Capitulo 16



Harry acordou com a pior dor de sua vida e a loira ao lado. Estava perdendo o controle... Ela o havia escutado?... Moveu a mulher quem parecia não haver dormido nunca em sua vida.

Harry: Pode ir.

- Como pretende que eu vá? -

Harry: Caminhando ou sei lá.

- Leva-me -

Harry: Não seja estúpida, ela pode nos ver.

- Já nos viu, ontem a noite ela nos viu -

Harry: Que? (segurou-lhe o braço) Por que não me disse???

- Porque estávamos ocupados-

Harry: Você é uma cachorra!!!

Saiu correndo até o quarto de Ginny. A encontrou ali, completamente adormecida. A loira lhe havia mentido, do contrario ela não estaria ai. A contemplou e sentiu uma imensa ternura, era tão bela, etérea quase celestial. Ao contrario da tipo horrorosa com quem havia passado a noite desprezível, porém era o que ele merecia. Voltou ao seu quarto.

Harry: Vista-se, Vou te levar ao povoado.

- Sempre, sim nos viu -

Harry: Esta dormindo e não acredito que tenha nos visto.

- Pois estou dizendo-

Harry subiu a mulher em sua camionete e a levou ao povoado. Afortunadamente não se cruzou com Conceição no caminho, supõe-se que já estava na casa quando ele saiu. Deixou a loira em uma esquina e regressou a casa.

Ginny acordou como se tudo houvesse sido um pesadelo, porém imediatamente caiu em conta de que era real. Uma lágrima lhe escapou, mas a deteve. Se olhou no espelho e em silêncio se prometeu não voltar a chorar. Seu corpo já não doía ou talvez era uma dor insignificante comparado com a da sua alma. Lavou o rosto, ele não podia vê-la assim. Ela queria vê-lo pela primeira vez com os olhos para que ele descobrisse todo o ódio que havia semeado. Bateram na porta.

Ginny: Quem é???

Conceição (entrando): Sou eu senhora, já entreguei sua carta e o jovem se mostrou disposto a ajudá-la, é uma grande pessoa.

Ginny: Sim é, homens assim restam poucos, sobre tudo por estes lados.

Conceição: Te passa algo?

Ginny: Por que o dizes?

Conceição: Seus olhos estão diferentes. Não vejo nada neles, nem tristeza, nem alegria, nem amor.

Ginny: Deve ser que já não resta nada de mim, ontem a noite perdi todos meus sentimentos Conceição. Ontem a noite me mataram.

Conceição: Que queres dizer?

Ginny: Quero dizer que vi ao verdadeiro Mauricio e ele se encarregou de romper meu coração e arrancar a alma.

Conceição: Que fez agora?

Ginny: Não importa o que fez, importam as conseqüências e essas são demasiadas.

Conceição: Senhora, quer comer algo para sentir-se melhor?

Ginny: Algo como o que? Que poderia fazer-me sentir melhor?

Conceição: Diga-me que lhe fez.

Ginny (começa a chorar): ME DESTRUIU CONCEIÇÃO!!! DE MIL MANEIRAS DISTINTAS PISOTEOU MEU AMOR E MASSACROU MINHA ALMA. ME ARRANCOU A VIDA E EU NÃO PUDE FAZER NADA PARA EVITAR!!!

Conceição: Você tem que ir-se daqui, o jovem tem razão, ficar aqui não é bom para você.

Ginny: Não! Primeiro tenho que saber por que. É algo além de ser um interessado... Ele me destruiu e eu tenho que saber o por que... Quero saber com quem me casei, com quem me deitei!

Conceição: Esqueça-o sim? Vá daqui agora que pode, ele não esta senhora, vá e seja feliz.

Ginny: Que o esqueça? Nunca o vou esquecer? Aonde foi?

Conceição: Não sei, saiu sem dizer nada.

Ginny: Já imagino onde esta, deve estar voltando. Não o faça esperar Conceição, prepara-lhe seu café da manhã que deve ter fome.

Conceição saiu e Ginny aproveitou para mudar-se. Botou um vestido verde que lhe ficava precioso e se dirigiu até a sala de jantar, se sentou a comer muito tranqüila enquanto esperava a volta de seu marido. A crueldade com a que comia alarmava Conceição... Algo havia passado, não sabia o que, porém definitivamente havia sido algo grave.

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