 -Ah, claro que soltarei. - disse, irônico. Você vai me obrigar, suponho. Derrotou o Lorde das Trevas, sim, mas não se sinta orgulhoso por isso. No fundo, você sabe que novamente teve sorte.
 -NÃO FOI SORTE! - Harry gritou, dando um passo à frente. - ELE MATOU MEUS PAIS!
 -Crucio!
 Harry sentiu a dor, mais forte do que já fora um dia. Sentiu cada milímetro mais insignificante de seu corpo explodir, sentiu que estavam lhe marcando por todo o corpo com ferro em brasa... Tentou gritar, mas não tinha ar nos pulmões. Se contorceu por alguns segundos, até que a dor passou, como um alívio, e Harry não pode deixar de ficar agradecido por estar vivo.
 -Não vai querer mais - o homem disse. - Então não me faça repetir. Mais um movimento brusco, te torturo até enlouquecer. Se bem que não precisará estar em plena consciência à partir do momento que os dementadores te pegarem.
 Harry sentiu o aperto no estômago ainda mais forte. A única saída era Hermione... Só ela poderia salvar Gina neste momento...
 -Não, Potter - Recomeçou o homem. - Eu menti. Nenhum dementador lhe fará mal. Temos algo mais específico para você.
 Harry novamente preferiu o silêncio. Realmente não queria outra sessão de dor. Seu medo diminuiu um nada ao ouvir a notícia.
 -Herdeiro de Gryffindor, hein? Numa situação dessas? Ah, quem sabe. Tem muita gente que acha que essa história é verdade.
 -Quem é você? - Harry perguntou.
 -Não interessa. Não precisará saber.
 Harry, com muito esforço, se levantou.
 -Solte Gina, eu imploro. Faço qualquer coisa... Tenho muito ouro.
 -DIFOURER!
 Harry foi atingido no rosto pelo feitiço. Sentiu o sangue escorrer em seus olhos.

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