AZUL E LARANJA



CAPÍTULO 58 (EXPLICAÇÕES NO FINAL!)


- Eu agradeço o que fizeram por mim – dizia Arthur Weasley para as pessoas à sua frente.

Severo Snape, Remo Luppin e sua esposa Ninphadora relatavam ao novo ministro a “conversa amistosa” que tiveram com um certo norte-americano.

- A gente não ia deixar que aquele racista cretino criasse problemas – disse a Senhora Luppin – Principalmente tão perto do casamento dos seus filhos, Arthur.

- É verdade – concluiu Remo – Aqueles garotos merecem toda a felicidade que houver nesse mundo.

- Retórica poética – retrucou friamente Severo Snape.

- Ah, deixa de ser chato, Severo! – ralhou com ele a jovem de cabelos rosa-chiclete.

- Eu gostaria que vocês três liderassem o serviço de espionagem do ministério – pediu o Senhor Weasley – E eu só confiaria em vocês para garantir a segurança dos meus filhos, dos Granger e dos meus futuros genro e nora.

- Você não acha mais interessante do ponto de vista político que eu me afaste? – perguntou Snape.

- Quando aceitei ser o Ministro da Magia, eu disse que não era um político de profissão– retrucou o ministro recém-eleito – Não pretendo me tornar um agora, principalmente quando há pessoas aí fora brincando de Comensais da Morte. Eu sei o quanto essas pessoas odeiam a minha família, assim como Harry e Hermione. Eu quero estar seguro que eles não sejam uma ameaça para esses jovens. Estou muito preocupado com isso para discutir o que é melhor ou pior politicamente.

- Eu tenho certeza que o ianque entendeu o recado – disse o ex-professor de poções – O que me preocupa é aquela lunática da Lestrange. Ela recebeu ajuda e recusou. Isso me intriga.

- A mim também – Remo Luppin fez coro com Snape.

- Bem, só nos resta permanecer de olhos abertos – ponderou o Sr. Weasley.
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- Admita que é estranho – disse Rony para a sua noiva Hermione.

Depois do treino daquela tarde (que havia se estendido até a noite) o ruivo e a medibruxa dos Cannons, assim como Harry e Gina, jantaram no apartamento dos rapazes, no Beco Diagonal, e as garotas resolveram dormir por lá mesmo. Acompanhadas dos seus respectivos noivos, é claro. O que deixava Rony um tanto incomodado.

- Por favor, Rony - advertiu Hermione – Não vamos começar com ataques de irmão mais velho novamente. Não agora que falta tão pouco para o casamento deles.

- Eu sei, Mione – disse o ruivo – Mas ter a sua irmãzinha e o seu melhor amigo aqui do lado...

- Fazendo exatamente o que fizemos há pouco – brincou a garota, deixando Rony com as orelhas vermelhas.

- Mione!
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- Admita que é estranho – disse Harry para Gina.

- O que é estranho? – perguntou a ruiva, ligeiramente sonolenta e se aconchegando ao noivo.

- Bem , os meus melhores amigos, no quarto ao lado, fazendo sabe-se lá o que...

Como Gina o olhava com aquele ar sapeca que lembrava muito os gêmeos Fred e George, Harry admitiu:

- OK. Fazendo o mesmo que fizemos há pouco. Mas, é estranho.

- Você tem ciúme da Hermione? – perguntou Gina, mal escondendo o quanto aquela conversa a divertia.

- Você sabe que não é ciúme! – protestou Harry – Mione é como uma irmã para mim. Por isso é estranho...

- Do Rony então? – insistiu a ruiva, achando muito engraçado o embaraço do garoto.

- Você não tem jeito! – suspirou Harry derrotado.
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A última rodada da Liga Britânica, antes do recesso para os jogos das Eliminatórias Européias, agitava o mundo do quadribol. Os Cannons haviam atropelado os adversários como se estes estivessem a pé e o time laranja a bordo do Expresso Hogwarts. Depois do show sobre os Francelhos e sobre as Harpias, Mergulho Potter e seus companheiros foram até a Ilha Skye, na Escócia, para uma exibição tão curta quanto espetacular. Em dezesseis minutos de jogo, marcaram cento e noventa pontos e não permitiram nenhum ao adversário, o famoso time Orgulho de Portree. Era o terceiro jogo em que “Maluco” Weasley passava invicto.

Os cada vez mais impossíveis torcedores dos Cannons disseram que a equipe escocesa havia ficado roxa de vergonha (o uniforme é um roxo escuro muito chamativo). Meaghan MacCormack, goleira e capitã do time, glória do quadribol escocês deu uma declaração dramática após o jogo:

- É incrível. Os artilheiros deles são como fantasmas. Você os vê, mas não consegue tocá-los ou atingi-los. Os nossos batedores simplesmente não conseguiram pegá-los.

Malfoy estava rindo a toa e se divertindo muito desafiando os adversários. Já havia arrecadado com as apostas mais do que com a venda de ingressos e quase tanto quanto com a venda de suvenires do time laranja. Com Gui Weasley e Olívio Wood tomando conta dos negócios das Organizações Potter Malfoy, o loiro dedicava-se mais ainda ao time.

A tentativa de assassinato que havia sofrido fez com que fosse visto com um pouco mais de simpatia pelos torcedores dos outros times. Mas não parava com as provocações. Dissera no Profeta Esportivo:

- Sabe, o fato de ter estado à beira da morte me fez ver as coisas com outros olhos – disse, aparentemente arrependido das maldades proferidas contra os outros times.

- É mesmo, Senhor Malfoy? – perguntou a jovem e ingênua repórter.

- Sim, querida. Antes eu achava que os outros sete times que disputam a Liga Britânica não seriam páreo para os Cannons, mas agora...

- Agora o senhor imagina um torneio mais equilibrado? – arriscou a jovem, esperançosa.

- Não seja boba. Agora eu tenho certeza que não há time na Europa que consiga ganhar de nós! Eu estou dobrando as apostas. Aposto que vamos ganhar a Liga e depois a Taça Européia. Veja bem, estou apostando antes de acabar o campeonato britânico, porque estou louco para ganhar os galeões, sicles e nuques dos demais torcedores. HUHAHAHAHAHA! – concluiu a entrevista imitando uma risada maléfica de vilão de desenho animado.

- Você acredita nisso? – perguntou Vera Ivanova desconsolada, dando por encerrado o treino daquele dia.

- Você tem que admitir que ninguém sabe promover uma partida como ele – constatou Toni M’Bea, achando graça da gabolice do loiro.

- Potter, o que você acha do jogo contra os Tornados? – perguntou um jornalista da TV Bruxa (“a magia do quadribol ao vivo para toda a Grã-Bretanha”).

- Acho que vai ser o jogo mais difícil até agora – respondeu o Eleito – Eles possuem um grande time e tiveram tempo para estudar as nossas jogadas.

- E você, Krum? – perguntou o mesmo repórter para Vitor Krum, que saía do treino, segurando ainda o pomo de ouro que havia acabado de capturar.

- Um jogo duro – disse simplesmente o búlgaro.
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O jogo do sábado próximo entre Tornados e Cannons, no antigo estádio dos Trasgos estava praticamente parando a Grã-Bretanha. Draco havia impedido a realização da partida num estádio maior, uma vez que o time laranja possuía o mando do jogo, aumentando a guerra de nervos em torno do clássico. Os Tornados haviam sido, antes e imediatamente após a guerra, uma das mais vitoriosas equipes de quadribol da Grã-Bretanha. Nos últimos anos haviam disputado com os Duendes de Dublin o título de melhor equipe do Reino Unido e da Irlanda. Possuíam uma torcida imensa e quase tão fiel e fanática quanto a dos Cannons.

Os Tornados de Tutshill, com as suas vestes azuis-celestes, formavam um dos times mais populares das ilhas britânicas. Apesar da cidade de Tutshill ficar no País de Gales, o time era extremamente cosmopolita, possuindo torcedores em toda a Grã-Bretanha e até na América do Norte, Austrália e África do Sul. Diferentemente dos Catapultas de Caerphilly e das Harpias de Holyhead, que são times orgulhos dos galeses, os galeses costumam dizer que os Tornados sempre foram um time “internacional” demais. Seu jogador mais famoso (até o aparecimento de Angelina Johnson) foi Rod Plumpton, que era inglês e foi um grande jogador do selecionado de seu país.

Capitaneado atualmente por Angelina (também inglesa), o time ainda contava com Rogério Daves, Cho Chang (também convocados para o selecionado inglês), Peter Saint John, Hiristo Dimitrov (da seleção búlgara) e os irmãos Furukawa, considerados os melhores jogadores de quadribol da Ásia. Mieko Furukawa era uma grande artilheira e Massao, seu irmão mais novo, um goleiro ágil e corajoso, embora um pouco baixo para a posição.

Quando Armand Richmond, filho do presidente do time e também técnico, foi buscar os jovens e promissores talentos da seleção do Japão, transformou-se na piada do Reino Unido. Ocorre, entretanto, que todos aqueles que zombaram do treinador galês foram obrigados a engolir os gracejos. A artilheira era muito boa, marcava bem e dava ótimos passes para Johnson e Daves, além de ser recordista nas ilhas britânicas em goles roubadas dos adversários. Massao Furukawa, depois de dois anos na reserva de Imelda Price, antiga titular da Inglaterra, havia se firmado na última temporada, substituindo a veterana goleira.

Os Tornados possuíam ainda reservas muito bons, quase todos ingleses ou estrangeiros. Apenas Saint John, batedor titular da seleção de Gales, era nascido no país onde a equipe estava sediada. Não que seus fanáticos torcedores espalhados pelo mundo reclamassem. O fato da equipe ter sido três vezes seguidas campeã da Liga Inglesa (que incluía as equipes galesas) e ter conquistado um campeonato e um vice-campeonato na Liga Britânica nos últimos dois anos, além de um terceiro lugar e um campeonato europeu os enchia de orgulho.

Os Richmonds, pai e filho, presidente e técnico respectivamente dos Tornados ajudavam na polêmica e na promoção do grande jogo. “O Jogo” como vinha sendo tratado pela imprensa esportiva bruxa.

- Não basta ter um bando de garotos mimados e ricos para se ter um time de quadribol – dizia o presidente dos Tornados de maneira professoral – Mesmo quando o capitão é um batedor geriátrico – gracejava o dirigente, numa alusão cruel e injusta a Toni M’Bea.

- Eu estou apostando dez mil galeões nos Tornados - vociferava Armand, o técnico - Se aquele loiro afeminado acha que vai intimidar o nosso time ele está muito enganado!

Draco Malfoy respondia:

- Eu formei um time e contratei um técnico. Não fui pedir pro papai um time pra brincar de treinador. Geriátrico, é? Não foi Toni M’Bea que teve aulas de magia em Hogwarts com Salazar Slytherin em pessoa, se é que vocês me entendem.

O que ninguém imaginava é que enquanto travavam essas polêmicas e trocavam farpas através da mídia bruxa, o presidente dos Cannons se reunia com o presidente e com o treinador dos Tornados e davam boas risadas, enquanto degustavam um excelente hidromel da reserva especial de Draco.

Estavam empenhados em tornar aquela partida um feito histórico e estavam conseguindo. O Profeta Esportivo esgotara suas edições nos dias anteriores ao jogo. Os uniformes laranjas dos Cannons e os azuis dos Tornados desapareciam rapidamente das lojas, assim como bonés, bandeiras, bottons e toda a sorte de lembranças relacionadas aos dois times. A TV Bruxa (“todas as cores e as emoções do quadribol chegando até você”) transmitiria o jogo ao vivo para toda a Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá, toda a América Latina, Japão e África do Sul.

Enfim, o “jogaço”, como costumava dizer Olívio Wood quando era capitão do time da Grifinória em Hogwarts.
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- Eu não vou torcer pra ninguém – dizia um sorridente Jorge Weasley para as câmeras da TV Bruxa (“as emoções do antes, durante e depois de uma partida de quadribol”) – Eu corro o risco de apanhar da minha noiva ou da minha irmãzinha. Vocês nem imaginam como essas artilheiras são geniosas. Até já apostei mil galeões no empate – sorriu mais uma vez, mostrando um cupom de aposta da banca de Draco Malfoy.

- Como eu não sou controlado pelas mulheres da família como o meu caro irmão... – ia zombando Fred.

- É. Deixe a mamãe saber disso – interrompeu Jorge.

- Como eu ia dizendo – continuou Fred, dando uma gravata no irmão, que socava as suas costelas – Ai, seu...(o som da TV ficou mudo por um momento).

- Vai dar empate! – cantarolou Jorge, ligeiramente sufocado pelo irmão gêmeo.

- Eu vou torcer pros Cannons! – gritou Fred, antes que o seu irmão abrisse um tablete que passou a emitir estranhos ruídos corporais, afastando os assustados jornalistas e cinegrafistas.

A TV e a Rádio Bruxa procuravam obter os prognósticos das pessoas “ilustres”, que agitavam a tribuna de honra do estádio. Draco Malfoy, o presidente dos Cannons, causara furor ao chegar acompanhado de duas jovens bruxas espetaculares, ambas com camisetas muito justas com a inscrição “O mundo é laranja”. Essa camiseta era a mais nova moda entre os jovens torcedores dos Cannons, em resposta à camiseta dos torcedores dos Tornados que dizia “A Terra é azul”.

A verdade é que azul ou laranja, a terra esteve próxima a tremer nos dois dias que antecederam o clássico. Discussões animadas e até algumas brigas explodiram em Cardiff, no Beco Diagonal, em Hogwarts e Hogsmeade. A situação esteve tão tensa que os presidentes Malfoy e Richmond tiveram que ir a público para pedir calma às pessoas. Harry Potter, Toni M’Bea, Angelina Johnson e Cho Chang passaram a sexta-feira apelando para todos os meios de comunicação do mundo mágico, pedindo paz às torcidas.

Quando, naquele sábado ensolarado, cortado por uma brisa fria de outono, os dois times finalmente entraram em campo, sem que houvesse ocorrido algum homicídio entre os torcedores, os aurores e as pessoas responsáveis pela ordem no mundo bruxo deram graças aos deuses.
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- BOA TARDE, CAROS TORCEDORES, OUVINTES E TELESPECTADORES! – cumprimentou Lino “A Voz” Jordan os presentes no acanhado estádio do antigo time dos Trasgos, nos confins do Beco Diagonal. Lino transmitiria para o estádio através do sistema mágico de som, além de ser ouvido pela Rádio Bruxa e pela TV Bruxa (“conectando o mundo mágico de norte a sul”) em vários países de língua inglesa.

Quatro mil torcedores com detalhes laranjas nas roupas ou vestidos de laranja dos pés a cabeça abafavam os gritos dos outros mil restantes, com detalhes azuis-celestes ou vestidos de azul-celeste dos pés a cabeça. Os “azuis” deram uma discreta vaia em Jordan, que todos sabiam torcedor dos Cannons, mas foram logo silenciados pelos gritos dos “laranjas”.

Aurores vindos de todas as partes do Reino Unido, além de seguranças privados impediam possíveis agressões entre as torcidas, mas não podiam fazer nada para evitar a tradicional troca de insultos e palavrões.

- TODOS ESPERAMOS QUE AS DUAS EQUIPES FAÇAM UM JOGO DE QUADRIBOL INESQUECÍVEL, POIS POSSUEM JOGADORES PARA ISSO! – ponderou Marla Donovan, a mais respeitada comentarista de quadribol da Grã-Bretanha.

- E AÍ VEM OS TIMES! – anunciou Lino Jordan com grande entusiasmo – OS CANNONS COM TODOS OS TITULARES: RONY WEASLEY, TONI M’BEA, ANDY LOPES, GINA WEASLEY, CRIS TOLEDO, HARRY POTTER (ovação ensurdecedora do público) E... VITOR KRUM (mais gritos e aplausos)! OS TORNADOS, TAMBÉM COMPLETOS: MASSAO FURUKAWA, PETER SAINT JOHN, HIRISTO DIMITROV, ANGELINA JOHNSON (gritos e aplausos partiram dos torcedores dos Tornados, que foram vaiados pelos torcedores da equipe laranja), MIEKO FURUKAWA, ROGÉRIO DAVES (gritos histéricos das torcedoras de azul e mais vaias da torcida dos Cannons) E... CHO CHANG!

- VAMOS VER SE O TREINADOR RICHMOND VAI COLOCAR FURUKAWA PARA MARCAR POTTER DE PERTO – comentou Marla.

Ao entrar em campo, Harry, Rony, Gina, Toni e Toledo acenaram para um lugar das numeradas cobertas, onde Helga, seus dois caçulas, Amanda e Tess assistiriam o jogo. M’Bea e Angelina, os dois capitães, cumprimentaram-se cordialmente e a partida teve início.

- OS TORNADOS COM A GOLES PARTEM PARA O ATAQUE! – narrou Lino – DAVES PARA FURUKAWA, FURUKAWA PARA JOHNSON, ESSA PARA DAVES. PASSE ESPETACULAR! DEFESA SEEEEEEEEEENSACIONAL DE RONY WEASLEY!

Cara a cara com o artilheiro do time celeste, Rony fez um dos seus milagres e virou-se para a torcida, regendo os aplausos entusiasmados.

- BALAÇO DE SAINT JONH ACERTA HARRY POTTER, MAS ELE NÃO LARGA A GOLES! O BRAÇO DELE DEVE SER DE AÇO! OUTRO BALAÇO QUE IA NA DIREÇÃO DO “ELEITO” É REBATIDO POR ANDY LOPES! QUE BRAÇO TEM ESSE GAROTO! PASSE LONGO DE POTTER PARA TOLEDO! DEFESA ES-PE-TA-CU-LAR DE MASSAO FURUKAWA!!!!

O goleiro japonês mergulhou rumo ao aro direito e desviou com o pé o canhão disparado pela artilheira peruana.

- BALAÇO DISPARADO POR M’BEA ACERTA DAVES, QUE DEIXA CAIR A GOLES! POTTER COM A GOLES! FINTA EM ANGELINA, FINTA EM FURUKAWA! É GOOOOOOOL! POTTER ABRE O PLACAR!

- ESPETACULAR SEQUÊNCIA DE DRIBLES DE POTTER SOBRE AS ARTILHEIRAS DOS TORNADOS – comentou Marla – LÁ VAI A JOHNSON!

- JOGADA INDIVIDUAL DE JOHNSON! FINTA EM GINA WEASLEY, ESCAPA DE UM BALAÇO ATIRADO POR ANDY LOPES! ATIRA A GOLES! EU NÃO ACREDITO! EU NÃO ACREDITO! WEASLEY DEFENDEU DE NOVO! LÁ VAI GINA! PASSA PARA POTTER. POTTER PARA TOLEDO. TOLEDO ATIRA! REBATE FURUKAWA! GRANDE DEFESA! MAS GINA WEASLEY PEGA O REBOTE! É GOOOOOOL! VINTE A ZERO PARA OS CANNONS!

- COMEÇO ELETRIZANTE DE JOGO! – disse a comentarista – GRANDES JOGADAS DOS ARTILHEIROS E GRANDES ATUACÕES DOS GOLEIROS! LÁ VAI POTTER!

- POTTER CONTINUA MARCADO PELA GAROTA FURUKAWA. DRIBLE SENSACIONAL! FINGIU QUE IA FAZER UM PASSE E ENGANOU A JAPONESA! A GAROTA AINDA O PERSEGUE! PASSA PARA GINA WEASLEY, ESSA PARA TOLEDO! DRIBLOU O GOLEIRO! É GOOOOOOOOOL! JOGADA ES-PE-TA-CU-LAR DOS ARTILHEIROS DOS CANNONS!!!! DEIXARAM A POBRE FURUKAWA NA SAUDADE! OS BATEDORES SAINT JOHN E DIMITROV ESTÃO ATÉ AGORA PROCURANDO POTTER E AS GAROTAS!

A capitã Angelina berrava com os seus batedores, tentando acertar a marcação deles sobre os artilheiros dos Cannons. Richmond, da área técnica, gritava com Mieko para continuar perseguindo Harry. Os “laranjas” cantavam enlouquecidos. Harry marcou um outro gol “seeeeeeensacional”, como diria Lino, driblando duas vezes o goleiro dos Tornados, antes de atirar a goles para o aro central vazio. Rony continuava infernal no gol. Defendera arremessos de Angelina, de Daves e até um à queima roupa da artilheira japonesa, que tentara enganá-lo com uma rápida troca de mãos, jogada característica de Baby Jane O’Neal.

- MAIS UM SHOW DOS CANNONS, SENHORAS E SENHORES!!!! – dizia um feliz Lino Jordan – SE POTTER E A SUA NOIVA SE ENTENDEREM NA CAMA COMO SE ENTENDEM NO CAMPO...

- Lino, contenha-se! – disse-lhe Marla, fora do microfone.

- HUM-HUM – pigarreou “A Voz” – ANGELINA JOHNSON COM A GOLES! QUE GAROTA! – disse com um ar sonhador, recebendo um olhar de reprovação da sua comentarista – QUERO DIZER, COMO JOGA BEM! NOVAMENTE WEASLEY!! RONY WEASLEY ESTÁ INSPIRADÍSSIMO HOJE!!! AGARROU MAIS UMA BOMBA DE ANGELINA JOHNSON!

- PARTIDA IMPRESSIONANTE DO GOLEIRO WEASLEY ATÉ AGORA – comentou Marla.

- ARMAND RICHMOND PEDE TEMPO. QUARENTA A ZERO PARA OS CANNONS!

- PROVAVELMENTE O TREINADOR RICHMOND VAI TENTAR REORGANIZAR OS SEUS BATEDORES E ACERTAR A MARCAÇÃO DOS ARTILHEIROS.

- Eu acho que o treinador deles vai tentar liberar a garota japonesa da marcação do Harry – disse Toni M’Bea.

- Sério? – perguntou Vera Ivanova incrédula – Pessoal, se ele fizer o que o Toni está dizendo o jogo vai ficar a maior correria e eles vão abandonar a defesa para tentar marcar mais pontos e capturar o pomo. Andy, você fica de olho na apanhadora deles. Toni, você protege os artilheiros.

Hermione examinava o braço de Harry que estava vermelho e inchado, por causa do balaço que havia recebido. Enfaixou o amigo sob o uniforme, colocando as ataduras sobre um líquido escuro, que imediatamente aliviou o incômodo. Gina, ao lado do noivo, acompanhava toda a operação.

- Você não vai brigar comigo e me mandar sair do jogo? – perguntou Harry para a curandeira.

- Não. Eu sei que você não me obedeceria. Mas tome cuidado – disse de maneira maternal.

Na volta da partida, assim como Toni havia previsto, os Tornados partiram para o ataque, com a artilheira japonesa empenhando-se mais nas ações ofensivas do que na marcação a “Mergulho” Potter.

- QUE VELOCIDADE!!! – dizia Lino Jordan, fazendo referência à troca de passes dos artilheiros dos Tornados – DAVES ARREMESSA! SEEEEEEENSACIONAL DEFESA DE RONY WEASLEY!! ESSE É O VERDADEIRO “PAREDÓN”. RONY ESTÁ IMPOSSÍVEL!

- INCRÍVEL A DEFESA DO GOLEIRO WEASLEY! OS TORNADOS SIMPLESMENTE NÃO CONSEGUEM MARCAR. LÁ VAI TOLEDO!

- GINA WEASLEY PASSA PARA TOLEDO, ESSA DEVOLVE PARA GINA! DE NOVO PARA TOLEDO! ARREMESSO VIOLENTO! GRANDE DEFESA DE FURUKAWA! A SUA IRMÃ TENTA CONDUZIR A GOLES, MAS UM BALAÇO ATIRADO POR ANDY LOPES DESARMA A GAROTA! POTTER COM A GOLES! FINTA EM DAVES, DRIBLE NA GAROTA FURUKAWA! GOOOOOOOOOL DE POTTER! MAIS UM GOL DE MERGULHO POTTER! CINQUENTA A ZERO PARA OS CANNONS!!!

Finalmente, numa rápida troca de passes, Daves lançou Angelina, que fintou Rony e marcou para os Tornados.

- FINALMENTE JOHNSON MARCA PARA OS TORNADOS! CINQUENTA A DEZ! GRANDE JOGADA!!!!

Angelina contornou os aros, socando o ar e recebeu os aplausos entusiasmados dos torcedores do time azul.

- PARECE QUE O TIME AZUL SE EMPOLGOU AGORA! UM BALAÇO ARREMESSADO POR DIMITROV DESARMA TOLEDO! JOHNSON PARA DAVES! ESSE RUMA PARA OS AROS! GOOOOOOOOOL DOS TORNADOS! DAVES MARCA O VIGÉSIMO PONTO!

- PARECE QUE CHANG E KRUM AVISTARAM O POMO! – disse a comentarista, fazendo com que as tenções se voltassem para o centro do campo, onde o búlgaro e a garota de ascendência oriental mergulhavam atrás da bolinha dourada.

- NENHUM DELES CONSEGUIU! O POMO SOME NOVAMENTE! TOLEDO DE NOVO COM A GOLES! RECEBEU DE POTTER! É GOOOOOOOOOL!

O sumiço do pomo, que nenhum dos apanhadores conseguiu capturar, aparentemente desanimara os Tornados. Harry marcou mais dois gols e Gina outro, deixando o placar noventa a vinte para os Cannons. Os torcedores estenderam uma enorme faixa com os dizeres “O mundo é laranja” e outra com o tradicional “Potter para presidente”. Draco e as garotas que o acompanhavam mandavam beijinhos e davam adeus à torcida dos “azuis”, como que anunciando que a partida estava liquidada. Apesar do placar dilatado, entretanto, era o jogo mais longo dos Cannons na temporada. Já estavam jogando a quase quarenta e cinco minutos e os apanhadores voavam pelo campo sem localizar a bola que pudesse encerrar a partida. Rony tomara os primeiros gols do campeonato, apesar de estar jogando uma partida soberba mais uma vez.

- MAIS UM GOOOOOOOOOOOL DE POTTER!!!!!!!!!!! – anunciou Lino Jordan – QUE PARTIDA FAZ MERGULHO POTTER MAIS UMA VEZ!!! MARCA O CENTÉSIMO PONTO!

Agora, a apanhadora Cho Chang procurava desesperadamente o pomo. Se ela o encontrasse os Tornados poderiam ganhar a partida. A jovem era ágil, mas era sempre empurrada para o lado por Krum, que possuía uma envergadura maior e era bem mais experiente. Então, o pomo de ouro se fez visível novamente.

Torcedores dos dois times prenderam a respiração. Cho Chang estava muito mais próxima. Krum deu uma guinada espetacular na sua vassoura e a apontou para os aros defendidos por Rony, perto de onde a bolinha aparecera. A garota, entretanto estava em vantagem. Quando ela estava próxima da captura, no entanto, um balaço atingiu-a violentamente no ombro, quase a derrubando da vassoura. Andy havia disparado praticamente um míssil. O pomo passou pela apanhadora dos Tornados, que havia se desequilibrado sob o impacto do choque, e foi agarrado por Krum que vinha logo atrás.

- SEEEEEEEENSACIONAL O BALAÇO ATIRADO POR ANDY LOPES!!! ESPETACULAR A APANHADA DE VITOR KRUM, A “ÁGUIA DOS BALCÃS”!!!! ES-PE-TA-CU-LAR A VITÓRIA DOS CANNONS!!! DUZENTOS E CINQUENTA A VINTE!! OLHA O GRITO DA TORCIDA DOS CANNONS!!!

- NÃO É SÓ A TORCIDA DOS CANNONS QUE ESTÁ GRITANDO, LINO! – corrigiu Marla Donovan – AS DUAS TORCIDAS ESTÃO APALUDINDO O JOGO E ESTÃO MOSTRANDO SEU DESAGRADO COM AS PESSOAS RESPONSÁVEIS PELO QUADRIBOL INGLÊS.

Realmente, ambas as torcidas pareciam ter deixado de lado as animosidades e gritavam os nomes de Harry Potter, dos Weasleys e de Angelina Johnson, seguido do grito: “SELEÇÃO”. Os gêmeos Fred e Jorge eram os mais entusiasmados e foram eles que puxaram, da tribuna de honra, os gritos. Gritos menos civilizados também eram dirigidos ao treinador do selecionado inglês

- É ISSO MESMO, MARLA! – vociferou Lino – A TOCIDA SABE DAS COISAS! POTTER! WEASLEYS! JOHNSON! SELEÇÃO!!! – juntou-se ao brado geral “A Voz”.
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Foi realmente difícil para o time laranja deixar o estádio. Parecia que toda a imprensa esportiva da Grã-Bretanha e até de outros países cobriam aquela partida. Harry e Gina, diplomaticamente falavam das qualidades do time dos Tornados, enquanto Rony, Vitor e Andy, os heróis da partida, eram cercados por fotógrafos e cinegrafistas. Todos queriam detalhes das defesas de Rony, da manobra do apanhador búlgaro e quase arrancavam o braço do brasileiro, tentando fotografar os membros de onde partira aquele último balaço.

- Lopes, é verdade que no Brasil as pessoas comem muito feijão e isso aumenta a força? – perguntou uma jornalista galesa.

- Eu nem gosto muito de feijão... – respondeu surpreso o batedor, que teve que ouvir a pergunta duas vezes antes de compreendê-la.

- Vocês são hoje a melhor equipe do mundo, treinadora Ivanova? – perguntou um repórter veterano da Rádio Bruxa.

Enquanto a búlgara se esquivava de responder diretamente, à sua maneira galhofeira, dizendo que era pelo menos a equipe com os rapazes mais bonitos com os quais havia trabalhado, Malfoy continuava desfilando com as duas beldades de camisas laranjas e a todo o momento provocava os jornalistas.

- Vamos lá – disse na sua voz arrastada – Quem é o melhor time do mundo? Vamos, rapazes, não se apressem em responder. Vamos lá! Até vocês são capazes de chegar a essa conclusão. É um time laranja e o presidente é loiro, bonito, inteligente e sexy. Vamos, podem dizer. Não sejam tímidos...

No vestiário menos festivo dos Tornados, o treinador tentava explicar a derrota, enquanto Angelina Johnson desabafava com sinceridade:

- Vamos ser francos. Eles estão jogando demais. Harry, Rony, Gina e Toledo sempre foram bons. Desde os tempos de escola. Mas agora eles estão numa fase sensacional – disse a capitã do time celeste.

A garota, entretanto, se recusara a dar declarações sobre os gritos da torcida, exigindo a sua presença e dos antigos companheiros de escola na seleção, pois não queria ser deselegante com Chang e Daves, colegas de time que haviam aceitado a convocação, embora ela não aprovasse.

Angelina havia acabado de consolar uma cabisbaixa Cho Chang, que tinha o ombro enfaixado, quando Harry, Gina e Jorge entraram no vestiário para cumprimentá-la. Depois de receber os cumprimentos do casal, o noivo lhe deu um grande beijo à guisa de consolo pelo jogo perdido, o que não passou desapercebido aos fotógrafos que ainda estavam de plantão.

- Eu sei uma boa maneira de fazer você esquecer desse jogo – cochichou o ruivo no ouvido da noiva, abraçando-a.

- Você massageia as minhas costas? – perguntou baixinho e de maneira sedutora a jovem. Apenas Harry e Gina, além de Jorge ouviram a artilheira.

Quando mais jornalistas tentaram cercar a capitã dos Tornados, Jorge abriu caminho à força, dizendo que a sua noiva precisava urgentemente dos seus cuidados, deixando a imprensa espantada e Gina e Harry rindo a valer.

- Eu não sabia que Jorge Weasley era curandeiro – disse uma jovem jornalista iniciante. A mesma que acreditara que Draco Malfoy havia se tornado mais modesto.
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O pé direito alto, com lustres mágicos deslumbrantes causavam um efeito quase hipnótico. O salão era tão grande que se poderia jogar uma partida de quadribol nele. O Golden era o maior e mais imponente hotel bruxo da Inglaterra. Dizia-se que naqueles saguões luxuosos e nas suas suítes de quase mil galeões a diária, fortunas mudavam de mãos e a sorte do mundo bruxo do Reino Unido era decidida todos os dias. O seu bar sofisticado era ponto de encontro dos bruxos ricos e famosos e no seu salão eram servidas refeições cujo preço, apenas das entradas, poderiam levar à falência um bruxo trabalhador honesto. Enfim, o lugar da aristocracia bruxa por excelência. Quadros de pessoas famosas acenavam e cumprimentavam os visitantes em todo o saguão de entrada. Era para aquele lugar extremamente exclusivo, que Draco Malfoy havia levado o seu time para comemorar a vitória sobre os Tornados e o início do recesso de quinze dias do campeonato, que marcaria também o casamento de Rony e Hermione. Mas o loiro não gostava de pensar muito nesse último detalhe.

Limusines mágicas apanharam os jogadores, a treinadora Ivanova (que viera com seu namorado francês) e demais acompanhantes em suas respectivas residências (não era possível aparatar nas cercanias do hotel) e Malfoy avisou a todos que deveriam vestir roupas de gala, que fizera questão de enviar a aqueles como Andy Lopes, que não possuíam esses trajes. Um envelope lacrado havia sido entregue aos acompanhados dos respectivos ou respectivas namorados ou namoradas, esposos ou esposas e noivas ou noivos. Na verdade todos os jogadores titulares vieram acompanhados. Os reservas Apolo Cole, Robby York, Nat Mars e Ben Woodrow também estavam presentes, com roupas sociais caras (presentes de Draco) e entre eles apenas “Cool” Cole estava acompanhado. Uma loira com ar entediado, uma bruxa bonita e antipática, provavelmente originária de algum país nórdico lhe fazia companhia. Cole trazia também o seu sobrinho Dylan, que deu um grande abraço em Harry e em Gina e parecia feliz em se ver livre do tio e da sua acompanhante metida.

Toni M’Bea parecia ainda mais alto num impecável terno escuro e Helga estava bonita e elegante nas suas vestes pretas de bruxa, mesmo sendo totalmente trouxa.. Os três filhos acompanhavam o casal (Toni prometeu à Professora MacGonagall que a filha retornaria à escola no domingo à tarde) e todos também vestiam roupas de gala. Os dois garotos gostaram de se vestir como os adultos, mas Miriam achava que aquela roupa a sufocaria até a morte. Até o lacônico e arredio Vitor Krum comparecera acompanhado de sua noiva. Ambos com vestes bruxas bastante elegantes.

Quando todos estavam acomodados, alguns ainda intimidados pela exuberância do lugar, Draco Malfoy pediu a palavra da ponta da grande mesa, onde seria servido o banquete de iguarias finas e excelentes bebidas de ótimas safras.

- Bem, vocês estão aqui porque realmente merecem o melhor – iniciou o discurso o presidente dos Cannons – E quem ficar comigo receberá o melhor! Ah, a propósito, esse hotel agora pertence às Organizações Potter-Malfoy. Meu sócio aqui – apontou para Harry, que se encolheu ligeiramente – me aconselhou a repassar para aquele grupo japonês o controle da revista Wizzard Sports. Não daria certo ser dono de um time de quadribol e de uma revista de esportes ao mesmo tempo. Mas os japoneses estavam tão interessados na revista que transferiram para nós o controle desse velho e aristocrático hotel. Aonde a comida é também muito boa e os quartos... ah, os quartos! – disse com ar sonhador – Potter, você e Gina vão me agradecer de joelhos. Aquelas camas são mágicas, sabe? Elas...

- Hum-hum – pigarreou Zabini, o infalível assessor de Draco, à sua direita na mesa.

- Tudo bem, vocês descobrirão por conta própria – disse malicioso para um constrangido Harry. Gina achava graça e estava curiosa para descobrir a magia das camas daquele hotel metido a besta.

- Aposto que eles servem aqui aquele tipo de comida sem gosto – reclamou Miriam para os irmãos e para Dylan.

A garota ficou agradavelmente surpresa, entretanto, quando foi colocado na sua frente um prato com dois hambúrgueres gigantes, batatas fritas crocantes, várias salsichas e molhos diversos.

- O senhor Malfoy achou que o menu infantil seria do agrado da senhorita – disse um homem com uniforme impecável.

A garota percebeu que no prato dos adultos o menu era completamente diferente (comida sem gosto, na opinião da menina) e apesar de se considerar muito adulta aos onze anos, não fez questão de experimentar as outras iguarias e dedicou-se feliz à sua comida, a mesma que os seus irmãos e Dylan experimentavam com entusiasmo .

- Eles vão comer todas essas porcarias? – perguntou Helga com o ar reprovador. Era uma mãe bastante rigorosa no quesito alimentação dos filhos.

- Relaxe, querida – tranqüilizou-a Toni – pelo menos hoje deixe-os comer coisas não muito saudáveis.
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Os envelopes que Draco distribuiu possuíam chaves das suítes mais exclusivas do hotel. Os casais em questão foram agraciados com uma estadia no hotel até domingo. As quatro crianças receberam um quarto enorme com várias almofadas muito confortáveis e uma grande variedade de filmes e games. Embora recebessem a orientação de Helga de não passarem a noite acordados, só conseguiram dormir muito tarde, já na madrugada do dia seguinte.

Antes de subir com Gina para a sua suíte, Harry agradecia a Malfoy pela noite estupenda:

- Você ainda vai se tornar um bom sujeito, Malfoy – brincou o “Eleito” – Acho que é um processo irreversível.

- Suma da minha frente, Potter – brincou com ele o loiro – Tenho certeza que a sua garota está louca para conhecer aquelas camas mágicas da suíte.

- Não me diga que você vai dormir sozinho - caçoou Gina, que tinha o rosto ligeiramente corado, cortesia de algumas taças de vinho que havia tomado.

- Sim, “Quase Senhora Potter” – zombou o loiro – Nada como uma noite de sono reparador para repor as energias. E você sabe... Eu faço o tipo lobo solitário.

- E as duas garotas? – perguntou Harry.

- Ah, elas – disse Draco, como se não houvesse passado a maior parte do dia desfilando com duas bruxas deslumbrantes – Elas estão muito bem juntas, assim como Toledo e Tess, se é que vocês me entendem.

- Bom, então eu fiz bem em chamar uma certa pessoa – disse Gina, soando misteriosa, antes de puxar Harry rumo ao elevador mágico que dava acesso às suítes.

Enquanto o loiro ainda refletia sobre as palavras da ruiva, sentiu um aroma suave e familiar às suas costas e quando virou, Jane O’Neal caminhava em sua direção, a dois passos dele.

- Oi – disse a garota com uma timidez que não lhe era comum – Gina Weasley disse que você estava sozinho. Eu não acreditei muito. Não depois de ver você na TV Bruxa com aquelas...

- Shiii – fez Draco, colocando um dedo sobre os lábios da jogadora da Irlanda – Elas não eram nada.

- Não? – perguntou a garota.

- Não mesmo – respondeu o loiro – Eu posso provar – afirmou, beijando Jane, que correspondeu com muito entusiasmo.
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BOM, VAMOS ÀS EXPLICAÇÕES. TÁ, EU SEI QUE ISSO ESTÁ FICANDO RIDÍCULO!. DIRÃO VOCÊS: CADÊ OS CASAMENTOS QUE VOCÊ HAVIA PROMETIDO???

COMO O CAPÍTULO ESTAVA FICANDO GRANDE DEMAIS, PROMETO POSTAR EM BREVE (MESMO!) O EPÍLOGO. CASÓRIOS E CENAS MELOSAS AGUARDAM A TODOS! AIIIIIIII!!!! (AUTOR DESVIANDO-SE DOS CRUCIATOS).


P.S. – JÁ LERAM “LEMBRANÇAS DO VELHO MALFOY”
P.S. (2) EM BREVE O FIC DA COPA INTERNACIONAL DE QUADRIBOL DOS ESTADOS UNIDOS! NÃO PERCAM!























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