UM FELIZ ANIVERSÁRIO



Como Jane O’Neal costumava gastar verdadeiras fortunas na loja “Mix”, de uns tempos pra cá fazia propaganda dela nas revistas bruxas em troca de generosos descontos. Inegavelmente ela havia contribuído para tornar o estabelecimento um sucesso no mundo mágico. Por isso não foi surpresa que fosse prontamente atendida quando pediu uma sala para conversar em particular com Gina Weasley.

A ruiva, sabia ela, era a filha mais nova da venerável família bruxa que havia mandado gerações dos seus membros para a casa de Grifinória em Hogwarts. Família que havia dado a Inglaterra novas esperanças no quadribol com a “Garota Weasley”, apelido ridiculamente infantil que sabia que a menina odiava profundamente, e seu irmão um ano mais velho, Ronald “Maluco” Weasley. Família que era famosa pelos cabelos ruivos, pela amizade com Harry Potter, o “garoto que sobreviveu” e pelo gosto por uma boa briga.

Gina ficara surpresa com a petulância da jogadora da seleção da Irlanda. Além de dar palpite na cor das vestes que a garota pretendia comprar de presente para o ex-namorado, ainda tivera o desplante de chamá-la para uma conversa em particular. Depois de comprar vestes azuis, mas de uma tonalidade diferente daquela sugerida por Jane O’Neal, seguiu a outra até a sala que fora indicada. Estava curiosíssima sobre o assunto que a garota queria discutir.

- Você sabe que eu tive um encontro com Harry ontem? – perguntou Baby Jane com tranqüilidade.

- Não é da minha conta – respondeu Gina, colocando na voz o máximo de frieza que conseguia, mas na verdade tinha vontade de azarar aquela “Jezebel”. O mais insuportável é que tinha que admitir que a garota era muito bonita. Um garoto inocente como Harry, pensou a ruiva, certamente não resistiria a meia hora de charme da jogadora da Irlanda.

- Vocês grifinórios... – desdenhou Jane – Como boa sonserina que era, analisou atentamente a “adversária”. Um garoto inocente como o Harry e totalmente grifinório certamente acharia aquela Weasley adorável, pensou por sua vez. E ela era bastante bonita também. Pra quem gosta de ruivas, é claro.

- Você me chamou aqui especificamente para que? – quis saber a ruiva, que estava ficando irritada com a maneira que a outra a avaliava – Para dizer que você e Harry estão juntos? Francamente eu não me importo.

Assim que acabou de dizer isso, um grande espelho à sua esquerda espatifou-se e dois manequins perderam a cabeça.

- Uau! – disse Jane O’Neal, levantando-se e, com um feitiço de reparo, consertou o espelho e os dois manequins – Eu nem quero imaginar o que acontece quando você se importa com alguma coisa.

Gina largou-se contrariada numa poltrona. Desde os dez anos de idade não fazia magia involuntária. No mundo bruxo isso era considerado sinal de descontrole emocional, típico de pessoas temperamentais. Bem, os Weasleys nunca foram famosos por serem pessoas calmas e ponderadas.

- Podemos conversar agora ou você pretende me decapitar como aqueles manequins? – gracejou a jogadora da Irlanda. Gina fez menção de interrompê-la, mas Jane disse: - Escute, eu sei que Harry ainda gosta de você. Mais ainda, o garoto é totalmente apaixonado por você. E eu nem acreditava muito nesse negócio de paixão...

- Ele lhe disse isso? – perguntou a ruiva confusa.

- Pra falar a verdade ele disse – falou a outra, como se o Eleito discutir seus relacionamentos amorosos com ela fosse uma coisa muito comum – Mas nem precisava ter dito. Eu não quero me gabar, mas a verdade é que eu não estou acostumada a ser... digamos, rejeitada.

- Não que você queira se gabar, é claro – disse Gina ironicamente.

- Harry nunca vai se relacionar com alguém enquanto não resolver as coisas com você – continuou Jane, ignorando o comentário sarcástico da ruiva – E deu pra perceber, pelo seu descontrole ainda a pouco, que você gosta dele também. Por que vocês não resolvem tudo de uma vez?

- Não me parece que isso seja da sua conta, Srta. O’Neal – respondeu Gina, ligeiramente alterada, controlando-se para não perder novamente o controle sobre os seus podres.

- É da minha conta sim, Srta. Weasley! – respondeu Jane, amaldiçoando em pensamento aquela ruiva por ser tão cabeça dura. Bonita, teimosa, cheia de orgulho e personalidade, não é a toa que Harry amava aquela menina, pensou resignada – Eu sei que vocês vão para a América. Não me pergunte como sei disso. Apenas sei. Aproveite a viagem e diga que você o ama. Ou tire qualquer esperança dele.

- Por que...

- Não é óbvio? – interrompeu Jane, olhando em volta e lançando um feitiço de silêncio. Ambas já estavam falando muito alto e a jovem não queria abelhudos ouvindo a sua conversa - Quero o Harry para mim, mas não vou tê-lo enquanto ele pensar em você. Enquanto ele estiver obcecado por você.

- Você é que me parece no momento obcecada por ele – constatou Gina.

- Não tenha dúvida. Sabe, eu nunca encontrei alguém como o Harry antes.

- Você ama o Harry tanto assim? – perguntou Gina impressionada – quer dizer, a ponto de me dar esse ultimato?

- Amor – respondeu Jane insegura – Não sei direito o que é isso. Talvez vocês grifinórios possam me explicar um dia desses. Eu decididamente não posso. Gosto do Harry e ele me impressiona como nenhum outro rapaz fez antes. Acho que eu poderia fazê-lo feliz. Mas, também sei quando uma batalha está perdida. Não quero ficar com o Harry apenas enquanto você não se decide. Quero cem por cento, entende? Ou zero por cento se houver alguma oportunidade dele ficar com você. Ah, eu já estou falando besteiras!

- Não, acho que eu entendi você – disse Gina muito séria – Você quer o Harry, mas não quer que ele fique dividido entre ficar com você e me ter de volta. É isso?

- Acho que sim – admitiu Jane – Eu não ando me expressando muito bem ultimamente.

- Achei muito corajoso de sua parte me dizer isso – falou Gina com um sorriso sincero – Isso aumenta um pouco o meu conceito em relação aos sonserinos.

- Suponho que vindo de uma ex-grifinória isso seja um elogio.

- Suponho que sim – concordou a ruiva – Eu realmente amo o Harry, não adianta ficar negando – desabafou a garota, talvez mais para ela mesma do que para a sua interlocutora – Eu preciso descobrir se ainda posso fazê-lo feliz.

- Algo me diz que você pode – sorriu Jane com tristeza.

- Mas, se eu descobrir que não posso – retrucou Gina – não serei um empecilho para vocês. Acho que você gosta do Harry mais do que gostaria de admitir.

Por alguns segundos as duas ficaram em silêncio. Finalmente Gina quebrou o constrangimento que pairava no ar e disse:

- Acredite você ou não, eu quero que o Harry seja feliz. Mesmo que não seja comigo.

- Infelizmente para mim, acho que ele só será inteiramente feliz com você – falou Jane, um tanto desconsolada com a sua própria sinceridade - E você falou como uma verdadeira grifinória.

- E você agiu melhor do que a maioria das sonserinas que eu conheço – respondeu a ruiva. Depois, levantando-se da poltrona onde estava, passou por Jane O’Neal tocando-lhe amistosamente no ombro e saiu da sala onde estiveram conversando sem olhar para trás.

“Droga! Ela gosta mesmo do Harry.” – pensou enquanto se dirigia até o caixa para acertar a conta. Mal sabia a ruiva que nesse momento Baby Jane pensava exatamente a mesma coisa.

Pegando o seu celular, Jane ligou para a sua amiga Tess:

- Oi, Tess – disse tentando parecer calma e controlada – Você tem o telefone daquele batedor holandês que vive me ligando? Ótimo. Liga pra ele e manda ele me ligar agora. O que aconteceu? Nada, eu só preciso esquecer alguém, pelo menos por enquanto. Sei que eu disse que ele é um idiota cheio de músculos. Mas, sinceramente, eu não pretendo discutir filosofia do mundo mágico no momento.
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Harry fez a cara de espanto que Draco Malfoy havia sugerido quando os seus amigos gritaram SURPRESA! Havia sido chamado para comparecer à casa de Toni e Helga sem fazer perguntas e ele sabia exatamente que estava sendo esperado para uma festa. Só que Harry realmente havia sido surpreendido. A espaçosa sala de estar dos M’Bea estava toda decorada em tons vermelhos e dourados, cor da sua casa em Hogwarts e laranja, cor dos Cannons. Todos, mas todos mesmo, os seus amigos estavam presentes. Os ex-integrantes da Ordem da Fênix, ex-professores de Hogwarts, todos os Weasleys, ex-colegas da escola, incluindo Neville e Luna (que namoravam), a quem ele não via há algum tempo. Jovens do acampamento de verão que ele e Rony mantinham nos confins do Beco Diagonal, os Nebseys e os demais integrantes do antigo time dos Trasgos Diagonais e os atuais colegas dos Cannons. E Lino Jordan, que acompanhado das crianças M’Bea e de um desafinado coro dos jovens do acampamento, cantaram “Parabéns pra Você”.

Tinha recebido muitos abraços e cumprimentos. E muitos beijos. Inclusive um abraço e um beijo de Gina Weasley. Embora tivesse sido um beijo no rosto, o abraço e a maneira que a garota o beijou deram a Harry a impressão de que algo havia mudado. E estranhamente ele se lembrou de um dia de sol num verão a alguns anos atrás. O dia do primeiro beijo deles em Hogwarts, em frente ao lago. Ele procurou apagar rapidamente a lembrança agradável e continuou recebendo os cumprimentos. Inclusive de Hermione, que antes de abraçá-lo, lançou ao amigo um daqueles olhares como quem dizia “eu percebi tudo, garoto”.
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“Maldito Rony Weasley!”, pensou Draco Malfoy, enquanto se dirigia na sua limusine, guiada por Goyle, até a casa dos M’Bea. Como se a sua ilustre presença não fosse suficiente, o ruivo cretino ainda lhe sugerira comprar um presente. Onde, diabos, ele compraria um presente àquela hora da noite? Humm, de repente teve uma idéia!

- Greg, você costuma freqüentar a Londres dos trouxas, não é mesmo? – perguntou Draco, uma idéia luminosa vindo à sua mente.

- Sim, chefe. Por que?

- Não tem uma loja que vende roupas que fica aberta até tarde?

- Acho que sim – admitiu o guarda-costas-motorista-faz tudo – Na verdade eu sempre vejo que as luzes estão acesas quando eu paro no bar em frente pra tomar umas e outras e comer um lanchinho antes de ir pra casa.

- Vamos pra lá agora – sentenciou Draco – Depois vamos até a casa daquela sua prima que faz ajustes mágicos de roupa.

- Você manda, chefe – concordou o brutamontes, fazendo uma curva fechada, cantando pneus e afastando os postes e placas de rua do caminho, como os automóveis mágicos costumam fazer.
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Draco insistiu que Goyle entrasse com ele na casa dos M’Bea. Disse que grifinórios como Toni não são do tipo que deixam empregados do lado de fora, mas o grandalhão preferiu ficar cochilando no carro.

- Depois você me traz um pedaço do bolo e uns salgadinhos – disse o motorista-guarda-costas – Aí dentro tem grifinórios demais pro meu gosto. Sabe como é, acho que ainda sou meio alérgico aos caras.

Rindo da sinceridade do ex-colega de casa, Malfoy adentrou a residência de Toni, que também possuía um daqueles dispositivos mágicos que não rejeitavam pessoas que tivessem comparecido ao lugar com boas intenções. Já passava das onze da noite. Comprar as roupas e ajustá-las como ele queria demorara mais do que imaginava, mesmo com a limusine mágica cortando caminho através das calçadas, passando por dentro dos quintais das casa e colocando postes e transeuntes em fuga.

O barulho podia ser ouvido assim que chegou nos jardins da residência. Certamente algum tipo de feitiço impedia os trouxas das imediações de ouvir a algazarra da festa. Na sala dos M’Bea, Lino Jordan tocava alguma canção trouxa antiga muito engraçada ao piano enquanto Toni com seu vozeirão fazia falsetes hilariantes, sendo aplaudido por todos. Se havia uma coisa que Malfoys odiavam era alegria espontânea. Ora, todo mundo sabe que uma boa diversão envolve humilhar pessoas indefesas, sacanear com otários, essas coisas inocentes que fazia nos velhos tempos a alegria dos sonserinos. Sim, velhos tempos. Pois agora ele era uma Malfoy modificado, cheio de boas intenções, bem pelo menos antes de ver Rony e Hermione se beijando num canto da sala.

“Vamos idiota!”, pensou, “Não olhe para aquele canto onde o ruivo babaca está quase engolindo a cabeça da medibruxa do seu time”. Depois de pensar em formas de matar o ruivo sem deixar testemunhas e perceber que isso era impossível, pois havia dezenas de pessoas em volta, Draco caminhou até Harry, que conversava tranqüilamente com Remo Luppin e Arthur Weasley. “Parece que o cara não gostava de ser o centro das atenções nem no dia do seu aniversário”.

- Feliz aniversário, Potter – disse friamente, cumprimentando os dois homens mais velhos com um aceno de cabeça. Embora o tenham reconhecido imediatamente (estavam presentes no julgamento no qual Harry o inocentou), ambos não se abalaram muito pelo fato do filho de Lucio Malfoy estar presente numa festa com maioria de ex-grifinórios – Depois eu mostro o seu presente. Comprei para o resto do time também – disse satisfeito. Havia comprado um conjunto de ternos para os homens e costumes para as moças. Se seus atletas e funcionários precisariam viajar como trouxas para os Estados Unidos e se vestiriam como os trouxas mais elegantes do mundo

- Nós vamos viajar para a América no domingo – explicou o loiro – eu comprei roupas de trouxas para todos, já que nós vamos ter que viajar de avião.

- Avião? – perguntou o Sr. Weasley excitado – Aquela máquina trouxa que voa?

- Que negócio é esse de avião? – quis saber Rony, que havia se aproximado de Harry e Draco. Malfoy pensou se aquele Weasley idiota ainda tinha medo que ele enfeitiçasse seu amigo ou algo pior – Você não falou nada de aviões ou qualquer máquina trouxa maluca! Qual o problema com chaves de portal? – vociferou o ruivo.

- Parece que os ianques são meio paranóicos com a possibilidade das pessoas invadirem o seu país – explicou Remo Luppin com aquele seu ar professoral, que não havia perdido, mesmo atualmente, quando apenas escrevia livros sobre Defesa contra Artes das Trevas e havia se tornado um dos autores mais respeitados no assunto – O governo bruxo deles fez um acordo com o governo trouxa. Só são permitidas chaves de portais dentro do país. Para se chegar lá, só através de meios trouxas de transporte. Mesmo se você estiver no Canadá ou no México, você não poderá nem mesmo aparatar nos Estados Unidos.

- Mas, por que eles não apenas estabelecem um controle sobre as chaves de portal de longa distância como no Reino Unido? - quis saber Hermione com o seu sentido prático.

- Ah, eles são apenas paranóicos, eu acho – disse Draco com indiferença – Garanto que aviões são seguros, Weasley - “Infelizmente”, pensou, já que adoraria ver um certo ruivo sofrer um acidente e despencar de uma altura de milhares de pés sobre a América.

Hermione estava radiante. Para ela aquela viagem totalmente trouxa seria mais uma experiência que enriqueceria seus conhecimentos. Embora já tivesse viajado de avião, nunca havia atravessado o oceano e achava que aquela experiência seria muito instrutiva para os seus amigos bruxos. Menos para Rony, que parecia apavorado com a possibilidade de voar em algo maior e mais barulhento do que uma vassoura.

- Por que nós não vamos até a outra sala e você me mostra as roupas trouxas, Malfoy – perguntou Harry de repente – Rony e Mione gostariam muito de vê-las também não é mesmo? – disse, encarando os dois amigos, que entenderam rapidamente a deixa.

- Acho que Gina também gostaria de ver as roupas – disse Hermione, mais alto do que era preciso, atraindo a atenção da filha mais nova dos Weasleys que estava naquele momento conversando com Gui, Angelina e Toledo. A um gesto da amiga, ela se afastou do grupo e seguiu os demais. Toni M’Bea, que não perdia nada do que acontecia na sua casa, interrompeu o seu número musical sob protestos dos presente e também acompanhou o grupo.
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- Certo, me contem tudo – disse Harry muito sério depois que todos se acomodaram no outro aposento – Eu prometi que não esconderia mais nada de vocês, então eu quero a recíproca dos meus amigos. É claro que algo está acontecendo.

Sem rodeios Draco relatou os acontecimentos. Falou da nova sacanagem do ministério contra ele (que em parte ele já tinha conhecimento) , da tentativa dos donos dos Cannons de se livrarem do time e de prejudicarem todos os jogadores. De como queriam forçar Harry a jogar nos Estados Unidos e espalhar os seus amigos pelo mundo. E da sua idéia de comprar o time e do valor que faltava para concretizar o negócio, mesmo à revelia daqueles velhos velhacos. E dos jogos na América.

Harry refletiu por alguns segundos em silêncio. Hermione, sentada num sofá entre ele e Rony, em algum momento havia segurado a mão do amigo, como que para lhe dar ânimo. Toni, em pé ao seu lado, colocou a mão no seu ombro como que para lhe dar confiança. Gina, sentada no chão em posição de ioga olhava penalizada para o rapaz e tinha vontade de abraçá-lo e consolá-lo.

- Só uma pergunta – disse finalmente Harry – Eu posso jogar nessa excursão?

- Claro! – respondeu Malfoy – A proibição do ministério será contestada e até um julgamento definitivo não há como impedi-lo de jogar. E depois, a proibição não tem valor fora do Reino Unido e em jogos amistosos.

- Eu tenho três milhões de galeões? – perguntou Harry, deixando todos surpresos – Ora, você sabe que eu nunca mexo com dinheiro – disse para Rony que o olhava boquiaberto – Eu só uso uma parte do meu salário do quadribol e seu irmão cuida do resto, inclusive dos investimentos e do dinheiro para as obras sociais que eu apoio.

- Harry, seu babaca – ralhou Rony, mas se divertindo muito com a ingenuidade do amigo – Gui me falou que você tem pelo menos duzentos milhões de galeões, fora propriedades dos Blacks e ações do Banco Gringotes.

- Acho que eu preciso me sentar – resmungou Toni, sentando-se numa cadeira disponível.

- Acho que eu preciso me levantar – murmurou Gina surpresa. Depois, com aquele seu ar brincalhão que lembrava muito os gêmeos Fred e Jorge, perguntou para Harry, fazendo uma voz de donzela inocente: - Que casar comigo, meu bravo herói grifinório rico de olhos verdes?

- A hora que você quiser – respondeu Harry sem pensar, arrancando uma risada de Toni, que a sufocou fingindo um acesso de tosse. Harry ficou vermelho imediatamente, assim como Gina.

- Nada disso – brincou Malfoy, ajudando a dissipar o embaraço dos ex-namorados – Ele vai se casar comigo.

Rony fez imediatamente uma expressão de náusea, enquanto Hermione e M’Bea riram com gosto da brincadeira de Draco.

- Bem – pigarreou Harry – Então o que estamos esperando? – disse animado. Compre logo essa droga desse time e vamos para a América, Malfoy!

- Yes, Potter! – comemorou o loiro – Você é o cara !
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Meia noite e um minuto. As pessoas ainda faziam barulho na sala dos M’Bea. Os gêmeos obrigaram Harry a fazer um discurso, onde ele era interrompido e ovacionado, pois Fred, Jorge e Lino Jordan gritavam e davam vivas a qualquer início de frase, até que Molly Weasley ameaçou os três com dolorosas azarações. O Eleito agradeceu de maneira sincera e emocionada o carinho dos amigos, arrancando alguns soluços da Sra. Weasley, de Angelina e de Toledo. Rony disse que tinha um cisco no olho e mesmo Draco parecia comovido.

Quando a algazarra recomeçou, Harry retirou-se para os jardins para tomar um pouco de ar. Deparou-se com Gina que fitava a lua, parecendo um tanto melancólica.

- Vão sentir sua falta lá dentro – disse a ruiva sem mesmo se virar. Conhecia o som daqueles passos, assim como tudo associado a Harry.

- Prefiro ver a lua com uma certa garota – disse o rapaz de maneira sonhadora.

- Mesmo? – e virando-se de repente, jogou-se nos braços de Harry – Feliz aniversário, querido – murmurou tentando segurar uma lágrima que lhe rolou pela face naquele momento. Feliz demais por estar naqueles braços tão conhecidamente confortáveis. Ou seria o excesso de cerveja amanteigada?

- Esse será realmente um feliz aniversário – respondeu Harry abraçando a garota, rezando para que não estivesse sonhando. E se estivesse, rezando para não acordar até o fim dos tempos.
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COMO PROMETIDO. UM POUCO TARDE, MAS NO DIA!!!! ESPERO REVIEWS!!!!!!!!!!!






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