AMIGOS



No jantar, à noite na Vila Bruxa, misturavam-se jogadores de quadribol, artistas e gente rica e famosa do mundo mágico em geral. O jantar beneficente, muitos galeões por cabeça, também arrecadaria fundos para os órfãos e crianças bruxas e trouxas. Muita gente que nunca se preocupou com os pobres se fazia presente, fazendo o possível para a aparecer e receber a atenção das colunas de fofocas dos jornais bruxos e das revistas de futilidades.

O beijo de Jane O’Neal em Harry Potter era o assunto do momento. Depois do beijo a garota se afastou, andando bem devagar como se saboreasse o momento, deixando na mão de um espantado Harry um cartão com os seus telefones e o acesso à sua lareira, que possuía um código exclusivo. Bruxos famosos e ricos pagam atualmente à Rede Flu pelo privilégio de um código especial, acessado somente pelos mais chegados.

- A qualquer hora do dia ou da noite... – murmurou no ouvido do jogador, enfatizando a “noite”.

- É uma vagabunda! – repetia irada Angelina Johnson, noiva de Jorge Weasley e solidária com a quase cunhada Gina, que teve que se segurar para não azarar a aquela “Jezebel” (como dizia a sua mãe).

- Vadia – concordava Toledo, estranhamente (na opinião de Gina) solidária com a raiva da garota.

- Pois ela me pareceu uma garota corajosa – discordou Hermione – atraindo olhares mortíferos das mulheres da mesa, todas achando que a jogadora da seleção irlandesa estava se intrometendo no território pertencente a Gina Weasley.

Naquele momento, Toni, Rony e Harry davam entrevista à TV Bruxa (“toda a verdade do mundo mágico chegando até você”) e à imprensa em geral, e as jogadoras, na companhia de Hermione e Helga, reuniram-se num verdadeiro concílio de apoio à ruiva contra as investidas daquela...

- Vaca! – disse Helga – É isso que ela é.

A esposa de Toni M’Bea, além da solidariedade natural para com a ruiva, que junto com Harry formava um casal muito “fofo” na sua opinião, costumava agir como irmã mais velha do amigo, a quem considerava inocente demais para cair nas garras daquela “Jezebel”. Era a palavra mais pronunciada pelas mulheres da mesa, além de vadia, é claro. Hermione parecia ser a única voz discordante.

- Escutem – pediu a palavra a jovem medibruxa – Eu também adoraria ver a Gina com o Harry, mas aparentemente ele está sozinho no momento.

- E por isso ela pode ficar se atirando sobre o garoto? – perguntou Toledo, obtendo a aprovação das demais.

- Bem, eu acho que não há lei nenhuma contra isso, não é mesmo? – retrucou Hermione de maneira irônica – Como se a Gina também não tivesse um monte de pretendentes...

Houve um burburinho generalizado, felizmente não ouvido por um monte de gente extremamente interessada no assunto que rolava entre as garotas. Hermione havia lançado um feitiço que impedia os jornalistas e demais abelhudos de ouvir a conversa. Gina se mantinha muito calada, quase alheia à discussão. Finalmente manifestou-se surpreendentemente concordando com a sua amiga:

- A Hermione tem razão, garotas.

- O QUE? – disseram ao mesmo tempo

- Eu não tenho nada com o Harry. Nada - insistiu – Nesse tempo em que estivemos separados eu tive namorados. O Harry não, segundo o Rony. Ninguém sabe de qualquer garota que tenha passado pela vida dele. Não é muito justo, não é mesmo?

- Você quer dizer que o Harry nunca... – ia dizendo Angelina.

- Nunca – afirmaram ao mesmo tempo Toledo e Hermione.

- Como é que vocês sabem? – perguntou a artilheira dos Tornados, desconfiada.

- Harry não tem algo como uma vida secreta, Angelina – explicou Hermione.

- Nem mesmo... – ia perguntando a jovem negra, mas arrependeu-se em seguida – Desculpe, não é da minha conta.

- Nem comigo, se é isso que você quer saber – disse Gina desconsolada – O período que passamos mais tempo juntos foi na época da guerra. Você realmente não tem muita privacidade num acampamento militar.

- E Harry não é do tipo que precisa se exibir andando com um monte de garotas por aí – falou Toledo.

- Eu acho isso tão fofo! – disse Helga emocionada.

- Bem diferente de um certo ruivo – suspirou Hermione.

- Eu agradeço a solidariedade de vocês, mas realmente eu não tenho nada mais com o Harry e não posso esperar que ele fique imune a todas as garotas que apareçam na vida dele – disse a ruiva, conformada.

- Mas Gina... – ia retrucando Toledo. Entretanto, sem esperar, a garota levantou-se da mesa, dirigindo-se até o toalete. Tinha vontade de chorar naquele momento e não queria ser vista chorando pelo “garoto que sobreviveu” como quando tinha onze anos de idade.
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Aquela que parecia ser uma entrevista rotineira estava se revelando bastante esclarecedora. Toni M’Bea estava relatando para um grupo, agora bastante grande de jornalistas, como o amigo Harry Potter havia se trancado com o Lorde das Trevas na fortaleza deste, isolando os companheiros de combate e destruído o bruxo das trevas sozinho. O espanto era geral. Ninguém havia feito anteriormente um relato tão detalhado da batalha final contra Voldemort. Rony, ao lado do africano fazia alguns breves apartes, acrescentando uns poucos detalhes que haviam sido esquecidos pelo batedor. Harry, cada vez mais incomodado com estupefação dos jornalistas, mantinha-se num silêncio constrangido. A última coisa que precisava era mais atenção sobre sua pessoa.

No dia anterior, Toni dissera ao amigo que era hora de esclarecer tudo. Não era justo, segundo o africano, que pensassem que o Ministério da Magia, que o perseguia injustamente, houvesse de alguma forma participado da batalha final. Rony e Hermione haviam apoiado a decisão de M’Bea e um Harry Potter muito relutante havia concordado. Mas não esperava um relato tão pormenorizado. O entusiasmo do africano e de Rony em esclarecer a verdade sobre aqueles dias difíceis aumentariam mais ainda a sua fama de herói trágico.

- É verdade que Draco Malfoy forneceu a informação que os levou à fortaleza de “você-sabe-quem”? – havia perguntado um jornalista com traços indianos e que usava um grosso par óculos de tartaruga.

- É a mais pura verdade – respondeu finalmente Harry Potter, saindo do seu mutismo.

- E por que ele nunca falou nada sobre isso? – perguntou uma jovem loura, nova aquisição da TV Bruxa (“a verdadeira magia encantando você”) – Não seria esperado que ele quisesse uma parte da glória pela vitória sobre o Lorde das Trevas?

- Não sei – respondeu Harry friamente – Acho que vocês deveriam perguntar a ele.

- Potter, como você se sente, como o salvador do mundo mágico, segundo o relato dos seus amigos, sendo tratado pelo Ministério da Magia como um criminoso comum? – perguntou objetivamente um bruxo de meia idade, muito magro e pálido, que trabalhava na Rádio Bruxa.

Harry pensou um momento. Toni já ia se adiantar para dar a resposta, quando o rapaz acenou amistosamente e disse para o radialista:

- Eu gostaria de deixar claro que não me considero salvador de coisa nenhuma e nem esperava um tratamento especial do ministério. Acho que ninguém tem direito a isso. Mas seria de se esperar que eles agissem de acordo com a lei, como deveriam fazer com qualquer cidadão bruxo desse país.

Houve várias vozes concordantes e até alguns discretos aplausos. Rony e Toni, que não haviam saído do seu lado, faziam sinais de concordância. Harry prosseguiu:

- Reafirmo o que disse anteriormente. Que Dolores Umbridge é uma mulher mesquinha e vingativa, que tentou tornar a minha vida um inferno desde os meus quinze anos. E conforme havia dito, não darei mais qualquer apoio a esse ministério, a não ser aos programas que envolvam pessoas que precisem deste apoio, como os veteranos de guerra que cursam universidades trouxas. Amanhã mesmo procurarei meu amigo, o Professor Remo Luppin e pedirei a ele que organize um centro de pesquisas com a verba que eu costumava conceder ao ministério e ao St. Mungus.

Comentários excitados se fizeram ouvir entre os jornalistas. Muitos exaltando a fluência verbal e a sinceridade de Harry.

- Ei, Potter – brincou um velho bruxo que cobria jogos de quadribol para uma revista esportiva semanal – Por que você não entra para a política? Você teria o meu voto, cara! – acrescentou, obtendo apoio, principalmente dos repórteres mais jovens.

- Não, obrigado – disse Harry, finalmente dando um sorriso – Eu já tive a minha cota de política para uma vida inteira – acrescentou, arrancando risadas da seleta audiência.

Quando os jornalistas começaram finalmente a se afastar, Rony lhe deu uma amigável tapinha no ombro e disse sorrindo:

- Admita que não foi tão ruim assim, companheiro.

- Não sei, Rony, amanhã circularão as versões mais fantasiosas sobre a batalha contra Voldemort.

- Elas já circulam, meu amigo – disse Toni, acomodando seu corpanzil numa cadeira que os jornalistas haviam desocupado – Ouvir a verdade não vai fazer nenhum mal às pessoas.

- Ele tem razão, Harry – fez-se ouvir uma voz agradável. Harry sempre se sentiu seguro com essa voz. Menos, talvez, numa certa noite chuvosa há poucos anos atrás – As pessoas devem saber que você as salvou e tudo que você teve que sacrificar para isso.

Alegando que tinha sede, Toni M’Bea afastou-se, quase arrastando Rony com ele. Estranhamente havia na mesa em frente várias garrafas de água mineral e de cervejas amanteigadas ainda geladas.

- Você está muito bonita, Gina – disse subitamente Harry, corando em seguida – Era mais fácil discursar para vários repórteres abelhudos do que expor os seus sentimentos para a ruiva. “O que você teve que sacrificar”. As palavras de Gina dançavam na sua cabeça e viravam o seu estômago. Ou seria uma nova crise de abstinência?

- Você também não está nada mal – sorriu a ruiva, mirando o ex-namorado de alto a baixo. Ele vestia um terno azul-marinho, discreto, mas bastante elegante – Embora algumas garotas não liguem de agarrá-lo vestindo uniforme de quadribol – acrescentou divertida, tentando parecer casual.

- Ah, aquilo – disse Harry sem jeito. “Ela não dá a mínima!”, pensou – Eu nem conheço direito aquela garota – desculpou-se, torcendo para que Gina demonstrasse que sentia algum ciúme dele.

- Você não tem que me explicar nada, Harry – disse a garota – Você é realmente um rapaz bonito. Já deveria estar acostumado com garotas se jogando em cima de você.

Por um momento os dois se encararam sem dizer nada. Gina podia jurar que os olhos verdes de Harry expressavam alguma angústia não revelada. Como ela sabia ler esses olhos anos atrás! Quando eles haviam se tornado um mistério?

- Você está se sentindo bem? – a ruiva perguntou depois de alguns segundos.

- Claro, Gina – disse o rapaz, tentando parecer seguro e despreocupado. Havia um bolo se formando na sua garganta e a velha sensação de vazio ameaçava torturá-lo de novo – Acho que é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.

- Você sabe que sempre pode contar comigo, não é? – perguntou a jovem. Na verdade ela queria abraçá-lo e consolá-lo como naqueles dias terríveis da guerra. De maneira irracional, quase teve saudades daqueles dias insanos. Quando tinha Harry só para ela. Mas ele tinha que estragar tudo com aquela mania insuportável de bancar o “Grande Herói!”– Eu ainda sou sua amiga.

- Eu sei – respondeu Harry quase num fio de voz. “Amiga”, pensou, arrasado. Dando um beijo carinhoso na testa da sua “amiga”, afastou-se até o terraço, vários andares acima do solo. Precisava urgentemente de ar puro. Ou se jogar das alturas. “Amiga”. Decididamente queria morrer.
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- Espero que você não esteja planejando se atirar lá embaixo, Potter – disse uma voz arrastada às costas de Harry – Seria uma terrível perda de dinheiro para mim.

O rapaz estava há vários minutos encostado na sacada, esperando que a brisa agradável daquela noite de verão acalmasse o seu espírito. Ele não havia pensado em se atirar daquele terraço. Não seriamente. Talvez por um momento. “Amiga!”. Aquilo martelava o seu cérebro e lhe dava uma sensação horrível de vazio no estômago. Que não tinha nada com o fato de não estar aproveitando o jantar que naquele momento era servido.

- Por que você não entra e experimenta comer alguma coisa e tomar um drinque? – perguntou Draco Malfoy. Harry pareceu sentir uma preocupação genuína por trás daquela voz irônica.

- Eu ficarei bem num minuto, Malfoy – disse o ex-grifinório, na esperança que o loiro o deixasse em paz.

- Não, Potter, você não ficará. Você arrasou na partida de hoje à tarde, você arrasou na entrevista coletiva. Uma das garotas mais bonitas que circulam por aí agarrou você. Mas mesmo assim você não ficará bem. Às vezes você me cansa, sabe?

- Realmente. Então por que você não dá o fora?

- Sinceramente, não sei. Porque acho essas festas um pé no saco. Talvez porque eu goste de ficar aqui importunando você. Pelos velhos tempos. Eu poderia dizer também que me preocupo com você, “o cara que livrou aquele bastardo do filho do Malfoy de apodrecer em Azkaban”, como me disse gentilmente um ilustre funcionário do governo bruxo.

- Malfoy, eu... – mas antes que Harry pudesse dizer alguma coisa, aquela onda fria, que nada tinha a ver com a brisa pareceu penetrar debaixo da sua pele. Em cada centímetro. Rapidamente o ex-sonserino conjurou uma cadeira e ajudou o outro rapaz a sentar nela.

- Pronto, acalme-se – disse Draco, agora realmente e visivelmente preocupado – Respire fundo, Ok? Afrouxe a gravata e desabotoe a camisa. E, Potter?

- Sim? – perguntou Harry, respirando com dificuldade.

- Não vai me socar dessa vez. Isso prejudica demais o meu ego. Eu também já passei por isso, lembra? Tente se acalmar.
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Meia hora mais tarde, Hermione encontrou Draco e Harry se acabando de rir num dos terraços do salão onde o jantar continuava sendo servido.

- Aí eu falei para ela – dizia Draco, vermelho e quase sem fôlego – Garota, eu acho que a única coisa dura aqui é a minha vida!

Harry riu tanto que quase caiu da cadeira onde estava sentado. Draco também se esbaldava de rir.

- A única coisa dura aqui é a minha vida! HAHAHAHAHAHAHAHAHA! – repetiu Harry, segurando o estômago, quase passando mal de tanto gargalhar.

Hermione olhou os dois muito surpresa. Era realmente estranho encontrar Malfoy e Potter contando piadas indecentes como se fossem velhos amigos.

- Ah, oi, Mione – disse Harry a amiga, percebendo a sua presença e enxugando as lágrimas de riso com as costas da mão – O Malfoy estava me contando uns vexames que cometeu quando esteve... Como você disse mesmo, Malfoy?

- “Subordinado ao consumo de substâncias rigidamente controladas” – disse o loiro, voltando a gargalhar a seguir – Ou seja, viciado em poção para dormir.

- Fico contente que vocês estejam se divertindo – disse Hermione surpresa, para em seguida retomar aquele tom profissional de medibruxa: - Mas você prometeu que ia tomar as poções e se alimentar direito. Dias de festa não são exceções, Sr, Potter.

Dito isso, dois elfos domésticos trajados com smoking trouxeram uma mesa até o terraço e várias travessas de comida foram se materializando, além de alguns frascos com as poções que a jovem havia mencionado. “COMA, HARRY!”, gritaram os talheres, arrancando mais gargalhadas de Draco.

Depois de inúmeras mesuras na direção de Harry, os elfos afastaram-se, felizes por serem úteis ao seu maior ídolo.

- Você sabe que está feliz assim por causa da euforia que a abstinência provoca às vezes, não é mesmo? – indagou Hermione, sentando-se junto ao amigo, como para vigiá-lo.

- Você está insinuando que as minhas histórias não têm graça? – perguntou Draco, fingindo-se muito magoado - Granger, você sabe com ferir um cara – disse fazendo uma cara mais tristemente cômica e depois voltando a rir.

- Malfoy, o que você tomou? – perguntou a medibruxa.

- Ah, nada... – disse o loiro fingindo-se inocente – Só uma coisinha aqui e outra ali.

- Espero que não tenha dado alguma dessas coisinhas ao Harry – advertiu-o a jovem de maneira severa.

- Calma, Doutora Granger – tranqüilizou-a Harry – crise de abstinência de substância para dormir já me tira o sono – disse e depois começou a gargalhar junto com Malfoy, percebendo o trocadilho involuntário – Sério – disse depois de um momento, segurando o riso – eu só tomei suco de abóbora e alguns refrigerantes trouxas.

- Ok – concordou Hermione – Então coma mais um pouco, antes que os talheres comecem a gritar de novo.

Enquanto apreciava um filé, acompanhado de uma porção generosa de legumes, Harry percebeu o olhar vidrado de Draco sobre sua amiga Hermione. Esse olhar, raciocinou o jovem bruxo, não tinha nada com as bebidas que o loiro tinha ingerido. Céus! Seu amigo Rony não ia gostar nada disso. Aí ele viu uma coisa que o fez se desinteressar momentaneamente pela vida afetiva dos amigos. Na posição em que estava, de frente para uma porta de vidro que dava para o grande salão, podia ver agora que as pessoas dançavam ao som de uma música bem animada. Junto a um batedor imenso do time do União, uma aparentemente feliz Gina Weasley, deslizava com graça dando voltas em torno do rapaz. De repente ele havia perdido a fome e a sensação fria de um dia chuvoso de anos atrás se fez presente. “Amiga”. A palavra zombava dele de maneira fantasmagórica. Sua amiga Gina. Mal ouviu um pequeno barulho que sobressaltou Draco e Hermione, que haviam se virado para ver a cena que havia congelado os gestos e o sentimento do “garoto que sobreviveu”. Era o celular de Draco.

- Sim – disse o loiro. Depois de um momento de hesitação ele respondeu à pessoa do outro lado da linha – Fale você mesma com ele. Por acaso o garoto está aqui, com a boca aberta, pronto para ter uma crise – E depois, esticando o pequeno aparelho para Harry, e explicando para o desajeitado ex-grifinório como falar no mesmo, sentenciou: - É para você. A sua fã número um.

Depois de pelejar por alguns segundos, tentando encontrar onde falar naquela engenhoca estranha, um confuso Harry Potter atendeu ao telefone, ainda com os olhos pregados no salão e sentindo o frio de dois anos e meio atrás.

- Sim – disse de maneira quase automática – Não, eu fiquei apenas surpreso. A gente se ver na terça-feira? – perguntou quase ausente daquele lugar, vendo a dança acabar e Gina dar um beijo no rosto do grandalhão e depois receber um abraço afetuoso. Afetuoso demais, diga-se de passagem – Tá legal – respondeu por fim – Terça parece um bom dia.

Como Hermione o olhava de maneira interrogativa, Harry encolheu os ombros, devolvendo o celular para Draco e pedindo para amiga tirar os feitiços dos talheres, que já começavam a berrar, uma vez que tinha abandonado a refeição.

- Jane O’Neal – explicou Harry – Marcamos um encontro na casa dela na próxima terça-feira.
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OK. SEI QUE OS FÃS H/G VÃO QUERER ME MATAR. MUITO BEM: FAÇAM FILA E PEGUEM A SENHA. MAS, POR FAVOR, OS FÃS R/Hr NÃO PERCAM O PRÓXIMO CAPÍTULO. VOCÊS VÃO GOSTAR...






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